Cullens Ou Volturis? - Alice e Demetri Volturi escrita por Beatriz Ferreira


Capítulo 10
Torta de maça


Notas iniciais do capítulo

Provavelmente eu demore uma semana para postar capítulos novos, as aulas estão voltando e vai ficar complicados. Mas como vocês nem estão lendo msm, acho que não vai fazer falta .-. to bem triste com os baixos índices da fanfic, com gente que ler e não comenta. só continuo escrevendo msm pq amo os personagens. enfim boa leitura.



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— Então Alice, não vai me contar o que te trouxe até aqui? – Demetri perguntou novamente encostando na porta do meu quarto não me deixando passar. Ele me olhou e cruzou os braços sorrindo de canto. Revirei os olhos. O velho Demetri estava de volta.

— Não vai me deixar passar se eu não contar? – perguntei também cruzando os braços.

— Pode tentar passar se quiser – Ele me desafiou com um olhar divertido.

— É uma oferta tentadora devo admitir. Mas não. – Sorri para ele – Vou te contar, mas não no meio do corredor. Vamos, deixe-me entrar – Ele afastou só o suficiente para abrir a porta e eu consegui passar. Ele entrou logo depois de mim fechando a porta atrás dele.

— Então, o que você quer saber? – perguntei sentando na beira da cama com as pernas cruzadas. Demetri sentou em uma poltrona a minha frente um pouco mais sério.

— Por que você resolveu vim para cá? – Respirei fundo. Eu devia contar a ele já que ele teve a coragem de se abrir comigo. Vamos lá Alice, respire. – Jasper me deixou. Eu já notava que algo o incomodava, ele parecia distante, pensativo, mas eu não conseguia ver nada no futuro dele, claro, ele não havia tomado nenhuma decisão para que eu não pudesse prever. Mas um dia quando estávamos todos reunidos, ele foi a varanda tomar um ar, fui atrás dele e ele me contou que estava partindo. No momento pensei que ele se referia a nós dois. Mas aí eu vi tudo; Ele estava partindo sem mim, indo embora da minha vida. Ele alegou que seu coração era nômade e que aquela vidinha pacata já não satisfazia mais o seu coração. Ele precisava de aventura e a vida ao meu lado já não proporcionava isso. Eu tentei implorar e convencer ele a desistir, ou a me levar junto, mas ele estava irredutível. Edward já sabia de tudo e tentou convence-lo a desistir da ideia e também não funcionou. Então Jasper se foi. Correu pela floresta até que desapareceu de vez. – Eu não percebia, mas havia começado a chorar, um choro sem lágrimas e silencioso e Demetri estava rapidamente ao meu lado passando a mão nas minhas costas para me confortar. Respirei fundo e continuei – depois disso eu fui definhando, não imaginava​ a minha existência ali sem Jasper. Eu já não saía para caçar, não ficava mais com minha família. Isso estava afetando todos ao meu redor e eu não​ queria que eles ficassem com pena de mim. Eu não sei se vou melhorar um dia, ou se Jasper vai voltar, mas angústia da espera estava me matando. Então um dia eu fui a La Push conversar com Jacob. Ele era uma ​pessoa neutra no assunto e não ficava medindo palavras comigo. Ele me ajudou bastante, falou que só o tempo poderia me curar, então tomei uma decisão; não poderia mais continuar ali onde tudo e todo me lembrava do amor que eu perdi. Não poderia ficar e esperar para sempre que Jasper voltasse e se voltasse não queria que ele me encontrasse naquele estado. Então fiz as minhas malas e vim para Volterra.  Sempre foi um desejo de Aro me ter aqui então sabia que não seria difícil ele me aceitar. E aqui estou eu, tentando manter minha sanidade mental enquanto a pessoa que eu mais amei na vida está em algum lugar seguindo sem mim.  –Era bom poder desabafar novamente com alguém, mesmo que esse alguém fosse Demetri. Apoiei meu rosto entre as mãos sentindo minhas emoções vacilarem. Demetri respirou fundo e finalmente quebrou o silêncio constrangedor que se instalou no quarto.

— Não consigo acreditar que alguém resolve simplesmente ir embora assim, quebrar o coração de quem se ama por livre e espontânea vontade?  Chega a ser ridículo! Algumas pessoas simplesmente não sabem a sorte que tem. Não fique assim Alice, não vale a pena, e se ele te amasse mesmo ele nunca partiria o seu coração. Sei que é fácil falar, isso qualquer um pode fazer; mas escuta, eu já passei por isso e sei o quanto dói. Ele é um idiota por não perceber o que tinha em suas mãos. E faço suas as minhas palavras; não deixe as lembranças de Jasper destruírem o que há de bom em você.

Mas uma vez a tristeza me atingiu e não consegui segurar o choro, Demetri me abraçou sutilmente e me deixou chorar por alguns minutos até que eu me acalmasse. Eu podia sentir sua respiração no alto da minha cabeça enquanto suas mãos afagavam meu cabelo delicadamente.

— O que está pensando? – ele perguntou. Olhei para ele

— Você tem cheiro de torta de maçã – ele riu

— Torta de maçã? – Ele arqueou a sobrancelha. Eu ri da expressão dele

— Sim.  Torta de maçã com canela.

— Além de caçar animais, você também come comida humana? – Ele fez uma​ cara de nojo ao imaginar a cena. Revirei os olhos

— Claro que não. Mas não gostar do sabor não me impede de apreciar o cheiro. – Demetri sorriu. E naquele momento reparei três coisas: A primeira, Demetri e eu estávamos a horas sem brigar, segundo: Ele ainda estava me abraçando e terceiro: Ele era incrivelmente bonito. Levantei da cama e caminhei até a sacada. Já estávamos no início da tarde. As ruas em volta do castelo estavam​ muito movimentadas​, milhares de turistas estavam na Itália nessa época do ano, idosos, adultos, crianças, famílias inteiras e eles em nenhum momento suspeitavam do perigo que corriam estando tão perto daqui. Suspirei e voltei para dentro do quarto. Demetri ainda estava sentado na cama olhando para um ponto fixo na parede.

— Até quando você vai ser obrigado a me acompanhar nas caçadas? Sei que não é algo que você se sinta confortável em fazer, afinal você desaprova minha alimentação – Demetri virou a cabeça em minha direção com uma expressão séria

— Não sei. Provavelmente eu converse com Aro sobre isso mais tarde. Por quê?

— Me ver caçar não deve ser a coisa mais emocionante do mundo, não quero ficar te atrapalhando. Você tem outras coisas para fazer aqui.

— Acredite, atualmente a única coisa que tenho para fazer é ficar com você. Os vampiros estão se comportando bem então quase não saímos em missão. E te ver caçar não é assim tão ruim. – Ele riu de alguma coisa que passou na sua cabeça. Essas horas eu queria ter o dom de Edward.

— O que foi? – Perguntei erguendo uma sobrancelha.

— É só muito engraçado ver uma pessoa do seu tamanho atacando um animal que se duvidar é maior que você. – Ele continuou rindo. Revirei os olhos, mas não​ protestei. Demetri levantou-se da cama e caminhou até a porta. Antes de sair olhou para mim.

— Mas você fica linda quando caça – Eu sorri para ele e ele saiu rapidamente do quarto fechando a porta. Sentia que a grande barreira criada por nós dois no início havia diminuído, poderia dizer que quase havia desaparecido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
beijinhos



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