Loucura Angelical escrita por bia-douwata-13


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu disse que ia postar ainda hoje :3 Aproveitem o fluff o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/304454/chapter/6

            Quase não nos falamos no trajeto. Eu ainda estava frustrada por ele achar que eu não devia defendê-lo. Mesmo eu sendo mulher, eu tenho força suficiente para defender quem precisa e quem eu amo. Naquele momento, a primeira coisa que me veio à mente foi salvá-lo. E eu também estava curiosa sobre a tal semideusa com quem ele sonhava, mas meu orgulho me impedia de perguntar quem era.

            Ele também parecia extremamente frustrado. Não sei se era por causa da briga, ou da conversa. Talvez fossem os dois, como eu. Olhei para o campo em nossa volta e suspirei. Devíamos voltar a nos falar logo, porque o plano era chegar à Grécia, pregar algumas armadilhas e sair. Eu tinha quase certeza de que havia algo que ele não estava me contando. Eu virei para ele e, num sussurro, questionei.

“Você não quer apenas plantar armadilhas mágicas, não é?” chamei a atenção dele, que me encarou. “Você quer fechar as portas da morte... Eu sei disso.”

“Como..?” ele apenas me encarou e eu balancei a cabeça.

“Eu sinto isso. É como se eu soubesse que você vai se jogar de cabeça no perigo. Algo bem pior do que chegar até lá.”

“Você é realmente inacreditável.” Ele disse novamente e eu virei para o outro lado, quando o ônibus dava outra guinada. O dia parecia estar passando rápido demais. O ônibus deu uma parada para o almoço.

“O que você quer comer?” ele perguntou, me puxando pelo braço para o self-service.

“Sei lá... Olha, ali tem macarrão ao molho de quatro queijos. Parece bom para mim. Que tipo de macarrão é esse afinal?”

“Talharim, se eu não me engano.” ele olhou para o macarrão, como se fosse um perito e depois deu um sorriso bobo. “Está menos irritada?”

“Só um pouco. Você tem de me deixar te proteger também. Nós somos uma equipe agora. Você tem a mim, tanto quando eu tenho você.” corei ao dizer a última parte. “Temos que confiar um no outro. Então, vou te contar um pouco sobre mim.”

“E eu vou ter que te contar sobre mim?” ele encarou o macarrão.

“Só o que você achar necessário. Troca de informações básicas.” eu disse, pegando uma montanha de massa e depois, indo até o caixa. “Meu nome é Ginger James Lewis. Meu pai era astrônomo amador e cientista. Ele morreu em um acidente causado por mim. Eu nasci no dia 30 de dezembro. Minha mãe nunca falou comigo até agora, quando ela me deu um livro de magia que me ensina tudo o que preciso saber. Antes do machado, minhas armas eram adagas. Mas de tanto que me machuquei treinando com elas, decidi escolher o machado. Eu sei ler Latim e Grego, porque eu estudei escondido. Não tenho nada contra gregos. Me acho feia e esquisita, mas acho que nada faria isso mudar... Acho que só isso por enquanto.”

“Bem...” ele suspirou, e nós dois passamos pelo caixa, pagando nossa comida e sentando em uma mesa. “Meu nome é Nicolau DiAngelo, nasci há muito tempo atrás, bem antes da Segunda Guerra Mundial. Eu e minha irmã Bianca moramos no Cassino Lótus, um lugar em que o tempo passa de forma diferente. Eu perdi minha irmã há alguns anos, depois que ela se tornou Caçadora de Artémis. Encontrei Hazel e conheci o acampamento romano. Fiz muitas coisas ruins, mas acho que não me arrependo de nada.” ele murmurou. “E ainda tem aquela semideusa...”

“Hum...” disse, comendo a massa depressa. O motorista bateu e avisou que o ônibus partiria em quinze minutos. Assim que terminei a massa, virei um copo de refrigerante e estalei os dedos. Nico olhou para mim um pouco espantado, vendo o quão rápido terminei de comer.

“Nossa... Eu nunca vi uma garota comer assim.” ele disse e levou um belo tapa no braço. “Ai!”

“Nunca se diz algo assim a uma garota. Idiota.” repliquei. “Vamos logo.”

“Ai, melhor rever meus conceitos sobre mulheres...” ele resmungou, o que me fez rir.

“Seus conceitos sobre mulheres não parecem muito amplos. Aqui, existe uma que não se encaixa nos padrões óbvios, mas mesmo assim, não gosta de pensar que está gorda, sacou?”

“Olha, eu não estava falando nesse sentido. Eu só queria dizer que estou impressionado por te ver comendo rápido. Desculpa.” ele levantou os braços, como se fosse culpado.

“Bem, só te perdoo porque você é um velhinho.”

“Velhinho uma ova... Pirralha.”

“Ah, é? Seu bobão.”

“Chata.”

“Tonto.”

“Gorduchinha.”

“Agora passou dos limites.” eu dei uma olhada mortal e um tapa acertou o ombro dele em cheio. Fiquei com um bico enorme quando voltamos a nos sentar no ônibus.

“Ginger...” ele tentou, mas eu estava decidida em encarar a paisagem. Uma mão dele agarrou-se à minha cintura e a outra segurou meu queixo, me fazendo olhar para ele. “Você não é gorda... Você é perfeita.”

“Pffffffffft, perfeita. Como se fosse verdade.” ironizei, mas ele ainda tinha a mão na minha cintura, de um jeito inebriante. “Vamos nos concentrar em chegar à Grécia e não no meu manequim daqui para frente, combinado?”

“Combinado.” 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews fazem a autora postar a fic. Que ela já terminou de escrever no word.
~Bônus lemon sendo escrito~