Dividida.(tomione) escrita por Dri Silva


Capítulo 7
Teimosia é essencial nela.


Notas iniciais do capítulo

Gente !!!!!!!!!!!
Mil perdões por todo esse tempo sem postar,primeiramente foi por causa das provas,mas depois foi preguiça então sei que estou em falta com voces.
Sinceramente odiei este cap,mas voces mereciam que eu tomasse vergonha na cara e voltasse a postar.



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Pov Tom Riddle 

Logo após me despedir de Hermione em frente ao quadro da Mulher Gorda já tarde da noite, voltei o mais silenciosamente para o meu quarto, seria péssimo eu como monitor ser pego fora do horário. Já deitado esperei pelo sono que não veio, meu cérebro estava a mil, estar com a Hermione me deixava alienado, eu esquecia de praticamente tudo e esse era um risco que eu vinha ignorando nos últimos dias para aproveitar meu tempo com ela, mas no fundo sabia que por causa dela estava meu foco em meus planos está relapso.  

“Será que estava esquecendo de ser Voldemort?” 

Quem eu era não tinha mudado da noite para o dia, eu ainda queria fama, dinheiro e poder, eu ainda tinha tanto para provar no mundo bruxo. Eles reconheceriam minha marca, porém, e lá estava a causa da sua insônia o “porém” de alguma coisa tinha mudado, não tudo, mas algo. 

Sem dormir muito, acordei cedo no outro dia e durante toda minha rotina matinal estava com a sensação de que algo estava para acontecer, uma agitação interna. Quando cheguei em frente a porta do Salão Principal percebi um amontoado de alunos que parecia estar aumentando, usando minha voz de monitor e empurrando alguns alunos, consegui passar para ver o que acontecia. 

A Sangue ruim que era a monitora da Grifinória se encontrava agora em estado deplorável, estirada ao chão com a frase “Sangues Ruins não são dignos de viver” acima de sua cabeça. A cena em si era grotesca, mas assisti-la não fez eu sentir nada, irritação talvez por saber que meus servos não tinham seguido minhas ordens. Se fosse a uma semana atrás eu teria ficado quase extasiado com o pavor que aquela cena estampava nos outros alunos, mas agora aquilo não fazia sentido quase, era tosco até, sem requinte. 

Apenas fiquei lá observando, tentando entender o que tinha mudado sem realmente ver a cena, então eu senti um par de olhos me fuzilando, do outro lado da roda, Hermione estava estática, em seus olhos vi muitos sentimentos diferentes, pavor, raiva, medo e enfim o que mais me atingiu, nojo. Pude ver claramente o asco que Hermione direcionava a mim naquele momento, meu primeiro instinto foi querer ir até ela, mas assim que ameacei dar um passo em sua direção, Hermione virou-se e saiu correndo, sem que eu pudesse fazer nada para impedi-la. 

Pov Hermione Granger. 

Minha cabeça girava como se fosse uma roleta russa e pelo jeito não tinha a menor pretensão de parar. Tinha saído correndo porque eu simplesmente não conseguia me conformar com o fato de eu, a sabe-tudo Granger, a menina mais esperta da minha idade, tinha feito a burrice de me apaixonar por um assassino psicótico. 

Eu estava na torre do relógio agora, tentando pôr em ordem minha cabeça, por alguns dia eu simplesmente esqueci que Tom Riddle era Voldemort. O universo devia estar rindo de mim naquele momento, meu Merlin o que eu ia fazer agora? Eu não podia ignorar essa parte dele, e também não podia negar que gostava dele. Me afastar me parecia melhor opção, ganhar tempo, e espaço para decidir o que fazer da minha vida. 

Pov Tom Riddle. 

Mais uma onda de raiva me atingiu e mais um dos meus livros foi arremessado contra a parede. 

“Por que em nome de Merlin eu tinha que me importar com a reação dela?” 

Joguei um castiçal contra a parede agora, e pensei que graças que hoje era domingo e não tinha aula, porque tudo que eu fui capaz de fazer desde aquele dia em frente ao Salão Principal foi destruir meu quarto de tanta raiva que eu sentia, não apenas dos meus servos, mas da sensação de impotência. Sentei na minha cama, me sentindo acima de tudo perdido e não gostava nem um pouco da sensação. Batidas na porta acabaram por me sobressaltar e me tirar da minha linha de pensamentos. 

—Quem é? -perguntei sem a menor intenção de abrir a porta, meu quarto estava um caos -como eu- e, eu tinha zero vontade de deixar alguém saber disso.  

—Mi lorde, podemos falar com o senhor. - Perguntou uma voz cautelosa que reconheci pertencer a Mulciber. 

Dei uma última olhada no meu quarto antes de responder. 

—Sairei em um minuto. 

Respirei fundo, tentando não ceder a minha vontade de matar aqueles idiotas, uma última passada de mão pelos cabelos para tentar ajeita-los antes de abrir a porta e sair. 

—O que vocês querem? -Perguntei friamente enquanto fechava a porta atrás de mim. 

—Mi lorde nós cumprimos a missão - disse Avery, não ousando fazer contato visual comigo. 

—Cumpriram? - Perguntei arqueando uma sobrancelha incrédulo com a estupidez deles. - Vocês sabem o significado de descrição? E em nome de gnomos voadores em que mundo eu disse para vocês tentassem assassinar alguém? 

—Meu senhor- começou Mulciber, mas foi interrompido por mim 

—Não, eu não quero saber. Quando eu dou uma ordem ela deve ser cumprida, porque agora Hogwarts inteira viu a bagunça que vocês fizeram. Vocês querem ir para Azkaban? Não me levem junto!  

No fim do meu discurso eles estavam devidamente encolhidos e surpresos, respirando fundo e passando a mão por minhas vestes tentei controlar minha raiva antes de voltar a falar. 

—O que vocês fizeram foi burrice e longe do que eu ordenei. Se vieram até aqui em busca de congratulações, erraram. Vocês vão ter sorte de eu não usar uma maldição em vocês aqui e agora, apenas porque eu não sei se vou ser capaz de parar se eu começar. 

—Mi lor- 

—Sumam! 

Mulciber e Avery foram de sobressalto para trás, engolindo em seco. Sem pensar duas vezes saíram rapidamente e sumiram pelos corredores em tempo recorde. Enquanto isso Abraxas apenas acompanhava com uma expressão divertida, com as mãos enfiadas nos bolsos das calças de forma relaxada. 

—Eles têm mais medo de você do que da própria morte.-disse Abraxas em tom de deboche. 

—Você também deveria ter.- falei olhando pelo canto do olho para Abraxas agora do meu lado. 

—Oh! Uma parte de mim com certeza tem, mas eu não pretendo encher seu ego demonstrando isso. -Disse ele entrando em meu quarto, logo atrás de mim sem convite. -Nossa! Alguém precisa desestressar por aqui. - Completou olhando o estrago que eu tinha feito, 

—Mas eu estava tentando, não vê? -Respondi irônico, sentando-me na poltrona que ficava no canto do meu quarto, enquanto Malfoy sentava displicentemente na minha cama. 

—E conseguiu, Tom? 

Fiz uma careta com a menção do meu nome. 

—Ainda não.- respondi sem emoção. 

—O que está acontecendo Tom? 

—O que quer dizer? -tentei me esquivar. 

—Tom, até mesmo o mais obtuso de seus seguidores já deve ter notado que você anda estranho, e eu como seu possível único amigo notei que você não está mais tão empolgado com seus planos. E então eu te pergunto Tom, o que está acontecendo? 

Um silencio sufocador se instalou no quarto e eu na tentativa de ignorar o assunto me ocupei de fitar a parede atrás de Malfoy, o que fez com que ele bufasse alto com a falta de resposta. 

—É a Hermione, não é? 

Continuei com os olhos desfocados como se não tivesse ouvido a pergunta. 

—Não se faça de louco, Tom, você obviamente não é. E, é bem verdade que vocês disfarçam bem, mas deu pra perceber que aquela implicância toda era ou acabou sendo algo mais. Então?- perguntou Malfoy parecendo um psicólogo tentando fazer seu paciente falar ao cruzar as pernas e me olhar com expectativa 

—E então o que? 

—Ah Tom pare de palhaçada, vocês estão juntos ou não? -perguntou Malfoy ficando mal humorado. 

—Não sei. 

—Como assim você não sabe? A pergunta não é tão difícil assim. 

—Não sabendo oras. -falei perdendo a paciência o que foi um sinal para Malfoy diminuir o tom inquisitivo 

—Ok, ok. Como você pode não saber? 

—A gente estava junto, ou quase isso, mas ela é uma Grifinória e por sinal muito inteligente. Ela viu aquela cena deplorável, juntou dois com dois, e agora o lado grifo, honra acima de tudo está falando mais alto.- Falei debochado. 

Malfoy ficou em silencio por algum tempo. 

—Você gosta dela. - disse ele simplesmente. 

—E se gostar? 

—Bem então você vai ter apenas poucas opções meu caro, ou faz ela gostar de você independente de tudo o que você quer, ou desisti de tudo que você quer e fica com ela. Mas não importa qual você escolha, não vai ser fácil ela te perdoar afinal, como você disse, ela é uma Grifinória e honra é importantíssimo, mas teimosia é essencial. A última alternativa é desistir dela. 

 

Pov. Hermione Granger 

Depois de chorar até lavar a alma, lavei a cara e fui até a ala hospitalar saber como Meg estava, a enfermeira, que mais parecia um sargento, disse-me que o estado dela era muito grave e por isso ela havia sido transferida para o St’s Mungos, e que talvez os pais dela nem a deixassem voltar por causa da atrocidade que aquele idiota fez. 

Segurei o choro quando voltei ao quarto e percebi que as coisas de Meg já não estavam na cama ao meu lado, as outras meninas com quem eu não conversava, também pareciam abatidas, depois de um banho rápido tomei uma poção do sono e dormi feito uma pedra e preferia ter ficado presa aos meus sonhos, a ter de acordar. 

Arrumei-me rapidamente e de qualquer jeito para o Café da manhã, não sentia a mínima fome, mas eu não queria piorar ainda mais a situação ficando doente, então desci mesmo assim até o salão Principal. Ainda era cedo, segunda-feira ninguém é exatamente ansioso para começar o dia. 

Sentei-me sozinha na mesa da Grifinória já que eu não tinha muitos amigos além de Meg e Rick, que tinha saído da escola para ficar com Meg pelo que o povo andava cochichando por ai. Servi-me de suco e bolinho de abobora e me concentrei na tarefa de mastigar, para não olhar para a mesa da Sonserina, não sabia se ele já tinha chegado, mas melhor nem testar a esmola do santo. 

De tão concentrada em não deixar meus olhos irem além da comida na minha frente, não vi quando uma menina se aproximou para falar comigo, apenas quando ela cutucou meu ombro foi que quase pulando do banco eu a notei. 

—Bom dia. Desculpe eu não quis assusta-la. - Dizia a garota Grifinória de longos cabelos castanhos encaracolados e olhos azuis penetrantes. 

—Não tem problema. Eu que estava distraída. 

—Mesmo assim desculpa, eu sou Minerva McGonagol, monitora da Grifinória e por enquanto monitora chefe no lugar da Meg, sinto muito por ela e por incomodar, mas eu precisava mesmo falar com você - falou Minerva e dava para ver a sinceridade dela. 

—Também sinto, mas não tinha como prever- “Na verdade eu tinha, mas fui uma cega.” - Mas o que você quer falar comigo?- falei tentando não me sentir culpada. 

—Na verdade, não sou exatamente eu, mas o Professor Dumbledore. Ele mandou chama-la até a sala dele. 

—Tudo bem, eu estou indo então. Já terminei meu café mesmo. Você vem comigo? 

—Sim, eu também fui chamada. 

Pulei do banco, numa animação um pouco menos força. Minerva tinha uma presença agradável e calma. 

—Vamos. -falei me virando para ela. 

—Vamos. -respondeu já caminhando. -E então o que está achando de Hogwarts? Muito diferente de estudar em casa? 

—Gosto de estudar de qualquer forma, mas ter colegas está sendo muito legal, - falei meio que correndo já que mentir não era meu forte e já fui logo mudando de assunto. -Mas como é que eu nunca vi você nas aulas, se nós somos do mesmo ano? Nós somos não é, do mesmo ano? 

Sorrindo de um jeito meigo que eu nunca imaginei que minha professora de Transfigurações fosse capaz, ela me respondeu. 

—Sim, nós somos, mas como você andava com a Meg não tínhamos muito contato, sabe como é né? Meg e eu, personalidades incompatíveis apesar de eu não ter nada contra ela. 

—Incompatíveis, entendo. Da mesmo para... – Minha frase morreu incompleta quando fui ao chão por causa de dois idiotas que estavam correndo pelos corredores. - Vocês não veem por onde andam não? -Perguntei já indignada e sendo apoiada por Minerva que resmungou logo 

—Seus trasgos, olhem por onde andam. -esbravejou ela, de uma maneira que me surpreendeu tanto que fiquei lá só olhando, ainda caída no chão. 

—Desculpe. - Gelei na hora reconhecendo a voz que parecia veludo para meus ouvidos. - Vou te ajudar. 

—Não precisa. - Respondi indiferente. - Sei levantar sozinha- demonstrando o que falei; levantei rapidamente do chão sem nem o olhar. 

—Hermione... Eu- ele começava a falar, mas eu não queria correr risco de fraquejar. 

—Você nada Riddle. –Respondi olhando friamente, agora, em seus olhos verdes. - Não estou interessada em ouvir coisa alguma de você. E é Granger para o senhor. 

—Herm - Granger... 

—Agora com sua licença eu tenho um compromisso. Tenha um ótimo dia senhor Riddle, Malfoy. - Falei puxando Minerva para longe. 

—Nossa!...O que foi isso, agora pouco? 

—Isso o que? -rebati me fazendo de louca. 

—Esse clima aí que dava para sentir de longe. -falou ela com uma voz maliciosa. 

—Minerva, não tinha clima nenhum só fiquei irritada com aquele idiota. - 

—Mas... Bem chegamos. -Vi que chegamos a uma sala próxima a sala de DCAT, era estranho conversar com Dumbledore sem ser na sala do Diretor. 

Minerva bateu na porta e logo o professor mandou entrar. Dumbledore estava sentado em uma pequena mesa redonda num canto que continha um pouco do café da manhã igual ao que eu acabara de tomar no salão principal. Ao centro uma simples, mas muito bagunçada mesa de escritório que tinha duas cadeiras em sua frente, e, uma enorme poltrona de veludo atrás, o resto da decoração se resumia em muitas quinquilharias que Dumbledore largará de qualquer jeito pela sala. 

—Senhoritas! -disse Dumbledore super animado ao levantar-se da mesa. -Que bom que puderam atender ao meu pedido. Então querem café? 

—Não, obrigada. Já tomamos. -respondeu McGonagol. 

—Se é assim. -disse ele e então a mesa sumiu. –Bem, podem sentar, as cadeiras não mordem. 

Nós nos sentamos e esperamos o professor Dumbledore se sentar também antes de começar. 

—E então professor, o que o senhor queria falar com a gente? 

—Vocês sabem o trágico ocorrido com a senhorita Volteir, realmente foi terrível e totalmente inesperado, mas Hogwarts precisa seguir afinal temos muitos estudantes sobre nossa proteção, nesses tempos de Guerra contra Grindewald. Os pais da Senhorita Volteir decidiram tira-la da escola e por essa razão ficamos sem Monitora Chefe. Estive a pensar e nada mais natural que a monitora da Grifinória assuma o posto, então o que você acha Senhorita McGonagol? Sente-se capaz de assumir essa responsabilidade? 

Quando o professor terminou de perguntar dava para ver os olhos da Minerva brilhando de empolgação, por isso não foi surpresa alguma quando ela respondeu; 

—Claro professor Dumbledore. Eu estou muito honrada, apesar da situação atual. 

—Parabéns Minerva! -Disse virando-me para lhe lançar um sorriso de incentivo. - E quanto a mim professor? Por que o senhor me chamou? 

—Com a promoção de posto da Senhorita Minerva abre-se então uma vaga na monitoria da casa da Grifinória, você pode até dizer que existe outros alunos capazes e que estão aqui a mais tempo, mas você tem sido tão brilhante desde que chegou que eu ficaria contente se aceitasse o cargo de monitora. -Ele falou com os olhos brilhando de esperança por baixo daqueles 

—Professor... Eu... Claro que eu aceito. - Falei após um momento de hesitação. 

—Ah! Parabéns Hermione! Vamos ser colegas de monitoria. – disse Minerva muito contente. 

—Não estou muito certo da última parte, mas parabéns senhorita Granger. Acho que isso era tudo, podem ir para suas aulas.- O professor, nos deu os broches que nos identificavam como monitoras e logo depois nós duas saímos. 

—Que aula você tem agora? - Perguntou Minerva assim que saímos da sala de Dumbledore. 

—Hum... Runas com a Sonserina, e você? 

—A que pena. - Ela parecia realmente decepcionada.- Não vamos poder ficar juntas, tenho Poções com a Corvinal, mas depois a gente se vê então. 

—Claro. Até depois. 

Minerva seguiu pela direção contraria a minha e fiquei lá olhando ela andar apressada para tentar assistir o resto da aula, como eu também faria se não estivesse tentando ficar o máximo de tempo possível longe de Riddle, o que seria muitíssimo difícil já que tínhamos as mesmas aulas e em quase todas éramos dupla, o que com toda certeza era uma praga do destino. 


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Notas finais do capítulo

Espero que eu esteja perdoada pelo tempão sem postar.
bjos!
;)