Cupidos Em Ação escrita por Tahii


Capítulo 12
Paixonite de trasgo


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY!
Gente, tenho uma boa/má notícia para vocês: a fic está acabando. Eu gosto tanto de escrever CEA, mas... Não posso estender para sempre, né? :(

Obrigada a todos que comentaram no cap anterior! Vocês encheram o meu core de luz ♥

Boa leitura ♥



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Rose Weasley

Amedrontador.

Pior do que saber que tem uma coisa na barriga da sua mãe que um dia vai sair de lá e ser o seu “irmão”, é saber que a última pessoa do universo — que antes você nem considerava que era uma pessoa — gosta de você. E gosta pra valer ainda.

Quando voltamos para a CDC e fomos liberados por Maicon e Colin, voltamos para casa em profundo silêncio. Scorpius olhava para os lados e eu olhava para o chão de nuvens.

— Será que vamos sentir falta daqui? — perguntou aleatoriamente. — Cupidos, trabalho sem remuneração, termômetros voadores, flechas do amor, nuvens cor de rosa, alertas e tal?

— A não ser que tenhamos realmente problemas mentais, eu tenho quase certeza que não.

— Às vezes tenho a impressão que vamos ficar aqui para sempre. — deu ombros. — Ainda faltam dois casais e parece que saímos de Hogwarts há anos. Não que eu esteja com saudade de lá, é que-

— Sim, você está com saudade de lá. — ri da sua suposta ingenuidade. — Por mais estranho que isso pareça. E eu também estou. A madame Pince não consegue viver sem mim.

— Você é estranha demais, Weasley.

— Um pouco.

— Se ficarmos aqui para sempre, podemos fazer um revezamento de cama? Um dia você dorme lá e no outro no sofá.

— Sem chances, Malfoy, foi você quem apertou o botão e você quem vai dormir nos pedaços de pau velho, nem vem.

— Hm. — ele parou em frente à porta de casa para abrí-la e ficou no meio do caminho. — Posso dormir com você então?

— Você é muito otário, cara, fala sério. — resmunguei passando por debaixo de suas asas para entrar em casa. — Como alguém consegue suportar você?

— Nem te conto, Weasley, nem te conto.

Argh, como sua risada era irritantemente irritante.

Eu ainda precisaria, quando tivesse a oportunidade, fazer com que ele fosse na frente de um espelho novamente para checar se seu termômetro estava realmente vermelho. Era estranho e muito improvável que fosse realmente verdade. Como Scorpius havia se apaixonado, de repente, por mim?

 

[QUINTA-FEIRA]

— Se você não abrir essa porta eu vou ser obrigado a entrar no seu quarto sem a sua permissão, cenoura, então colabore. — Scorpius batia na porta e falava alto. — Colin e Maicon chegaram, eu já estou pronto e só você está enrolando.

— Fica quieto, Scorpius, por Merlin!

— Pensei que quisesse ir embora logo, não ficar presa em uma dimensão paralela comigo. — argh. Rolei os olhos e fui até a porta, para abri-la. — Você ainda está de pijama.

— E você de asas. — falei meio zonza. — Estou sonhando?

— Talvez. — sorriu, mas sorriu daquele jeito. Sim, daquele jeito tremendamente irritante. Aproximou seu rosto do meu, olhou bem para os meus olhos semi-abertos e fez questão de depositar um beijo da minha bochecha e em seguida falar no meu ouvido. — Por favor, não me obrigue a te levar para Hogwarts de pijama.

— Você é um idiota, Malfoy.

— E você uma preguiçosa. — riu alto, conseguindo a proeza de me irritar logo de manhã. — Cinco minutos ou você vai do jeito que está.

Levei exatos cinco minutos para colocar o meu (arghhhh) uniforme e descer as escadas. Para a minha alegria, os bebês realmente estavam ali com algumas pranchetas, mas divertiam-se com um pote de geléia de uva que o Malfoy, provavelmente, havia lhes dado.

— Qual é a urgência? — perguntei caminhando até a geladeira.

— Molly Weasley e Leo Hilliard. — disse Colin suspirando esperançoso. — Eles ficam tão lindos juntos.

— Se Dominique não estivesse com James certamente isso seria um problema, mas… — dei ombros. — Quem sou eu, mera bruxa, para dar palpite em relacionamentos, não é?

— Exatamente. — concordou Maicon. — Eles são um pouco diferente. Digamos que… Eles não se gostam, ainda, então o termômetro vai estar cinza ou coisa do tipo e uma flecha em cada um vai ser o suficiente para desenvolver um namorico.

— Namorico? — Scorpius franziu o cenho.

— Ah, sim, nós que escolhemos o tipo de amor, vocês sabem. — explicou Maicon. — Cada flecha tem uma ligação direta com a sala de Simon. Nós mandamos a sugestão de amor pelo tablet e ele seleciona por lá. Achamos que vão ser um casal bonitinho.

— Ah, vocês acham? — perguntei espantada. — Então vocês brincam com a vida das pessoas como se fossem bonecos sem sentimentos?

— E não são? — arregalei os olhos quando ouvi a resposta de Colin. — Nós que damos o sentimentos.

— Mas do nada?

— As ordens vem de cima, Rose, apenas juntamos pessoas. — Maicon estendeu algumas folhas para mim. — E o departamento debaixo separa, claro.

— Boa sorte, amiguinhos. — Colin sorriu e acenou para nós, antes de sermos teletransportados.

[...]

Lago da lula-gigante, muitos alunos juntos, uma gritaria danada e risadas, o melhor contexto para se apaixonar por alguém. Pelo lado positivo, eu era a mera assistente de Scorpius, enquanto que ele teria que mirar bem antes de sair flechando qualquer um.

— Se eles parassem um minutinho só. — suspirou, cansado de segurar o arco. — Detesto pessoas hiperativas.

— Você detesta todo mundo.

— Inclusive você. — rolou os olhos. — Imagina se eu acerto ela e… Outra pessoa? Vou ser deportado da CDC.

— Isso não seria bom?

— Não, péssimo. Eu deixaria a minha paixão para trás. — por uma fração de segundos eu pensei que ele se referia a mim, e foi como se a lula-gigante estivesse preste a me engolir, mas… — A TV Hogwarts é demais.

Scorpius Malfoy

Foram longos, longos, longos minutos segurando o arco sem conseguir mirar em nenhum dos dois. Eram como formigas loucas em uma época pré-inverno, super apressadas para guardar comida. Foi terrível. A única brecha que consegui foi em um momento que Molly parou para arrumar o cabelo, só que ainda faltava o Hilliard, o que deu um trabalho louco.

Rose chegou a sentar no chão, falar algumas coisas aleatórias e às vezes dizia que estava entediada e não entendia porque tanta gente se divertia por aí enquanto deveriam estar assistindo a última aula do período da manhã.

— CONSEGUI! — gritei assim que vi a flecha acertar o coração do garoto. E uns instantes depois, eles trocaram um pequeno olhar. Se aquilo faria com que fôssemos puxados de volta para a CDC eu não sabia, por isso decidi esperar. — Ouviu, Weasley? Eu consegui!

— Uau. — disse desanimada. — Só falta um. Viva.

— Sua animação é a mesma de um trasgo com fome, sabia?

— Sua cara é como a de um trasgo, sabia?

— Não precisa deixar tão expresso o seu amor por mim, não quero ser atacado novamente por você. — alfinetei-a. Claro, afinal, não poderia deixar que o fato de que ela, um dia, de tão revoltada que estava decidiu me beijar.

Ela poderia ter feito muitas coisas naquele momento, como me matar, xingar, bater, mas não. Rose Weasley, estranhamente, apenas se levantou e ficou me encarando com uma expressão duvidosa por alguns instantes.

— Vem aqui. — ela me puxou até a beira do lago e fez com que ficassemos perto da água o suficiente para que os nossos reflexos pudessem ser vistos.

— Não me diga que está procurando peixinhos! — tentei descontrair sob o seu olhar sério. Ela olhou para mim e vi seus olhos vermelhos, um pouco marejados. — O que foi?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo. Não esqueçam de comentar, é muito importante a opinião de vocês para o desenvolvimento da história ♥

Beeijos,
Tahii ♥