Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 28
Titanic


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, tudo bem?
Quem sentiu minha falta?
Desculpa a demora, mas eu disse que eu só postaria quando tivesse 25 review's, porém só recebi 23, mas agradeçam a linda Dear Anyone que comentou todos os capítulos. E seja bem vinda! E aos novos leitores, digo o mesmo.
Seguinte, todos estão tristes com o fim da fanfic e blá. Só que como eu sou uma pessoa muito boa e que você me amam, sem contar com essa ainda irá ter 2 capítulos (o último + extra) e dai sim acaba.
Ah! Não posso de deixar de agradecer a Planhs pela recomendação que me deixou muito feliz, sério! Minha décima!! Obrigada e esse capítulo é para você!
Sobre o capítulo: Ele não é o melhor capítulo que eu escrevi, ou escreverei. Pelo contrário. Ele está mais para chato do que qualquer outra coisa, porém ele foi preciso para mostrar como a Agatha está se sentindo e outras coisas que irão influenciar para o próximo capítulo!
Boa leitura!
— Cap. não revisado.
(Clique nas palavras azuis e escute a músicas).



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- "Eu sei, tudo pode acontecer. Eu sei nosso amor não vai morrer. Vou pedir aos céus, você aqui comigo. Vou jogar no mar, flores para te encontrar... Não sei, porque você disse adeus. Guardei o beijo que você me deu..." - Cantarolei enquanto assinava os papéis da escola.

Enfim eu estava livre da escola, para sempre.

Hoje era o último dia de escola e eu estava imensamente feliz porque eu não precisaria vir mais para essa bosta aprender merda que eu não irei usar na minha vida. Além de que eu não precisaria olhar mais para a cara de nenhum babaca metido a besta dessa escola.

- "Vou pedir aos céus, você aqui comigo..." - Continuei cantarolando enquanto entregava os últimos papéis para a moça da secretária. - Tudo certo?

- Tudo sim Senhorita Verona. - Ela confirmou e eu comecei a andar para fora da escola.

- "Guardei, o beijo que você que você me deu..." - Continuei cantando sem me importar muito com a minha voz desafinada.

- Você ainda está cantando essa música? - Minha amiga pergunta aparecendo no meu lado. - Tipo, você canta ela todos dos dias.

- Não tenho culpa se ela é viciante. - Constato e recomeço a andar junto com Kathe. - Além do mais, eu não canto só ela.

- Verdade, tem aquela outra... "É isso ai... Como a gente que ia ser... A vida tão simples é tão boa quase sempre. É isso ai... Os passos vãos pelas ruas, ninguém reparou na lua, a vida sempre continua... Eu não sei parar de te olhar, eu não sei parar de te olhar. Não vou parar de te olhar, eu não me canso de olhar, não sei parar de te olhar..." - Ela canta desafinada enquanto andávamos em direção a minha casa.

- Você é malvada! - Eu digo. - Eu gosto da letra das músicas, tudo bem? Elas te ensinam muitas coisas.

- Claro, ensinam que você está perdidamente apaixonada pelo Patrick e que não tem coragem de olhar na cara dele depois que ele descobriu o que você fez. - Ela fala revirando os olhos.

- Se você quiser ver por esse angulo, não irei discutir. - Respondo.

- Claro, ele é o único certo e você não venha me negar que essas músicas ai confessam tudo o que você sente. - Ela diz com um sorriso.

- Você é insuportável!

Eu não negaria o que Kathe havia dito, afinal era a verdade. Eu apenas não iria confessar em voz alta que eu estava morrendo de vontade de ver Patrick, de toca-lo, de rir com ele e de beija-lo. Eu não me enganaria mais do que já havia acontecido se eu negasse esses sentimentos.

Porém, é tão dolorido sentir isso e não poder estar com ele.

Dói como se você estivesse levando uma facada, tomando uma vacina ou caindo em direção de rochedos. Apenas dói a sensação de que nada está completo sem ele ao seu lado, sem ele te dizendo que tudo vai ficar bem, sem ele te abraçando para sessar seus medos, sem ele se declarando para você.

Apenas dói.

Havia se passado algumas semanas desde o nosso último encontro. E eu só havia visto ele de longe na escola e raras vezes na rua. Ele parecia bem, como se não sentisse falta de mim. Sua expressão mostrava, quando eu o via, que ele estava muito melhor sem mim e que continuaria assim.

Não que eu estivesse realmente decepcionada com isso.

Eu sabia que ele não olharia para mim depois de descobrir o monstro que sou. Depois de constatar que eu sou que nem Walter, uma pessoa sem escrúpulos que passa pela vida sem nenhum medo ou cuidado, que faz as coisas sem esperar uma consequência em troca.

Eu e Chuck éramos farinha do mesmo saco. E ele já não estava mais entre nós, deixando-me sozinha com o segredo e a dor.

- Porque você não liga para ele? - Pergunta Katherine depois de algumas horas lá em casa.

Estávamos vendo o filme "Titanic" e eu chorava que nem uma desesperada, pelo amor de Jack e Rose - mesmo eu querendo matar Rose por ela não ter salvado Jack.

- Porque eu ligaria para ele? - Respondi em meios de choros.

- Não sei como aguenta ver esse filme. - Ela diz comendo pipoca com Ketchup. - Ele é tão besta e todos morrem no final.

- É tão linda. - Eu afirmo chorando mais ainda. - O amor deles é tão lindo... Tão surreal que dá até inveja.

- Blábláblá. - Ela diz fazendo uma careta. - Você está parecendo a Rose.

Estava na parte em que ela se salva e deixa Jack morrer.

- Por quê? - Eu pergunto sem entender.

- Você desiste dos outros. - Ela comeu mais uma pipoca.

- Não desisto dos outros.

- Claro que desiste. A vida inteira foi assim. Agora mesmo, você está sendo uma Rose da vida deixando Patrick se afogar.

- Patrick não está se afogando. - Digo sem entender sua lógica.

- Claro que está. Aposto que o garoto está morrendo de saudades suas, que quer ter você e você ai, chorando por um filme trágico como esse comendo pipoca com Ketchup em vez de estar com ele. - Ela diz colocando a pipoca para o lado. - Porque não liga para ele?

- Porque ele não me ama mais. Porque ele não quer me ver mais, esqueceu que eu sou um monstro? Que eu matei alguém? Nenhum cara é capaz de aceitar isso. - Digo dando pause no filme.

- Patrick te ama de verdade, ele entenderá seus motivos.

- Se ele entendesse, viria atrás de mim. - Eu falo. - E vamos voltar ver o filme, quero ver o final do filme. 

- Você é impossível! - Ela diz voltando sua atenção para a pipoca.

Eu não devo deixar de comentar que eu sabia que Katherine estava falando alguma coisa certa naquela baboseira toda. Embora eu sei que ela odiava o filme, estar prestando atenção nele e me comparando com a Matadora de Jack’s é uma grande coisa, ainda mais quando suas palavras tem seu fundo de verdade.

Mas, eu jamais irei admitir isso.

Eu não desistia dos outros... Eles desistiam de mim. E eu apenas aceita isso de bom agrado. Afinal, porque eu iria correr atrás de alguém que não me queira? Que não gosta de mim ou porque eu iria impor minha presença?

É ridículo eu estar falando disso, sendo que eu mesma cometo essas pequenas “gafes”, porém eu tenho meus motivos – e muitos bons – para cometer esses atos e depois falar que eu não faço isso.

O caso é que eu sentia saudades de Patrick.

Eu havia aceitado o fato dele não correr atrás de mim naquele dia. De ele ter ficado ali, me olhando em estado de choque enquanto eu abria meu coração e meus segredos para uma das únicas pessoas que eu confiava a minha vida. E como o esperado, ele não reagiu na maneira que caras legais dos filmes reagiriam.

Aposto que Jack iria perdoar a Rose se ela cometesse algum crime dessa gravidade. Afinal, ela o matou. Então, qual a diferença? Tirando o fato de aquilo ser um filme e eu viver na vida real. Nenhuma!

Porém, ele não me ligou.

E eu não ligarei para ele.

Meu orgulho sempre fala mais alto do que qualquer dor que eu sinta.

Algumas horas depois sai com Katherine para comemorarmos nossa – enfim – saída da escola em um barzinho perto de casa. Meus pais haviam saído para comer em um restaurante chique, então, não tinha muito com que eu me preocupar. Chegamos ao lugar e nos sentamos em uma mesa.

- É a sua grande chance! – Kathe diz sorrindo para mim olhando para a porta.

- Que? – Eu não havia entendido o que ela quis dizer e me viro para olhar o que Kathe estava vendo.

E ali estava, o amor da minha vida... Patrick Luiz.

Eu o olhei rapidamente e depois virei meu rosto torcendo para que ele não me visse. Eu não estava nem um pouco preparada para falar com ele, ou para senti-lo perto de mim.

Porque oh mundo você me prepara uma arapuca dessas?

- Porque não vai falar com ele? – Pergunta Kathe tomando seu chope.

- A é e dizer o que? “Oi Patrick, lembra-se de mim? Oh! Eu ainda te amo!” Não, obrigada.

- Credo! – Ela exclama. – E tem uma piriguete com ele.

Viro-me rapidamente e percebo que é verdade. Havia outro ser feminino ao seu lado. Ela usava uma roupa bem provocativa, um batom vermelho que podia ser considerado um sinal vermelho de carros e estava abraçada com ele.

“Agatha, conte até 10...”, penso, “1, 2, 3... Eu não irei estrangular aquela vadia... 4, 5, 6... Senhor dê-me paciência porque se me der força eu mato ela... 7, 8, 9... Passou!”.

- Kathe, vamos embora. Por favor. – Eu peço já me levantando e jogando dinheiro na mesa. – Se não eu faço filé de vagabunda.

- Opa. – Ela falou se levantando rápido. – Vamos então.

Começamos a caminhar até a porta, só que os malditos ainda estavam nela conversando com alguém conhecido deles. Eu respirei fundo e disse para mim mesma não fazer contato visual.

Pena que deu errado.

Quando íamos passar pela porta, eu me desiquilibro – raios! – e acabo quase caindo em cima daqueles seres malditos. (Oh! Vida dá para ajudar um pouco aqui?), sou segurada pelo Patrick o qual fica me olhando fixamente enquanto eu me coloco de pé novamente.

Olhei seus olhos enquanto eles olhavam os meus. Seu olhar havia algo de estranho, algo que eu nunca havia visto antes. Era como se uma nuvem estivesse passando entre eles, e o trazendo tristezas. E eu sabia que a culpada pelo seu sofrimento era eu. Apenas eu.

- Olá. – Digo com a voz fina.

- Oi. – Ele responde me largando. – Quanto tempo?

- Pois é! – Respondo sem saber como agir ou o que falar.

Naquela hora eu queria falar muitas coisas. Queria abrir meu coração para ele, queria dizer que eu o amava muito e pediria desculpas por tudo o que eu fiz. Eu queria cair em seus braços e ser seu para o resto da vida.

Mas, as palavras não vinham. A coragem desaparecerá. E a dor voltará.

- Bem, a gente se vê por ai. – Diz Kathe me puxando para fora.

Andamos em silêncio por alguns minutos, quando ela quebrou o silêncio.

- É você ainda não está preparado para falar com ele. – Ela conclui – E nem ele com você! Nem Romeu e Julieta sofreram tanto quanto os dois, e olha que eles morreram.

- Você é péssima em comparações. – Eu digo rindo.

- Não se pode ser diva em tudo.

{...}

- Verona, concentre-se. – Diz a Senhora De Vil. – De novo!

Estávamos no ensaio final para a apresentação de hoje a noite.

Todos estavam nervosos. Todos estavam colocando expectativas demais em mim, na peça em si. E eu não queria desapontar ninguém. Eu não podia desapontar ninguém. Minha mãe havia chamado todo mundo para ver sua filha dançar, até meus primos de quinto grau da roça estavam vindo para me ver.

A pressão era grande.

Sem falar que eu não sabia quem ia ser o Príncipe na peça. E isso me deixava mais nervosa ainda. Afinal, e se ele não soubesse os passos certos? Se ele não me aguentaria na hora de levantar? E se nós dois fizéssemos papéis de bobos na frente da cidade toda?

Senhor!

- Pausa de quinze minutos. – Anuncia a Senhora.

Respiro aliviada e me sento no chão tirando minhas sapatilhas e alongando meus pés que estavam cansados de ficarem todos os tempos dobrados, altos e blábláblá.

Meu celular toca.

- E ai Ag? – Pergunta uma voz que eu já havia escutado em algum lugar.

- Quem é?

- Charlie! Vai dizer que me esqueceu?

- Chars? Como conseguiu meu numero?

- Eu o peguei quando nos conhecemos.

- Ah!

- Mas, eu queria saber se você tem alguma coisa para fazer hoje à noite. – Ele falou animado. – Estou na cidade e queria saber se topa sair comigo.

- Não vai dar... Desculpa.

- Ainda é o Patrick?

- Não, não. Eu tenho uma apresentação de ballet hoje. Vou dançar o Lago dos Cisnes.

- Sério? Puxa, que legal. – Ele falou deixando transparecer seu desapontamento.

- Mas, vai ficar na cidade até quando?

- Só estou de passagem, vou embora amanhã mesmo. Eu e meus pais paramos aqui para dormir e lembrei-me de você.

- Desculpa mesmo!

- Tudo bem. Boa sorte com sua apresentação... E Jane está mandando um beijo para Patrick e pedindo desculpas para você... Ai. Porra. Jane isso doí. – Escuto ele reclamar com a irmã. – Bem, nos vemos por ai.

- Com certeza!

- Até mais.

- Até! – E desliguei o telefone.

Falar com Charlie era no mínimo... Estranho!

Eu havia esquecido completamente dele, da irmã dele e do que aconteceu no acampamento. Aquilo me parecia lembranças tão distantes, tão velhas que eu não fazia questão de me lembrar. E escutar sua voz, me trouxe nostalgia.

E lembranças do que aconteceu lá. De como eu vivi “altas aventuras” com Patrick. E como eu sentia falta de sua pessoa se divertindo comigo. E como eu o queria aqui para agradecer por tudo que ele vivenciou comigo e das horas que ele me ajudou.

Será que serei que nem a Rose que não deixou de amar Jack apesar do tempo que se passou? Será que meu amor será imortal que nem a de Julieta e Romeu? Duvido. Tudo é passageiro. Pelo menos é isso que eu tento acreditar.

- Acabou o tempo! Vamos ensaiar. – Escuto e isso me traz de volta a realidade.


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Notas finais do capítulo

Eu ressuscitei dois personagens né? O que acharam do "fim" de Charlie e Jane? kkkk Eu nem ia coloca-los aqui, mas achei que eles mereciam para o desfecho. E o que acharam das músicas? Eu amo elas! Escuto sem parar :c E achei que combinou com a situação dela u.u Não acham?
Qual músicas vocês acham que combinam com os dois? Lá no "mystorie-foryou" tem a play com algumas músicas dos dois u.u Espero que aprovem!
Outra, o próximo sai quando eu tiver mais de 25 review's, e desta vez é sério. Poxa, é um dos últimos capítulos e eu quero ultrapassar os 500 review's, por favor!
Até mais... Beijos!
Tchauzinho!
— Recomendações são bem vindas. E review's são essenciais.