Loucura Angelical escrita por bia-douwata-13


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos review e desculpe a demora para respondê-los! Esses dias estão muito difíceis aqui, então desculpe-me novamente.



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            Tínhamos que nos preparar mentalmente para essa viagem. Achamos um restaurante lá, e sentamos, examinando o cardápio. Eu nem sabia o que iria querer, mas isso parecia um almoço bem mais tranquilo do que o de ontem. Eu fiquei em duvida entre macarrão ao molho bolonhesa e pizza de alho... Bem, melhor almoçar que lanchar. Pedi então, o macarrão e Nico pediu a pizza. Para beber, pedimos suco de laranja. Parecia bem melhor, e menos rude, do que pedir coca-cola.

“Você falou sério quando disse que não queria me perder?” ele perguntou e eu fiquei vermelha. Assenti, olhando para o meu copo de suco. “Porque eu também não quero te perder. Você se tornou especial para mim. Acho que batalhas contra monstros fazem isso...”

“Engraçado, não?” disse, depois que o garçom colocou os nossos pedidos sobre a mesa. “Eu fico feliz que se preocupe comigo. Faz tempo que isso não acontece. Estou acostumada a não ter ninguém ligando para o que faço ou deixo de fazer.”

“Por que será que sinto que estamos na mesma situação?”

“Eu tenho quase certeza de que isso não é verdade. Seu pai deve se importar com você.” disse, torcendo as mãos sobre o colo.

“Talvez... Mas a sua mãe também deve se importar com você.” Nico disse, mexendo o canudinho no suco dele.

“O mesmo que você disse ‘talvez’. O caso é que eu estou feliz. Vamos conseguir. Você vai ver.” segurei a mão dele, apertando-a amigavelmente.

            Voltamos a comer e ele parecia meio melancólico, como se soubesse que não daria certo. Eu esperava que desse. Assim que terminamos, pagamos a conta e voltamos àquele lugar escuro. A mão de Nico estava na minha e nós dois entramos naquela escuridão, cheia de barulhos estranhos e assustadores. Eu me foquei nele, somente nele e finalmente, estávamos na Grécia. Não falávamos Grego, embora nós dois tivéssemos alguma noção do que diziam. Nico olhou para mim, sob o sol do fim de tarde na Grécia e eu me perguntei se havia algo errado comigo naquele momento. Ele virou para o lado e me deixou mais confusa ainda.

“Estamos em Epirus. É aqui que ficam as Portas.”

“E onde exatamente é? Talvez, eu possa fazer outra daquelas carruagens para a gente...”

“Não dá. Você vai pra casa e eu vou.” Nico disse, encarando-me. Fiquei confusa por alguns segundos e depois me revoltei.

“Como assim voltar para casa? Eu já disse que vou com você.” estava frustrada que ele ainda não havia entendido que não havia nada que pudesse me fazer desistir de ir com ele.

“Sabe... Tem uma coisa que eu não te contei para você, naquela tarde no restaurante.” ele disse, e eu fiquei estática. “Sabe a semideusa que eu disse que sonho? Eu não vou deixá-la morrer. E para não deixá-la morrer, ela vai para casa.”

“Você-!” quando eu ia gritar com ele, notei o que ele queria dizer. “Eu..? Você sonhava comigo? Eu que sonhava com você. Eu que sou apaixonada por você. Eu que não vou te deixar morrer! Eu não me importo com o que vai me acontecer comigo. Eu-”

            Nico havia avançado durante o meu acesso de raiva, e me segurou. O dedo pousou sobre os meus lábios, como a primeira vez que nos vimos, como um pedido de silêncio. A profundidade dos olhos negros dele parecia me envolver. Não pude questionar o que parecia um quebra-cabeça encontrando a sua ultima peça. O amor de vocês vai ser conturbado. Vênus que disse, mas eu não tinha ideia de que seria tanto assim. Que tivéssemos que nos jogar para a morte para admitir.

“...” Nico clareou a garganta, a mão na minha cintura. Estávamos em um beco escuro, na Grécia, entre tantas outras pessoas desconhecidas. Eu não o deixaria ali, de jeito nenhum. O dedo dele deixou os meus lábios e acariciou levemente a minha bochecha. Os lábios dele pareciam me chamar, igual aos sonhos. “Ginger...”

“Nico.” eu sussurrei, gostando do modo que o meu nome soava na voz dele. Uma mão minha estava sobre a nuca dele e eu estava hipnotizada. O mundo desaparecera em minha volta. Só havia eu e Nico.

            A distância entre nossos lábios era irritante, porém desapareceria em alguns instantes. Nico e eu decidimos prolongar esse momento de admiração mutua, para dar ao beijo, um beijo de verdade, uma lembrança mágica, de como descobrimos o que sentíamos. Um sorriso apareceu sobre os lábios de Nico e eu mordi meu lábio, ansiosa. Seria esse beijo tão mágico como o dos sonhos? Só a espera podia enlouquecer...

            O nariz dele roçou sobre o meu e o seu rosto se inclinou para o lado. Fechei meus olhos, ouvindo a respiração dele, o coração dele... E os lábios dele encostaram-se aos meus. Ficamos só nisso por alguns milésimos de segundos, quando eu entreabri meus lábios. Eu não sabia o que fazer, quando a língua dele deslizou em minha boca. Tentei imitá-lo e o beijo começou a fazer sentido, igualzinho ao dos sonhos. O ruim é que a mágica dos beijos acaba junto com o ar. Paramos por alguns segundos, e ficamos com as testas coladas, olhando um nos olhos do outro.

“Eu te amo, Nico DiAngelo...” disse eu, sem tanto medo.

“Eu também te amo, Ginger Lewis.” Ele sussurrou, para que apenas nós dois ouvíssemos. De repente, lembramos-nos de onde estávamos e nos afastamos por alguns segundos, corando. “Vamos, temos que chegar às Portas.”

“É verdade...”


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem. >3



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