Ergui o olhar para o céu.

As estrelas estão tão bonitas... como naquela noite há muito tempo atrás.

Sorri. Essa era uma lembrança preciosa. Mais uma das muitas que carrego.

Você se lembra mamãe, de quando eu era criança e tinha apenas você como amiga? De quando eu sorria dizendo que um dia seria seu orgulho, não apenas como filha, mas como uma maga estelar que ama seus espíritos.

Senti algumas poucas lágrimas escorrerem por meu rosto enquanto apenas mantinha meu olhar nas estrelas.

Mamãe, papai. Espero que, onde quer que estejam neste universo infinito, estejam orgulhosos de mim.

Fechei os olhos.

- Mamãe eu estou feliz, como naquele tempo – murmurei para o vento... para o céu... para as estrelas.

Só pensar que essa minha felicidade veio com o pé esquerdo e junta a inimigos dos meus companheiros, sinto até vontade de rir.

O mundo da voltas. E numa dessas voltas me vi apaixonada por opostos.

E só de lembrar que minha verdadeira felicidade iniciou-se quando algo confuso me uniu a eles.

Abri os olhos novamente.

As estrelas brilhavam como nunca.

E pensar que um acidente evitado poderia ser o gatilho inicial para uma amizade que tornar-se-ia amor.