Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 10
Encontro não tão sonhado.


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem? Espero que sim u.u Bem, a cá estou para apresentar mais um capítulo mais do que especial de tão horrível que ficou. Sério. Eu não curti muito ele não, mas achei que seria legal postar ele por que né? k Enfim, as aulas de vocês já começaram? As minhas começaram agr dia 4 de fev. e eu estou no 2º ano do E.M e pense em uma coisa chata u.u k I know, I know. k Mas... Voltando ao capítulo... Então, aqui está o tão sonhado encontro e alguns climinhas a mais e coisas romanticas e tudo mais >< Eu achei tão fofo de alguma forma u.u Não me crucifiquem pelo capítulo, prometo que eu melhoro u.u kkk Até mais (:



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- Eu não acredito que estou fazendo isso... - Eu repetia sem parar.

Era noite de quinta feira ainda. Havia recém-acabado de pintar uma parte do celeiro e havia subido para o banheiro para poder tomar um banho e me vestir adequadamente contra os mosquitos que existiam nesta casa maldita com cheiro de mofo.

Eu estava no quarto designado para os hospedes, ou seja, eu e os outros três dividiríamos o quarto por quatro dias, com muita certeza que isso não daria certo afinal estamos falando de quatro pessoas com muitos problemas pessoas que me deixavam atordoadas.

Isso começa pelo fato de Charlie estar apaixonado por mim, ou por eu ter entendido isso, o que me perturbava muito e ainda ele tinha ciúmes da minha relação com Patrick que por sua vez eu o odiava e vice versa, mas nossa relação estava começando ficar melhor e de Patrick passava a irmã de Charlie, a lunática Jane que estava claramente apaixonada pelo mostarda e que de alguma forma levava isso para mim, por que eu não estava gostando muito daquele amor dos dois, embora Patrick só desse corte na pobrezinha.

E agora teríamos que dividir um quarto por quatro dias.

Era tudo que eu precisava nestas férias mesmo.

No quarto não tinha ninguém além de mim e isso me dava certa liberdade de vasculhar minha mochila em busca de algo decente para usar hoje, já que depois do jantar eu iria encontrar Charlie no celeiro. Quando se fala deste jeito, parece que estamos nos encontrando às escondidas como dois amantes que tem um amor proibido. Argh! Só de pensar em uma bobagem dessas embrulha meu estomago.

Coloquei uma calça jeans preta com uma blusa soltinha rosa claro. Era o melhor que eu tinha e nunca imaginaria que teria que me encontrar com alguém neste fim de mundo, ainda mais no celeiro. Isso é... Tão clichê, que chega a dar raiva. Terminei de amarrar meu cabelo em um rabo de cavalo e calcei meus tênis.

Quando cheguei à sala de jantar me deparei com uma cena não tão tradicional assim. Jane estava servindo comida, ao mesmo tempo Charlie estava conversando, ou melhor, parecia que estava brigando com Patrick. Os Senhores Felix estavam mandando beijo um para o outro já que sentavam ambos nas pontas da mesa. Entrei no local e recebi o sorriso de Jane. Charlie e Patrick automaticamente param de brigar e os velhos me olharam. Escolhi uma cadeira ao lado de Jane e me sentei.

- Então... Bom apetite! - Gritou o velho da cabeceira atacando um prato com várias carnes de frango. Detalhe, ele não usava talheres. Eu realmente fiquei com vontade de vomitar o jantar todo e para isso não acontecer, acabei olhando apenas para o meu prato o jantar inteiro.

Acabado tudo, a cozinha ficou por conta de Jane e da velha. O velho levou Patrick para não sei aonde alegando mostrar alguns jornais de guerra ou sei lá o que e me sobrou Charlie me encarando.

- Dá para parar? - Pergunto irritada pelo modo que ele me olhava.

- Vamos passear? - Ele propôs me ignorando.

- Adianta eu falar não? - Digo, mas não recebo resposta.

A noite estava realmente linda. Várias estrelas pelo céu se espalhavam como se procurasse um lugar para elas. A lua estava escondida por algumas nuvens cinzentas, mas não tirava sua beleza. E a chuva se aproximaria a qualquer momento. Andamos em silêncio até o celeiro. Meu braço estava por dentro do dele, daquele jeito que antigamente as pessoas andavam.

Chegamos ao celeiro e me deparei com duas cadeiras colocadas propositalmente para aquele momento com uma grande vista para as estrelas. Charlie me conduziu até uma cadeira e depois sentou-se na outra.

- Então... A noite está linda, não é? - A única coisa que eu consigo falar para quebrar aquele silêncio horrível e a coisa mais patética de todos os tempos.

- Não tão linda como você... - Ele fala me olhando.

Agatha, força. Agora é a hora de você falar que não está interessada nem nunca estará. Vamos menina, reaja!

- Olha Charlie, eu... - Tentei falar, mas fui interrompida.

- Agatha desde o primeiro dia que te vi, percebi que você era diferente de todas as mulheres que eu conheci. E eu estava certo. E ao longo de duas semanas eu fui me apaixonando cada vez mais por você. E isso é algo novo para mim, por que realmente eu não sou do tipo de cara que se apaixona, ou faz papel de bobo como agora... - Ele falava me olhando nos olhos. Puxou minha mãe e a encaixou com a sua. - O que quero dizer é que... Eu não suporto a ideia de estar longe de você, de saber que você dorme todas as noites com Patrick. E muito menos saber que vocês tem uma ligação tão forte que nem mesmo vocês se dão conta disso... Agatha Verona, por favor... - Ele estava prestes a falar alguma coisa, mas eu o cortei.

- Charlie... Você é legal,  carinho, romântico e muitas outras coisas boas que você é, mas eu não estou interessada em você. - Eu digo e pela primeira vez sinto a dor nas palavras causando na outra pessoa. - Eu não estou pronta para qualquer coisa e eu nem posso.

- É tudo por causa de Patrick, não é? Eu sabia que aquele garoto tinha enfeitiçado você... Eu não acredito naquele papinho de que te odeia ou vice versa. Tá na cara que vocês andaram... - Charlie estava de pé andando para um lado para o outro nervoso, irritado e com raiva. - Vocês transaram?

- O que? - Eu fico surpresa com a pergunta dele. - Deus, não. Quem acha que sou?

- Eu sei quem você não... Eu não sei quem ele é. - Charlie concluiu.

- Charlie eu não transei com Patrick, na verdade a gente mal se fala no Chalé. Eu não gosto dele e vice versa. Agora dá para se acalmar, por que está me irritando. - Eu digo alterando minha voz na ultima parte.

Aquele garoto tinha sérios problemas mentais, por que pensar que eu e Patrick... Isso é a mesma coisa do que pensar que um macaco e um coelho podem ter um filho, é algo sobre-humano, errado e bizarro.

Charlie continuava andando de um lado para o outro pensando em sei lá o que. Eu havia desistido de tentar parar ele e não estava nem um pouco afim de ir para casa no momento, ainda mais para encontrar aqueles velhos. Estava sentada na cadeira brincando com uma palha quando Charlie fala do nada:

- Você gosta dele?

- Não. Dá onde tirou isso?

- É a única explicação que eu consigo pensar por você não querer ficar comigo.

- Alguma vez já passou pela sua cabeça que eu não goste de você, que eu não goste de ninguém? - Eu perguntei perdendo totalmente a paciência.

- Todo mundo gosta de alguém Agatha. - Ele responde parando e me olhando.

- Não no mundo em que eu vivo. As pessoas não precisam gostar de alguém, elas não precisam namorar, ficar ou sei lá o que por que os outros esperam isso. Elas não precisam gostar de alguém por que é errado não estar gostando de alguém. - Eu digo.

Estava me sentindo como uma professora explicando pela primeira vez a teoria do Big Bang para alunos da quinta série e estava vendo a carinha delas de surpresa e ao mesmo tempo de interrogação por não entenderem o que eu digo. Charlie estava com essa expressão no momento.

- Não é por que você está gostando de alguém, que todos devem gostar de alguém. - Respondo por fim.

Charlie fica na minha frente catatônico. Passado alguns segundo ele abre a boca, mas fecha novamente reavaliando suas palavras. A chuva lá fora começou a cair e cada vez mais rápida e forte.

- Eu estou apaixonado por você. - Sentencia por fim Charlie.

- Então temos um problema... - Eu digo tirando uma mecha solta do meu cabelo para o lado. - Eu não estou apaixonada por você.

Eu vejo os olhos de Charlie se arregalar rapidamente, mas voltarem ao normal rapidamente.

Eu posso ter sido dura com ele afinal. Eu posso ter sido fria ou até mesmo ter um emocional de uma pedra na cabeça dele, mas na verdade eu estava livrando ele de um problema que me atormenta e não queria que isso se tornasse um fardo para ele também.

Por mais que eu tenha sido dura e fria ao falar aquilo para ele na lata, eu sabia que estava protegendo-o do mal que eu posso causar, do mal que eu carrego nas costas. E por mais que eu não estivesse apaixonada por ele, eu não queria o seu mal.

Não de mais uma pessoa inocente.

Charlie se aproximou de mim devagar, mas rápido o suficiente para eu não entender o que ele faria. Passou sua mão pela minha cintura rapidamente e com a outra mais rápida ainda foi parar na minha nunca e ele me beijou.

No começo foram apenas selinhos.

Eu demorei um pouco para perceber o que ele estava fazendo e quando eu percebi, não consegui sair. Abri a boca para protestar, mas isso acabou lhe dando passagem, a que ele tanto queria.

Tentei fugir de seu beijo, mas sua mão em minha nuca dificultava a sonhada fuga. Sua mão em minha cintura me trazia cada vez mais perto dele. Eu sabia que não conseguiria sair naquele momento.

Eu apenas fechei os olhos e me deixei levar pelo momento. Minhas mãos pararam de lutar e acabou indo para o cabelo de Charlie. Eu correspondia seu beijo do jeito que ele queria. Meus dedos brincavam com fios de seu cabelo, sua mão deslizava pelas minhas costas. Ele me levou até a parede onde me prensou contra ela.

Agora mesmo que não tinha como fugir... Mas eu queria fugir do seu beijo?

Fazia tanto tempo que eu não fazia isso. Não beijava que tinha até esquecido como era, tinha até esquecido como eram bons e a sensação era de alivio, pelo menos para mim, por que parecia que eu estava conseguindo minha vida novamente.

Por um segundo paramos para puxar ar. E foi neste segundo que eu cai em mim e percebi o que eu estava fazendo de errado e que acabaria como na última vez. Eu empurrei Charlie para longe usando toda a minha força. Ele parecia surpreso por que me deixou sair.

A chuva lá fora estava forte demais e eu não ligava muito para isso. Sai pela chuva, sem olhar uma única vez para trás. Eu sabia que ele não estava me seguindo e era melhor assim. Eu não queria deixar Charlie perdido como ele estava, mas sabia que era o melhor a se fazer neste momento.

Eu não queria ir para a casa, mas meus pés acabaram me levando para lá. Passei pelos cômodos molhada, ignorando todas as perguntas dos outros. Segui para o banheiro, liguei a ducha e entrei na água quente. Era daquilo que eu precisava no momento. Água quente para tirar tudo do meu corpo e levar para outro lugar, bem longe de mim.

Depois do banho tomado, coloquei meu pijama que havia trazido comigo antes. Eu apenas escovei meus cabelos sem seca-los por que eu gostava do jeito que ele ficava vermelho vivido quando molhado. E gostava da sensação dos pingos inundarem minhas costas.

Entrei no quarto e não me deparei com ninguém além da minha sombra. Subi em cima da cama que eu iria dormir, abracei meus joelhos e fiquei ali pensando em tudo que acontecerá até ali.

Eu odiava pensar no passado, odiava pensar nas besteiras que eu havia feito, odiava saber que eu poderia ter feito isso ou aquilo, mas o tempo não volta e eu aprendi a não pensar neles por que não me trazia tristeza e arrependimento.

Só que hoje eu havia voltado.

Eu havia voltado para o passado que me atormentava em meus pesadelos. Eu podia ouvir sua voz, eu podia sentir seu cheiro e isso só me enfraquecia mais por dentro.

"Eu te avisei, não avisei queridinha?" - Ouvir sua voz me dava medo.

"Viu o que aconteceu, não é benzinho?" - Eu tinha medo de pensar naquela noite.

"Você não pode se esconder para sempre queridinha." - A voz disse por fim.

- Agatha. - Ouvi alguém chamar meu nome e ao mesmo tempo me abraçar.

A pessoa que havia vindo me acudir subiu na cama e me trouxe para um abraço tão bom, tão seguro que eu nem questionei quem fosse. Apenas enterrei meu rosto em sua roupa e derramei lágrimas que há tempos não derramava.

Não sei quanto tempo passei ali, chorando que nem uma criança que havia se perdido da mãe. Só sei que minhas lágrimas secaram e isso me trazia um sentimento de paz. Eu finalmente havia derramado lágrimas escondidas há tanto tempo que nem eu mesma lembrava que tinham elas.

Aquela voz. Aquela lembrança me assustava mais do que qualquer outra coisa. Eu não me orgulhava do que eu havia feito muito pelo contrário. Eu queria ter feito tudo diferente, eu queria poder reescrever meu passado, mas já não podia mais.

- Agatha, você está bem? - Perguntou novamente a voz.

Eu levantei minha cabeça para ver quem era, por que eu não escutava direito atordoada com a cena que fiz parte. Assim que fitei meus olhos nos deles, eu tive uma surpresa. Quem estivera ali comigo, era Patrick Luiz.

- Patrick? - Perguntei surpresa com a voz falha.

- Estou aqui. - Ele respondeu cauteloso.

- Desculpa, molhei sua camiseta. - A única coisa que eu me senti segura a dizer.

Ele soltou um sorriso fraco e disse: - Não tem problema, depois eu a lavo.

- Aqui não tem máquina de lavar. - Observo.

- Acho que está na hora de aprender a lavar roupa. - Ele fala rindo fraco. - Mas, você está bem?

- É... Acho que sim! - Eu respondo.

Eu me sentia bem naquele momento. Isso era o que importava, não era? Eu sabia que não estaria bem o resto da vida, mas naquele momento eu estava bem. Não feliz, mas bem.

- Como... - Eu tentei formular uma perguntar.

- Eu estava vendo uns recortes de jornal com o Senhor Felix, quando ouvi seu grito. Então vim correndo para ver o que havia acontecido. - Patrick fala voltando sua expressão de preocupação.

- Eu gritei?

- Foi. Acho que você caiu no sono e teve mais um pesadelo. - Patrick responde sutilmente.

Ele sabia que eu tinha pesadelos, por que toda a noite eu acordava e não dormia mais com medo de encontrar aquele cenário novamente. Patrick sabia só que era gentil demais para falar alguma coisa ou não sabia como me ajudar... Ou não se importava.

- Assustei todo mundo?

- Sim. Os Senhores Felix vieram aqui ver se estava tudo bem, e eu disse que sim. Jane apareceu aqui também, mas não falou nada apenas ficou me olhando e o irmão dela apareceu, mas parece que ele não gostou do que viu.

- Tudo isso quando eu estava chorando? - Pergunto admirada como as coisas acontecem rapidamente quando você chora.

- Sim.

- Você sabe o motivo de Jane te olhar do jeito que você me falou, não sabe? - Eu tento direcionar a conversa para outro lado menos perigoso.

- Acho que sim.

- Ela gosta de você. - Digo do nada.

- Provavelmente.

- Você gosta dela? - Eu pergunto sem saber o motivo da pergunta.

- Você sabe que o Charlie gosta de você, não sabe? - Ele muda de assunto.

- Sei... Ele me disse isso depois do jantar. - Respondo escondendo meu rosto em sua camisa novamente.

Aquilo era vergonhoso para o meu currículo.

- Disse? - Ele perguntou e eu afirmei. - Você gosta dele?

- Você gosta da Jane? - Retornei minha pergunta.

Ambos ficaram em silêncio.


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Notas finais do capítulo

Entããão? O que acharam? Fico horrível né? Eu sei que sim u.u Já tenho dois capítulos prontos aqui, mas só posto quando eu tiver mais de 12 review's entenderam? Ah! Não esqueça de ver o tumblr/blog http://balii-nyah.tumblr.com -- Tá tão bonitinho vei u.u kkk
Sugestões: Qual sua história favorita? Personagem favorito da história? Livro favorito? Novela favorita?
Quem quiser mandar recomendação, fique a vontade. Eu amo >
Ficou sem ninguém para eu dedicar esse capítulo ):
Vocês gostam da novela Malhação? E Lado a lado? Estou vendo u.u É tón legau u.u
Beiijoooos e até mais!