Antes:

– Isso se este homem não batesse exatamente com o perfil do senhor H. Aquele que provavelmente tentou matar a mim e a Sasuke.

Agora:

Saio em disparada o mais depressa possível para segui-lo tentando não ser notada, ele sai do prédio mostrando o crachá aos seguranças e começa a andar mais rápido, eu perco a compostura e começo a correr, passo pelos seguranças mostrando o crachá rapidamente e volto a correr, ele sai do prédio e não vai em direção a nenhum carro, mesmo depois de perceber que estou correndo atrás dele, ele continua a andar rapidamente, mas nunca mais que isso.

– Hey... Eu preciso falar com.. Com você... hey

Correr nunca foi o meu forte, correr e gritar ao mesmo tempo então. Ele vira a primeira esquina, eu diminuo a velocidade da corrida sabendo que aquela era um beco sem saída.

– Eu disse que precisava—

Interrompo-me ao ver que não havia absolutamente ninguém naquele beco, apenas eu e uma grande caçamba de lixo.

– Mas, ele estava aqui... Mas como é que ele sumiu?... DROGA!

Dou meia volta para voltar para o laboratório, porém tenho uma ideia meio descabida, mas que a situação exige , corro até a caçamba de lixo e a abro, e eu estava certa;

Não tinha ninguém, apenas alguns papéis amassados, fora isso ela estava vazia.

Volto ao laboratório e termino meu dia de trabalho intrigada com a imagem daquele homem saindo do prédio tão calmamente e depois desaparecendo, isso por acaso significa que ele tem total acesso ao meu emprego? Ele estava me espionando? Não seja boba Sakura, é claro que sim, eu tenho que aprender a desconfiar mais das coisas agora que a vida de Sasuke está em jogo.

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– Cheguei!

Atravesso o apartamento procurando algum indicio de que ele esteja aqui. Deixo as chaves em cima da mesa e vou até meu quarto, Sasuke está dormindo tranquilamente, sem nenhuma expressão de raiva, ou mau humor o que seria o normal para ele.

Tiro o casaco fino cinza que carrego, e a camisa social sem mangas rosa chá, ficando apenas com o sutiã rosa bebê e a calça jeans preta.

– Oi.

Sasuke vira-se em minha direção ainda deitado e de olhos fechados.

– Oi, dormiu bem?

Vou até meu guarda roupa e tiro de lá uma grande camisa de mangas longas, de moletom que vai até os joelhos, que eu comprei especialmente para o frio. Não sei como não estou com vergonha de Sasuke por estar tirando minhas roupas no mesmo cômodo que ele, talvez seja porque ele ainda está meio dormido.

– Rosa?

Ele senta na cama e olha diretamente pra mim

– O que?

– Sutiã rosa?

– Como sabe o que é sutiã? E como sabe que isso é a cor rosa? Fecha os olhos.

Viro de costas rapidamente tentando evitar que me veja seminua da cintura pra cima, ainda bem que estou de calça. Ele volta a falar com o olhar perdido.

– Ela gostava mais de vermelho. Dizia que combinava mais com ela porque ela era quente.

– Ela quem?

Sasuke se curva devagar em direção á cama com uma expressão de dor segurando a cabeça em uma das mãos e a outra apoiada no colchão.

Flashback:

– Oi meu amor.

– Já disse pra não me chamar assim vadia.

– Pois eu adoro quando me chama de vadia.

– Você sabe que é.

– Ela quem? De quem você está falando, lembrou-se de algo?

– Sasuke-kun, vem logo.

– Para de ser uma cachorra no cio e me deixa tomar banho, tenho que voltar para o quartel em uma hora.

– Até lá dá pra fazer muita coisa! Vem

– Você ta sangrando!

Tento levantar Sasuke e o puxo até o banheiro, encosto-o na parede e ele desliza até o chão ainda de olho fechados, pego uma toalha e molho na pia, começo a enxugar seu rosto molhado pelo sangue que saía dos olhos.

– O que aconteceu?

Ele pergunta calmamente

– Eu que pergunto. Você ta bem, ta sentindo dor? O que foi aquilo?

– Você pergunta demais... Eu to bem.

Ele pega a toalha da minha mão, levantando-se em seguida e lavando rosto na mesma pia onde molhei a toalha agora suja de sangue.

– Quem gosta de vermelho?

Pergunto ainda encostada á parede.

– A mulher com quem eu tinha relações.

– Como assim relações? Qual o nome dela?

Pergunto levantando do chão

– Relações sexuais Sakura, e eu não sei o nome dela.

– Sua namorada?

– EU NÃO SEI!

Ele sai alterado do banheiro e me empurra; caio no chão.

– Ah... Ittai

Em pouco mais de um segundo ele aparece na porta do banheiro com uma face aflita e triste ao mesmo tempo.

– Eu...

– Tudo bem, sai, eu quero tomar banho.

– Você se machucou?

– Não, eu to bem, sai.

Digo com raiva, e tenho levantar mesmo com o pé torcido.

–Você não vai conseguir levantar assim.

Sasuke se abaixa e me ajuda a levantar porque acabei escorregando novamente.

– Tudo bem obrigada, pode sair agora.

– Quer que eu te ajude a tomar banho?

Pergunta ele sem o menor vestígio de malicia na voz, ele apenas estava preocupado, porem eu com minha mente suja tinha que pensar o pior, e meu rosto corou instantaneamente.

–De jeito nenhum, eu faço isso sozinha, agora sai.

Ele sai em silêncio, não pude deixar de ser rude, eu fiquei com raiva oras! Sasuke não precisava gritar daquele jeito, a culpa de ele ter se esquecido do seu passado não é minha.

Dispo-me de minhas roupas e vou até o box do chuveiro apoiando-me na parede.Ligo o chuveiro e repenso minhas atitudes e chego á uma conclusão; também não é culpa dele.

Termino o banho pensando em coisas aleatórias, mas principalmente na namorada do Sasuke a tal Karin, sinto uma pontada de ciúme, é claro, não tenho por que esconder, mas ela não representa só uma adversária ou algo do tipo ela é mais que isso, é parte do seu passado, ela pode ter respostas para as perguntas dele; temos que encontra-la.

– Ei

Sasuke esta assistindo TV, sentado no chão, ele olha pra mim rapidamente e volta a assistir a televisão.

– Hum?

– Temos que achar sua namorada.

– Eu não quero encontra-la.

– Por...?

– Eu não preciso dela... Eu tenho você.

–...

Fico sem palavras pela declaração repentina. Foi uma declaração, certo?

– Precisamos... Ela deve te conhecer melhor que você mesmo nesse momento.

Sasuke vira o rosto com raiva.

– Eu estou bem assim - diz - Não quero lembrar de mais nada.

– Por quê?

– Sempre que me recordo de algo; esse algo é ruim Sakura. Não preciso saber do porque me abandonaram naquele lugar.

– Tudo bem , por enquanto vamos deixar pra depois ok?

Ele apenas continua assistindo.

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– Vocês pegaram isso?

– Ocorreu interferência. Reporte a situação agente.

– Ele tem uma namorada, ou tinha, algo assim. Temos que encontrar.

– Nome?

– Ele não citou.

– Características?

– Nenhuma que eu pudesse ouvir.

– Localidade?

– Nada.

– Como quer que encontremos a tal garota se você não nos dá nada?

– A culpa não é minha se mandaram as pessoas erradas para instalarem as escutas; e os idiotas ainda apanham.

– Você tem ideia do quanto ele é forte?

Dizem do outro lado da linha.

– Eu ajudei a cuidar dele durante dois anos naquele laboratório. Eu sei o que ele pode fazer. Até quando H? Até quando vou ter que obedecer aquele inútil do Madara?

– Até a garota sair.

– Ela já pediu demissão. O que vocês estão esperando?

– Madara não pode desconfiar de nada. Ele tem o apoio do governo. Quer que acabem com a nossa divisão?

– Eu não aguento nem mais um mês; estão avisados.