Dividida.(tomione) escrita por Dri Silva


Capítulo 2
A chegada


Notas iniciais do capítulo

ooi,fique muito feliz que ver que ganhei leitoras.



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Pov. Hermione Granger. 

Tudo era cor e confusão, eu não entendia mais nada, tudo girava ao meu redor e minha cabeça doía de tão colorido que era, mas aos poucos foi desacelerando e eu pude identificar que eu estava em frente aos portões de Hogwarts. Ainda era dia e estava nublado, mas eu poderia jurar que já era de tarde. 

Eu ainda estava um pouco tonta, mas logo que consegui identificar onde estava resolvi entrar. Eu empurrei os portões com dificuldade e assim que consegui entrar caminhei apressadamente pelos corredores, eu conhecia muito bem aqueles corredores, não tive dificuldade em encontrar a Sala de Defesa Contra as Artes das Trevas onde Dumbledore deveria estar  naquela época, ele só se tornaria professor de transfiguração mais tarde. 

Quando cheguei até a porta de sua sala, procurei me acalmar um pouco, afinal ele devia estar em aula e eu devia estar parecendo uma louca. Arrumei meus cabelos o máximo possível e respirei fundo antes de dar três batidinhas na porta. 

— Entre. - Ouvi o professor dizer de forma abafada pela porta fechada. 

Empurrei a porta levemente, o rangido da porta parecia agourento, porém ignorei isso e dei um passo para dentro da sala. 

— Olá, me desculpa atrapalhar a sua aula, mas eu preciso falar com o senhor. - Falei envergonhada afinal, todos os alunos olhavam para mim. 

Sim, eu estava certa sobre ele estar em aula, pelas cores dos uniformes a aula era partilhada entre Sonserina e Grifinória. 

Ele me encarou dos pés à cabeça antes de voltar a falar. 

— Alunos estão dispensados por hoje. 

Muito felizes com fim da aula os alunos saíram imediatamente da sala. Deixando-me a sós com o professor Dumbledore bem mais jovem, o que era estranho ainda para mim. 

— Creio que não nos conhecemos, senhorita. - Dizia ele enquanto arrumava algo em sua mesa. 

— Não nesse tempo, mas vamos nos conhecer no futuro. 

Surpreso com minha declaração Dumbledore olhou para mim por de baixo de seus óculos, exatamente como fazia no futuro. Sorri com a familiaridade do gesto, apesar do rosto que fazia isso ser emoldurado por cabelos castanhos e não brancos como no futuro. 

— Sente-se e me explique senhorita. 

Respirando fundo comecei a contar minha tudo desde o inicio para Dumbledore, desde a morte dos pais de Harry até a minha chegada, as vezes ele me olhava como se eu fosse louca, mas louco era ele que tinha me mandado para cá. 

— Meu Merlim, isso é loucura. - Tanta coisa para dizer e ele diz isso, sim eu já sabia que era loucura e pior eu concordei com isso, eu pensava vendo ele passar a mão pela pequena barba ainda incrédulo. 

— Pois é, mas cá estou. Preciso que você me ajude a começar a estudar aqui. 

— Claro, Claro. Farei isso imediatamente. - Disse já se levantando. - Venha comigo. 

Sem dizer mais nada eu o segui pelos corredores até a sala do diretor. 

— Espere aqui. 

Ele subiu até a sala do diretor deixando-me sozinha, esperando por mais ou menos uma meia hora. Quando voltou, foi acompanhado por um senhor de aparência frágil já com sinais de calvície e com uma voz um pouco esganiçada. 

— Está tudo certo, senhorita Granger. Apesar de você ter chegado atrasada Dumbledore explicou-me sua situação. - Tentei fingir que entendia o que ele estava falando. - Sinto muito pela perda dos seus pais, mas seja muita bem-vinda a Hogwarts. 

Sem entender nada olhei para Dumbledore que lançou um piscar de olhos apenas, "será que eu tinha que adivinhar o que aquilo significa?"

— Oh sim. Realmente foi uma perda terrível. - Menti descaradamente, tentando ir na onda da versão que ele tinha escutado de Dumbledore.- Espero me dar bem em Hogwarts. 

— Também espero, senhorita Granger. - Respondeu o senhor, que aquela altura eu deduzi ser o diretor. 

Dumbledore apenas sorria da situação, o que era de dar nos nervos porque ele podia ter me adiantado qual era o plano dele. 

— Diretor Dippet, vamos ao Salão Principal aproveitamos que já está na hora do jantar e anunciamos que a senhorita Granger vai começar o último ano aqui em Hogwarts. - Dumbledore era quase inocente enquanto induzia Dippet a fazer o que ele falava. 

— Sim, vamos, vamos. - Disse o diretor em uma pose arrogante e saiu caminhando na nossa frente, as vestes típicas de bruxos balançando de forma excessiva. 

—Sonserinos. - Explicou Dumbledore. - Sempre arrogantes. Bom como deve ter notado inventei uma história para que não levantasse nenhuma suspeita. Você acaba de ficar órfã, de pai e mãe, e por isso pediu transferência cá, antes disso você era ensinada em casa. Diga isso por que não há registros seus em outras escolas. Seus pais eram ricos e trouxas por isso não se importaram em pagar por professores particulares. 

— Tudo bem. - Realmente fazia sentido aquela mentira, e era melhor não levantar suspeitas. 

— A senhorita terá de passar pela seleção das casas novamente, mas nada com que se preocupar. - Quando ele disse isso foi que notei que já estávamos na entrada do salão principal. – Espere aqui até que seu nome seja anunciado. 

Ele entrou no salão deixando-me nervosa para trás. "Por Morgana, o que é que eu tinha feito com a minha vida?". Menos de 24 horas atrás eu estava em 1996, tinha acabado de sair de uma batalha no departamento do Ministério da Magia, e agora eu estava aqui em 1945 para tentar mudar a história porque um professor me pediu, mas não disse como, nem quando, nem coisa nenhuma. Tinha sido loucura além da conta ter aceitado, mas o sofrimento de Harry, aquela cena não saia da minha cabeça, e se eu pudesse evitar um décimo daquele sofrimento eu faria. 

Vários alunos passavam por mim, alguns me encaravam, outros fingiam não notar minha presença, mas minha aparência provavelmente era horrível depois de tudo que eu já havia passado e um viagem no tempo. "E há quanto tempo eu não dormia?". Eu não conseguia lembrar, então, fiquei olhando para dentro do salão principal até que o diretor Dippet começou com seu discurso, que não prestei muita atenção a não ser na última parte. 

— Senhorita Granger, aproxime-se. Você passará pelo chapéu seletor para descobrirmos para que casa você irá. 

De cabeça baixa caminhei de vagar até o banquinho que estava o chapéu seletor, onde uma professora que eu não conhecia o colocou na minha cabeça. Não foi como na primeira vez, em que ele demorou para decidir entre Grifinória e Corvinal, ele mal havia tocado minha cabeça e logo já anunciou. 

— Grifinória!- A voz reverberando pelo salão. 

Feliz com a escolha fui caminhando para a mesa da Grifinória,  que me aplaudia, sentei-me ao lado de uma garota morena de olhos azuis que parecia super simpática. 

— Olá, eu sou Meg Volteir. Bem–vinda a Grifinória. – Disse ela animada, pelo jeito ela tomava poção revigorante no lugar do suco de Abóbora. 

— Oi, eu sou Hermione Granger. 

Essa foi a única parte calma da nossa conversa, depois disso Meg começou a falar mais rápido do que o pomo de ouro fugindo de uma apanhador e eu apenas concordava e assentia de vez em quando, estava muito cansada e tudo que eu queria nessa minha simplória vida, era deitar na cama e entrar em coma de tanto dormir. 

Quando finalmente realizei meu desejo final de dormir, "eu sei que to sendo dramática ta", eu fui a pessoa mais feliz do mundo. 

Acordei no outro dia me preparando, mentalmente, para viver a nova realidade que eu estava. Aproveitei que ninguém tinha acordado ainda e tomei um banho demorado, e estabeleci minhas prioridades para realizar a missão pela qual eu tinha vindo parar ali. 

Primeiro de tudo, eu precisava entender qual era a minha situação por isso, a biblioteca era meu destino e eu iria estudar a porcaria do vira tempo que me trouxera até ali, para entender a confusão que eu tinha entrado sem pensar. Segundo, Dumbledore do futuro tinha me dito que eu saberia o que fazer, mas cá entre nós, eu não sabia de nada, então,  eu iria observar tudo e todos a minha volta, principalmente Riddle, até que um sinal brilhante me indicasse o que fazer. 

"E por Morgana em Camelot, era melhor esse sinal ser bem fácil de eu reconhecer." 

Quando sai do banheiro Meg já estava acordada e a energia que ela possuía era impressionante 

— Bom dia. - Foi dizendo ela, com a foz fina e alegre.- Já pegou seus horários? Será que vamos ter alguma aula juntas? Eu torço que isso aconteça. 

— Bom dia. Não, ainda não peguei meus horários. O professor Dumbledore me mandou falar com o chefe dos monitores sobre isso. Sabe quem é?  

Perguntei arrumando minha gravata em frente ao espelho, e por isso vi no reflexo a careta que ela fez. 

— Tom Riddle. - Meu sorriso se desfez na hora. - Conhece? - Perguntou estranhando minha reação. 

— Não. - Tentava exibir uma expressão neutra agora. - Como eu faço para falar com ele? 

— Se você quiser eu apresento vocês dois, e explico o porquê de você querer falar com ele.- Disse ela animada com a possibilidade. 

— Acho que se você me apresentar a ele já vai estar bom. - Respondi tentando encobrir o fato que estava nervosa por conhecer Riddle. 

"Nervosismo por que né? Ele era só o futuro Lorde das Trevas, nada demais." 

Esperei Meg se arrumar e descemos juntas para o Salão Principal. Chegando lá, Meg me puxou pela manga do casaco em direção a mesa da Sonserina, para perto de um grupo de garotos que pareciam, "se é que isso é possível", mais arrogantes que os outros Sonserinos. 

— O cambada, dá um licença que eu preciso falar com o  Riddle.- falou Meg na maior cara de pau. 

Os Garotos olharam-na com cara de desgosto, mas ela não se intimidou.

— O que vocês tão olhando? Se esqueceram que eu também sou monitora? 

Perguntou quando recebeu apenas caretas como resposta, mas depois desse pequeno lembrete, todos abriram espaço para que ela passasse e então eu pude vê-lo. 

Ele era alto e moreno, tinha a pele alva, mas seus cabelos eram castanhos escuros e ondulados nas pontas. Tinha um porte elegante, natural, seu corpo era esguio, não muito musculoso, porém, não era magricelo. Seus olhos eram verdes escuros, quase castanhos, e muito penetrantes como se eles estivessem sempre analisando algo. 

Eu simplesmente não conseguia desviar o olhar dele porque ele também não desviava, isso já estava se tornando constrangedor. 

"Ai meu Merlin, vira o rosto para o outro lado para eu lembrar como se respira!" 

— Riddle? - Chamou Meg fazendo com que ele desviasse o olhar. - Você ouviu o que eu falei? 

— Não Volteir, não ouvi.- Respondeu ele indiferente à irritação no tom de voz da garota ao meu lado, que ainda segurava a manga do meu casaco. 

Respirando fundo Meg voltou a falar. 

— Riddle, essa é Hermione Granger, a aluna nova. - ela apontou para mim. - E Dumbledore mandou que você se encarregasse da adaptação dela aqui em Hogwarts nesse primeiro dia. 

Riddle me olhou dos pés à cabeça com desdenho antes de voltar a falar. 

— Por que eu? 

— Talvez por seja por você ser o monitor Chefe, sei lá só uma sugestão. - Foi só quando terminei que percebi que a ironia tinha saído mim. 

Riddle manifestou sua irritação com um levantar de sobrancelhas, mas logo desfez a carranca em um sorriso falso enquanto dizia. 

— Simpática você, hein? 

— No ponto certo que as pessoas merecem de mim. - Respondi com um sorriso forçado idêntico ao dele o que fez com que novamente sua expressão se fechasse. 

— Me acompanhe, senhorita Granger. Irei pegar seus horários e fazer um breve tour pelo castelo- ele saiu caminhando na minha frente e me recusei a ficar para trás, logo comecei a caminhar ao seu lado. - Espero que tenha boa memória, é a primeira e última vez que pretendo lhe mostrar o castelo. 

— Tenho certeza de que não vou precisar de sua ajuda Riddle. - Respondi irônica. - E se precisar não vai ser a você que pedirei. 


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Notas finais do capítulo

Então o que acharão?
ta legal?precisa mudar alguma coisa?
Enfim comentem.
COMENTÁRIOS ME MOTIVAM A POSTAR MAIS RÁPIDO.