Dividida.(tomione) escrita por Dri Silva


Capítulo 14
Acho que Eu amo Você




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Minha missão não saíra como o planejado, mas Tom era minha escolha isso definia tudo.Não me importava se um vira-tempo milagroso  era razão de eu estar com ele, o que eu sentia era real e inegável. Iniciar um futuro novo era tudo que eu queria. 

Sai do banho e desci para a cozinha atrás da Minerva, chegando lá encontrei Abraxas e Minnie arrumando a mesa da pequena cozinha dos monitores chefes, nem parecia que  até ontem se juravam ódio eterno. Existia carinho ali, ainda que os dois se encontrassem no meio de uma discussão sobre a trivial ordem dos talheres. 

—Minerva, o garfo deve ir a direita 

—Malfoy, não me interessa-respondeu ela revirando os olhos sem que ele visse.- Não estou produzindo um jantar de gala. 

Malfoy bufava enquanto organizava os talheres que Minnie tinha recém largado sobre a mesa. 

—Granger! Você, vem cá explicar a essa teimosa que não custa nada deixar um simples jantar entre amigos minimamente elegante. 

As vezes, depois de falas assim, eu tinha a impressão que arrogância era um traço genético entre os Malfoys. 

—Ah. Nem comece, Malfoy.- Respondi indo sentar a mesa parcialmente arrumada. -Vocês sonserinos e essa mania de serem impecáveis em cada mínimo detalhe. 

—É essa nossa mania que nos faz melhores que apressados grifinórios.-Quem me respondeu foi Tom com toda a superioridade possível vindo sentar ao meu lado. 

—Eu até discutiria com você sobre isso, mas eu estou mais interessada em comer para sua sorte. Minnie só me diga que podemos comer que não me importo em que lado está o tal garfo. 

—Quem vê, parece que você não come a dias.- brincou Minerva. 

Apesar de brincar com a minha fome, ela colocou sobre a mesa um prato de sua massa fettuccine que cheirava maravilhosamente bem. 

—Corra de Dementadores ao final do seu dia e fique um dia todo sem descansar para não atrapalhar um certo casal ai e você me entenderá-Respondi ao me servir uma generosa porção. 

—Seus dias são sempre aventuras não é mesmo Mione?-A pergunta de Malfoy acendeu um alerta na minha cabeça, meus ombros se retesaram imediatamente. 

—Como assim,Malfoy?-A pergunta tinha vindo de Tom, eu tentei relaxar para não acabar transparecendo que eu tinha alguns segredos. 

—É que ouvi comentários sobre a forma do bicho papão da Granger e como seu galante príncipe a defendeu.- Meus ombros relaxaram a medida que percebi que tudo que Abraxas queria era zombar de Tom. 

Eu tinha muita vontade de rir,mas sabia que Riddle  já estava ficando irritado ,quem acabou dando outro rumo a conversa foi Minerva. 

—O que só prova que excelente namorado o Riddle está se saindo.- O fato de ela ter dito a palavra namorado junto a Riddle fosse algo corriqueiro não me impediu de falar automaticamente 

—Ele não é meu namorado –Falei rápido demais quase me enrolando com as palavras. 

Tom imediatamente largou os talheres fazendo um barulho ao se chocarem com o prato  e virou para me encarar. 

—Como assim não sou? 

—Pera, você é?-perguntei ainda com o garfo a meio caminho da boca encarando seus sérios,até demais, olhos verdes. 

—E você ainda diz que ELE é um excelente namorado? HUMPF ! Pelo menos eu me lembro de ter te pedido em namoro. 

"Nada como comentários aleatórios de um Malfoy para aliviar o clima " 

—Cala a boca , Malfoy!-respondeu Minnie com um tapada na mão de Abraxas. 

—Bem, eu achei que depois de tudo eu fosse, mas parece que estou enganado-Continuou Riddle ignorando a conversa paralela. 

—Como você espera que eu saiba disso, se nem informada eu fui.Teve pedido e eu sofri um obliviate por um acaso?-Eu já estava meio nervosa com a situação. 

Tom estava muito sério e não podia determinar o quão irritado com isso ele estava, pois seu rosto não deixava transparecer nada. 

—Namorar com uma pessoa sem ela saber é fácil quero ver encarar a Fera!- Abraxas simplesmente não conhecia a palavra discrição. 

—A fera ?! Sério Malfoy?- A voz de indignação de Minnie anunciava tempos difíceis para Malfoy. Contudo eu não conseguia prestar atenção em outra coisa, senão no sonserino sério ao meu lado. 

—Não seja por isso!-Finalmente falou Tom.- Hermione Granger eu estou lhe informando que estamos namorando. 

Eu protestaria se ele já não estivesse me beijando, quando parou sua mão não deixou meu rosto e seus olhos nem piscaram quando disse:  

—E eu estou apaixonado por você. 

—Eu aceito.- respondi quase num sussurro colocando minha mão por cima da dele 

—Aceita ?- Perguntou confuso se afastando um pouco ,me permitindo elaborar melhor minha resposta. 

—Aceito namorar com você, embora você tenha "esquecido" de fazer o pedido, eu aceito namorar com você Tom. 

Novamente fiquei sem ar quando ele me puxou para mais um beijo, mas Malfoy nesse momento foi eleito o rei dos estraga clima. 

—Awan! Olha Minnie vê se eles não parecem o segundo casal mais lindo de Hogwarts.- Malfoy falava numa voz propositalmente fina e chata.  

—Meu bem, ainda não esqueci daquela história de "encarar a fera"ta- respondeu Minnie com ironia,mas logo voltou a falar em tom de zombaria-E vocês dois vamos parar com essa melação, estou tentando comer. 

—Parece que o humor de alguém azedou por aqui.- Comentou Malfoy. 

"É oficial acho que Malfoy gosta de apanhar"  

Meu subconsciente deu ar da graça de novo. 

—ABRAXAS MALFOY!- vociferou Minerva 

—Acho que tempo fechou por aqui-Comentou Riddle. 

—Você acha? Vamos deixar eles se matarem?-perguntei quando Tom levantou me puxando pela mão para fora da cozinha. 

—Sei que não parece, mas eles já são bem grandinhos para se resolverem sozinhos-Riddle falou com ironia subindo as escadas. 

Só então percebi que ele me puxava para o quarto dele, imediatamente meu estomago gelou de nervosismo, eu não sabia lidar com minhas emoções quando estava a sós com ele . 

"Mas também com um deus desses ninguém te julga menina!"  

As vezes  eu tinha vontade de dar com a minha mão na minha cara por esses comentários vindo do além do meu subconsciente. Ao chegarmos a porta do seu quarto Riddle abriu a porta e me deu passagem acho que ele percebeu meu nervosismo e então comentou. 

—Relaxa. Eu não mordo- Se ele soubesse o quão sexy essas palavras ficaram na voz dele, ele entenderia meu nervosismo. 

Entrei no quarto e meu primeiro  pensamento foi "Sonserina" o segundo foi "Elegante". A decoração obviamente mostrava o orgulho de seu dono pela casa das cobras, mas com um toque de bom gosto elegante e simples, combinava com ele no fim das contas. 

—Enfim a sós .- disse ele parecendo meio incerto  me tirando da minha análise do quarto. 

—Sós.- repeti a palavra também meio incerta sobre o que dizer.- Alguma segunda intenção ao me trazer para o seu quarto senhor Riddle? - perguntei zombateiramente indo me sentar na sua cama. 

—Todas as segundas intenções possíveis senhorita Granger.- Respondeu me arrepiando cada pelo do meu corpo,só então notei que ele fechava a porta.- Algo contra? 

A pergunta já feita se dirigindo para onde eu estava. 

—Para ser sincera, não tenho nada contra senhor Riddle.- Mau terminei de falar e já senti sua boca na minha. 

Era um beijo apressado como se ele temesse que eu saísse correndo. Suas mão passeando por todos os lugares, senti meu corpo sendo empurrado em direção a cama e quando o ar já estava me faltando sua boca deixou a minha e foi em direção ao meu pescoço, eu estava incapacitada de pensar direito. 

—Você acabou comigo senhorita Granger, sabia disso?- Ele falou em tom de repreensão, porém intercalando beijos e mordidas no meu pescoço.- Eu tinha planos, muitos. Eu seria temido e eu seria lembrado. Eu não me importava com ninguém além de mim e agora tudo que eu consigo pensar é em você. 

A ultima parte ele falou fazendo uma pausa nas caricias para olhar nos meus olhos, antes que eu pudesse responder ele me beijou como nunca antes, tinha tanto carinho como se tivesse medo de me machucar e então o beijo acendeu e se tornou voraz e passamos a nos agarrar como se nossa vida dependesse disso. Quando nosso ar faltou e ele se afastou para me olhar eu achei que não pudesse me surpreender mais com Tom Riddle, mas eu estava errada. 

—Eu acho...Eu acho que eu amo você Hermione Granger.- Falou ele sem folego ainda por cima de mim na cama.- Eu nunca conheci o amor antes, não sei se é isso realmente, até bem pouco tempo atrás eu me achava incapaz de um sentimento desses. Eu não sei lidar e eu odeio isso, mas eu acho que estou amando você.  

Foram três. 

Foram três batidas do meu coração o tempo que levei para compreender o que meus ouvidos tinham escutado. E então parecia que havia um zunido no quarto que não me permitia pensar ou respirar direito enquanto Tom me encarava confuso esperando uma reação. Empurrei ele para o lado e levantei de supetão da cama,começando a andar de um lado para o outro. 

—Precisamos conversar.- eu disse sem olhar para ele ou interromper minha caminhada pelo quarto. 

—Eu sou bem novo nesse negócio de me relacionar com pessoas, mas tenho quase certeza que essa não é resposta mais comum a um eu te amo.- falou ele se sentando na ponta da cama e então assumindo um expressão fria ao se virar para me encarar. 

—Eu não tenho certeza se você ainda vai me amar depois que você ouvir o que eu tenho a dizer.  

—Hermione... Eu- Tom ia falando porém eu o cortei 

—Não! Fica quieto, você precisa ouvir e eu não sei quanto tempo de coragem eu ainda tenho para falar isso. E eu preciso ter certeza que você sabe de tudo antes que você diga que me ama de novo. 

"Se é que ele vai dizer né querida" comentou minha consciência. 

Eu apertava minhas mãos freneticamente enquanto continuava minha caminhada pelo quarto pensando em por onde começar. Provavelmente foi o tom frio e sem sentimentos com que ele falou que me fez virar para encara-lo.  

—Ok. Diga.- 

Parei olhando para aquele rosto que até minutos atrás disse que me amava ,mas que agora não deixavam transparecer nenhum sentimento e me encarava sem desviar o olhar. 

—Tom...Eu não sei por onde começar.-  

—Só diga o que você tem a dizer Hermione. E diga logo, para cada minuto que você tenta me enrolar eu estou imaginando coisas que provavelmente são piores do que o que você tem a dizer. 

—Eu duvido muito que sejam, mas ok vamos começar pela parte mais importante então... Eu amo você - eu podia ver a surpresa em seus olhos - e tudo que eu mais quis nos ultimos meses foi não amar, muito pelo contrário eu cheguei aqui odiando você e tudo pelo que você fez meus amigos e eu passar.- Agora a confusão apareceu em seu rosto. 

—Mas eu nem te conhecia antes de você chegar aqui.- 

—Mas eu já conheci você, em outro tempo. - ele obviamente estava me achando louca- Meu nome é Hermione Jean Granger, nasci em setembro de 1979 filha única de pais trouxas. Eu entrei em Hogwarts em primeiro de setembro de 1991, fiz amizades com Ronald Weasley e Harry Potter. Na minha época Potter é conhecido como 'O menino que sobreviveu', porque ele realmente sobreviveu sabe- meu nervosismo me fazendo cuspir as palavras sem nem ver a reação dele – Ele sobreviveu a maldição da morte lançada pelo bruxo das trevas mais temido da história do mundo bruxo... Você.-A ultima parte saindo já sem folego. 

—Você obviamente está louca, eu vou te levar para a enfermaria.- Disse ele fazendo menção de levantar,mas eu o empurrei de volta para a cama. 

—Não sou louca, nesse momento seria mais fácil se eu fosse, mas não sou. Você é Tom Servolo Riddle, você nasceu em dezembro de 1926, foi criado num orfanato trouxa até que Dumbledore te encontrou com 11 anos e revelou que você era um bruxo e você iniciou em Hogwarts. Foi sorteado contra todas as expectativas para a Sonserina e descobriu que que você era da linhagem de Salazar Sonserina, você abriu a câmara secreta e com a sua habilidade de falar com as cobras aprendeu a controlar o basilísco. Você torturou a diretora do orfanato para que te contasse a sua historia e você descobriu que seu nome foi a ultima coisa que sua mãe sussurrou antes de morrer e a partir dai você buscou a sua historia descobrindo ser filho de Mérope Gaunt, uma puro sangue herdeira de Salazar, com um trouxa que ela enfeitiçou com a Poção do Amor e você o odiou tanto que você o assassi- 

A mão de Riddle se encontrava no meu pescoço me sufocando, seus olhos brilhando de raiva e quando falou ele cuspia as palavras sem conseguir manter o tom sempre polido que usava. 

—Como você sabe disso?! Eu vou matar você . 

Praticamente sem voz eu tentei responder. 

—Eu disse q...não sou louc...eu sou do futuro. Se você me soltar-cada palavra sendo dita com muita dificuldade pois ele não soltava meu pescoço.- Se você me sol..tar- eu  conto tudo...Eu juro. 

—Eu não confio em você.- Além de raiva sua voz transmitia um certo nojo e seu olhar confirmava isso. 

Ainda assim, ele me soltou imediatamente pegando sua varinha e a apontando para mim. Levantei minhas mãos como que me rendendo e aos poucos fui escorregando até o chão enquanto ele se sentava na cama com a varinha apontada para mim esperando para ouvir o que eu tinha a dizer. 

—Então... Eu sou do futuro acho que isso você já entendeu.A primeira vez que entrei em contato com você, digamos assim, foi no meu primeiro ano quando seu espirito maligno estava possuindo meu professor de defesa contra as artes das trevas para roubar a pedra filosofal... 

—Espirito? Eu morri então?- perguntou ele levantando uma sobrancelha apenas , se eu não o conhecesse diria que ele estava agindo friamente mas eu podia ver o pavor por trás daqueles olhos verdes escuros. 

—Não exatamente, acho que eu vou ter que começar a história pelo que aconteceu antes. Quando você se formou em Hogwarts você já era fascinado pela arte das trevas e Tom Riddle como era conhecido praticamente sumiu depois que se formou, você foi em busca de poder, passou a aprender e dominar a arte das trevas , você e seu grupo de comensais iniciaram a segunda guerra bruxa... 

  


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