Loucura Angelical escrita por bia-douwata-13


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por ter ficado sem postar nos últimos dias!
Dia 30 foi meu aniversário de 15 anos e teve uma festinha aqui, então passei grande parte do tempo ajeitando coisas. Por isso, postarei dois capitulos hoje. E se der, dois amanhã. A fic já está no finalzinho.



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“Mas o que-“ meu questionamento foi interrompido por uma presença nova no corredor, tão estranha e nojenta que quase me fez vomitar.

“Ora, ora. Mais semideuses para devorar.” Um ser, talvez do gênero feminino, uma perna de bronze celestial, outra de burro e asas de morcego replicou.  “Devo dizer que vocês são muito estúpidos para vir atrás das portas da morte. Agora, devem cruzá-las. Mortos.” Ela deu uma risadinha. Tinha um corpo até voluptuoso, e olhei para o lado. Nico parecia petrificado.

“E-Empousa.” ele murmurou.

“Ah, sim, filho de Hades. Será uma refeição deliciosa, mas devo deixar o prato principal para o final, não é verdade?” ela disse, chegando cada vez mais perto dele, e o enlaçando com seu braço. “Então, por que não me ajuda com a sua amiguinha?”

“Amiguinha...” ele disse, um pouco tonto, parecendo hipnotizado. O que eram empousas? Tentei me lembrar de todos os monstros gregos, mas essa em especial parecia ter sido apagada de minha cabeça. Coloquei a mão sobre o bastão, nervosa. Estava quase impossível de me concentrar para criar outra esfera de energia.

“Ah, então, somos irmãs, não?” agora o ser virou-se para mim, curiosa e divertida. A expressão da outra era muito duvidosa. “Prazer, filha de Parcae, forma romana de minha mãe.”

“Você também é-“

“Sim, sou filha de Hécate. Surpresa! Mas acho que não vou dispensar boa comida por laços familiares, irmãzinha. E você vai morrer pela mão desse ai, não?”

“Nico, não a ouça...” eu disse, tentando soar convincente.

“Vá, filho de Hades. Traga-me a filha de Parcae morta para que eu possa devorá-la.” Nico começou a vir em minha direção e tinha sacado a espada. Eu havia moldado outro escudo e consegui me defender a tempo.

“Nico, por favor.” tentei novamente, não querendo ter de machucá-lo.

Nico, por favoooor.” A outra ironizou e eu a fuzilei com o olhar, escapando por pouco de outra investida de Nico. “Vamos, acabe logo com isso.”

“Droga.” Murmurei. “Espero que continue me amando depois disso...” disse, desviando de outro ataque e me postando atrás dele, sacando o bastão e acertando-o com bastante força na cabeça. Ele desmaiou e eu virei para o Monstro.

“Se você quer me pegar, faça isso com as suas próprias mãos. Vadia.” Meu ódio parecia estar fluindo em minhas veias, no lugar de sangue. O bastão era agora um machado medieval, e estava girando no meu braço, enquanto no outro havia um escudo.

            Se olhar matasse, ela já estaria morta. Mas por sorte, ela ainda estava ali, com um olhar divertido, mas com um fundo de medo dentro deles. Palavras sem sentido, em latim, saiam de minha boca e fios invisíveis se amaravam em volta dela. Conseguia senti-la puxando-os, sem sucesso para se soltar. Agora realmente, a empousa parecia estar muito assustada. Andei até ela, com um sorriso digno de uma verdadeira bruxa, e girei meu machado perigosamente.

“E agora? Quem vai ser a filha de Hécate morta aqui?” disse, com a voz imponente.

Desci o machado sobre o pescoço dela, transformando-a em pó. Corri até Nico, checando seu estado. Ele parecia tonto, mas estava consciente. Dei-lhe um pouco de ambrosia, para ver se funcionava. Ele parecia um pouco melhor e tinha uma expressão de culpa.

“Eu te machuquei?” ele perguntou e eu segurei-lhe a mão.

“Claro que não. Eu que te dei uma pancada. Perdão.” eu não queria que ele se sentisse assim, então me inclinei levemente sobre ele e lhe dei um beijinho. “Agora, guie o caminho.”

“Falta pouco, eu sinto.” Ele murmurou. Eu quase podia sentir também.  Era como se algo ruim estivesse prestes a acontecer... Eu senti meu estomago revirar por alguns segundos. Cogitei a possibilidade de estar com cólica e soltei um risinho. Que hora ruim para isso!

            Paramos há alguns metros de um enorme portal, escancarado. Se você olhasse melhor, parecia um daqueles portões de cemitério. Estranhamente, não havia guardas enormes nem nada. Então, comecei a dar continuidade ao plano original, colocando alguns feitiços de proteção, algumas armadilhas mágicas e vi Nico, indo em direção as portas. Novamente, me perguntei o porquê do plural.

“Nico, se a primeira porta está aqui, cadê o resto?” perguntei e ele se virou para mim.

“Então você sabe que tem duas...”

“Sim, e onde está a outra?”

“Do outro lado, tem outra porta. Tenho que fechá-la.” Disse Nico. “Ela é bem na entrada do Tártaro...”

“O TÁRTARO? Você está maluco?!” segurei-o pelo braço, nervosa.

“Se não fecharmos as duas portas, os monstros vão continuar vindo.” Ele respondeu ao meu puxão. Levemente, passou a mão entre meus cabelos. “Eu entro, e você fica. Eu sou filho de Hades, talvez o efeito pese menos contra mim.”

“Você esqueceu que Hécate/Parcae também é uma divindade infernal?” eu insisti. “Vamos juntos, e depois fechamos essa aqui fora. Não posso te deixar sozinho.”

“Mas-“

“Sem mas, vamos logo.” Olhei para ele, tomando a dianteira e sacando o machado. Girei-o sobre meu braço novamente, pronta para o que talvez fosse uma das experiências mais dolorosas da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por seus reviews! Eles fazem essa autora aqui muito feliz.



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