No outro dia, Karen explicou – Mentiu – Para os pais dela. O inverno se aproximava, já estava chegando o fim de ano, a família Inazumi, sempre viajaram para lugares distintos todos os anos, este eles já decidiram, iriam para Londres e passariam 1 mês e 2 semanas. Break e Karen haviam pensado, não poderiam ir, seria um ano difícil para eles, o último ano escolar, e, seguido ainda, pela prova que decidiria para que faculdade ir.

Além do mais, o ultimo ano seria cheio de surpresas, pois se juntariam com os amigos por 1 semana, para “bagunçarem”, num hotel, do outro lado da cidade.

Não podiam ir para a viagem, seria uma difícil perda, mas não poderiam.

                            X – X – X

Karen se lembrava do incidente ocorrido, também lembrava que passou distante do corpo, com medo, nem chegou a vê-lo de longe. Bem mas já era manhã, e ela já tinha se arrumado para a escola. Foi embora. Na rua, o vento soprava como uma brisa de inverno, e os passarinhos cantarolavam num ritmo só. Era um clima agradável, perto do inverno, ela passara também em frete a diversos centros comerciais, que, a essa hora da manhã, já estavam de portas abertas. Hotéis, casas, prédios, tudo se encontrava na paisagem que ela via. Ela chegou numa praça, onde havia centenas de cerejeiras, com um tom perfeitamente rosa, sentou num dos bancos, folhas caiam lentamente, enquanto esperava. Ela havia combinado com seu amigo que os dois fossem para a escola juntos. Mas ouve um imprevisto, Karen levantou-se boquiaberta, ela viu o garoto daquela casa no meio do nada, Nate. Sua bochecha ruborizou, não acreditou que ele estava lá. Ela correu para perto dele, os dois começaram a conversar, ele usava uma camisa branca com um desenho da pata de um leão pintado de cor vermelha, calça preta sem bolsos e uma listra também vermelha na perna direita, seu cabelo era bagunçado como sempre, e branco. O amigo de Karen, sempre foi apaixonado por ela, este dia seria especial, pois ele chamaria ela para sair, mas ao ver Nate sussurrando no ouvido dela, e depois a abraçando, desistiu, e foi embora, jogando a rosa que tinha levado, depois pisoteou. Após alguns minutos, Karen despediu-se de Nate, e continuou sua caminhada percebendo que seu amigo não iria. Karen chegou na escola, e a aula já tinha começado, não pode entrar na sala quando a aula já começou, então ela retirou a bolsa das costas, e colocou num banco, sentou-se, e mexeu no celular:

“03:30,  Achei que fosse morrer, ainda bem que me salvaram.”

Estranhou, mas foi para mensagens, depois jogos, e depois, o sino bateu. Hora de entrar para sala. Karen teve aula de história, matemática, japonês etc. Ela era uma ótima aluna, nunca se preocupou com suas notas, eram todas altas. Algumas horas se passaram, as aulas estavam chegando ao fim, e quando acabou, calmamente Karen saiu, ia andando novamente para casa, e olhou para o celular.

“mdhe jka”

As letras estavam sendo reescritas, olhou novamente.

“Dead jka”

Olhou novamente.

“Dead End”

Correu o mais rápido que pode, tentou ligar para Break, mas ele estava dormindo. A morte iminente de Karen estava prestes a acontecer. Um helicóptero, estranhamente sobrevoou Karen, e então ela viu, uma mulher, parecia um anjo descendo do céu, mas era uma mulher de verdade que tinha pulado, ela aterrissou perfeitamente, e apresentou-se.

- Sou Yuna Velder, e sou sua guardiã...

- O que é isso? – Karen a interrompeu.

- Guardiões são os que fazem a proteção dos jogadores, quando um jogador morre, seu guardião também desaparece. E, também temos estes diários. – Mostrou uma tela com informações. – Eles nos avisam o que nossos protegidos iram fazer daqui a 3 horas. Nós também morremos se nosso celular for destruído.

- Mas, se no final só deve haver 1 deus, o guardião vai ser o que? – Karen perguntou.

- Quem sobreviver no final, deve matar seu guardião.

- Mas...

- Sem “mas”, nós nem somos de verdade, somos apenas espíritos. Não podemos matar jogadores, senão desaparecemos. Podemos apenas, ajudar nossos protegidos.

O espirito de Yuna começou a dissolver no ar, enquanto ela dizia.

- Estarei sempre te protegendo, agora vou para casa, até mais.

Uma mão encostou no ombro de Karen, ela virou-se, e viu ele.