Charlotte Le Fay - Herdeira De Voldemort escrita por DudaGonçalves


Capítulo 6
O Duelo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como vão?
Espero que gostem do capítulo!



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Snape estava sentado em uma das cadeiras da Sala de Poções, sem camisa (Prefiro não falar sobre isso), e olhava para algo em seu braço esquerdo. Focalizei no que ele estava olhando e, tenho toda a certeza, que ela era a Marca Negra, a marca que é o símbolo de quem é seguidor de Voldemort. No mesmo segundo que tampei minha boca eu fechei a porta, sem fazer barulho, claro!

Sem pensar em mais nada, saí correndo até o quarto em que dormi noite passada. Entrei e tranquei a porta atrás de mim, respirei fundo e passei pela outra porta, indo para o banheiro.

Me despi e entrei no chuveiro, liguei a água e entrei embaixo dela. Só naquele momento consegui começar a pensar em algo - Severo Snape, Professor de Poções em Hogwarts e Seguidor de Voldemort. - Ele sabe que sou filha do Lorde das Trevas que ele segue, bem... talvez não seja algo ruim... não tenho certeza. Nenhum Comensal sabe quem eu sou, mas não posso ter certeza já que não conheço nenhum.

Parei de pensar nesse assunto e deixei a água quente bater no meu rosto. Lavei meu cabelo e saí do box.

Peguei uma toalha que estava posta em uma pilha de toalhas sobre a pia e me sequei, fui até o quarto e peguei um pijama. Me vesti e deitei na cama, acabei demorando um pouco pra dormir.

Acordei no outro dia com uma coruja puxando uma mecha do meu cabelo castanho.

–Tá bom. Tá bom, eu acordei - falei tentando afastar a coruja do meu rosto com as minhas mãos.

A coruja parou de bicar meu rosto e fincou suas garras no meu estômago.

–Meu Merlin! - exclamei na hora e empurrei a coruja para longe de mim.

Levantei e fui até a coruja que estava parada ainda na minha cama. Vi que ela tinha um envelope preso na sua pata, peguei-o e mandei a coruja ir. Mas ela continuava olhando para mim, provavelmente esperando por uma resposta.

Sentei-me na cama e abri o envelope.Tirei a carta de dentro do envelope branco e comecei a lê-la:

"Charlotte,

Como vai tudo em Hogwarts? Espero que esteja gostando.

Meu pai e minha mãe não queriam lhe mandar uma carta, mas eu resolvi que era melhor. E espero que tenha aproveitado minha varinha quando estava com ela...

Espero que tudo dê certo enquanto estiver aí.

Volte logo, Charlie Bally!"

T . Le Fay

Sorri, Thomás não tinha jeito! Como não tinha pena nem tinta, transfigurei o que tinha mais próximo - um relógio de mesa. - em uma pena que já tinha tinta em sua ponta.

Peguei o pergaminho que ele havia usado e escrevi o mais rápido possível uma resposta no verso do pergaminho, não comentei sobre o fato do Professor de Poções que ele tinha há dois anos ser um Comensal da Morte. Quando terminei, dei uma olhada no que havia escrito:

"Tomy,

Está tudo bem. Virei a mais nerd de Hogwarts, com certeza! E estou adorando tudo aqui.

Pode ter certeza que não pratiquei mágica com a sua varinha, ela é muito fraca para mim.

Tudo está ocorrendo como eu queria que estivesse, mas tenho de ir. Tenho que fazer um teste prático sobre algo.

Mandarei uma carta quando estiver voltando."

C . Le Fay

Entreguei o pergaminho para a coruja.

–Entregue isso para Thomás, para ninguém mais! – adverti, ela piou em resposta.

A coruja saiu voando pela janela aberta do quarto. Que eu nem havia reparado que estava aberta.

Fui até o banheiro e me olhei no espelho. A garota de olhos azuis meio fechados meio abertos, de cabelos totalmente cacheados e muito castanhos com o rosto inchado me olhou de volta.

Fiz minhas necessidades matinais e fui até minha mochila, peguei outra roupa e a vesti.

Saí do quarto e fui andando bem devagar até o Salão Principal. Dei uma olhadinha lá dentro sem que ninguém que estivesse dentro me visse e percebi que não havia lugar para mim na mesa, uma raiva arrasadora quase que me fez estalar os dedos e explodir a estátua mais próxima. Mas, ao invés disso eu andei em direção ao quadro que levava à cozinha. Parei na sua frente e cocei a pêra que estava pintada no retrato de uma tigela de frutas, ela começou a se contorcer e se transformou em uma maçaneta verde.

Entrei em uma cópia exata o Salão Principal, com as quatro mesas das Casas e a mesa dos professores, havia alguns elfos na cozinha. Todos me olharam quando entrei e começaram a sorrir.

–Uma estudante! - um exclamou enquanto se aproximava de mim. - Sou Flink, senhorita. O que precisa? - ele me cumprimentou.

–Olá, sou Charlotte. É um prazer - falei apertando a mão do elfo que achou meu gesto muito estranho. - Bem, eu queria apenas uma maçã. Estou com vontade de comer uma...

–Claro, senhorita. Sente-se na mesa da sua Casa - ele falou isso enquanto me empurrava e me fez sentar-se à mesa da Sonserina.

Enquanto esperava, vários elfos apareceram e começaram a conversar comigo. E então o elfo, Flink, me trouxe a maçã. Eu dei uma mordida e agradeci todos pelo tempo deles e disse que tinha de fazer uma prova agora. Todos me desejaram uma boa sorte e me levaram até a porta.

Saí da cozinha e enquanto andava novamente em direção ao Salão Principal comia a maçã que o elfo me dera.

Entrei no Salão ao ponto de ver os professores já saindo, mas todos pararam quando eu cheguei. Andei calmamente em direção à Dumbledore que estava sentado, eu ainda estava com raiva, mas sempre consegui disfarçar meus sentimentos.

–Professor... - falei para ele.

–Senhorita Le Fay, achei que teria de mandar alguém acordá-la - ele falou calmo, parecia que estava brincando.

–Bem. Tenho que fazer um teste hoje, não? - falei brevemente para ele.

–Sim. Quer fazê-lo agora? - ele me perguntou.

–Claro! - exclamei para ele. E os mesmo professores de ontem continuaram no salão enquanto os outros saíram.

–Bem, este teste será mais para testar seus poderes em uma luta, principalmente quanto à arte das trevas - Minerva me explicou.

–Poderei usar toda magia negra que conheço? - perguntei.

–Sim. Bem, você irá duelar com a Professora McGonagall, o Professor Flitwick, o Professor Snape e o Professor Juttipli ao mesmo tempo. Não há regras além da que eu lhe disse...

–Não matar, espere! Pode as outras magias imperdoáveis? - perguntei.

–Claro. Assim como nós podemos usar todo o nosso conhecimento em artes das trevas e feitiços, você também pode - o Professor Juttipli falou.

–Antes de começar - Dumbledore disse. - Charlotte lutará sem varinha, então... tomem cuidado - ele advertiu.

Dumbledore fez com que todas as quatro mesas das casas desaparecessem e nós nos preparamos para começar a luta. Eu fiquei no centro do Salão e cada professor ficou em volta de mim, formando um quadrado. Eles apontaram suas varinhas na minha direção e eu apenas os encarei. Ninguém fez menção de começar, então eu apenas esperei.

–Morgana me ilumine e me ajude - sussurrei para dentro de mim e me senti mais confiante

–Todos prontos? - Dumbledore perguntou. Ele estava um pouco longe do centro, apenas avaliando. Nós assentimos. - Que se inicie, então.

Estupefaça– McGonagall tentou me acertar, mas parei o feitiço que vinha na minha direção.

Glacius– lancei o feitiço em McGonagall, que congelou na hora.

Incarcerous– Flitwick mandou o feitiço na direção das minhas pernas, que ficaram presas por uma corda.

Evanesco– falei e a corda desapareceu. Dirigi-me ao Professore Flitwick. – Crucio – gritei e o pequeno começou a se contorcer, mas deixei-o sofrer mais um pouco e tirei o feitiço.

Lumos Maxima– Juttipli jogou a bola de luz na minha direção. Eu a peguei com minha mão e a tornei maior, jogando de volta para ele.

Crucio – McGonagall havia se descongelado e lançou o feitiço em mim. Senti pequenas cócegas na minha barriga.

–É só isso que você tem? - perguntei para ela. - É assim que se faz. Crucio – ela caiu do chão e começou a gritar, dei um pequeno sorriso.

Estupefaça– Snape falou.

Partis Temporus– parti o jato do feitiço ao meio. As duas metades passaram como um raio aos meus lados.

Incendio– os quatro professores jogaram o feitiço em mim. Jatos de fogo vieram no meu rosto de todas as direções.

Protego Nerus– gritei e uma proteção negra se formou de todos os lados que os jatos de fogo saíram. Transformei a proteção em uma cúpula, em que eu estava protegida.

Os professores jogaram todos os feitiços na cúpula que ricocheteava. Comecei a ficar com raiva e impaciente e tirei a proteção.

Fiz, mentalmente, uma maldição que jamais havia usado. O feitiço explodiu em uma imensa nuvem roxa, e todos os quatro professores estavam caídos, gemendo de dor.

Como sabia que aquele feitiço estava causando danos internos nos quatro, tirei-o.

–Parabéns! - Dumbledore disse. - Qual foi o último feitiço que você fez Charlotte?

–Ah. É uma maldição que li em algum livro - falei para ele.

Snape se levantou e olhou para mim. Senti raiva de ele ser um Comensal, sabia que ele não havia usado toda a magia das trevas que tinha e que conhecia.

–Vou chamar a Papoula para ajudar os professores - Dumbledore disse.

–Claro - falei para ele. Dumbledore saiu e Snape veio andando na minha direção, mas seus joelhos começaram a tremer e eu tive que ajudá-lo a ficar de pé.

–Escolheu uma ótima maldição. Ainda sinto os ferimentos dentro de mim - ele me disse. Fiz com que uma cadeira aparecesse e ajudei Snape a se sentar.

–Achei que soubesse cuidar desses ferimentos, Severo.

–Como eu saberia? - ele me perguntou.

–Todo Comensal da Morte deve conhecer feitiços de cura para maldições. Ou, pelo menos, os melhores. Tenho que admitir que eu esperava mais de você porque, como um seguidor de meu pai, você foi uma decepção para mim - ele me olhou assustado.

–Do que está falando? - ele falou com a voz trêmula.

–Disso - eu falei e puxei a manga do braço esquerdo dele, revelando a Marca Negra. Um crânio com uma serpente saindo da boca. Ele me olhou com uma cara de interrogação. - Nada fica escondido de mim por muito tempo.

–O que irá fazer? - ele me perguntou, agora, bem mais calmo. Até mesmo, indiferente, enquanto se certificava que ninguém havia visto a Marca e a escondia por debaixo da blusa.

–Eu? - dei uma risada. - Tenho que cuidar dos professores que derrotei, estou ocupada para ficar conversando, Professor - falei enquanto fazia mais três cadeiras apareceram e com o Mobilicorpus fiz com que cada professor ainda desacordado se sentasse em cada uma delas.

Dumbledore apareceu com uma mulher que parecia tão velha quanto a McGonagall, mas a mulher tinha os cabelos loiros e os olhos negros, já McGonagall tinha os olhos verdes e os cabelos pretos.

–Charlotte, esta é madame Pomfrey. Ela é a curandeira-chefe da nossa Ala Hospitalar - Dumbledore falou.

–Espero que não tenha que te ver muito lá - ela falou séria.

–Também espero! - falei para ela.

–Papoula, a senhorita Le Fay estava duelando com os professores e, bem, eles foram "nocauteados" por ela - Dumbledore explicou para a mulher.

–Le Fay? É, é um belo sobrenome... - ela me disse, meio insegura. - Se me derem licença. Irei cuidar deles.

E assim todos os professores foram levados por macas enfeitiçadas para a Ala Hospitalar.

–Charlotte. Como você passou por todos os testes...

–Espera. Qual era a natureza do teste que acabei de passar? - interrompi Dumbledore.

–Não matar por impulso - ele falou simplesmente para mim. - E como você passou. Eu quero lhe entregar isto - Dumbledore me deu um envelope grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e, endereçado em tinta verde, estava:

Srta. C. Le Fay

Quarto de Hóspedes no Segundo Andar

Hogwarts

Norte da Grã-Bretanha

Dei um breve sorriso. Já sabia o que viria.

Virei e abri o envelope rapidamente. Peguei a carta que havia dentro. Comecei a ler:

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Diretor: Alvo Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)

Prezada Srta. Le Fay,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de Setembro. Esperamos sua carta até 31 de Julho, noi mais tardar.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

Diretora Substituta

–Nossa, mas... - virei para o velho. - Professor Dumbledore, se acabou o meu teste. Eu vou embora, certo?

–Na verdade - ele começou. - Eu queria lhe perguntar se a Senhorita não iria querer usar este último dia para comprar seu material?

–Bem... é uma boa idéia. Obrigada, Professor - falei calma e alegre.

–E, claro, será ótimo se alguém lhe acompanhar, não? - ele me perguntou, mas não pareceu que ele que queria ir.

–Eu não tenho a necessidade de ajuda, acho que consigo fazer minhas compras sozinha - percebi que o que falei fora um tanto grosseiro. - Não quero atrapalhar.

–Não, acho que Narcisa gostaria realmente de ajudá-la - ele disse calmo.

–Narcisa? - ele assentiu. - Malfoy?

–Sim. A Senhora Malfoy me perguntou o porquê de uma futura estudante ter vindo aqui - olhei para ele assustada. - Não contei a verdade, claro - respirei aliviada. - Mas disse que a Senhorita tinha primos que a odiavam e que não se importavam. Então, ela me perguntou se, como esposa de um integrante do Conselho de Hogwarts, ela não poderia lhe ajudar com a compra do material ou algo. Também para treinar, já que no próximo ano ela terá que fazer isto com o filho dela

"Eu disse que, quando você fosse fazer suas compras, lhe perguntaria se irá querer a ajuda dela. Já que não vi problema quanto vocês duas se conhecerem... porque ela lhe deu uma "carona", estou correto?

–Sim, ela foi muito gentil comigo, e me pareceu que algumas pessoas acharam este gesto por parte da Senhora Malfoy, muito curioso.

–Bem, os Malfoy são uma família antiga, e como todas, sangue puro. Eles não são muito extrovertidos ou gentis - ele me explicou.

–Ah... e o Senhor têm alguma idéia do por quê dela ter sido totalmente contrária aos seus princípios comigo? - perguntei interessada.

–Não faço idéia. Mas a Senhorita aceita a ajuda da Senhora Malfoy amanhã?

–Claro, já que ela fez todo este esforço para ser educada comigo - respondi. Estava interessada em saber mais sobre Narcisa Malfoy, e nada melhor do que sair com alguém para conhecê-lo. Certo?


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Notas finais do capítulo

Adoraram? Amaram? Gostaram? Odiaram?
Quem irá falar comigo no reviews?