Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 2
Só por que eu coloquei fogo na escola?


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras, tudo bem? Bem vindo aos novos leitores desta minha humilde (e triste) história. Peço perdão desde já pelo capítulo -bosta- que é esse, porém foi preciso para desencadear todas as confusões de Agatha, tudo bem?
Em todo caso, espero que vocês pelo menos leem e não deixem de acompanhar a história, por que eu prometo que melhora. Quem já é meu leitor na outra história, acho que sabe que eu tenho alguns problemas com os primeiros capítulos, mas logo a história anda decentemente. Certo?
Boa Leitura!



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Uma semana para eu estar de férias e escolher o meu destino de viajem sem meus pais para perturbar, sem ninguém para me dizer o que devo ou não fazer. Sem ninguém dizer para eu não se esquecer de passar o bronzeador, ou para dizer que não devo entrar na agua depois que almocei.

Claro que eu tinha meu destino programado. E ele não incluía praia, claro. Eu iria para Paris, França. Meu sonho lindo e maravilhoso de visitar a Torre, o Arco de Triunfo e outros monumentos fantásticos, sem falar nas catedrais. Uma de tirar o folego da outra.

Mas antes de ter tudo isso apenas para mim, eu devia cumprir um castigo na escola por ter colocado fogo (acidentalmente) nela. E o diretor como me ama (ironia!) decidiu me colocar no pior castigo que qualquer um poderia ter. Não, eu não teria que andar nua pela escola, não teria que usar uma escova de dente para lavar a escola inteira e muito menos usar meu cabelo como vassoura. Era muito pior do que eu poderia imaginar.

Eu teria que ajudar o Senhor-Não-Tenho-Cérebro passar de ano, já que Patrick não tem uma capacidade mental maior do que uma porta e não consegue notas boas e com isso será afastado dos jogos do colégio e o diretor quer aquele troféu idiota em sua sala e decidiu que eu é que iria ser este meio de fazer com ele recebesse esta merda de troféu.

Isso tudo não é injusto? Afinal, só por que eu coloquei fogo na bosta da escola eu tenho que ser castigada com isso? Eu fiz é um favor para aquela morsa que diz ser diretor da escola. Eu tentei argumentar, mas como ele me ama (ironia, de novo) ele não me ouviu e me entregou o horário de Patrick.

Além de professora particular de idiota eu ainda vou ser babá? Só o que me faltava mesmo.

Toda esta raiva que eu estou sentindo no momento foi descontada na minha aula de hoje de L.U.T.A. ou defesa pessoal. Por que L.U.T.A.? Significa Limite ultrapassado por tarados anônimos, sou esperta não sou? Devo dizer que para poder essa aula de defesa pessoal foi uma verdadeira guerra na minha casa, por que minha mãe diz que não era coisa de menina fina, na boa... Não sei por que ela insiste em dizer que sou uma moça fina. E meu pai estava felicíssimo por eu começar essas aulas, pois conforme ele “Ag Tem que se preparar para o futuro.”. Em todo caso, eu consegui entrar nesta “matéria” depois de prometer a minha mãe que não largaria o balé.

Incrivelmente eu faço balé. Isso mesmo, Agatha Verona que irá ser conhecida como a garota que colocou fogo na escola faz aquela estupida aula de garotas idiotas que querem conquistar um homem para se casar, e de quebra ele ainda tem “fantasias sexuais” com o “tutu” ridículo que elas usam. Patético isso tudo. Mas sou obrigada pela minha queria mãe a fazer esta aula de idiotas.

Nada mais me irrita do que idiotinhas gritando para cima e para baixo, se exibindo suas roupas novas ou suas novas saias de balé. Correção, algo me irrita mais. Ele infelizmente está na minha frente com cara de idiota.

- Está me ouvindo? – Pergunto atirando um livro grosso que estava na minha mãe na sua cabeça. Ele por sua vez desfez a cara de idiota e me olhou.

- Verona... Você está aqui? – Ele perguntou inocentemente.

Juro que se eu não tivesse mais irritada do que o normal, jogaria ele da escada e veria morrendo com um sorriso de satisfação no rosto. Pena que não poderia fazer isso iria sujar minhas mãos. E imagina o esforço que eu teria que fazer para joga-lo? Não, prefiro sair de perto mesmo.

- Estou na sua frente a mais de dez minutos tentando te falar que eu sou sua nova professora particular... E você não está me escutando não é? – Eu falo e olho para ele. Sem resposta. – Eu vou transar com seu amigo Felipe.

Ele ainda não presta atenção em mim, nem com uma frase sem cabimento dessas. Felipe é um dos jogadores de futebol, ele chega ser pior que o Patrick em algumas coisas. Simplesmente eu sinto vontade de vomitar quando ele chega perto de mim, por algum motivo.

Respiro fundo e conto até três. Não irei matar Luiz. Não hoje. E não agora, por que tem testemunhas demais. Viro-me para ir embora e deixar o idiota olhando para uma vadia qualquer, mas sinto uma mão pegar o meu braço e me fazer virar novamente.

- Está pensando que é quem? – Eu pergunto me desvencilhando do aperto de Patrick.

- Seu mais novo aluno. – Ele disse com um sorriso de propaganda de pasta de dente, só que daquelas do antes com caries, dentes podres e com buracos dentro da boca.

- Decidiu me ouvir agora? – Pergunto olhando para a sua cara.

- Claro, consegui um telefone de uma gatinha. Agora eu tenho o tempo todo de sobra para você gatinha. – Ele falou piscando e eu revirei os olhos de indignação.

- Vamos fazer o seguinte? Eu não te ajudo, você diz para o diretor que eu estou pagando meu castigo e nunca mais encosta sua mão nojenta em mim. Pode ser? – Eu falo arrumando meus livros em meus braços.

- Ou talvez, hoje às três horas na sua casa. Sem gracinhas, sem pegadinhas e sem seu mau humor diário. – Ele falou me avaliando. – Só falta me passar seu endereço.

- Se quiser apareça, e ache minha casa.

- Tem mais de um milhão de casas nesta cidade.

- Tadinho, acho que não vai conseguir chegar às três horas. – Eu digo dando as costas para ele e descendo a escada rumo a qualquer lugar bem longe daquele ser.

Ando até o meu armário e lá encontro minha melhor amiga (e única, vale ressaltar) Katherine Star, ou Kathe. Ela tem cabelos louros platinados, olhos cor de chocolate. Usa na maioria das vezes vestidos ou roupa de líder de torcida que mostram suas perfeitas curvas. Sim, minha amiga é líder de torcida por que é uma tradição da família que vem sendo seguida por gerações. Coitada!

- Kathe, me salva! – Eu falo parando em seu lado e abrindo meu armário.

- Não vou ajudar você com o seu encosto. Eu avisei que não seria uma boa ideia colocar fogo na escola. – Ela falou com aquele tom “eu te avisei, não avisei?” que todo mundo sempre fala comigo quando eu faço alguma coisa errada, mas eles nunca me impedem de fazer.

- Nem queimou nada. – Eu me defendo. – Só o salão dos fundos. Pena que eu não tive a ideia de colocar no laboratório. Imagina como seria legal.

- Você tem problemas! – Ela comenta se afastando de mim. – Até mais!

Dou um tchau para Kathe que nem deve ter ouvido. Coloco minhas coisas no meu armário e pego o que é necessário para tarefas de casa e afins. Jogo tudo na mochila, que por sua vez vai parar desajeitada em meu ombro.

O sinal bateu logo em seguida anunciando que estava na hora que os portões da prisão iriam se abrir e todas as almas iriam para o pátio de sol ter alguma diversão. Sai andando e continuei minha caminhada por dez intermináveis quarteirões até chegar a minha casa e sentir vontade de voltar à escola.

Assim que entrei em casa senti logo de imediato o cheiro de algo queimado. Sem pensar duas vezes joguei minha mochila no chão e corri para a cozinha de onde vinha o cheiro. Chegando lá, descobri a causa: A panela de arroz estava queimando com o fogo máximo. Motivos? Deve ser por que meus pais estavam aos gritos discutindo alguma banalidade como sempre. Embora eles se amem, sempre estão em pé de guerra.

Olho para os dois e tento entender algumas palavras... Sem sucesso. Desligo todas as chamas do fogão, prevenindo para que nada mais pegue fogo e atenção daqueles dois indivíduos que estava até agora brigando se viram para mim.

- O que está fazendo garota? – Pergunta minha mãe aos gritos.

- Salvando a gente de um incêndio se não percebeu. – Respondo como se fosse obvio.

- Não fale assim com sua mãe, menina. – Meu pai me repreende.

- Não fala assim com a minha filha. – Minha mãe fala se virando para o meu pai.

- Ela não é só sua filha. É minha também. Agora eu sei por que ela tem maus modos, você não ensinou nada para sua filha mesmo. Deixe-me ensinar um pouco de educação. – Meu pai grita com a minha mãe e recomeça a briga.

Como eles haviam esquecido totalmente da minha existência, o pivô da sua nova briga deles sai da cozinha e subi para o meu quarto com minha mochila. Joguei-a em um canto do quarto e fui tomar banho. Com isso feito ouço minha mãe gritando que o almoço estava pronto. Visto qualquer roupa que encontro pela frente de desço para comer.

O almoço corre tudo magnifico, sem contar nos gritos de meus pais e as aguas atiradas por ambos. Coisa corriqueira da minha vida. Motivos para eu viajar sozinhas é o que não me faltam. Meus pais sempre me fazem passar vergonha principalmente na frente de gatinhos que eu estou afim.

É um vexame!

Lá pelas três horas da tarde, meu pai já havia ido para o trabalho. Minha mãe havia dito que iria visitar a sua floricultura por que não confiavam suas flores nas mãos de Greice. Fiquei esperando o idiota aparecer na minha casa por um bom tempo. Quando foi quatro e meia da tarde, ouço a campainha de casa tocando e me despertando de meu cochilo.

Corro e abro a porta. Patrick estava ali com um sorriso triunfante no rosto e roupas normais, sem serem aquelas de jogadores estúpidos. Vestia uma bermuda estilo surfista, uma regata branca (que já não era mais branca devido a uma mancha enorme no meio) e Havaiana nos pés.

- Você demorou. – É a primeira coisa que comento quando o vejo.

- Não sabia o seu endereço, então tive que bater em casa em casa desta rua. Por que sua amiga havia dito a rua. – Ele disse ainda na porta. – Não vai me convidar para entrar?

- Entra. – Digo e dou passagem. Patrick passa por mim deixando um rastro de cheiro de mar. Ele olha a sala de estar com um ar critico e com as mãos dentro dos bolsos. – Quer dizer que você procurou minha casa nesta rua toda, batendo em porta em porta?

- Sim. Encontrei pessoas legais até. – Ele falou me olhando. – Peguei o telefone de algumas gatas que abriram a porta e umas velhinhas me serviram chá com bolachas quando contavam história de guerra que haviam participado.

- Uma tarde bem agitada! – Eu comento.

- Pode crer.

Ficamos nos silêncio, parados sem saber o que fazer ou o que falar. Passamos assim, se balançando para frente e para trás por uns bons minutos até que ele quebrar o silêncio.

- Onde vamos estudar?

- Aqui ou no meu quarto? – Pergunto e ele me olha.

- Tanto faz. – Ele fala.

- Ok... Hm... Vamos lá em cima! – Digo conduzindo-o escada a cima até o meu quarto.

Assim que entro no quarto vou direto procurar os livros para começarmos a estudar. Quando ele entra no meu quarto fica olhando tudo mexendo em algumas coisas. Parece criança com um brinquedo novo que tem que mexer tudo.

- Qual sua matéria preferida? – Eu pergunto me sentando em minha cama.

- Cama de casal é? – Ele pergunta sentando-se em uma poltrona para frente da minha cama.

- Cala a boca. – Ordeno. – Que tal começarmos por geografia?

- Não. Isso é fácil. – Ele fala pegando uma bolinha que estava em cima de meu criado mudo e começar a mexer.

- Ok... Que tal história?

- Muitas datas.

- O que quer estudar?

- Português. – Ele fala deixando a bolinha cair no chão e fazer um barulho quase mudo.

- Então que seja português.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu sei que não ficou muito legal, devo ter jogado um balde de água nas suas expectativas para este capítulo, então desculpa. Mas mesmo assim, eu espero algum review. Por favor! Acho que é isso por enquanto, até mais.