LEIAM AS NOTAS INICIAIS. LEIAM AS NOTAS INICIAIS.

“Odeio me apegar. Odeio criar expectativas. Porque no final, quem sempre se fode sou só eu.”

P.O.V’s Katherine

Os dias foram se passando e acabou a Hermione estando certa. De novo.

As horários livres não foram para nós curtimos e descansarmos como previu Rony e sim para estudarmos. Feitiços não verbais estão sendo pedidos não só mais em DCAT mas também em transfiguração e Feitiços. Já tinha virado comum ver os alunos do sexto ano treinando no salão comunal os feitiços mudos.

Eu estava me esforçando bastante para aprender tudo direitinho. Era uma época que todos nós devemos estar preparados para tudo.

A Hermione, o Rony e o Harry estão surtando pelo fato de um meio gigante, eu acho que se chama Hagrid, não estar falando direito com eles pois esse ano nenhum de nós fizemos Trato das criaturas mágicas. Depois de muita discução sobre se deviam falar ou não com ele e depois de eu dar uns gritos eles decidiram ir depois do treino de Quadribol que irá acontecer hoje.

- Tem muitas pessoas querendo fazer o teste. Não sei quando foi que o quadribol ficou tão popular. – o Harry exclamou. Estávamos tomando café da manha, todos juntos como sempre, menos a Gina que estava com suas amigas do quinto ano.

- Ora Harry...- a Mione comentou impaciente. – Não foi o quadribol que ficou popular. Foi você! Você nunca foi tão interessante e para ser sincera tão desejável.

O Rony se engasgou com o suco. Eu olhei para os gêmeos que assim como eu faziam um esforço descomunal para não rir. Resolvi tomar a palavra antes que o Rony ficasse parecendo um tomate de tão vermelho.

- Olha Harry...- comecei num tom risonho. – Agora todos sabem que você esta dizendo a verdade. A comunidade bruxa teve que admitir que você estava certo. Agora eles sabem que você enfrentou Voldemort duas vezes nos últimos dois anos. Esta sendo chamado de “o eleito”. É obvio que as pessoas estão fascinadas por você.

- E não foi nada mal você ter crescido uns centímetros nesse verão. – a Mione completou despreocupadamente.

- Eu sou alto. – o Rony falou ilogicamente. Dessa vez eu não resisti assim como os gêmeos e agente caiu na gargalhada. Serio, era hilário. Os três olharam para agente como se fossemos malucos.

- Enfim... – o Harry começou levemente corado, mas foi interrompido pelo correio que chegou.

Me inclinei para perto do George que estava ao meu lado e falei baixinho. – Só eu acho que o Rony e a Mione ainda da namoro? – perguntei e ele riu.

- Não só você mais todos nós. – ele falou no meu ouvido. Sorri. Percebi que uma coruja parou a minha frente.

- Ártemis.- exclamei ao reconhecer a coruja da minha mãe. Acariciei suas penas e ela deu uma bicada carinhosa no meu dedo. Retirei a carta que estava presa.

Olá princesa,

Como você esta? Alias, como estão as coisas por aí?

Estamos morrendo de saudades e também estamos preocupados querida. Mande noticias sim? Queremos saber tudo o que você apronta por aí.

Já conheceu algum gatinho? Seu pai esta indignado por eu estar perguntando algo assim para você, acho que ele prefere acreditar, ainda, que você é uma criança inocente. E caí entre nós duas que de inocente você não tem nada.

Sentimos sua falta filha. Muito.

Espero te ver em breve,

Beijos mamãe e papai.

PS: Quando você vai poder vim nos ver? Que tal dar uma passadinha aqui no natal? Assim que tiver a resposta me mande ok? Nós te amamos.

Senti um sorriso gigante aparecer em meu rosto e meus olhos marejarem. Eu já sentia falta dos dois. Muita. Eu estava pensando seriamente em ir vê-los no Natal, nem que eu voltasse no mesmo dia. Essa carta serviu para meu coração apertar de saudades.

- Ta tudo bem? – o George perguntou preocupado. Olhei e vi que todos os meus amigos me observavam. Suspirei.

- Sim. – respondi sorrindo. Peguei um biscoito e dei a Ártemis. Peguei um pergaminho e fiz uma resposta rápida.

Oi mãe e pai,

Também estou morrendo de saudades de vocês, vocês não fazem ideia do quanto.

Eu estou ótima e por aqui esta tudo bem. Não tenho aprontado nada ultimamente e fiz amigos maravilhosos aqui, espero que vocês possam conhecê-los qualquer dia desses.

Por aqui tem muitos gatinhos mãe, mas nenhum que ainda prendeu minha atenção. Mas pode deixar que estou de olhos abertos para se ele aparecer.

Deixe o papai continuar achando que eu sou inocente, ele não precisa saber desses detalhes.

Te amo muito mãe e você também pai.

Espero também poder te ver em breve.

Beijos da filha que te amam.

PS: Quando eu tiver a resposta eu mandarei sim? Não se preocupem. Também amo vocês.

- Leve-a para a mamãe sim Ártemis? – falei amarrando a carta e acariciando o pelo caramelo da coruja. – Cuide dela para mim. – falei e ela levantou voo.

- Sente falta deles? – o Fred perguntou.  Aí você se pergunta: “ Como você sabe diferencia-los?”. Eu simplesmente sei. O George é um pouco mais alto que o Fred além de ter três pintinhas no pescoço e também tem os olhos que os do Fred são mais puxados para o castanho enquanto os do George no sol são castanho-esverdeados, além da voz que na minha opinião a do George é mais rouca que a do Fred. Mas tenho que admiti que os dois são completamente lindos.

- Muita. – falei para eles. – Tem alguma novidade no profeta Hermione? – perguntei para ela que tinha o jornal na mão.

- Morreu alguém conhecido? – o Rony perguntou.

- Não. Mas ouve novos ataques de dementadores e uma prisão. – ela respondeu suspirando.

- De quem? – o Harry perguntou.

- Stanislau Shunpike. – a Mione respondeu.

- O quê? – o Harry falou pasmo. Franzi a testa.

- Quem é esse? – perguntei.

- Condutor no Nôitibus. – o Rony respondeu.

- Aqui diz. – A Hermione começou. – “Stanislau Shunpike, condutor do popular transporte bruxo Nôitibus, foi preso sob suspeita de atividades ligadas aos Comensais da Morte. O Sr. Shunpike, 21 anos, foi detido ontem à noite após uma blitz na casa dos Clapham..."

- Lalau comensal da morte? – o Fred se admirou.

- Nem pensar. – o Harry falou.

- Ele pode estar sobre a maldição Imperius. – falei. Pela cara dos meninos esse tal Lalau não tinha a menor chance de ser um comensal.

- Parece que não. – a Mione falou para mim. – parece que ele tinha plena consciência do que fazia. Ele foi visto comentando com outra pessoa.

- É. – concordei. – ninguém sobre a maldição Imperius sairia por aí contando o plano deles.

- É...- o George falou. – mas ele sempre gostou de falar demais e se achar demais. Não foi ele que disse que seria ministro da magia com aquelas veelas?

- É. – o Fred concordou. – não sei qual a do ministério de levar o Lalau a serio.

- O ministério só quer mostrar serviço. – falei. – as pessoas estão aterrorizadas. As pessoas tem que achar que eles tão fazendo alguma coisa.

A Hermione concordou com a cabeça. – Tempos difíceis estão chegando.

Ninguém falou nada mais todos estavam pensando a mesma coisa. Acontecera um incidente horrível na véspera: tinham chamado Ana Abbott na aula de Herbologia para lhe informar que a mãe fora encontrada morta. Desde então, não tinham mais visto a colega.

Terminamos o café e nos dirigimos ao campo de quadribol onde fariam os testes para o time da Grifinória. E quando chegamos lá vimos que tinham, muita, mas muita gente.

- Estamos na arquibancada. – a Mione falou.

- Boa sorte. – falei dando um beijo na bochecha de Rony e dos Gêmeos que iam fazer o teste. Como o Harry era capitão não precisaria.

Fui em direção a arquibancada e me sentei com a Mione.

- Então... interessada em alguém por aqui? – ela perguntou sorrindo para mim. Agente nunca tinha parado para conversar sobre essas coisas.

- Por enquanto não. – falei. – Tem muitos garotos lindos por aqui, não tem como negar, mas beleza não é tudo. – conclui.

Ela levantou uma sobrancelha. Lá no campo o Harry estava botando para fora um bando de gente que nem era da Grifinória e tinha vindo fazer os testes. – Como assim? – perguntou para mim.

- Veja Mione... – comecei explicando. – Por exemplo: O Malfoy. Ele é lindo, gostoso, não tem como ninguém negar. Mas vamos combinar que eu nunca ficaria com ele porque o garoto é completamente insuportável. Entendeu?

Ela acenou com a cabeça. – E o seu jogo com ele como esta? – perguntou sorrindo torto enquanto lá no campo os artilheiros faziam o teste.

- Esta indo bem. – falei rindo. Digamos que eu e o loiro aguado estamos em pé de guerra. O lance das provocações eu tinha deixado de lado, pelo menos por enquanto. Mas nós sempre discutimos. Já tinha virado rotina. Uma rotina muito chata. – E você e o Rony? – perguntei tentando não rir da vermelhidão que tomou conta do rosto da castanha.

- Somos amigos. – ela falou.

- Ainda. – eu falei rindo. – Eu sou amiga dos gêmeos, mas ficaria com qualquer um dos dois.- falei e ela levantou uma sobrancelha.

- Fala serio. – exclamou rindo. Nessa hora os batedores entraram em campo e os gêmeos se puseram a frente. O George mandou um beijo para mim que eu fingi pegar e guardar no coração.

- Olha Mione. Esse lance de que se entrou na zona da amizade não saí é a maior mentira. Quanto mais amigo é mais intimidade vai ter. Agora você tem que ter certeza do que faz porque se um dia o namoro não vier a dar certo e os dois não forem maduros o suficiente a amizade sai abalada. – expliquei. – e todo mundo vê que vocês dois se gostam. – ela corou e tentou desviar o assunto.

- E qual dos dois você ficaria?. – perguntou olhando para os gêmeos.

- Os gêmeos foram os que eu mais me identifiquei quando cheguei aqui. Os dois são lindos de morrer, na minha opinião são ruivos mais lindos que conheço. – falei. Nessa hora o George desceu da vassoura sabendo que estava no time. Sorriu para agente e acenou.  – Mas tem um deles eu apenas considero um amigo para todas as horas. Mas tem outro que se destaca de certo modo. Eu não sei se ficaria com ele. Ele é um amigo do qual eu não pediria de outra forma. Mas ele se destaca.

A Mione ficou curiosa e olhou para o campo onde os dois estavam ao lado do Harry. – Qual deles? – perguntou.

- O meu gêmeo favorito. – respondi. – George Wesley.