Medo De Amar escrita por Gabs


Capítulo 17
Uma Tentativa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora... Eu gostei de escrever esse capitulo e aqui está ele para vocês lerem!
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Não desistam de mim e da minha fic... Eu não vou abandoná-la.
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**Capítulo dedicado à Bibih =D
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Aqui as musicas que eu usei pra escrever, caso queiram ouvir enquanto lêm
— http://www.youtube.com/watch?v=1kz6hNDlEEg
— http://www.youtube.com/watch?v=-J7J_IWUhls



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Grissom para seu carro à frente da casa de Catherine, olhando inquietamente para o seu relógio de pulso. Ele estava ansioso. Será que tudo daria certo? Agora não dava mais para voltar atrás. E mesmo com tudo acontecendo, ele estava ansioso para vê-la. Seu coração batia forte e rapidamente, suas mãos suavam e um frio percorria seu estomago. Grissom riu. Ele parecia um menino indo buscar sua dama para o baile de formatura, mas o problema é que, é mais complicado que isso.

Ele olha novamente para o seu relógio: seis horas em ponto. Então Grissom pega seu celular e quando resolve discar o número da loira, ele avista esta saindo de casa e indo em direção a ele. Seu coração bate ainda mais rápido. Ele sai do carro e pega as malas de Catherine que estavam perto do porta-malas, ao lado dela. Grissom diz um “oi” em forma de sussurro para tentar quebrar a tensão que havia ali, mas nada é dito como resposta, Catherine apenas entra no banco do passageiro, liga o rádio e ouve a música que tocava, cantarolando umas partes desta.

Grissom termina de arrumar as malas no porta-malas e logo entra no carro, girando a chave na ignição e indo em direção ao seu destino.

No meio do caminho nenhuma palavra é trocada entre os dois, ficando apenas o som das musicas que se alternavam na estação de rádio escolhida por Catherine, até que o sinal da radio começa a ficar ruim e Catherine desliga rapidamente o rádio.

- Eu tenho CD’s ai no porta luva... Se você quiser... – Grissom fala após limpar a garganta.

- Com o seu gosto musical nem vou arriscar. – Catherine retruca friamente.

- Não sei... Talvez não seja tão ruim. Não custa olhar. – Grissom fala no seu tom de voz pacifico de sempre.

Catherine abre o porta-luvas e pega o porta CD que ocupava uma parte deste. Ela começa a observar os CD’s ali presente e um sorriso se abrem quando ela encontra CD’s de suas bandas preferidas.

- Até que o seu gosto não é tão ruim quanto parece... – Ela fala mais para si.

Grissom sorri ao ouvir o comentário de Cath e da uma olhadinha rápida para esta. Como ela estava linda! Seus olhos azuis profundos como sempre, seus cabelos loiros caídos ao ombro em pequenos cachos delicados, e seus lábios levemente rosados por um gloss... Ela estava simples... Simplesmente perfeita. Que saudade de beijar os lábios dela... Aqueles momentos em que ela reclamava para ele que não podia beijá-la por estar arrumada e por não querer que borrasse seu batom, e que, mesmo assim Grissom a beijava... Aquele momento em que ela reclamava que ele havia borrado todo o seu batom e fazia uma cara de brava que logo era substituído por um sorriso já que ele voltara a beijá-la. Grissom sorri. Como ele queria que tudo aquilo voltasse... Que aquelas simples coisas que faziam juntos voltassem a acontecer... Que ele voltasse a poder chamá-la de “sua”.

- Adoro essa música! – Catherine fala alto, aumentando ainda mais o som do rádio. – Esse CD é o melhor.

Grissom começa a sorrir com a cena. Catherine cantando bem alto junto com a música, sem ligar para nada a sua volta, assim como uma adolescente em um dos shows do ídolo.

As horas passam e logo eles chegam ao destino. Uma grande casa, com um quintal enorme onde não dava para ver o fim deste... Era uma chácara.

- Que lugar é esse? – Catherine pergunta desconfiada.

- Você já vai descobrir. – Grissom responde saindo do carro e adentrando a casa, sendo acompanhado por Catherine.

- Gil! – Uma mulher mais velha fala, abrindo os braços para confortar Grissom em um longo abraço. – Que bom que veio nos visitar! Quem é essa que te acompanha?

- Oi... Mãe, essa é Catherine... Uma... Uma amiga de trabalho. – Ele responde meio sem jeito.

- Prazer Catherine! – A mulher responde animadamente.

- Prazer... É... Eu não estou muito bem por causa da longa viagem. Eu vou ali tomar um ar. – Catherine mente saindo da casa e se afastando cada vez mais desta.

- Mãe, eu já volto. – Grissom fala, seguindo Catherine.

Grissom anda rapidamente atrás de Catherine e quando a alcança, pega em seu ombro e a chama pelo nome pela quinta vez desde que está indo atrás dela.

- Eu não acredito que você fez isso de novo Gilbert! – Ela grita após se virar para ele, mas como já estavam longe da casa, ninguém os ouvia.

- Do que você está falando? – Ele pergunta desentendido.

- Para com isso Grissom! Para de mentir pra mim! Desde que nós começamos esse relacionamento você mentindo pra mim! Eu cansei!

- Se eu falasse a verdade pra você, você viria para cá comigo? – Ele pergunta tentando amenizar a situação.

- Claro que não! Eu não viria com você se você falasse que nós viríamos para a casa da sua família!

- Mas e se eu falar agora pra você que eu só menti para resolver as coisas?

- E como você resolveria a suas mentiras com mais mentiras?! Você não está vendo que isso está me consumindo?! Que você está me machucando?!

- Eu te trouxe aqui para te explicar o mal entendido de antes...

- Então quer dizer que agora a sua ex está aqui?! Que perfeito!

- Não é isso... Não é a minha ex que eu fui visitar. – Ele diz calmamente.

Eles ficam em silencio, cada um com seus pensamentos, por uns segundos.

- Vem comigo que eu te explico tudo. – Grissom fala esticando a mão para Catherine, que não aceita segurar a mão dele, mas mesmo assim, vai ao seu lado novamente para a casa. – Agora, limpa essas lagrimas... Pequena. – Grissom fala, sussurrando a ultima parte para que Catherine não ouvisse, falhando.

Quando eles chegam a casa, a mãe de Grissom pergunta se Catherine se sentia melhor, e esta respondeu que sim. Então, Grissom a levou para um dos quartos da casa.

- Tenta não tocar muito no assunto com ela...  – Ele avisa antes de entrarem no quarto.

Catherine, mesmo sem entender, adentra o quarto e logo avista uma menina deitada na cama com uma aparência nada boa, lendo um livro. Quando a menina percebe que tem gente no quarto, ela olha na direção da porta e logo avista Grissom, sorrindo de orelha a orelha.

- Gil! – A menina exclama, colocando o livro de um lado da cama e dando espaço para que Grissom pudesse sentar-se ao seu lado. – Vem cá!

- Oi minha pequena! – Ele responde sentando ao seu lado e a abraçando. – Quantas saudades!

- Você me viu a dois dias atrás Gil. – Ela fala ainda sorrindo

- Eu sei, mas a saudade chega rapidinho.

Quando a menina percebe a presença de Cahterine, ela a olha tentando lembrar se a conhecia de algum lugar.

- Desculpa... Rose, essa é Catherine, uma amiga minha. Cath, essa é a Rose, minha irmãzinha.

- Ei! Eu já não sou tão novinha assim!

- Eu sei, mas você é mais nova que eu, então...

- Oi Rose, prazer em conhecê-la. – Catherine fala sorrindo meio sem graça.

- Prazer o meu, Catherine. – A menina responde retribuindo o sorriso.

- Como você está Rose? – Grissom pergunta preocupado. – Esses remédios novos são melhores?

- Sim, sim. Agora vamos parar de falar sobre a menina com câncer, feia sem cabelo.

- Você é linda, para com isso! – Grissom fala sério. – Rose, agora nós vamos deixar você descansando e vamos arrumar nossas coisas.

- Ok, até mais tarde.

Grissom e Catherine saem do quarto e vão em direção ao carro para pegar as coisas de cada um, em silencio. Catherine ainda tentava entender tudo aquilo... Ela não acreditava que havia brigado com Grissom por um mal entendido idiota. Ela tentava achar as palavras certas para mostrar o quanto estava arrependida.

Eles vão em direção a casa e Grissom pergunta a sua mãe qual quarto eles ficariam. Assim, a mãe de Grissom se desculpou, pois achou que eles eram um casal e disse que iria arranjar outro quarto, mas quando percebeu só havia aquele quarto que era para um casal já que os outros seriam para as visitas que viriam.

- Não tem problema mãe, nós damos um jeito. Muito obrigado mesmo assim.

 Os dois vão para o quarto e colocam as coisas ali.                                            

- Certo. Você fica com a cama de casal que eu ajeito aqui pra eu dormir. – Grissom fala se referindo ao chão.

- Não Grissom. Você dorme na cama e eu no chão.

- Você é a visita e vai ficar na cama. Ponto final. – Ele fala, acabando com a conversa, ficando um silencio por alguns segundos.

- Olha Gil... Me desculpe. Eu fui muito precipitada... Eu não deveria ter brigado com você por algo que eu não sabia direito. Eu deveria ter confiado em você e ter te dado tempo pra você se abrir comigo...

- Não precisa pedir desculpas. – Grissom a interrompe. – Foi um mal entendido, e mal entendidos ocorrem toda hora.

- Que bom que você entendeu... – Ela fala ainda se sentindo culpada, pegando as mãos dele. – Deve ser um momento difícil para vocês.

- É sim... – Ele diz soltando suas mãos das dela e virando-se para o lado, encarando a vista que a porta de vidro da varanda que tinha no quarto dava, trazendo vários pensamentos para a sua mente.  – Mas eu ainda tenho esperanças. – Ele fala deixando as lagrimas caírem, virando-se de costas para Catherine. Ele não gostava que ninguém o visse frágil daquele jeito, ainda mais Catherine. Por esse motivo ele era tão seco e sério no trabalho... Por causa disso, e também por causa do estresse.

- Griss... – Catherine sussurra enquanto segura o ombro deste.

Grissom se arrepia ao ouvir a voz da loira o chamar daquele jeito que ele não ouvia há tempos. Ele se arrepia ao sentia o toque de Cath. Ele se vira e ela limpa suas lagrimas, o abraçando depois.

Os dois ficam naquele abraço por um bom tempo, apenas aproveitando aquele momento, com seus pulmões sendo intoxicados pelos cheiros que exalavam de seus corpos. Cheiros aqueles que lembravam bons momentos onde os dois estavam desprotegidos, juntos, trocando palavras e gestos de amor, diferente de qualquer outro momento.

Mais lagrimas escorrem dos olhos de Grissom. Ele estava frágil aquele momento, e sua única proteção era Catherine. Só ela conseguia fazê-lo sentir-se forte para continuar a lutar... Só ela conseguia dar forças o suficiente pra ele.

Eles se soltam do abraço, ficando ainda de mãos dadas, e seus olhos se encontram, azul no azul, podendo enxergar de seus globos oculares todos os sentimentos que sentiam aquele momento.

- Acho que nós devemos começar tudo de novo. – Grissom fala olhando e brincando com os dedos de Catherine. – Desde o começo.

- O que você quer dizer com isso? – Catherine pergunta desconfiada.

- Que agora eu vou fazer tudo certo, minha amiga. – Grissom responde enfatizando as duas ultimas palavras.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Reviews?