Charlotte Le Fay - Herdeira De Voldemort escrita por DudaGonçalves


Capítulo 4
Riddle Não, Le Fay


Notas iniciais do capítulo

Um Feliz aniversário para o papai da Charlotte, não?! Este é um presente para ele. E para vocês, meus leitores, que comentaram o meu último capítulo!
Fiz este capítulo meio que correndo (Para dar de presente para o Tio Voldy no aniversário dele), então me perdoem se não estiver os melhores.Tenham uma boa leitura!



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–Com licença Senhor Dumbledore - falei entrando na sala, parando em uma distância segura do olhar penetrante dele, que estava me alarmando.

–Boa tarde, Charlotte - ele falou cordialmente. Eu poderia considerar Dumbledore como um avô que conta histórias para seus netos, mas aí me lembro que ele é o bruxo mais poderoso desta época. - Sente-se, por favor.

–Eu agradeço - disse a ele, tentando continuar calma, mas quanto mais eu me aproximava mais o poder dele embaçava a minha mente.

Eu me sentei na cadeira em frente à mesa de Dumbledore, que ainda me encarava, só que agora a proximidade me deixava um tanto mais desconfortável.

–Minerva deve ter lhe dito que eu queria falar com você antes de mais nada - ele fez uma pausa, confirmei com a cabeça. - Sei o quanto essa conversa pode ser longa e difícil de se começar. Então prefiro que você me diga se está disposta a me responder com a sua total sinceridade o que lhe perguntar.

–Sim, tenha certeza que minhas palavras serão sinceras - falei meio de cabeça baixa, porque Dumbledore me olhou mais fixamente (Se é que isso era possível).

–Está desconfortável, Charlotte? - ele perguntou com um sorriso ainda mais sereno. Devo admitir que eu quis mentir, dizer que não, mas já havia prometido ser sincera.

–Um pouco, Senhor - falei meio cabisbaixa.

–Por quê? - ele me perguntou um tanto sério.

–Bem, eu não sei o que faço aqui, desde o dia em que recebi a carta da Senhora McGonagall eu tento entender o porquê tenho de ter esta conversa com o Senhor e com os professores.

–Você quer que eu vá direto ao ponto, Charlotte?

–Sim, por favor - respirei fundo, esperando o que via a seguir.

–Eu sei que seu pai fora Tom Riddle. Sei por que fora eu que visitara ele e disse que ele era um bruxo. Vi ele crescer nesta escola, vi seus poderes que já eram acima dos das outras crianças com a mesma idade, se tornarem ainda mais fortes - ele fez uma pausa e parou para me olhar, continuei com as expressões sérias, sem sentimento.

"E sei que estrada ele tomou depois que se formou aqui, poucos sabem disso, outros poucos sabem de você - naquele momento sabia direitinho o quê Dumbledore queria me dizer. - Você pode fazer mágica acima dos da sua idade, não pode? Mágica, sem feitiços, sem varinha. Você é acima de seu primo que tem o mesmo sangue de Morgana que você tem, não?! - respirei fundo e imaginei o que deveria contar para o homem à minha frente.

–Sim. Posso criar algo com meu pensamento, posso mover qualquer objeto com minha mente, até os mais pesados. Posso fazer as minhas tarefas matinais como fazer o café-da-manhã e arrumar meu quarto com o poder da minha mente. Posso fazer coisas aparecerem e desaparecerem. Posso ver vários metros além do que uma visão normal poderia, assim como ouvir. Posso levitar, aumentar e diminuir objetos - parei um pouco, pensando no que disse. - Fora por causa de meu pai que me chamara aqui?

–Sim.

–Mas meu pai não me deu este poder. Este poder veio de Morgana.

–Seu pai, tomou o caminho das artes das trevas, usou todo aquele poder da maneira errada... – ele parecia desconfortável, estava me escondendo algo.

–Você acha que seguirei o mesmo caminho de Voldemort? - no segundo que falei, me lembrei que ele não dissera Voldemort em nenhuma frase. Droga!

–Você já sabia quem seu pai era? Como? Quando ele morreu, você era tão pequena...

–Tenho uma memória muito boa, me lembro de coisas de quando tinha um ano de idade - ele não fez menção de falar mais nada, talvez Dumbledore estivesse pensando no que dizer. - Posso falar com as cobras. Meu pai também tinha isso, não?

–Sim, Charlotte, ele tinha esse dom. E você sabe o porquê, não?!

–Por causa da minha descendência com Salazar Slytherin (N/A: Não irei escrever em Português o nome dos Fundadores). Por isso o símbolo da Sonserina é uma cobra.

–É, exatamente. É muito raro ser um ofidioglota, poucas pessoas aprendem a falar, e ainda menos nascem já falando esta língua... só os descendentes de Slytherin têm este dom - parei para pensar se ser descendente de Salazar Slytherin era um problema maior ou só um agravante.

–O Senhor não acha que ser descendente dele fará o julgamento do Chapéu Seletor ser um tanto parcial, acha?

–Não tenho certeza. Só sei que será difícil quando ele for escolher a sua Casa daqui algumas semanas - naquele momento percebi que já tinha uma vaga em Hogwarts. Meu coração pareceu ficar menos pesado.

–Então, apenas me diga o que você quer que eu prove, que eu sou mais poderosa que as outras crianças e que tenho mais conhecimento em magia? Que não tomarei o mesmo caminho que Tom Riddle? Que domarei minha mágica e que não mostrarei o quanto eu tenho?

–Você se parece tanto com ele, talvez um pouco menos calculista, sem pensar em tudo que deve e que não deve dizer - ele falou pensativo. - Não quero que me prove nada, eu vi sua vida Charlotte, sei que pode domar seus poderes e que é precavida quando o usa. Seu poder é acima do de seu pai, mas confio que saberá usá-lo com consciência. Eu só quero que você me prometa uma coisa, você pode fazer isso? - concordei com a cabeça. - Me prometa que não fará todas as escolhas erradas - parei para pensar. Dumbledore disse que eu podia fazer algumas escolhas erradas? Talvez ele saiba que será impossível fazer todas as escolhas certas. Ou, talvez, ele mesmo já fez escolhas erradas.

–Eu prometo - disse por fim.

Ele olhou para mim, sem me encarar. Acho que agora ele me entendeu.

–Saiba, Senhor Dumbledore, que não sou como meu pai, sei os motivos que ele teve para se tornar o tão temido "Você-Sabe-Quem", e não os apoio e nem penso em me tornar como ele. E o poder de Morgana que eu tenho... bem, parece que ela deu mais poder para mim do que para meus primos. Mas como o Senhor já disse, dele eu já aprendi a cuidar.

–Isso é muito bom - ele sorriu para mim. - A primeira etapa, que era a pior, foi terminada. Agora, nós dois temos que contar para os professores de quem você é filha.

–Me perdoe, mas por que os professores têm de saber que sou filha de Você-Sabe-Quem? - perguntei receosa de tantas pessoas saberem

–Se um dia seu segredo for descoberto e você ainda esteja em Hogwarts, seria melhor que os professores já soubessem para não causar-lhes mais medo e, devo admitir, mais raiva de mim por ter escondido isto.

–Mas o Senhor já contara para alguém?

–Sim, para a Professora McGonagall. E como ela ficou realmente nervosa. Resolvi chamá-los para vir aqui, para conhecê-los e para eles verem que você não é como seu pai.

Dumbledore se levantou da cadeira e andou em direção a porta que havia entrado, me convidou a passar em sua frente, me levantei da cadeira, ajeitei a mochila que estava nas minhas costas e andei em direção à porta. Passei por Dumbledore que estendeu sua mão para mim, eu a aceitei e ele me conduziu até a escada da gárgula, e nós dois descemos por ela. Ele passou pelos corredores sem nem pensar em qual seguir. Também, qual deve ser a idade dele? E quanto tempo ele deve ter passado neste Castelo? Quando vi já estávamos no saguão de entrada, novamente. Dumbledore foi para a porta à direita e abriu-a, mas esperou eu passar por ele, primeiramente. Quando passei por ela me vi dentro do Salão Principal.

A luz que entrava pelas janelas jamais seria suficiente para iluminar todo o salão, mas ele era iluminado pelo teto mágico que mostrava como estava o céu naquele momento. Havia quatro mesas compridas, uma de cada Casa de Hogwarts e em frente a todas havia a mesa onde os professores e o diretor ficava.

Havia alguns adultos no salão, nenhum aluno estava lá (Claro, eles estão de férias), chutei que aqueles deveriam ser os meus futuros professores. Eles estavam formando uma fila em pé, cada um me olhava de um jeito mais estranho que o outro. Fiquei de frente para eles, como Dumbledore havia falado, ele se pôs ao meu lado.

–Este serão seus futuros professores: Transfiguração, com a Professora Minerva McGonagall. Feitiços, com o Professor Filius Flitwick. História da Magia, com o Professor Cuthbert Binns. Astronomia, com a Professora Aurora Sinistra. Defesa contra as Artes das Trevas, com o Professor Hagwel Juttipli. Poções, com o Professor Severo Snape. Herbologia, com a Professora Pomona Sprout. Vôo, com a Professora Rolanda Hooch - e foi apontando para cada professor, o que me dava um sorriso eu retribuía.

"Trato das Criaturas Mágicas, com o Professor Silvanus Kettlenburn. Adivinhação, com a Professora Sibila Trelawney. Aritmancia, com o Professor Gregory Peart. Estudo das Runas Antigas, com a Professora Bathsheda Babbling. Estudos dos Trouxas, com a Professora Caridade Burbage. - ele parou ao lado da Professora e olhou para mim, sorrindo. - Professores essa será uma nova aluna muito especial, seu nome é Charlotte Le Fay. Charlotte... - eu olhei para ele e percebi que ele queria que eu falasse quem eu era.

–Olá. Deve ser estranho para vocês ter uma futura aluna conhecendo-os tão cedo, mas o Senhor Dumbledore achou melhor nós nos conhecemos antes do início do ano letivo. Porque eu sou, diferente, dos outros alunos. Sou uma Le Fay, descendente direta de Morgana Le Fay, acho que você devem saber quem é ela, não? - todos concordaram com a cabeça. - E, por este motivo, sou mais poderosa do que os outros alunos da minha idade... - quando ia continuar, Dumbledore me interrompeu.

–Charlotte, além de ser mais poderosa do que os outros alunos, ela têm um conhecimento superior ao de alunos que fizeram seus N.I.E.M's este último ano escolar - ele parou de falar e olhou para o Professor de Poções, Severo Snape. Não me perguntem o porquê. - Vocês devem se lembrar dos boatos que ocorreram quando os Seguidores de Voldemort - alguns professores franziram o nariz, outros mudaram de posições e outros fizeram um "Hãm?", quando Dumbledore falou o nome do meu pai. -, começaram a ser caçados. De que ele teria um filho, atualmente esta história virou um mito. Mas quando eu fui procurar sobre este assunto mais profundamente no início das especulações descobri a Senhorita Le Fay. Que é, realmente, a herdeira dele - muitos professores entenderam e me olharam chocados. Outros ainda estavam tentando entender, e outros cobriam os rostos. Olhei para Dumbledore, que me deu uma piscadela, como se tivesse dizendo que isso passaria daqui alguns segundos.

Quando todos se acalmaram, mas ainda me olhavam meio nervosos pelo canto do olho, Dumbledore começou a conversar com eles em grupo, respondendo perguntas e tranquilizando-os.

–Charlotte, acho que eles conseguiram entender que "a sua natureza não é igual a da Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado", como a Professora Sibila Trelawney disse - ele apontou para a mulher. - Você quer finalizar este assunto com alguma declaração?

–Sim, Senhor Dumbledore. Não tenham medo ou raiva de mim, não me julguem por ser filha dele, assim como não os julgarei por serem quem vocês são. Esta conversa fica entre nós, estou entregando a vocês o maior segredo e vergonha da minha vida, porque acho que deviam saber já que vão conviver comigo.

Todos me olharam mais calmos e, pelo menos, tentaram sorrir com sinceridade para mim.

–Bem, amanhã terá seus testes Charlotte, para sabemos com que tipo de mente estamos lidando aqui - Dumbledore falou.

–Como eles prepararam um teste para mim se não me conheciam?

–Sabíamos que um aluno viria fazer este teste, mas não recebemos todas as informações que deveríamos saber - o Professor Filius Flitwick me respondeu. Como ele sendo bem baixinho, só o vi alguns segundos depois.

–Ah bom. Acho que vocês precisaram mesmo de um dia para digerir o que aconteceu hoje, não? - perguntei sorrindo para eles. Aquela "nuvem" cinza que pairava sobre nossas cabeças estava me deixando nervosa (N/A: Entenderam a piada? Eles estavam debaixo de um nuvem, por causa do teto que era enfeitiçado e também havia uma nuvem cinza metaforicamente, porque todos estavam meio nervosos porque Charlotte é filha de Voldmort. Engraçada, não?... Acho melhor voltar para a história).

Um salvo de "Sim!", "Com Certeza!", "Talvez Até Duas" e outras coisas do tipo foram ditas por eles.

–Bem, então a reunião está encerrada - Dumbledore e McGonagall ficaram na minha frente, esperando todos os professores saírem. Quando todos saíram, Dumbledore se virou para mim. - Quer nos acompanhar em um passeio pelos terrenos e pelo castelo? - ele me perguntou sorrindo, eu assenti.

–Seria um prazer.

Eles me ensinaram onde ficava cada lugar. E me mostraram como subir pelas escadas que se moviam (Comento sobre isso depois). A "propriedade" de Hogwarts, por completo, é muito grande. Tem o castelo, que tem Masmorras, várias torres (Que tinha uma maravilhosa vista), as Salas de Aula (Algumas salas que não são mais usadas em todos os andares, que são sete), as Salas Comunais de cada casa (Que eu não pude ver), a Cozinha (Que ficava em baixo do Salão Principal), o Saguão de Entrada e muitas outras coisas.

O terreno era também muito grande. Tinha o Campo de Quadribol, as Estufas para a aula de Herbologia, o Corujal, a Floresta Proibida (Que Dumbledore não me deixou chegar muito perto) e do lado da orla da Floresta havia uma cabana feita de pedra e um homem muito grande saiu dela.

–Olá Hagrid. Esta será nossa nova aluna, Charlotte Riddle - Minerva falou, parecia que Hagrid já sabia do meu segredo porque dentro da barba e do cabelo emaranhados dois olhos olharam para mim.

–É... é ela? Professor Dumbledore... - o gigante olhou para mim.

–Bem, se for o que você está pensando é sim. Mas, Hagrid, não se preocupe, não sou igual ele. Isso eu posso prometer - falei sorrindo para o homem.

–Sim, sim. Tudo bem - ele respirou. - Foi bom te conhecer, Charlotte. Eu, eu conheci seu pai. Estudei com ele - Hagrid respirou de novo. - Homem desprezível, mesquinho, sem coração...

–Hagrid, Hagrid. Tudo bem, fique calmo - Dumbledore deu tapinhas nas costas de Hagrid.

–Lamento por você tê-lo conhecido - falei para ele, me desculpando.

Nos despedimos e fomos em direção ao castelo.

– Professor, Hagrid sabe que meu pai...?

–Não, não. Ele não sabe quem Tom Riddle se tornou, mas quando estudou com ele... bem, eles não ficaram amigos. Acho melhor não comentar isto com Hagrid, este é um assunto delicado.

E assim terminou o assunto. Nos separamos e a Professora McGonagall me mostrou onde era meu quarto.

–Obrigada, por tudo - falei para ela. - Tenha uma boa noite, Professora.

–Boa Noite, senhorita Riddle. - ia dizer que era Le Fay, mas resolvi não discutir isso. Estava tão cansada. - Este será seu quarto por estes dias. Quando acordar, amanhã, poderá tomar seu café-da-manhã no Salão Principal - e ela foi embora.

Entrei no quarto, que parecia uma sala de aula, só que menor com uma cama e um armário. Tinha outra porta que dava para um banheiro. Sem nem pensar duas vezes me deitei na cama e dormi imediatamente, com um pensamento em mente. Amanhã seria mais cansativo que hoje.


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Notas finais do capítulo

O que acharam, em? Em?Comentem, vai? Por favor? Eu sei que TODOS os meus leitores podem comentar, pô! Se vocês passam cinco minutos lendo o capítulo, comentá-lo em um minuto não é nada, né?
Parando com o meu "momento quero reviews". Espero que tenham gostado, principalmente, o meu Lorde das Trevas ~~le eu fazendo carinho bem à lá Bellatrix Lestrange na minha Marca Negra. Ops, admiti que sou uma Comensal.~~