Cullens Ou Volturis? - Alice e Demetri Volturi escrita por Beatriz Ferreira


Capítulo 11
Uma de nós.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, se possível leiam as notas finais.



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Demetri.

Saí do quarto de Alice tentando entender porquê a elogiei, talvez fosse por causa das conversas que tivemos. Eu jamais imaginaria que ela havia passado por uma decepção tão grande. Não conhecia Jasper, as únicas impressões que tive foi nas poucas vezes que nos encontramos. Lembro da primeira vez que o vi; foi durante o ataque de recém criados comandado por James e Victória. Seu corpo coberto por cicatrizes denunciava a sua habilidade em batalhas, era imponente e chegava a ser intimidador. Havia um contraste enorme entre ele e Alice. Alice era delicada e exalava sutileza. Jasper era praticamente um alerta de perigo ambulante.

Ele ter partido e deixado Alice para trás é algo que não consigo entender, Aro sempre falou que se um dia Alice se juntasse a nós Jasper teria que vim com ela, ele supunha que Jasper jamais a deixaria. – Fui andando na direção da sala do trono, precisava falar com Aro sobre vigiar Alice, o que era uma pena, meus dias voltariam a ser bem tediosos.

Entrei na sala. Aro, Caius e Marcus encontravam-se sentados em seus tronos. Jane e Alec estavam do outro lado e pareciam discutir alguma coisa. Parei na frente dos tronos e fiz uma breve referência.

— Mestres. – Aro cumprimentou-me com um breve aceno de cabeça. – Gostaria de perguntar aos senhores sobre a guarda de Alice. Ela não dá sinais de que pretende ir embora e  devido ao contato que tive com ela creio que localiza-la seria ainda mais fácil. Então não vejo porquê continuar a acompanhando. – Aro olhou para seus irmãos que concordaram com a cabeça.

— Tudo bem. Não precisa mais acompanhar Alice em suas atividades. Mas peço que a monitore de tempos em tempos. Jane querida, pode trazer, por favor. – Jane correu até o outro lado da sala e voltou com uma caixinha de veludo nas mãos —  Quero que entregue isto a Alice, está bem? Se ela é uma de nós precisa usar o nosso brasão. Agora pode ir.

— Sim, mestre. Obrigado – Jane me entregou a caixa que continha o colar para Alice. Saí da sala sendo acompanhado pouco depois por Alec. Corremos em silêncio até o campo que usávamos para treinar.

—Por que? Por que quer deixar de acompanhar Alice? – Alec perguntou assim que chegamos ao campo – Achei que vocês tinham começado a se entender, vi vocês chegando hoje de manhã.

— Estava me espionando? – falei enquanto colocava a caixa de veludo sobre o banco.

— Não tente mudar de assunto, Demetri. – Alec me encarava com braços cruzados. Dei de ombros

— Alice parecia incomodada pelo fato de eu ter que acompanhar ela pra caçar.

— Como foi ontem? – Alec perguntou receoso

— Não foi tão ruim quanto eu pensei que seria. Cara, Alice é muito habilidosas com seus movimentos. Ela não precisaria ser já que com a força que temos, ela poderia matar fácil até um elefante, mas ela esbanja graciosidade.

— Com o tamanho que ela tem ele nem a veria chegar – Alec riu e eu o acompanhei

— Nós corremos até a floresta, não demorou muito para ela achar algum animal e quando vi Alice pulou graciosamente e atacou um lince que estava caçando por lá.

— E você ficou lá parado assistindo essa cena deplorável? – O rosto de Alec se contorceu

— O cheiro do sangue animal é horrível, imagino que o gosto seja ainda pior, mas não tive muita escolha. Depois saímos de lá e voltamos para cidade. Era para Alice voltar para o castelo, mas ela resolveu que queria se aventurar pelos pubs de Volterra. Então eu saí e fui caçar, infelizmente graças a isso tive minha diversão encurtada

— Só isso? – Alec estava começando a me irritar com essas perguntas. Respirei fundo e passei a mãos no cabelo.

— Contei para ela sobre Celine.– Alec pareceu surpreso com o que eu havia acabado de falar. – Contei tudo a ela, desde como eu conheci Celine até o fim que tudo levou. E o rancor que eu tinha com os Cullens. Não sei por que fiz isso, mas achei que seria necessário.

— Foi a melhor decisão. Mas o que você estava fazendo no quarto dela até agora pouco?

— Você realmente estava me espionando? – Perguntei incrédulo.

— Não me leve a mal, o cheiro dela está totalmente  em você, cara. E só vi quando vocês chegaram. Depois disso voltei para sala do trono.

—Alice me contou o motivo de ter vindo até aqui. Claro que não vou te contar, antes que você pergunte. Ficamos conversando sobre isso até agora pouco. Aí ela perguntou até quando eu ficaria de “babá” por isso fui conversar com Aro.

— Mas e você? Você quer realmente deixar de ficar com ela? – encarei Alec. Não estava entendendo onde ele queria chegar com aquilo tudo. Mas eu não queria deixar de acompanha-la. Queria ajudar ela a superar essa dor que ela estava sentindo. Não queria ter que conviver com “Alice versão Marcus o retorno”. Suspirei e neguei com a cabeça.

— Não, eu realmente não quero isso. Mas Aro foi claro quanto a não precisar mais dos meus serviços.  – Alec revirou os olhos para mim. Se ele começasse a perguntar mais coisas eu arrancaria a língua dele e só devolveria semanas depois. Alec deu risada e foi caminhando a passos humanos em direção ao castelo.

— Então não se afaste. Você sabe o que Aro falou mas Alice não. – E então ele desapareceu dentro do castelo. Parei para pensar no que ele havia falado e fazia sentido. Desde que Alice não tivesse visto a decisão de Aro,  eu poderia continuar tentando ajuda-la a melhorar. Parecia uma boa ideia. Peguei a caixinha de veludo e fui para o meu quarto. Joguei a mesma sobre a cama e fui para o banheiro, tomei uma ducha rápida e me arrumei, coloquei uma calça jeans e uma camisa de botão escura. Precisava entregar o colar de Alice antes que ela fosse ver Aro mais tarde. Sai do meu quarto e caminhei a passos lentos até o quarto de Alice. Fiz menção​ de bater na porta mas a mesma estava apenas encostada.

—Pode entrar. – Alice falou de dentro do quarto. Entrei, fechando a porta atrás de mim. Alice estava sentada na cama, encostada na cabeceira lendo algum livro que provavelmente ela achou pelo quarto levando em consideração o estado que estava a capa do mesmo.

— Você sempre deixa a porta aberta? – Perguntei. Alice levantou e deixou o livro sobre o criado mudo. Reparei que ela usava uma calça de moletom cinza e uma blusa de bichinhos. Sorri de canto.

— Não. Mas eu vi que você vinha. – Ela deu de ombros. —E então, falou com Aro? Não gosto de ficar monitorando as decisões dele. As vezes são de revirar o estômago.  

— Falei sim. – droga! Eu havia esquecido do maldito dom de Alice. Estava receoso em mentir e ela ter visto partes de minha conversa com Alec. Resolvi investigar.

— E as minhas decisões? – perguntei em tom de brincadeira.

— Agora não mais. Mas quando cheguei aqui eu estava sempre de olho em você. Você toma decisões horríveis. – eu ri. Com certeza eu tomo decisões horríveis. Pensei comigo mesmo.

—Mas enfim, vou continuar sendo sua babá por enquanto. – a encarei procurando sinais de desapontamento em seu rosto, porém sua expressão estava neutra. – Trouxe algo para você. – falei abrindo a caixa de veludo para ela e mostrando o colar dos Volturis.

— oh meu Deus. Jamais imaginei que um dia eu usaria um desses. —ela se aproximou de mim tocando o colar com a ponta dos dedos.

— Aro pediu para que eu te entregasse. Você é uma de nós agora. Quer ajuda pra colocar? – ela assentiu com a cabeça. Peguei o colar e Alice segurou a caixinha. Dei a volta ficando atrás dela e coloquei o colar em seu pescoço. Olhei para frente onde havia um enorme espelho, nele estava refletido a minha imagem e a de Alice que tinha as mãos sobre o colar. Ela era irritantemente pequena. Sua cabeça batia um pouco abaixo do meu peito.

— O que foi? – Alice perguntou virando-se para mim.

— Nada. – Respondi olhando fixamente para os seus olhos dourados.


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Notas finais do capítulo

Eu particularmente gosto dos capítulos do Demetri. Queria saber o que vocês estão achando ou se preferem só Alice.
Críticas e elogios são sempre bem vindos.



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