Charlotte Le Fay - Herdeira De Voldemort escrita por DudaGonçalves


Capítulo 12
Presentes Surpreendentes de Natal


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, muitas desculpas ter demorado séculos para postar este capítulo!
Eu simplesmente esqueci a minha senha e depois esqueci que tinha uma fic para postar... olha que doida que eu sou?!
Mas eu juro de dedinho que recompensarei nessas férias toda a espera que vocês tiveram.
Então, boa leitura!



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Conforme o Natal se aproximava o frio aumentava em Hogwarts. Certa manhã eu acordei e fui observar através da janela do meu dormitório o fundo do Lago Negro como sempre fazia e apenas vi camadas de gelo negro. Hogwarts estava coberta com mais de meio metro de neve e ninguém tinha a audácia de sair do castelo.

A maioria dos alunos estava doida para ir logo para casa e curtir o Natal com a família. No grupo dos Sonserinos do primeiro ano, ou seja, meus colegas, não se falava outra coisa além do que ocorreria no Natal da casa de cada um. Mas como todos sabiam como era meu relacionamento com meus primos não perguntaram nada para mim, o que eu agradeci. Eles já sabiam que ficaria em Hogwarts e assim parecia saber Thomás, que nem precisou vir me perguntar se iria com ele ou não.

Todos iam para casa, todos exceto Ali e eu. Ninguém perguntou o porquê dela não querer ir para casa, então achei melhor fazer o mesmo. E o mais estranho fora quando os professores passaram com um pedaço de pergaminho pelas mesas da Casa que eram responsáveis pedindo para assinarem aqueles que ficariam em Hogwarts. Ali e eu escrevemos rapidamente e quando levantei meus olhos percebi que os gêmeos Weasley, diferentemente dos outros Weasley, assinaram no pergaminho que McGonagall passava.

Quando estávamos saindo do Salão chamei-os, estava curiosa para saber o motivo deles para ficar em Hogwarts no Natal.

–Eu vi que vocês dois assinaram o papel que a McGonagall passou, vão ficar em Hogwarts? – perguntei como quem não quer nada.

–Para o bem da nossa pele... – Fred sussurrou.

–Membros...

–E futuras gerações, sim.

–O que houve? – os dois cruzaram olhares cúmplices. – O quê foi que vocês dois fizeram?

Eles começaram a rir, e minha curiosidade aumentou.

–Filch nos pegou contrabandeando produtos da Zonko’s por uma passagem que dá para os arredores de Hogsmeade. Nós achávamos que ninguém sabia dela, mas parece que Filch já conhece muitas dessas passagens – Jorge começou. – Queríamos um dinheirinho extra para o Natal...

–Espera! – levantei a mão quando percebi que Fred iria continuar. – Como vocês podem saber que existem passagens secretas que levam para fora de Hogwarts? Com certeza isso não está escrito em algum livro da biblioteca – avaliei os dois de cima a baixo. – Ou está?

–Bem – Fred coçou a nuca, fazendo uma careta. – É...

–É meio... complicado – percebi que aquilo seria o máximo que eles me falariam sobre o assunto.

–Entendi. Mais um na lista secreta entre irmãos – fiz uma pausa. – Mas continuem! O Filch pegou vocês no flagra saindo da passagem?

–Sim. Ele fez com que ficássemos arrumando correspondências dentro da sala dele, mas não tivemos como não vasculhar as gavetas, e acabamos achando mais papéis sem importância – Fred deu uma olhadela para Jorge. - Mas a última gaveta só tinha itens confiscados por ele, e acabamos encontrando algumas bombas de bosta que ele confiscou de nós no ano passado.

–E tivemos uma idéia brilhante! – Jorge fez uma parada estratégica. – Acendemos as bombas dentro da gaveta cheia de papéis quando ele nos liberou, e quando estávamos saindo da sala todas as bombas estouraram com o Filch lá dentro e seguramos a porta, para ele não poder sair – os dois desataram a rir por bons minutos, voltando a imaginar a cena.

–Claro que largamos a porta rapidamente e corremos o mais rápido possível, mas a gata velha dele ficou no nosso encalço e acabamos sendo pegou por um Filch todo sujo e muito fedorento.

–Ficar no escritório do Dumbledore com aquele cheiro já fora um castigo e tanto! Só que Filch queria que sofrêssemos muito, que tivéssemos uma detenção dentro da Floresta Negra de noite... algo do tipo, mas Dumbledore achou que aprontaríamos lá. E ele já sabia qual seria a pior punição.

–Ele mandou uma carta para nossa mãe, e no outro dia recebemos um berrador dela... Que não estava nem feliz ou orgulhosa de nós.

–Aposto que nem ganharemos presentes. Mas pelo menos, - Fred parecia pedir consentimento para Jorge, que me olhou de cima a baixo e assentiu. – conseguimos algumas coisas confiscadas que pagarão o prejuízo dos produtos da Zonko’s.

Comecei a rir muito dos dois. Realmente aqueles dois não tinham jeito, explodir bombas de bosta na cara do Filch? Impagável essa.

–Nossos planos futuros é encontrar maneira de não sermos pegos – Jorge concluiu depois de rir comigo. E vi ele piscar para Fred que deu um sorriso cúmplice... o que aqueles dois estavam aprontando?

Dias depois os alunos embarcaram no trem que os levaria para um belo Natal com suas famílias e eu, enquanto olhava a multidão se dirigindo à Hogsmeade, me perguntava qual seria a sensação de ter uma família, qual seria o sentimento daquelas pessoas que logo- logo iriam receber abraços calorosos e teriam de responder milhares de perguntas sobre os dias que passaram em Hogwarts que não couberam nas cartas que mandavam sempre, geralmente porque eram obrigados pelos pais preocupados. Senti inveja deles, mas logo mudei de pensamentos e voltei para o dormitório que agora só dividia com Ali Zabini.

E com o inicio das férias Ali e eu nos aproximamos, já que ela era uma das poucas pessoas que eu conhecia por lá, mas ela logo tratou de mudar isso me apresentando a cada ser vivo que ela pelo menos sabia o nome naquela escola, nós conversávamos e virávamos amigos rapidamente (Ali tinha algum poder em fazer todos gostarem dela). E como ela não sabia nada sobre Hogwarts eu tratei de mostrar a ela toda a escola, desde a mais alta torre do castelo até a orla da Floresta Proibida.

De vez em quando eu passava o dia com os gêmeos, eles começavam a confiar em mim e me contavam seus planos diabólicos e mirabolantes e eu contava sobre azarações muito boas que conhecia ou havia lido. Eles me contaram que estavam planejando serem pegos e irem para dentro da Floresta Negra e fazer alguma pegadinha com o Filch por lá.

Quando acordei no dia de Natal Alison já estava de pé desembrulhando os presentes de Natal dela.

–Bom dia! – ela sorriu para mim. – Estava com tanta curiosidade de ver o que ganhei esse ano que não tive como te esperar – seus olhos caíram sobre os pés da minha cama. – Ganhou bastantes presentes em, Charlie?

Mal havia ouvido o que ela disse, tentava me lembrar do sonho que havia tido porque sabia que devia, era algo importante, fiz mais esforço que não resultou em qualquer efeito. Logo olhei para os pés da minha cama e vi algumas caixas.

–Estranho – me sentei ao lado dos presentes. – Nunca ganhei nenhum presente.

–Bem agora não poderá mais dizer isso.

– O que você ganhou? – perguntei.

Ali deu uma boa olhada nos presentes que já tinha aberto e nos que ainda faltava abrir.

–Bem, até agora eu recebi... – ela começou a me mostrar cada presente. – essas roupas da minha mãe, doces do meu irmão, alguns galeões do meu pai e outras coisinhas de alguns amigos que estudam aqui, – ela sorriu ao abrir um embrulho. – e alguns que não.

–O que é? – perguntei olhando para um dos meus presentes. – De quem é?

–Promete que nunca falará sobre isso? – confirmei com a cabeça. – Desde pequenininha eu tenho um amigo...

–Sim? Todos nós temos amigos, isso não é um problema...

–... um amigo trouxa – minha boca parou no momento em que ela disse aquilo. – Eu tirei uma foto bruxa com ele, e ele achou muito engraçado ela se mover, então eu dei uma câmera bruxa para ele e ficamos tirando fotos antes de eu vir para cá – ela virou o papel que segurava, era uma foto da Ali pulando em cima de um garoto, os dois sorriam.

–Ele parece gostar de você.

–Acho que sim, nós meio que crescemos juntos... mas e então? O que recebeu de bom? – ela falou mascando chicles de baba e bola.

–Ah, bem... – comecei a rasgar os presentes. – recebi três livros trouxas da Marie, uma pena nova dos meus primos, um colar... – parei um segundo para admirar o colar que estava na minha mão.

Seu pingente era uma fada de prata com suas asas feitas de algum metal azulado e os olhos de diamantes negros, a fada segurava uma concha do mar dourada.

–Uma jóia? Conquistou algum coração rico por aí Charlie? – ela arrastou até o meu lado. – Não me diga que além do Diggory ser um charme ele também é rico, porque aí teremos que disputar pelo lufano... lamento.

–Não sei de quem é, nunca vi nada parecido – menti. Na hora em que vi a fada com a concha lembrei-me de uma memória com a minha mãe, já nos últimos anos em Hogwarts, em que ela usava esse colar ou um muito parecido com esse. Ela sempre estava com ele, era quase um amuleto para ela.

–Coloque! – ela me falou, sorridente. Ela pegou o colar da minha mão e colocou-o no meu pescoço numa fração de segundo. – Ele combina com você, Charlie. – sorri.

–Não veio bilhete com esse colar não? – perguntei, como é que um colar usado pela minha mãe chegara até mim? Vi que Ali revirava a caixinha que ele veio.

–Não, mas essa caixa de madeira é linda – ela disse me mostrando a caixa que ele veio.

Peguei a caixa e dei uma averiguada, vi que havia desenho igual ao pingente gravado na tampa da caixa.

Olhei para o fundo aveludado da caixa e vi que embaixo de onde estava o colar estava um bilhete muito pequeno.

Quando estiver sozinha olhe o colar,

Te amo,

Sua mãe.

–O que foi Charlie? – Ali tentou ver o que estava escrito, mas guardei dentro da caixa junto com o envelope antes que ela visse.

–É um presente da minha mãe – Ali me olhou surpresa, ela sabia a história da morte dela e pareceu entender porque não queria falar sobre o assunto, mesmo não sendo aquele o motivo mesmo.

–Você precisa de um momento? – ela me perguntou.

–Vou ao banheiro, se você me der um minuto – me certifiquei de levar a caixa comigo. Minha mãe havia separado um presente para mim antes de eu nascer? Por onde estaria está caixa por onze anos?

Sentei no chão de mármore e tirei o colar do meu pescoço. Ele não parecia ter nada de estranho que pudesse revelar algo, olhei para a caixa e vi o detalhe igual ao pingente na sua tampa. Talvez fosse simples assim mesmo... Coloquei o pingente naquele entalhe na madeira e vi que coube perfeitamente, será que era tão fácil assim? Fiz um pouco de pressão e com um clic um fundo falso dentro da caixa abriu, revelando uma carta e um envelope. É, era fácil assim.

O envelope era creme e parecia muito, muito velho (E quando digo muito velho é mesmo muito velho, algo como mais de duzentos anos) e complemente lacrado. Tentei abri-lo, mas não consegui, o lacre não se rompeu nem um pouco. Virei para ver a parte de trás do envelope que estava limpa.

Fui então ver o bilhete e vi que tinha a mesma letra que o bilhete da minha mãe, ela havia escrito algo a mais para mim. Respirei fundo e me preparei.

Querida Charlie,

Não espero que você compreenda o motivo de ter apenas me comunicado contigo agora, depois de onze anos da minha morte e do seu nascimento (Sim, eu tenho consciência que quando você nascer eu irei morrer. Estou mais do que pronta para quando acontecer e não quero que se culpe nem um momento sobre isso). E espero que me perdoe, irei te explicar tudo isso mais tarde.

Existe algo que tenho que te dizer e explicar antes de tudo, irei explicar o básico nesta carta de uma história sobre nossa família. Morgana cometeu um crime grave (ou algo do tipo, eu não sei a história direito, ela sempre foi passada verbalmente de uma Le Fay para a outra, e eu nunca ouvi direito) e acabou sofrendo a consequência, a Alta Sacerdotisa de Avalon jogou uma maldição no filho recém nascido de Morgana e em todos os homens e mulheres que teriam o sangue dela; Os homens nasceriam abortos, sem nem um pingo de magia; E as mulheres nasceriam belas e poderosas, com dons que ninguém terá a não ser elas, mas ao dar a luz a outros Le Fays elas morreriam (Sim, a maldição diz que se uma descendente do filho de Morgana tiver um bebê, ela morrerá dando luz a ele. E realmente sempre foi assim. As Le Fays poderosas e velhas nunca tiveram filhos. E aquelas como sua bisavó e eu morreram durante o parto de seus filhos). E aquilo não era o pior, parecia que Morgana desejava ser uma sacerdotisa de Avalon, o que irritou profundamente essa mulher que criou a maldição. – e assim a maldição piorou, todos os Le Fays seriam imortais... depois que morressem... as almas deles iriam ser aprisionadas em uma prisão etérea, pela falta de uma palavra melhor, feita especialmente para eles, e dizem que Morgana também se tornou imortal pela maldição, mas nunca uma Alta Sacerdotisa. - Quando morrer irei para lá assim como sua avó e sua bisavó e todas as Le Fays mortas antes delas.

Nossa sorte é que séculos atrás uma das Grandes Le Fays do nosso clã, que tinha um dom único entre todas, o dom da profecia, descobriu a existência de uma profecia (que fora feita pela mesma, e já lhe digo que nem essa profecia eu conheço, porque ela foi escrita apenas uma vez e esse papel está dentro deste envelope em suas mãos junto com a história, e o resto das Le Fays foram sabendo dessa profecia verbalmente), essa profecia diz que uma Le Fay será a escolhida para libertar todos os descendentes de Morgana dessa maldição.

Quando minha avó nasceu na França todos acharam que ela era a tal escolhida, porque ela nasceu com os cabelos escuros e nenhuma Le Fay desde Morgana teve os cabelos escuros (o que isso tem a ver com qualquer coisa? Eu não sei, mas me parece que para elas tinha), só que sua bisavó cresceu e ficou loira como todas as outras, então desistiram da idéia de que ela era a escolhida, mas continuaram dizendo que a filha ou neta dela seria (tudo isso porque ela nasceu de cabelo escuro, vale lembrar). Sua bisavó então teve gêmeas, algo muito raro para uma Le Fay (todas as Le Fays têm essa visão de se terão ou não filhos, é como um alerta “você vai morrer em breve... ou não”).

Minha mãe e minha tia ambas nasceram com cabelos castanhos claros e tinham dons incríveis, todos achavam então que uma delas seria a escolhida, mas estavam novamente erradas, nem minha mãe ou minha tia eram a escolhida e então coube as filhas delas de sofrerem, mas minha tia não previu que teria filhos, só minha mãe que viu que eu iria nascer e que ela não iria morrer (entenda Charlie, que todas as Le Fays, sem tirar nem por, que tiveram filhos morreram, mas minha mãe seria a primeira a não morrer, então ela obviamente achou que eu era a escolhida), por isso minha tia e ela mudaram de nome e fugiram para a Inglaterra, assim eu estudaria em outra escola e seria outra pessoa, só que quando eu tinha 16 anos minha mãe morreu pelas mãos das Le Fays que descobriram seu paradeiro, e por isso mia tia apareceu um dia do nada em Hogwarts, me tirou de lá e fugimos para a casa dos Black (minha tia era uma grande amiga da mãe da Cissa e da Bela) e ficamos lá escondidas.

Voltei para Hogwarts quase no fim do ano para fazer os exames finais, passei de ano e continuei com a minha vida (agora sabendo que era a escolhida e recebi essa caixa da minha tia e soube dessa maldição... só que tinha um probleminha) sempre com medo delas voltarem. Fiquei vigiando constantemente esse envelope, mas o lacre nunca se abriu para mim, porém no dia seguinte ao que previ que teria você, minha bolotinha cabeluda, tinha uma mensagem para mim no verso do envelope que dizia algo como “A Sra não é a escolhida, mas ambas sabemos que sua filha é. Aguardo que você escreva uma carta explicando tudo para ela e diga que quando receber este envelope ela deverá nos dar uma prova de que é quem diz ser”, acho que isso significa seu DNA então é simples. Dentro do envelope está essa tal profecia, quando você mostrar que seu DNA bate com o meu no verso do envelope aparecerá algum bilhete da Grande Le Fay para você.

Eu não posso escrever mais, mas quero te fazer um pedido muito sério. Perdoe minha amiga Narcisa, eu pedi para ela que fizesse tudo que ela fez, sei que você por maus momentos na mão daqueles com quem cresceu, mas para tudo isso tem uma explicação. Sei que Cissa te ama e que ela se preocupa contigo do mesmo jeito que me preocupo, converse com ela eu passei muitas coisas para ela te contar e te dar quando você a perdoasse, assim não tinha chance de cair nas mãos erradas (E sei que você vai perdoá-la).

Te amo muito, e te desejo toda a sorte e felicidade do mundo (mesmo que algumas pessoas tenham que ficar azaradas e infelizes).

Feliz Natal meu amor,

Sua mãe, A. Le Fay (A primeira lady das trevas e senhora das fadas).

Muitas coisas passavam na minha mente naquele momento; minha mãe me mandou uma carta e queria que eu perdoasse a Narcisa; toda minha árvore genealógica era amaldiçoada e quando morriam todos iam para uma prisão em que viveriam toda a eternidade e só eu poderia mudar isso.

Como alguém continua vivendo sabendo uma coisa dessas? Como alguém vive sabendo que alguém lá no início deu a sua vida para dar a oportunidade para todos aqueles que continuem minha árvore genealógica de mais de mil anos, o que me inclui, alguém morreu para me dar a chance de viver... minha mãe se sacrificou para que eu vivesse, para que eu salvasse aqueles que nos deram a chance de poder existir.

Quando me falaram de caminho tortuoso não achei que fosse tão difícil assim... isso porque não incluí que sou descendente de Slytherin e tem meu pai que é o Lorde das Trevas e que ele vai voltar algum dia e vai querer vingança e eu vou ter que escolher um lado e lutar por ele.

O engraçado era que não podia culpar meu pai por querer vingança, eu quero muito nesse minuto poder voltar no tempo e enfiar um crucio bem dado na cara dessa mulher que me amaldiçoou, me tirou a chance de poder ter um pouco a companhia da minha mãe, da minha avó... eu era uma órfã em parte por causa dessa mulher, por causa de Morgana que queria ser imortal (igualzinho Voldemort, que queria ser imortal e se ferrou e me ferrou, fiquei 100% órfã porque ele era estúpido!) Urgh! Estava com tanta raiva que podia matar alguém!

Respirei fundo e tentei aceitar o fato de que era uma pessoa ferrada e nem tinha doze anos de idade e nada parece que ia mudar isso, tentei aceitar que meu destino era desgraçado e que eu nunca teria uma infância igual essas crianças de onze anos têm e, provavelmente, nem uma adolescência e os dias que tiver a mais.

Mas as almas de toda a minha família estão presas em algum tipo de purgatório feito só para elas e eu só eu posso ajudá-las. Então prometi que posso sentir pena de mim e raiva do mundo quando tiver libertado todos os Le Fays.

Resolvi seguir as instruções da minha mãe, que antes mesmo de ficar grávida sabia que eu era... peculiar, e não de uma forma boa. Por isso peguei o envelope, virei-o para que seu verso ficasse por cima e soprei aquele papel bege torcendo para que minha saliva que caísse ali fosse o suficiente.

Demorou alguns segundos para as palavras escritas em tinta negra começarem a aparecer, alguns segundos depois e frases estavam formadas e em menos de quinze segundos o verso do envelope, antes limpo, estava todo escrito em francês com uma tinta negra por alguém que morreu séculos atrás.

Para a escolhida, a última senhora das fadas e das trevas, Srta. Charlotte Le Fay.

Nós queremos primeiramente agradecê-la por aceitar fazer o que deve ser feito e nos salvar dessa maldição horrível que foi jogada sobre nós (quando chegar à hora do lacre se abrir você verá que dentro dele tem além da profecia feita por mim também há outra carta que conta a história toda sobre a maldição).

Não acho que devo dizer o quanto é importante você deixar este envelope bem guardado, você saberá que o lacre foi rompido, não se preocupe com isso.

Lamento muito pelo que você terá que fazer, pelo que percebi você é muito jovem e quando tiver que cumprir a profecia não será muito mais velha.

Boa sorte,

Margot Le Fay

Era oficial, eu era membro da família mais estranha que poderia existir. Parece que eu terei que fazer algo terrível para poder libertar minha família, mas não era agora.

Ali bateu na porta no exato momento que fiquei pensando se devia ou não pular no Lago Negro e ver se morria afogada.

–Charlie? Eu sei que não deve estar sendo fácil agora... – ela me disse com a voz de pena, não estava sendo nada fácil saber dessa merda toda mesmo. – Mas achei melhor te falar que você ainda tem presentes para desembrulhar e se você demorar mais eu posso comer aquele sapo com recheio de creme de menta que você ganhou, ele está me paquerando muito aqui e estou resistindo ainda, mas não acho que sobrevivo a mais um minuto disso – quase ri. Ali bateu de novo na porta. – Saí logo daí mulher! Você é uma garota ou uma banana?

Não ia dar para em afogar no lago, esqueci que ele estava congelado. Droga!

Suspirei, Ali tinha razão mesmo não sabendo o quanto. Eu era uma garota, ferrada, mas uma garota. E se era assim que meu destino foi traçado, era assim que eu passaria por ele.

Joguei todos os papéis dentro do fundo falso da caixa de madeira e tirei o pingente do seu entalhe na tampa de madeira, o fundo se fechou automaticamente. Peguei aquela caixinha de madeira e me levantei.

Respirei fundo novamente e abri a porta, Alison estava sentada no mesmo lugar que a tinha deixado. Ela me deu um sorriso.

–Não comi o seu sapo como a boa amiga que sou! – ele apontou para uma caixinha que antes de eu entrar no banheiro estava fechada, realmente Ali não tinha jeito.

–Uma caixa de doces de quem? – perguntei para ela.

–Weasleys... – ela me entregou um papel. Peguei e vi o que estava escrito, “Recompensando pela vez no trem, sabemos que formigas não devem ficar muito tempo sem guloseimas – Gatões de Hogwarts”.

–Claro, tinha que ser... – comentei rindo daqueles palhações. – Pode pegar o sapo Ali, tem bastante doce aqui. Enquanto isso vamos abrir o resto dos presentes!

Em alguns minutos todos os presentes estavam desembrulhados, bem, quase todos, ainda faltava um embrulho irregular escondido em baixo de tantos presentes brilhantes, caros e arrumados e o embrulho mais arrumado de todos, todo em verde preso com uma fita prata.

–Abra o verde primeiro – Ali recomendou enquanto devorava uma tortinha de abóbora.

Peguei a bela caixa verde e admirei-a por alguns segundos antes de abri-la. Dentro da caixa estava um vestido negro um tanto antiquado, tirei-o da caixa e vi que ele tinha o corte mullet, com rendas no busto e alças.

–É meio fora de moda, mas dá para fazer alterações – Ali comentou enquanto admirava o tecido. – De quem é?

Olhei para o cartão cor de creme no fundo da caixa, peguei-o e li em voz alta a caligrafia requintada escrita em tinta prata.

“Querida Charlotte,

Sua mãe me pediu para entregar-lhe esta relíquia dos Le Fay, este vestido foi usado pela primeira vez por sua bisavó. O corte pode parecer meio antiquado para esses dias, mas ele possui um feitiço de transformação. Você pode transformá-lo para ficar do jeito que quiser e da cor que quiser. Espero que goste dele.

Atenciosamente,

Narcisa Malfoy”

Narcisa Malfoy? – Ali pareceu chocada enquanto abocanhava metade de uma varinha de alcaçuz. – Ela te ama, em?

–Acho que ela sente culpa. Meio que minha mãe sabia que ia morrer e pediu para ela, que era sua amiga, para cuidar de mim, mas ela me entregou para os meus primos e eu disse coisas bem ruins para ela da última vez que nos vimos – olhei para Ali e depois para carta, com um pensamento em mente. – A culpa é o pior sentimento que se pode ter, e Narcisa parece estar tentando com muita força se livrar da culpa que sente.

–Você acha que ela quer o seu perdão? Sabe, por ter te abandonado com desconhecidos? – Ali já estava no final de outra varinha de alcaçuz quando terminou a frase.

–Acho que sim, ou talvez ela queira o perdão da minha mãe – o que ela tinha antes mesmo de me abandonar. - Tudo se amplifica com a morte, pelo menos é o que dizem.

–Alguém que era muito próximo de você já morreu?

–Além dos meus pais... não. Ninguém mais morreu e espero que continue assim até eu e você estarmos bem velhinhas! – Só que lá no fundo eu sabia que aquilo nunca ia acontecer, um pequeno calafrio passou pela minha coluna.

Veio na minha mente a imagem de olhos cinza sem vida, eu podia sentir que já havia sonhado com aqueles olhos e então meu sonho da noite anterior veio em um baque; Cedrico Diggory, deitado no chão, não... derrubado no chão. Quase como se fosse um saco de batatas. E os olhos dele, aqueles olhos cinza que antes olhavam para mais vivos estavam agora opacos, me parecia que os tinha visto dessa forma mais vezes do que vivos... Péssimo sonho, realmente um sonho bem tenebroso.

–Bem, mesmo amando esse assunto fúnebre hoje ele me dá arrepios! Vamos voltar ao tema “Hoje é Natal”? – pela segunda vez naquele dia Alison Zabini comentou algo que ia muito além do que parecia, era como se ela lesse minha mente. Ali já não tinha mais presentes para abrir então ela correu para rasgar o meu último embrulho, um bem disforme para falar a verdade.

Ela rasgou o papel e quando vi estava segurando um suéter, um tanto grande para mim, tricotado com linha grossa azul-marinho.

–Que pano velho é esse? – Ali me olhou rindo, aquele suéter tinha metade do tamanho dela.

–Poxa! É bonitinho... – falei indignada, aquele gigantesco suéter fora tricotado por alguém que queria me presentear, isso já o fazia especial para mim... mesmo sendo tenebroso para o mundo da moda, um tipo de Voldemort "Aquele-que-não-deve-ser-nomeado"... ou usado.

–Eu te desafio a usar isto o dia todo! – ela falou rindo.

–Eu topo, não vai ser tão difícil – bem, talvez fosse um pouco...

Vesti o enorme suéter, ele poderia parecer um pedaço de pano de chão gigante, mas tinha algumas qualidades, era quentinho e tinha cheirinho de biscoitos. Achei estranho o cheiro de biscoito, foi quando eu procurei por uma carta no meio do embrulho rasgado que achei, coberto por um pano, um pote cheio de biscoitos de baunilha com gotas de chocolate tão gigantescas quando o suéter que veio junto.

–Agora sim! – Ali falou, abocanhando um biscoito. – Desculpa, ainda estou morrendo de fome! E todos os meus doces acabaram...

–Claro! Sirva-se – falei comendo um biscoito, ele ainda estava quentinho e era muito macio.

Fomos para o Salão Principal depois de desistirmos de achar o bilhete do meu último presente. Sentamos perto de alguns novos amigos nossos do terceiro ano da Sonserina, conversamos com eles por um longo tempo. Estávamos tão satisfeitas que nem comemos nada, e fiquei surpresa quando Ali conseguiu engolir a cereja da torta de um dos garotos, que não pareceu se importar nem um pouco.

Senti que Ali estava muito empolgada na conversa e achei melhor deixar-la lá com o grupo dos amigos dela, e fui passar minha tarde sozinha no sétimo andar, a área em que ninguém ia, com um dos livros que Marie me deu.

Deslizei entre corredores ventilados e gélidos, igual deveria estar do lado de fora. Finalmente encontrei um corredor inóspito e mais quente, sem saída ou janela.

Trouxera comigo todos livros trouxas de Marie e comecei a ler um, intitulado “A Menina e o Porquinho” (N/A: O Título do livro em inglês é “Charlotte’s Web”). A piadinha dela me fez rir bastante.

Estava lendo compulsivamente o livro até que um barulho atrapalhou meu raciocínio e quando fui conferir que página estava vi que estava lendo a mesma página repetidamente há tempos. Tudo que conseguia pensar era naquela carta da minha mãe, e no envelope (Muito bem guardado dentro do meu malão embaixo das roupas que não me cabiam mais).

Decidi encontrar os gêmeos para tentar tirar tudo que havia lido hoje da minha cabeça. Encontrei-os sentados e entediados na mesa da Grifinória no Salão Principal, Ali não estava mais por lá.

–Se você dois estão entediados é sinal que o mundo vai acabar. Devo ficar assustada? – perguntei para os dois que não riram.

–Estamos pensando – Fred disse e voltou para a cara de tédio e o silêncio.

–Tudo bem – engoli meu riso, os gêmeos pensando? – Vou me divertir lá fora, mas fiquem aí pensando – sorri para os dois. – Tenham um bom Natal e obrigada pelos doces! A Ali adorou...

Me apressei para sair dali e ir em direção aos jardins cobertos de neve. Logo pude ouvir passos atrás de mim e depois cada gêmeo estava do meu lado, com um grande sorriso no rosto.

–Vocês vão ter que me contar depois qual era a razão/causa/motivo/circunstância de estarem pensando tanto – falei e comecei a correr, me escondi atrás de uma árvore, peguei um punhado de neve e fiz uma bolinha.

Quando ouvi a respiração entrecortada deles que tentaram acompanhar minha corrida.

–Meu Merlin, ela corre! – Fred falou ainda tentando com a respiração irregular.

Joguei às cegas a bolinha tentando mirar aonde tinha imaginado que estava Fred pela sua voze voltei a me esconder atrás da árvore, soube que tinha acertado meu alvo quando pude ouvir o som da bolinha se espatifando e o grunhido de Fred.

–É assim mesmo que vai ser Charlotte? – ele gritou, engoli minha risada. E joguei outra bolinha nele, que nem viu o que o atingiu no nariz. – Então agora é guerra!

Saí do meu esconderijo para situar aonde eles estavam e senti movimentos atrás de mim, me virei e tampei uma bolinha da cara de Jorge.

–Seja mais rápido da próxima vez, Weasley! – gritei enquanto corria para o outro lado ainda olhando para trás, nem vi a bolinha me atingir no peito e esfriar todo meu corpo.

–Olhe para frente da próxima vez, Le Fay! – Fred gritou rindo se escondendo atrás de uma parede.

Continuamos com a brincadeira até meus ossos congelarem e eu não sentir mais meu nariz.

Voltamos para dentro do castelo e Jorge deu a idéia brilhante de irmos tomar um chocolate quente na cozinha.

–Sério, você realmente acertou meu nariz em cheio! – Jorge disse enquanto fungava.

–Charlie aqui é boa em acertar narizes – Fred comentou.

–Parem de me elogiar, assim fico tímida – falei rindo.

Depois de sermos mimados pelos elfos e estarmos novamente seguramente quentes fomos caminhando para lugar nenhum. Eu pude sentir pela primeira vez o que era felicidade, e era algo parecido quando você deita no chão e a luz do sol começa a te aquecer num dia muito frio. Aquele era o primeiro Natal feliz da minha vida, e podia incluir saber mais sobre minha mãe como um bônus para essa felicidade.

–Nossa! – Fred exclamou. – Só agora que eu percebi que você tá vestindo esse suéter.

Jorge olhou para o meu novo suéter e fez uma cara de espanto, depois os gêmeos de entreolharam e começaram a rir.

–Ei! Deixa o meu suéter novo em paz – falei indignada.

–Você sabe quem te deu? – Jorge perguntou ainda com um sorriso no rosto.

–Não... por que? – perguntei desconfiada, cruzei os braços na frente do peito na defensiva.

–Bem, foi nossa mãe – Fred falou voltando a rir.

Fiquei espantada que meu queixo tocou o fundo do Lago Negro. Por que a Senhora Weasley, que só conheço de nome, me daria um presente?!

–Ela também te deu biscoitos? – Fred perguntou e riu ainda mais quando assenti com a cabeça.

–Por que ela me daria um presente? – eles ainda riam, melhor, gargalhavam até não poder mais. Jorge se escorou em Fred por um tempo enquanto o irmão enxugava as lágrimas.

Os dois pararam de rir e ficaram da mesma cor que seus cabelos com a minha pergunta, botaram aos mãos nos bolsos e não me responderam.

–Em? Por que gente? – falei cutucando os dois que fingiam que não me viam.

–Bem... – Fred ficou ainda mais vermelho quando tentou explicar.

–A gente meio que escreveu sobre você numa das cartas que mandamos para ela – Jorge disse rapidamente que mal entendi o que ele havia dito.

–E, admito, eu falei que você não recebia muitos presentes.

Eu travei com a resposta dos dois, sem entender o motivo deles para escrever sobre mim para a mãe deles... mas também não entendia quais eram as normais conversas entre pais e filhos, então...

Senti que deveria ficar brava com eles, mas senti minhas bochechas esquentarem; Eles. Falaram. De. Mim. Para. A. Mãe. Deles..; E então eu fiquei feliz por eles se importarem comigo.

–Own! Obrigada – falei sorrindo e dando um abraço longo em cada um deles e beijando suas bochechas. Quando soltei Jorge e saí de perto vi que os dois estavam ainda mais vermelhos. – Foi muito legal da parte de vocês dois...

Antes que eu pudesse continuar uma voz aguda engoliu minhas palavras.

–Charlie, minha linda! – quando me virei vi Ali com um gorro natalino na cabeça. - Você perdeu, tivemos uma tarde incrível – Ali comentou rindo.

–Também tivemos – comentei para ela, que finalmente pareceu ver os gêmeos e seu sorriso desapareceu na hora. – Sabia que foi a mãe dos garotos que me deu esse suéter?

–Ah, que... hm... – ela pigarreou. - legal! Mas temos que ir jantar antes que passe do horário – ela falou já pegando meu braço com certa força e me puxando para longe dos gêmeos. – Não discuta agora, estou te salvando – ela disse entre os dentes quando estávamos longe o suficiente dos garotos.

–Tchau, gente! Eu me diverti muito hoje – gritei para os gêmeos. – Até depois.

Fui junto com Ali para o Salão Principal e quando sentamos longe de todo mundo eu pude, finalmente, discutir com ela (baixinho, claro!).

–No que você tava pensando? Me arrancar assim da conversa com os meus amigos? Eu sei que você não gosta deles com esse negócio deles serem da Grifinória e eu da Sonserina, mas nunca mais faça isso de novo. Estamos entendidas? – estava extremamente irritada quando terminei de falar, quem ela pensava que era para fazer isso? Como ela não me respondeu eu peguei o queixo dela e virei seu rosto para mim. – Me responda! Você me entendeu? – falei entre dentes. Minha raiva estava nível “rasgando couro de dragão com dentes” naquele momento.

–Si-im – ela murmurou assustada.

Quando vi seus olhos cheios de medo vi o que havia feito e larguei o rosto dela. Naquele momento me senti como outra pessoa, me senti uma tirana, como meu pai.

–Me desculpa – falei constrangida, com vergonha do que fiz e que aquilo me fez lembrar quem eu era. – Não sei o que me aconteceu. Merlin... eu parecia meu pai falando.

–Achei que você jamais tivesse o conhecido – ela falou sem me olhar, parecia muito ressentida comigo.

–Ele morreu quando eu ainda era nova... mas ainda consigo me lembrar de um dia que vi-o conversando com seus “empregados” que cometeram algum erro desse mesmo jeito.

–Hum – ela murmurou ainda ressentida.

–Desculpa viu? Eu sei que você tinha seus motivos... é que eu não gostam que me obriguem a fazer o que não quero, mas isso não é desculpa para meu comportamento.

Ela nada respondeu e eu resolvi ir para o nosso dormitório, ela parecia querer ficar sozinha. Me levantei, andei calmamente até o corredor e quando tive certeza que não havia ninguém por perto saí correndo até o Salão Comunal da Sonserina, sentindo um sentimento horrível no fundo da minha garganta.

Só percebi que estava chorando quando entrei no meu quarto e fechei a porta. Me sentia tão fraca por ter chorando e ainda mais por ter tido aquela recaída, aquele momento de pura fúria por algo tão bobo, não tive como não me lembrar de Voldemort.

“Você não sabe dizer aonde eles estão? Que tipo de Comensal não é capaz de responder a um único pedido de seu mestre, de seu amo? – o Comensal fez menção de responder, mas meu pai não deixou. – Eu lhe respondo, um inútil! Me pergunto se umas boas duas horas de crucio não deixariam você... propício a não falhar da próxima vez.

–Milorde, por favor não, Milorde. Há um feitiço que eles fizeram, os Potter, que esconde aonde eles estão... aquele que o senhor havia dito que poderiam fazer. Black é o guardião do segredo Milorde.

–Black é?! Novamente este adorador de trouxas entrou no meu caminho. Mude isso Rabicho, se torne o guardião do segredo, e destrua a vida do Black... da pior forma que conseguir. E se falhar comigo novamente...”

Nunca irei me esquecer do olhar que ele deu, o medo que Rabicho sentiu foi o suficiente para me fazer entender para sempre o que era meu pai, um tirano horrível.

Deitei na minha cama e fiquei lá por lá não sei quanto tempo até que caí no sono com a imagem do olhar que meu pai deu a Rabicho só que era eu no lugar dele, eu era a Lady das Trevas e tinha o olhar igual ao do meu pai.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Estou perdoada? Ç_Ç
Até a próxima!