“Jack, não tem graça!” Gritei correndo atrás de você, que não parava de dar voltas ao redor da piscina. “Querido diário, estava ensolarado mas um pouco nublado... Quem coloca como o tempo estava em um diário?” Você disse rindo. “Jackson! Me devolve! Agora!” Parei, cruzando os braços e fazendo uma cara séria. Você olhou pra mim com um sorriso, colocando delicadamente o diário em cima de uma mesinha de plástico. Você se aproximou, com uma sobrancelha levantada. “Vai ficar brava é? “ Você disse colocando as mãos na minha cintura. Revirei os olhos. “Vou pensar no seu caso.” Faço uma careta e você sorriu. “E se eu fizer isso será que melhora alguma coisa?” Você me beijou, colando nossos corpos. Cada centímetro de pele do meu corpo estava em contato com a sua. “Hmm, talvez.” Sussurro roçando meus lábios nos seus. “E se eu fizer isso?” Você sorriu, apertando os braços ao redor do meu corpo, e se inclinando na direção da piscina. Senti o impacto da água gelada. Emergi na superfície, engasgando e rindo. “Fletcher, você definitivamente está morto.” Ouvi você rir, e me abraçou por trás. “Ainda tá brava?” Perguntou, colocando o queixo no meu ombro. Olho para você, sorrindo. Dou um beijo na sua bochecha. “Talvez.” Mostro a língua e jogo água no seu rosto. “Só porque eu não queria pegar pesado. Não diga que não avisei.” Você disse, nadando atrás de mim. Soltei um grito quando você puxou o meu pé. Mergulhei, e seu rosto estava a centímetros do meu. Beijei a ponta do seu nariz fazendo um bico depois. Você me beijou. E eu comecei a sentir aquelas borboletas de novo. Meu corpo voltava a vida, minha mente clareava e de repente tudo fazia sentido. Acho que é assim que as pessoas se sentem quando beijam alguém que amam. Será que você tambem sentia o mesmo sobre mim?

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Íamos passar o Dia da Independência com todos aqui na cidade. Todo o ano era a mesma coisa. Nós reuníamos no centro da cidade, cada um levava uma especialidade de cada família, e víamos os fogos todos juntos. Tomei um banho rápido, e coloquei um shorts jeans e uma blusa regata branca com o meu All-star. Eu não fazia questão de ir igual aquelas garotas com toneladas de maquiagem na cara e saltos do tamanho do Empire State. Você ia me esperar na pequena fonte que tinha no local. Eu estava ansiosa, como todas as vezes que eu ficava quando ia me encontrar com você. Não sei porque, não sentia isso antes. Desci as escadas e ajudei meu pai a pegar as coisas para levarmos. Eu não havia conversado muito com ele nesses dias, e me sentia um pouco culpada por isso. Eu tinha o Jack, ele e alguns amigos. Ele só tinha a mim. Tentei puxar algum assunto com ele, mas nada realmente durava. Fiquei em silêncio por um tempo, até que ele falou: “Você está a cada dia parecida com a sua mãe. Ela estaria orgulhosa, querida.” Não olhei para ele por alguns segundos. Meu pai nunca falava nela. Assenti com um sorriso, os olhos um pouco molhados. “É, ela ficaria orgulhosa.” Ele sussurrou mais uma vez.

Chegamos lá poucos segundos depois. Cumprimentei algumas pessoas que vinham até mim, a maioria eu as reconhecia do velório de minha mãe. Conversei poucos minutos com elas, e logo me apressei para a fonte. Você estava lá, de calça jeans, uma blusa preta básica. A câmera em mãos, você tirava várias foto da fonte. Andei rapidamente até você, abraçando-o por trás. “Hey, gorgeous.” Falei, com um sorriso. Você se virou e me beijou, colocando uma das mãos na lateral do meu rosto. “Você está linda.” Você disse, beijando minha mão. Sorri. Lembro de você tirando fotos a noite toda de nós, da fonte, do céu das árvores, de mim... A contagem regressiva para o show de fogos tinha começado poucos segundos depois que nós fomos comer alguma coisa. “10! 9! 8! 7! 6! 5! 4! 3! 2! 1!“ Todos gritaram em uníssono, e os fogos começaram a estourar. Passei meus braços ao redor do seu pescoço, ficando na ponta dos pés para poder ficar mais ou menos da sua altura. “Eu te amo.” Falei, encarando seu olhos. Você me puxou para perto, encostando sua testa na minha. “Eu te amo”. Você me beijou e eu sorri.