Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 21
Sherlock Holmes... Da China!?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, tudo bem? Espero que sim.
Então, queria agradecer aos review's que recebi no passado. De verdade, obrigada. Me deixaram super felizes, embora tenha faltado algumas pessoas. Enfim, também queria dizer um oi para os leitores novos. E as pessoas que favoritaram: Obrigada!
Enfim, sobre o capítulo... Bem, esse é um daqueles capítulos que revela algumas coisas, mas de uma forma... Meia chata! Devo dizer, porém eu gostei dele. E espero que gostem também.
Boa Leitura!
Capítulo não revisado.
Notas finais, okay?



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Patrick estava doido.

Ele tinha fumado alguma coisa ou tinha batido a cabeça bem forte para falar merdas como aquelas. Ou será que ele havia ingerido água sanitária pensando que era um suco de maça?  Ou ele estava querendo brincar comigo perguntando aquilo?

Na sala estavam todos quietos. Felipe e Katherine parados, quase catatônicos com aquela situação, tanto como eu. Não dava nem para ouvir a respiração, pois naquele momento era inexistente.

Eu o olhei sem acreditar que aquelas palavras tinham saído de sua boca. Era algo surreal como se eu tivesse um sonho... Melhor, em um pesadelo que eu acordaria a qualquer momento e voltaria na realidade da minha vida chata.

Ou será que aquilo é real?

Levei minha mão ao meu pulso e o belisquei para ver se aquilo não era um sonho, logo eu gemi de dor pela estupidez que eu fiz. Só eu mesma me beliscar em vez dos outros.

- Se quisesse ser beliscada, era só me pedir. Adoraria fazer isso. - Comenta Patrick com um suspiro. - Porque aqui está tão mórbido?

Ele olhou para os lados, para os nossos amigos e por fim para mim e acrescentou com um suspiro indignado.

- Eu não a convidei para ir a guerra lutar ao lado dos nazistas, que Deus nos livre dessas pragas, eu apenas pedi ela em namoro. - Ele fala com um meio sorriso. - Não precisam ficar agindo dessa forma.

Eu ainda estava parada sem ao menos conseguir respirar. Aquilo não podia estar acontecendo certo? Tipo, eu nem gosto dele e vice versa. Está certo que o que aconteceu na festa, seja lá o que for, deve ter sido alguma coisa de importante, agora ser levado como "tal" e vir me pedir em namoro... Já era demais, não acha?

E se aquilo for real? Quer dizer que eu ganhei a aposta? Que no fim, ele se apaixonou por mim e eu ganhei à bendita (ou maldita?) aposta e posso magoar se coração de algodão doce?

Que coisa horrível de se dizer.

A parte do algodão doce.

Enfim, minha cabeça estava procurando evidências de que aquilo não estava acontecendo, ou pelo menos, havia algo por trás de tudo aquilo que ninguém estava enxergando.

Ou será que eu estava vendo seriados demais e enxergando coisas que não existem e nunca irão existir e tudo não passa de um amor juvenil sem muita importância para os grandes romancistas?

- Hm... - Eu comecei sem ao certo o que dizer. - Você está falando sério?

- Acha que estou brincando? - Ele responde com uma pergunta cruzando seus braços.

Eu queria dizer que ele não estava brincando, que eu acreditava naquele pedido descabido e que cairia de amores por ele e teríamos uma vida enorme e feliz com cachorros.

Pena, que isso é a vida real e não um conto de fadas... Capenga!

- Patrick, você gosta dela? - Perguntou Kathe se apressando para ficar ao meu lado.

- A questão não é gostar... É necessitar! - Ele responde.

- Como? - Pergunta Felipe indo para o lado de Patrick e o encarando.

- Vocês são burros ou o que? - Ele fala achando um pouco de graça das nossas expressões.

Eu sabia que aquilo estava cheirando mal. Sabia que nada era por "acaso" e que isso nunca aconteceria de livre e boa vontade sem ter um motivo por trás de tudo.

- Chuck pensa que namoramos... Certo? - Patrick começou e eu apenas assenti com medo do que aquilo levasse.

- Quem é Chuck? - Pergunta de novo Felipe.

- Cara, nem eu sem quem é direito. - Patrick responde sendo sincero. - Só sei que ele era o ex-namorado perturbado de Agatha e que ele voltou para atormentar a vida de todo mundo.

Ele era bastante observador, devo dizer. Embora, qualquer um que tenha no mínimo um neurônio entenderia o que estava acontecendo... Isso prova minha teoria de Felipe não ter neurônios.

- E o que o seu pedido tem haver com tudo isso? - Pergunto por fim sem entender nada do que ele queria dizer.

Ou o que ele iria dizer.

- Qual o propósito de Chuck vir atrás de você Ag? - Ele pergunta.

- Irritar-me? - Pergunto ignorando o fato de ele ter me chamado de Ag.

- Também. Ele mandou esse vídeo por um único motivo. Ele apareceu naquele acampamento por um único motivo... Ele ainda te persegue por um único motivo.

Patrick falava aquilo como se entendesse tudo. Como se ele já soubesse daquela hipótese, do qual eu não estava entendo, antes mesmo de revelar para nós. Ele falava como se estivesse se sentindo o próprio Sherlock Holmes com deduções e enigmas que ninguém entende.

- E qual é esse motivo? - Pergunta Felipe tão perdido como eu.

- Ele ainda a ama.

Um novo silêncio surgiu naquela sala, tão profundo quanto o outro. O silêncio estava tanto que eu podia jurar que a única coisa que estava se movendo naquela sala eram os nossos corações, embora eu tenha quase certeza que o meu parou de bater quando eu o ouvi dizendo aquilo.

Chuck ainda me amava?

Aquilo era idiotice demais. Absurdo demais. Capaz mesmo que Chuck pudesse ainda estar apaixonado por mim, se é que um dia fora. Eu não duvido que ele esteja comigo só por... Vantagens? Talvez.

- O que? - Pergunto quase rindo com a ideia idiota, ridícula e maluca.

- Isso mesmo o que você ouviu. - Patrick fala se sentando na poltrona mais perto com um sorriso debochado.

Aposto que ele estava se sentindo com aquelas observações idiotas que ninguém mais acredita. Por favor, eu achava que ele era alguém melhor do que aquilo.

- Isso é um absurdo! - Fala Kathe indignada. - Psicopatas não amam.

- Então, ou estamos lidando com um psicopata que ama, ou não estamos lindando com um. - Ele fala feliz com sua observação. - Pense um pouco querida Kathe. Ele sempre quer ferrar a vida da Ag. Pelo que o percebi não gosta de mim. Ele manda um vídeo desses para Ag e depois para mim, só para eu e ela brigarmos porque ele tinha certeza que a Agatha não deixaria ver... Para me poupar, ou qualquer outra coisa que ela tenha pensando. Então ele fez o joguinho da intriga.

- E daí? - Felipe pergunta.

- E daí, querido Felipe, ele é um jogador e a Agatha é seu peão favorito. - Ele falou como se aquilo explicasse tudo.

- Explique-se idiota! - Digo irritada.

- Lembra quando ele apareceu no acampamento? - Patrick pergunta e eu apenas reviro os olhos. - Então, quando você estava limpando a louça... Ele me chamou para uma conversa.

- Ele fez o que? - Eu grito. - E como você não me diz nada seu idiota?

- Porque não foi importante. Não teve nada demais, naquele tempo eu achei que não... Agora tudo se encaixa.

- Continue. - Kathe falou me segurando para não bater no Patrick.

Aquele viado me esconde uma coisa dessas? Como ele pode? Eu faço de tudo para tentar proteger todo mundo da mira do idiota e no fim eles têm uma conversa e sou a última, a saber. Que lindo!

- Ele disse: "Espero que faça ela feliz. Agatha é com uma pérola, difícil de encontrar e muito fácil de perder. Não cometa os mesmos erros que eu." - Patrick fala se lembrando. - Eu achei que ele tinha falado isso na condição de ex-namorado ou talvez, um amigo. Só que ele praticamente estava dizendo que te amava.

Eu fiquei calada. Aquilo era meio inacreditável de se acreditar. Chuck, o Chuck que eu conheço falaria alguma coisa daquelas? Quais as probabilidades? Eu sempre tive certeza que ele queria destruir minha vida, e eu ainda tenho essa certeza, só que agora com essas palavras o que eu devo pensar?

Nada mais fazia sentido na minha vida.

O mundo parou de girar, e o sol explodiria.

Era assim que eu estava me sentindo.

- Então quer dizer que Chuck faz tudo isso, quer destruir a vida dela... Porque ama? - Pergunta Felipe.

- Exatamente. No jogo do amor, nada faz sentido. - Patrick fala com um sorriso.

- Eu não estou entendendo nada.

Patrick bufa com minha afirmação e se endireita na cadeira para falar comigo.

- Resumindo: Chuck ainda gosta de você. Ele quer que briguemos e nos separemos assim você ficaria frágil e cairia na dele novamente. - Patrick falou como se estivesse explicando algo para uma criança.

- Isso não faz sentido! - Afirmo.

- Porque não?

- Ele sabe que não estamos namorando de verdade. Ele sabe da aposta. Ele me disse para ganhar de você. - Eu respondo contando sobre o meu encontro com ele.

Não sei exatamente porque eu contei tudo, porque eu não devia confiar naqueles dois idiotas... Certo? Então, porque eu continuo contando tudo? Porque eu ainda os deixo palpitarem na minha vida e porque eu ainda deixo eles falaram sobre Chuck?

Nem eu sei a resposta.

- Acho que sua teoria maluca foi por água abaixo. - Felipe fala se jogando no sofá e procurando o controle da televisão.

- Não. Eu estou certo. Tem apenas alguma coisa que eu estou deixando escapar. - Patrick fala e começa a andar pela sala de um lado para o outro.

Eu reviro os olhos percebendo que o idiota não tinha como comprovar sua teoria idiota. Kathe atendeu ao telefone no primeiro toque e se afastou para falar. Dois minutos ela estava de volta.

 - Aloísio está me chamando para ir a casa dele. - Ela fala olhando para mim. - Quer carona para casa ou vai ficar aqui?

- Eu vou contigo. - Digo prontamente. - Adeus Senhor Holmes e Watson. - Digo saindo pela porta deixando os dois idiotas na sala.

Andamos até o carro de Kathe em silêncio. Quando estávamos na estrada ela falou.

- Acha que seja possível o que ele falou?

- Não. Não faz sentido. - Eu respondo olhando pela janela.

- Amiga, quando o assunto é sobre Chuck nada faz sentido. Eu só acho que o que ele falou tem um fundo de verdade.

- O que? Que ele ainda é apaixonado por mim? - Digo rindo da hipótese.

- Não. Que ele quer separar você do Patrick.

- E porque ele queria isso?

- Porque ele gosta de fazer isso. Gosta de destruir, quebrar... Ele gosta de ferir os outros e não suporta nada que esteja sendo construído, nada que ele não possa ter.

- Ele pode ter qualquer vadia que quiser.

- Mas ele não terá você. - Kathe fala e eu a olho sem entender. - Ele sempre vai querer algo que não pode ter. É como ele age e sempre vai ser assim. Ele te quer, porque você o odeia.

- Isso faz sentido. - Eu digo perplexa com aquilo. - Ele sempre quer algo que não pode ter. Como aquela vez com a coroa...

- Lembranças, não. - Ela fala estacionando na frente de casa. - Amanhã eu te ligo.

- Ok. - Respondo descendo do carro. - Avise para Aloísio que eu minha mãe quer ver ele.

- Pode deixar. - Ela falou ligando o carro. - Até amanhã.

- Até!

{...}

- Espero que seja pegando fogo ou sendo ameaçado pela máfia chinesa para me ligar uma hora dessas. - Digo atendo o celular.

Eram 4 da manhã quando o meu celular tocou. Eu recém havia ido dormir, porque cheguei a casa lá por duas da manhã depois fiquei comendo e recém havia fechado o olho para dormir. Então, estava estressado com qualquer pessoa que tivesse ousado me interromper meu quase sono.

- Eu descobri... - Patrick falou animado.

- Descobriu o que criatura? A fórmula da juventude? Como matar alguém com o pensamento? - Eu pergunto irritada.

Não. Escute apenas. - Ele fala - Chuck ainda gosta de você, ele sabe de tudo o que acontece, mas ainda gosta. Ele apenas gosta de alguma coisa que não pode ter. Ele te quer, por você odiar ele. O cara é maluco, e vai querer algo que não possa ter e pelo fato de você odiar ele deixa excitado e entusiasmado com esse "jogo" que ele acha que está vivendo.

- Isso eu já havia descoberto sozinha. – Digo coçando o olho morrendo de sono. – Eu e Kathe chegamos a essa conclusão sozinha. Chegou atrasado. Agora, tchau.

- Espera... Não desliga! Vou te dar outra explicação... – Patrick falou.

Coloquei o telefone de lado e tentei não dormir. Dava para ouvir seus passos no assoalho de sua casa, Felipe vendo a reprise do jogo de basquete.

- Dá para pensar em algo rápido? Quero dormir. – Digo depois de longos cinco minutos no puro tédio e sono também.

- Já sei. – Patrick falou entusiasmado.

Será que aquele garoto não dorme? Não tem sono, não é humano? O será que ele estava à base de cafeína e por isso não dorme? Pois, eu não estava sobre base de cafeína e precisava dormir.

- Eu não bebi café Ag. E ainda bem que você também. – Patrick fala.

Eu tinha certeza que ele havia revirado os olhos pelos meus pensamentos altos.

- Fale antes que eu desligue. – Digo.

- Na verdade, eu ainda não sei. – Ele confessa.

- Tenha santa paciência. Péssima Noite! – Desejo e desligo o telefone.

Aposto que aquele garoto estava se sentindo o detetive com deduções descabidas. Ele era o Sherlock Holmes, só na China... E nem isso se bobear!

Enfim, depois do que passei no dia com descobertas não tão cobertas assim, depois de descobrir que Chuck pode não ser psicopata como penso, eu tenho meu sono precioso e querido.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Eu sei que ficou chato e confuso. Mas foi preciso. Então, eu estava fazendo as contas na aula de biologia (tudo haver, não?) e a história ainda tem no máximo (estourando o limite) uns 15 capítulos. kkk Calmem, não se desesperem. k Prometo que tudo será agilizado com o tempo e nem irão perceber que terá mais 15 capítulos pela frente. k Outra coisa, eu vou fazer os meses passarem com rapidez, tudo bem? Tipo, eu já até fiz um cronograma aqui na minha agenda para essa história cada mês terá no máximo 5 capítulos. Alguns tem 3, outros 2 e por ai vai. E no final, dão no total de 15. Okay? Eu ainda tenho que agilizar o segredo delas, e lágrimas (de risadas, eu acho) irão rolar ainda, porque eu estou preparando algo para o dia 17 de novembro (na história!) kk Ah! Eu tentarei deixar alguns capítulos prontos já, porque assim eu posso postar mais rápido... But, vai depender de vocês o dia que eu posto. Quanto mais review's, mais rápido eu posto! Só deixando claro que se eu não me engano, o próximo é 100% Agatha s2 Patrick kkk Para quem gosta, só deixando avisado. k
Sugestões: O que vai ganhar de Páscoa? Está fazendo provas? Gosta de Sherlock (a série)? Sou viciada :3
Então... É isso!
Beijos.
Fiquem com Deus.
Bom Feriado.
Feliz Páscoa!
Até os review's.
E recomendações são super bem vindas!