Meu Namorado De Mentira escrita por Bells


Capítulo 19
Onde estou?


Notas iniciais do capítulo

Oi. Tudo bem? Eu sei que eu iria postar apenas segunda, mas eu terminei o capítulo agora e pá, dai decidi postar logo de uma vez. Eu vou acabar colocando um dia para eu postar, sempre neste dia, porque se não eu vou acabar postando um capítulo a cada dois dias e isso me atrapalha. Enfim, ando sem muita coisa para falar. Ah! Valeu pessoas que tiraram a história dos favoritos e um obrigado as pessoas lindas que favoritaram também. Ah! Valeu pelos review's que eu recebi, viu? Não doí o dedo e eu posto mais rápido. Sobre o capítulo: Ele é totalmente Agatha/Patrick (não sei shippar, alguém faz esse favor para mim?) E um pouco da Kathe no final. Espero que gostem e leiam as notas finais, tudo bem? Obrigada!
Boa Leitura!



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A luz passou pelas cortinas finas e chegou ao meu rosto. Passei a mão pelo rosto tentando afastar a luz em vão. O sol cobria uma grande parte do quarto já. Puxei as cobertas para cobrir meu rosto e tentei arrumar o meu travesseiro para voltar a dormir.

- Travesseiro... – Eu digo sem abrir os olhos tateando a cama em busca do travesseiro, quando toquei em alguma coisa.

Sentei-me na cama em um salto. Quando abri os olhos melhor, a luz do sol invadiu e contive o impulso de gritar “Estou cega, deixo tudo para Fertus.”. Quando meus olhos se acostumaram com o clarão, percebi que não estava no meu quarto, muito menos na minha cama...

Onde eu estou? E cadê minha roupa?”, pensei rapidamente olhando para meu corpo envolto ao cobertor.

Meu vestido não estava no meu corpo. Eu não estava na minha casa. Nem na casa de Katherine, ou do meu primo... Ou qualquer outra casa que não fosse do meu costume passar a noite.

Levei a mão para minha testa. Eu estava com uma dor de cabeça incontrolável. Eu nem sabia que eu ainda conseguia ficar com dor de cabeça depois de tudo que eu havia aprendido com a vida. E eu nem lembrava mais como era estar na casa dos outros sem saber como se chegou.

Levei minha cabeça para trás. Ouvi um ruído atrás de mim. Quando me viro pensando em encontrar sei lá, um cachorro, uma tartaruga ou até mesmo um morcego... Encontro alguém dormindo ao meu lado, ou melhor, ele.

Patrick estava dormindo como um “anjo” no meu lado. Ele coçou seu nariz e se virou para o outro lado sem mostrar nenhuma preocupação com o fato deu estar ali, se é que ele sabia, ou por ter sol no quarto.

Suspirei fundo tentando lembrar tudo o que havia acontecido desde minha conversa com Chuck. E bem, não se lembrava de quase nada e nenhuma das minhas lembranças deixava claro o motivo deu estar sem meu vestido e estar na cama de Patrick.

Nunca mais irei beber tanto na vida!

- Patrick! – Eu digo cutucando o garoto.

- Que foi Ag? – Patrick pergunta virando para o lado que eu estava sem abrir os olhos. – Agatha? – Ele fala se sentando repentinamente.

Depois cai para trás com a mão na testa. Deduzi que a sensação de tontura, dor de cabeça e qualquer outro efeito do álcool havia o “socado” neste exato momento. Bem feito!

- Você devia maneirar na bebida. – Digo o imitando na noite passada. – Vai ficar com uma dor de cabeça insuportável, não vai nem conseguir ficar de pé com esse álcool todo.

- Vai se fuder Agatha! – Ele deseja massageando a cabeça.

- Bem feito! – Digo rindo.

- O que está fazendo aqui? – Ele pergunta depois de alguns minutos abrindo os olhos e me encarando.

- Eu ia te perguntar a mesma coisa! – Falo dando de ombros. – Esse aqui é o seu quarto? – Pergunto arregalando os olhos.

Recém agora eu havia notado que estava no quarto de Patrick. Como eu não havia notado antes? Como isso? E porque eu estava no quarto de Patrick, com ele? Isso está muito ruim, acho que não pode piorar.

- Óbvio que é meu quarto. Achou que estávamos onde? Na sua casa? – Ele resmunga.

- Eu não tinha reconhecido seu quarto. Tenho problemas maiores do que descobrir se esse é seu quarto ou não. – Digo revirando os olhos.

Uma onde de mal estar e atingiu com esse movimento. Joguei-me para trás e cai em um travesseiro ao lado de Patrick. Tenho que se lembrar de nunca mais revirar os olhos estando neste estado.

- A é? Como que? – Ele resmunga de novo.

- Tipo... Porque eu não estou com meu vestido! – Eu falo massageando minha cabeça para aliviar a dor.

- Isso é fácil! Eu o tirei ontem. – Patrick fala.

Eu congelo. Eu não escuto mais a respiração de Patrick. E me pergunto se eu mesma estou respirando. Patrick havia tirado meu vestido. Como assim? Desde quando eu dou autorização para uma coisa dessas? E porque ele tirari...

- Nós não... – Eu digo sentando-me em um salto novamente.

Nem me preocupei com a tontura que senti naquele momento. Patrick estava sério olhando para o teto. Quando o perguntei isso ele me olhou com aquela expressão de indecisão.

- Não. Não é possível. – Ele falou por fim se sentando no meu lado. – Eu e você? Não. Claro que não. – Ele continua negando para o meu alivio. Isso é uma coisa boa, não é?

- Ótimo! – Eu digo aliviada.

Era óbvio que não havia acontecido nada entre a gente. Isso era impossível, certo? Imagina se isso acontece? Só Deus sabe o que eu sou capaz de fazer por causa disso.

- Porque tirou meu vestido? – Pergunto.

- Não faça perguntas difíceis. – Ele diz e se levanta da cama. – Eu não me lembro de muita coisa. Só isso que você sabe! Apenas!

- Ok. – Digo irritada com o modo que ele fala comigo.

Vejo Patrick levantar do meu lado e ir em direção a sua calça que estava no chão. Ele estava de boxer azul. Era só o que me faltava mesmo! Ele a vestiu e saiu do quarto perguntando se eu queria alguma coisa para comer.

- Eu desço daqui a pouco. – Falei e Patrick saiu do quarto.

Respirei fundo controlando minha dor e levantei da cama. Suspirei tentando achar meu vestido naquela zona que estava o quarto de Patrick. Não achei. Segui para o guarda roupa dele e abri. Imediatamente fui atingida por uma avalanche de roupas. Fiquei com medo de ter que ligar para os bombeiros para me resgatarem de lá. Joguei as roupas que estavam em cima de mim para o lado e peguei uma camiseta de Patrick.

Já que eu estou aqui na casa dele, pelo menos me empreste uma roupa. E eu estava com fome e não sairia de lingerie desfilando pela casa toda. Imagina se Anne me visse nestas condições? Ela iria ter certeza que eu era uma vagabunda.

Vesti a camiseta de Patrick e fui para o banheiro. Tentei dar um jeito no meu cabelo bagunçado, parecia mais uma vassoura velha de bruxa do que qualquer outra coisa. Acabei amarrando em um coque. Meu rosto estava vermelho e inchado! Ignorei esse fato e escovei os dentes na precariedade mesmo. Com uma aparência muito melhor tomei coragem de sair do quarto de Patrick e desci as escadas.

Andei até a cozinha e não encontrei Anne em nenhum lugar. Talvez ela esteja dormindo ainda, afinal é domingo. Quem trabalha no domingo? Ou melhor, quem faz algo no domingo? Cheguei à cozinha e me deparei com Patrick cantando alguma música que eu não conhecia.

- Devia fazer aula de canto se quiser cantar! – Eu digo sentando no banquinho de frente para Patrick.

- Bom dia também, estranha! – Ele fala se virando para mim sorrindo e voltando sua atenção para alguma coisa. Acho que era comida.

- Empresta-me seu celular, telefone ou qualquer outra coisa? – Eu digo lembrando que precisava avisar meus pais onde eu estava e Kathe. Era capaz de eles ligarem até mesmo para policia... Espera, policia era meu pai!

Merda!

- Na sala tem o telefone que pode usar! – Patrick fala.

- Obrigada! – Agradeço descendo o banquinho e indo em direção à sala.

Vou até lá e pego o telefone. Disco primeiro para meus pais que ficam aliviados por eu estar com Patrick e não em qualquer outro lugar... Isso quer dizer, que estão aliviados por eu não estar com Chuck. Eles são tão previsíveis! Depois ligo para Kathe, esta por sua vez já sabia onde eu estava (Como?) e quis saber dos detalhes (inexistentes) quando eu fosse para a casa dela hoje. Era o dia do pôquer com os pais delas, então eu estaria lá.

Coloquei o telefone na base e quando eu estava voltando para a cozinha uma coisa me chamou a atenção: Uma foto. Nela havia um menininho loirinho de no máximo 5 anos, com roupa de super-herói, com a língua para fora e um “v” nos dedos. Ao seu lado, segurando o menino nas costas estava o um homem parecido com o filho, com cabelos marrons, usando uma roupa clara. Ele sorria como se estivesse se divertindo com o garotinho.

Logo soube que aquele era o pai de Patrick.

- Aga... – Patrick me chama e eu o olho.

Sigo o seu olhar para as minhas mãos e vejo a foto nelas ainda. Coloco de volta a foto e dou um sorriso para Patrick, ele por sua vez, anda em minha direção e olha para a foto com um meio sorriso.

- Seu pai? – Pergunto mesmo sabendo sua resposta.

- Sim! Meu pai! – Ele fala em um tom neutro.

- Onde ele está? – Pergunto abraçando-me com os braços.

- Ninguém sabe. Um dia disse que ia comprar panquecas e nunca mais voltou! – Patrick responde desviando o olhar da foto e me olhando. – Espero que goste de sanduiche de queijo grelhado, e com isso quero dizer torrado!

- Minha comida favorita! – Eu digo rindo.

Patrick volta para a cozinha e eu o sigo. Agora eu descobri porque ele nunca fala de sua família. Anne não é lá um exemplo de mãe, eu sou capaz de ser mais amorosa do que ela, preste atenção na comparação. E seu pai foi embora sem dar um único tchau para o filho. Aquilo sim era triste.

Após terminarmos de comer o café da manhã voltamos para o quarto de Patrick tentando achar o meu vestido, porque Kathe disse que iria me buscar daqui a pouco, porque queria minha ajuda para sei lá o que.

- Meu vestido! – Choramingo sentando na cama sem acha-lo.

- Será que eu coloquei ele fora? – Patrick comenta mais para ele do que para mim.

- Espero pelo seu bem não ter colocado. Ele era um dos meus favoritos! – Eu digo irritada.

- Achei que não ligasse para essas coisas.

- E eu achei que você não era um pervertido, tarado que quase transa com a garota na festa e depois tira o meu vestido e ainda por cima joga ele fora! – Eu rebato.

- Nossa! Falando desse jeito parece que eu sou o culpado de tudo!

- Pois você é! – Eu afirmo.

- Não mesmo. Você quase matou a guria atirando ela pela janela, ainda bem que eu estava lá perto e a ajudei. Depois vem para o meu quarto e... Você sabe! – Patrick fala gesticulando com braços – A culpa não é só minha não!

- Bem feito para aquela vagabunda de quinta categoria. Deveria era ter se quebrado toda para aprender a não dar valor para um bêbado que ainda por cima está namorando! – Eu digo.

- Está... Com ciúmes? – Patrick pergunta rindo.

- Ciúmes? Eu? Você está de palhaçada com a minha cara, só pode! – Eu digo rindo fraco.

- Pois eu digo que está com ciúmes! – Patrick fala chegando mais perto.

- Lamento informar baby, mas não tenho ciúmes. Ainda mais de um mostarda como você! – Falo me levantando da cama.

- E o mais legal é que se você está com ciúmes, gosta de mim e eu ganho a aposta. Conquistei-te Verona! – Patrick diz piscando para mim.

- Desculpa baby, mas acho que está enganado! – Falo.

 - Está com ciúmes de mim, baby. – Patrick fala para me provocar. – Eu sei que você me quer.

- Por favor, garoto. Enxerga-se! – Eu digo rindo do absurdo que ele anda falando.

- Você sente desejo por mim, isso eu sei!

- “I want you, I need you, oh baby oh baby” – Imito uma música que eu havia escutado uma vez. – Por favor, né?

- Você é uma gracinha cantando músicas para mim! – Patrick fala chegando mais perto.

- É porque você ainda não me viu fazendo isso... – Eu digo chegando mais perto dele.

Patrick passa sua mão pela minha cintura e me puxa mais para perto. Eu estava sorrindo. Ele se inclina para me beijar...

- Porra Agatha! – Luiz grita de dor.

- Ainda sou uma gracinha, não é? – Eu digo gargalhando.

Eu havia pisado forte no seu pé.

Bem Feito!

- Ah! Mas hoje você não me escapa. Vem cá para eu dar o troco... – Patrick fala se recuperando do pé e correndo atrás de mim.

Eu havia saído do seu quarto correndo, estava descendo as escadas rindo do paspalho do Patrick por ser tão idiota a ponto de pensar que eu iria beijar mesmo ele. Patrick corria atrás de mim tentando me pegar e só Deus sabe o que aconteceria se ele conseguisse. Paro rapidamente e Patrick se atrapalha e acaba esbarrando em mim.

- Que merd... – Patrick para de falar quando vê quem estava na nossa frente entrando em casa.

Isso mesmo, a mãe dele. Anne havia voltado para a casa e estava de queixo caído por me ver na sua casa e acho que o fato deu estar usando a roupa de Patrick não contribuía muito para a imagem “santinha” que eu tinha, ou dizia que tinha.

- Mãe! – Patrick exclama.

- Oi Anne! – Cumprimento envergonhada.

- Não sabia que tinha dormido aqui Agatha! – Anne fala trancando a porta.

Ela não parecia nem um pouco feliz com aquilo. Imagens dela me torturando de todas as formas passaram rapidamente pela minha mente e nenhuma das torturas parecia uma coisa boa.

- Hã... – Tentei dizer alguma coisa.

- É. Chegamos tarde onde da festa e ela acabou dormindo aqui em casa. Algum problema? – Patrick estava tentando contornar a situação.

- Problema nenhum! – Mentira – Apenas me avise quando alguma de suas namoradas for dormir aqui. – A tirana falou e passou reto por nós indo para a cozinha.

- Suas namoradas? – Pergunto me virando para encara-lo.

- Não ligue para isso Ag. – Patrick disse tentando me tranquilizar. Revirei os olhos. – Venha, vamos achar seu celular.

Eu apenas o sigo de volta para o seu quarto em silêncio. Aquilo havia me incomodado para valer. Poxa, não basta o que aconteceu ontem agora Anne tem que afirmar que ele tem mais de uma “namorada” e ainda por cima elas dormem seguido aqui? Isso é uma falta de respeito, só acho.

Acabamos achando o meu celular embaixo de um travesseiro. Havia 4 ligações perdidas e uma mensagem de voz. Antes deu puder escuta-la, Anne grita dizendo que Katherine estava aqui em baixo me esperando. Desço as escadas correndo e passo pela porta sem dar tchau para ninguém.

- O que aconteceu? – Pergunta Kathe quando eu entro no motorista. – Está virando rotina já você usando as camisetas de Patrick.

- Kathe, liga o carro! – Eu digo com pressa de sair de lá.

- Ok. Mas me conte o que aconteceu!

- Patrick colocou fora meu vestido, ou algo assim. – Eu falo quando ela liga o carro.

- E porque ele faria isso? Aquele é um dos seus favoritos.

- Nem ele sabe responder isso. Só sabe que tirou o meu vestido e ponto. – Respondo olhando para a cidade que passa por nós.

- O que? Ele tirou seu vestido? Vocês...

- Não! Claro que não! – Eu a corto.

Pelo menos eu acho que não”, completo na mente.

- E porque está assim? Depois do que houve ontem a noite achei que estaria a mil maravilhas! – Kathe pergunta.

- Anne pegou a gente na sala. E ainda disse que eu era uma vagabunda, indiretamente, e que era para Patrick avisar quando uma de suas “namoradas” dormissem na casa deles. – Eu estava irritada.

- Aquela mulher é horrível!

- Concordo com você! – Digo olhando para o céu.


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Notas finais do capítulo

O capítulo não está revisado, tudo bem? Qualquer erro, me avise que eu irei arrumar rapidamente. Então... O que acharam? Mereço review's? E quem sabe... Recomendação? Eu gostaria tanto de um :3 Seguinte, o próximo capítulo eu postarei provavelmente quinta feira, se eu receber um número de review's eu posto antes, quem sabe. Lembrando que semana que vem eu tenho prova também. Sugestões: "Gosta de bolacha?" ou "Joga The Sims?" ou "Qual seu primeiro livro?". Se não quiser responder, pode perguntar alguma coisa ou simplesmente mandar um oi, um amei ou um odiei. Outra coisa... Alguém ai gosta de remédio? Eu acabei de tomar um aqui e ele tem gosto bom até.
Fiquem com Deus!
Aguardo review's e recomendações.
Tchau para todos.