Antes: Vou para casa e espero, é só isso que eu posso fazer agora esperar

Agora:

Pov Sasori.

- Já chega Sakura, próxima parte do plano.

Digo e ela me ajuda a jogar o corpo dele numa espécie de rampa que vai dar no lixeiro principal. Nos ajeitamos e voltamos a trabalhar , o mais normalmente possível, eu não gosto dele , nem um pouco , mas quero ele longe daqui ,ele atrapalha demais , e acho que a Sakura tem de ser feliz , eu preferia que fosse comigo , mas já percebi que não vai dar. Bom tanto faz, agora não tem mais volta. O tempo passa e pelo que parece Madara não desconfia de nada, ele vai pra casa cedo como sempre.

Quando dá á hora de Sakura ir embora, ela termina de arrumar suas coisas e chega perto de mim.

- Então já sabe onde vou estar não é?

- Sei sim. Vai logo, antes que achem que a gente ta coladinho demais.

Digo e ela vai embora, agora tenho que ficar mais algumas horas, pra não chamar a atenção quando eu sair com uma caixa grande. Pois é, eu vou ter que carregar aquele idiota. Como se fosse parte de alguma pesquisa pessoal minha. O Prédio está quase vazio, a maioria das pessoas já foi, então quando vou até o setor de lixo ninguém nota.

- E ai idiota?!

Pergunto quando vejo que o rato está acordado e encostado em uma das pilastras.

- Finalmente, pensei que ia ter que esperar a semana toda.

Diz ele se levantando.

- Entra logo na merda dessa caixa antes que eu mude de ideia.

- Então muda, quero ver o que vai dizer pra ‘ela’ depois.

- Ah, entra logo.

Digo com raiva.

Ele entra na caixa que está em cima de uma espécie de carrinho pra poder levar projetos e ferramentas grandes, mas antes de ele se abaixar tiro a pulseira eletrônica de identificação que ele tem no braço esquerdo, aposto que já foi desativada, esse é mais um dos motivos pelo qual eu tive que ficar mais tempo, pra ter certeza que a pulseira foi desativada, todos os produtos que são daqui ou foram feitos aqui tem essa identificação, é como um código de barras.

- Fica quieto valeu? Eles com certeza vão querer olhar dentro da caixa e você não pode fazer barulho nem mexer nos equipamentos que eu vou colocar em cima de você.

- Hn.

- ‘Cê’ sabe que isso não é considerado uma palavra né?

- Dane-se.

O imbecil diz e se ajeita dentro da caixa e eu coloco varias coisas em cima.

Minutos depois eu estou saindo do prédio e passando pelos últimos guardas.

- Ah, de novo , eu já disse , são ferramentas e alguns produtos, eu vou construir um novo projeto, sabem quanto eu posso ganhar se der certo.

Um dos guardas olha pra mim totalmente desinteressado, enquanto o outro olha o conteúdo da caixa.

- Ta, anda logo antes que eu perca a paciência.

- Até mais pessoal, bom turno pra vocês.

Digo simpático e vazo de uma vez. Quando estamos longe mando ele sair da caixa para podermos ir mais rápido até a Sakura . E merda já estamos atrasados.

...........................................................

Eles estão atrasados, estou aqui a mais de 34 minutos, agora 35, é eu to contando.

Droga Sasori, por favor, vem, por favor, estou com o seu dinheiro. Você sabe disso. Não que ele tenha cobrado, mais ficou bem mais satisfeito depois que eu falei que ia dar pra ele $ 1.500 (dólares), é um tipo de garantia caso ele perca o emprego. Não posso acreditar que deu algo errado , e se pegaram eles? E se Sasori o entregou?  E se eles forem presos e estiverem sendo torturados neste exato momento ?

Depois de mais alguns minutos esperando numa rua deserta ás 22:49 da noite , sozinha e com a temperatura em 12 graus e baixando. Eu finalmente vejo Sasuke ao longe apenas com uma camiseta de manga curta branca e uma calça de moletom igualmente branca tremendo de frio, mas tentando disfarçar. E sem poder me conter corro até lá, mas paro diante dele, não sabendo direito o que fazer. Será que seria estranho eu pular em seu colo? Acho que sim.

- Por favor, nada de ceninhas melosas na minha frente.

Diz Sasorri que por um momento eu esqueci que estava ali, ele também deve estar com frio, mas não tanto Sasuke, já que Sasori está com uma blusa de frio de moletom vermelha e preta e calça jeans e só pra constar ele esta com tênis, enquanto Sasuke está descalço, droga eu devia ter pensado nisso.

- O mutante está entregue.

Diz ele dando um leve sorriso. Eu desvio meu olhar de Sasuke.

- Obrigada, mesmo.

Digo entregando o pequeno pacote nas mãos de Sasori.

- Eu que agradeço pela grana. Bom eu vou indo. Não se meta em confusões rosada, não vou poder te ajudar novamente.

- Certo, até outro dia.

- Até.

Diz e me dá um abraço rápido, fico surpreendida, Sasori nunca foi o mais sentimental de nos dois. Ele se vira e da um soco de leve no braço de Sasuke e diz algo pra ele e vai embora balançando o pacote feito uma criança.

Olho para Sasuke que não parou de me encarar um segundo sequer.

- Err... Você deve estar congelando.

Digo e retiro meu, sobretudo Preto e coloco em seus ombros.

- Eu estou bem.

Diz ele colocando o, sobretudo em mim novamente. Nos encaramos mais alguns segundos e não aguento e o abraço.

- Eu fiquei com medo.

Digo enquanto começo a chorar em seus ombros, soltando todo o stress que estava acumulado em mim.

- Eu sei.

Ele diz, ele jamais admitiria que também sentiu medo. E eu também nunca vou saber se ele sentiu mesmo. Limpa as lagrimas do meu rosto com um dedo e depois apoia a mão em minha cintura e continuamos a andar.

- Aqui fora é tão... Grande.

- Rsrs , é sim , eu ainda não me acostumei. Vamos embora, to congelando. E você também.

Coloco novamente o, sobretudo nele e dessa vez insisto, pois sei que ele pode entrar em estado de hipotermia a qualquer momento. Caminhamos uns 15 minutos e encontramos meu carro, que estava estacionado em outra rua.

- O que é isso?

- Um carro ué.

Digo o mais simplesmente possível, mas depois me lembro de que ele não tem ideia do que é um carro. Olho no relógio 23:15

- E o que é um carro?

- Err... È um meio de transporte, que as pessoas têm para se locomover de um lugar pra outro.

Tento explicar.

- Pensei que vocês humanos usassem as pernas para isso.

- Rsrs, bom sim, mas o carro é pra distancias mais longas, depois eu te explico melhor, ok?

Entramos e eu ligo o ar condicionado enquanto vejo Sasuke parando de tremer. Faço algo totalmente inesperado da minha parte. Tiro meu cinto de segurança e sento do colo dele o abraçando enquanto esfrego suas costas. Ele me olha estranho.

- Você precisa se esquentar.

Falo e dou um sorriso envergonhado e de uma hora para outra ele segura minha nuca e me beija. Um beijo lento e terno, posso jurar que nele tem saudade e... Alivio talvez. Devagar ele puxa o meu lábio inferior e termina o beijo.

- Vai ficar tudo bem.

- Eu que devia dizer isso pra você Sasuke.

- Hn.

- Vamos pra casa.

Digo e me sento novamente no banco de motorista coloco o sinto e ligo o carro.

- Eu vou morar na sua casa? Com você?

- Sim, você não quer? A gente pode arranjar outro lugar pra você, mas não acho que vai ser muito fácil pra você morar sozinho não, quer dizer, eu posso te visitar e te ajudar, mas —

- Sakura!

- O que?

- Você fala demais. E, sim, eu quero morar com você. Vai ser interessante.

Diz ele me dando um sorriso de lado que é completamente matador pra mim. E o que ele quer dizer com 'interessante'?.

- Certo... Ah o que Sasori disse pra você?

Pergunto me lembrando da nossa despedida.

- Que nunca mais vai salvar minha vida de novo.

- Há, como se ele tivesse feito tudo sozinho.

Falo com humor. E ele dá um pequeno sorriso , um de verdade