A Herdeira Dos Black - Hiatus. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 36
Memories.


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemnete que não pretendo afzer nada de bom. *
Heeeeeeeeeey ♥
Bom, não tenho nada a comentar aqui, mas obrigada pelos reviews do cap anterior ^.^
Como, eu explique nas notas iniciais do ultimo cap, vocês já vão comecar a sentir a diferença a partir desse cap. Coisas nada legais e engraçadas estão poor vim...
Espero que gostem
*Malfeito, feito. *



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" Não podemos mudar o passado, nem nada de ruim que fizemos nele, mas podemos criar um futuro onde não vamos nos arrepender de nada feito."

P.O.V’s Katherine.

Já havia se passado quase um mês. Já era tarde da noite e no salão comunal estava apenas eu, a Mione e o Rony, apenas aguardando o Harry.

Ele estava em uma aula com o professor Dumbledore, e estávamos esperando para saber como tinha sido.

A ideia de conhecer o passado do cara-de-cobra ainda me dava calafrios.

Fui tirada dos pensamentos pelo barulho do buraco da mulher gorda se abrindo. Só eu que já notei como essa frase sai incrivelmente estranha?!

Ignorando esses pensamentos bizarros, eu olhei para o moreno que tinha uma cara apreensiva. Seja o que for que ele tenha visto na aula não tinha sido muito bom.

- Harry. – o chamei fazendo sinal para ele se sentar conosco e foi o que ele fez.

- Como foi lá? – a castanha questionou preocupada.

- Sinistro. – ele resumiu em uma só palavra. Estremeci e vi que não fui a única.

- Estamos ouvindo. – o Rony falou o encorajando.

- Bom, antes de ele me mostrar as lembranças... – ele falou meio que estremecendo a menção da palavra. – ele me contou o motivo do seu desentendimento com o ministro que deu no Profeta Diário. Ao que parece, ele tinha procurado o professor para poder fazer com que ele conseguisse o meu apoio. O que não deu muito certo. – completou.

- O tio Dumby arrasa. – falei e eles concordaram com a cabeça.

- Eu também aproveitei e perguntei para onde ele ia quando sumia da escola. – ele continuou. Era verdade. Os sumiços do professor estavam cada vez mais frequentes.

- Isso foi indelicado da sua parte Harry. – a Mione o repreendeu. Nós rolamos os olhos.

- Continue. – pedi.

- Ele apenas me respondeu que não era a hora certa de eu saber ainda. Mas que eu descobriria em breve. – ele falou fazendo uma careta.

- Eu já disse que odeio a nossa falta de informação? – resmunguei.

- Agente vai descobri em breve. Sempre descobrimos. – o Rony falou com um pequeno sorriso no rosto. Assenti com a cabeça.

- Eu aproveitei e toquei no assunto Snape/Draco. – o Harry continuou dessa vez olhando fixamente para mim. Eu automaticamente enrijeci.

- O que ele disse? – perguntei tensa.

- Bom, ele não deu grande importância. – o moreno falou meio irritado. – ele confia cegamente no Snape. ”Acho mesmo que você talvez devesse considerar a possibilidade de eu ter entendido mais do que você. Mais uma vez fico satisfeito que tenha confiado em mim, mas asseguro que você não me disse nada que possa me inquietar.” – ele citou fazendo uma voz estranha que eu julgava que ele tentava imitar o tio Dumby. Seria engraçado se a situação não fosse tensa. – essas foram as suas exatas palavras. – completou.

- Bom, acho que vamos ter que descobrir por nos mesmos. – o Rony falou o obvio.

- Agora me conta uma novidade. – resmunguei.

- Não vai ser a primeira vez que fazemos isso. – a Mione resmungou também.

- E as lembranças? – perguntei ao moreno.

- Ele me mostrou duas essa noite. – nos contou.

- Estamos ouvindo. – o Rony disse mais uma vez e o moreno suspirou começando a contar sobre a primeira.

~Flashback do Harry On~

A porta se entreabriu, rangendo. Na soleira, segurando um lampião antiquado, encontrava-se um garoto que Harry reconheceu na hora: alto, pálido, os cabelos escuros, bonito — o  Voldemort adolescente. 

Seu olhar percorreu lentamente o casebre e deparou com o homem na poltrona. Por alguns segundos eles se encararam, então o homem se pôs de pé com dificuldade, as muitas garrafas a seus pés tombaram e reuniram no chão.

— VOCÊ! — berrou ele. — VOCÊ!

E ele se arremessou ebriamente contra Riddle, a varinha e a faca erguidas. 

— Pare.

Riddle falou em linguagem de cobra. O homem derrapou e bateu na mesa, lançando as panelas emboloradas no chão, onde caíram com estrepito. Ele encarou Riddle. Fez-se um longo silêncio enquanto se estudavam. O homem perguntou:

— Você sabe falar?

— Sei falar — respondeu Riddle.  Ele entrou na sala permitindo que a porta se fechasse às suas costas. Harry não pôde deixar de sentir uma admiração mesclada de ressentimento pelo completo destemor de Voldemort. Seu rosto expressava apenas desagrado e, talvez, desapontamento. 

— Onde está Servolo? — perguntou ele.

— Morreu. Morreu há anos, não foi? - Riddle franziu a testa.

— Quem é você, então? 

— Sou Morfino, não sou?

— O filho de Servolo? 

— Claro que sou, então...

Morfino afastou os cabelos do rosto sujo, para enxergar Riddle melhor, e Harry notou que ele usava o anel de pedra negra na mão direita.

— Pensei que você fosse aquele trouxa — sussurrou Morfino. — Você é a cara daquele trouxa. 

— Que trouxa? — perguntou Riddle com rispidez.

— àquele trouxa que minha irmã gostava, aquele trouxa que mora na casa grande mais adiante na estrada — respondeu  Morfino, e inesperadamente cuspiu no chão entre os dois. — Você é igualzinho a ele. Riddle. Mas ele está mais velho agora, não é? Mais velho do que você, agora que estou pensando... 

Morfino pareceu ligeiramente atordoado e oscilou um pouco, ainda se apoiando na borda da mesa.

— Ele voltou, sabe — acrescentou tolamente.

Voldemort mirava Morfino como se avaliasse suas possibilidades. Aproximou-se um pouco mais e perguntou:

— Riddle voltou?

— Ai, deixou ela, e foi bem feito, casar com ralé! — explicou Morfino, e tornou a cuspir no chão.  — E roubou a gente, veja bem, antes de fugir! Onde está o medalhão, eh, onde está o medalhão de Slytherin?

Voldemort não respondeu. Morfino foi se enraivecendo outra vez; brandiu a faca e gritou:

— Ela desonrou a gente, foi o que ela fez, a vadia! E quem é você para entrar aqui e ficar fazendo perguntas sobre isso? Já acabou, não é... acabou...

Ele desviou o olhar, cambaleando um pouco, e Voldemort se adiantou. Ao fazer isso, sobreveio uma escuridão anormal, que apagou a luz do lampião de Voldemort e a vela de Morfino, apagou tudo...

~Flash back do Harry Off~

Eu tinha certeza que estava pálida, porque ninguém estava diferente quando o Harry terminou de contar sobre a lembrança.

- Então o Tio Voldy era bonito? – eu estava tão aturdida que foi a primeira coisa que saiu da minha boca. Eles me olharam como se eu fosse um E.T.

Ok, me julgue. Era muito para mim.

- O que aconteceu depois disso? Você sabe? – a Mione perguntou ao Harry.

- Voldemort estupeficou o tio, apanhou sua varinha e atravessou o vale em direção "à casa grande mais adiante na estrada". Lá, ele matou o trouxa que abandonara sua mãe bruxa, e, por precaução, os avós trouxas, suprimindo, assim, os últimos membros da indigna família Riddle e vingando-se do pai que jamais o quisera. Voltou, então, ao casebre dos Gaunt, realizou o complexo feitiço de implantar uma falsa lembrança na mente do tio, colocou a varinha de Morfino ao lado do seu dono inconsciente, guardou o anel antigo que ele usava e partiu. – o moreno contou.

- Meu Merlin. – o Rony exclamou.

- E a segunda lembrança? – perguntei sem ter certeza se queria saber.

- Essa com certeza foi a mais estranha. – o moreno falou começando a contar.

~Flashback do Harry On~

Era um Horácio Slughorn mais jovem. Harry estava tão habituado a vê-lo careca que achou a visão de Slughorn com uma basta e brilhante cabeleira cor de palha muito desconcertante; dava a impressão de que mandara cobrir a cabeça de sapê, embora no topo já fosse visível uma tonsura calva e reluzente. Os bigodes, menos compactos do  que os atuais, eram  louro-avermelhados. Ele não era tão gordo quanto o Slughorn que Harry conhecia, embora os botões dourados do seu colete ricamente bordado já estivessem sob tensão. Com os pezinhos apoiados sobre um pufe de veludo, ele se encontrava sentado em uma confortável bergère, tendo um cálice de vinho em uma das mãos e a outra enfiada em um a caixa de abacaxi cristalizado.

Harry olhou ao redor quando Dumbledore apareceu ao seu lado e percebeu que estavam no escritório de Slughorn. Havia meia dúzia de garotos sentados ao redor do professor, todos em cadeiras mais duras e baixas do que a dele, e todos aparentando uns dezesseis anos. Harry reconheceu Riddle imediatamente. Tinha o rosto mais bonito, e parecia o mais descontraído dos garotos. Sua mão direita estava pousada negligentemente sobre o braço da cadeira; com um sobressalto, Harry viu que ele estava usando o anel ouro e negro de Servolo; já tinha matado o pai.

— Senhor, é verdade que a professora Merrythought está se aposentando? — perguntou Riddle. 

— Tom, Tom, se eu soubesse não poderia lhe dizer — respondeu Slughorn, sacudindo um dedo açucarado para Riddle, num gesto de censura, embora estragasse esse efeito com uma ligeira piscadela. — Confesso que gostaria de saber onde você obtém suas informações, rapaz; sabe mais do que metade dos professores. 

Riddle sorriu; os outros garotos riram e lhe lançaram olhares de admiração. 

— Com a sua fantástica habilidade para saber o que não deve e a sua cuidadosa bajulação das pessoas certas... aliás, obrigado pelo abacaxi, você acertou, é o meu preferido... 

Enquanto vários garotos abafavam risinhos, aconteceu algo muito estranho. A sala foi repentinamente tomada por uma densa névoa branca, impedindo Harry de ver outra coisa além do rosto de Dumbledore, que estava parado ao seu lado. Então, a voz de Slughorn ecoou através da névoa, anormalmente alta: 

— ... você vai acabar mal, rapaz, escute bem o que estou dizendo. 

A névoa desapareceu tão repentinamente quanto surgira, embora ninguém fizesse qualquer alusão nem parecesse ter visto nada diferente acontecer. Intrigado, Harry correu os olhos pela sala no mesmo instante em que um pequeno relógio de ouro em cima da escrivaninha de Slughorn batia onze horas. 

— Santo Deus, já é tão tarde assim? — exclamou o professor. — É melhor irem andando, rapazes, ou vamos todos nos meter em confusão. Lestrange, quero o seu trabalho até amanhã ou receberá uma detenção. O mesmo se aplica a você, Avery.

Slughorn levantou-se da poltrona com esforço e levou seu cálice vazio até a escrivaninha enquanto os garotos saíam. Riddle, no entanto, ficou para trás. Harry percebeu que o garoto se demorava de propósito, querendo ser o último na sala com o professor.

— Ande logo, Tom — disse Slughorn se virando e ainda encontrando-o ali. — Você não quer ser apanhado fora da cama depois da hora, ainda mais sendo monitor... 

— Senhor, eu queria lhe perguntar uma coisa.

— Pois pergunte, meu rapaz, pergunte...

— Senhor, estive me perguntando o que o senhor sabe sobre... sobre Horcruxes? 

E o mesmo fenômeno tornou a acontecer: o denso nevoeiro invadiu a sala de modo que Harry não pôde mais ver Slughorn nem Riddle; apenas Dumbledore sorrindo serenamente ao seu lado. Então a voz do professor ecoou exatamente como acontecera antes.

— Não sei nada sobre Horcruxes e não lhe diria se soubesse! Agora saia daqui imediatamente e não me deixe apanhá -lo mencionando isso outra vez!

~Flashback do Harry Off~

Ninguém falou nada. Ficamos apenas encarando uns aos outros. Essa lembrança com certeza foi pior que a outra.

- Isso foi estranho. Porque a lembrança estava tão “borrada”? – o Rony questionou para o moreno.

- Parece que foi adulterada. – falei pensativa.

- Isso mesmo. – o Harry falou olhando para mim. – Essa lembrança pertenceu ao professor Slughorn, e ele a modificou.

- Porque ele faria isso? – a Mione questionou.

- Não sabemos. O professor Dumbledore supõe que seja porque ele não se orgulha nada do que tem nessa lembrança. – o moreno falou dando de ombros. Aí veio uma coisa a minha cabeça.

- Horcruxes? O que é isso? – perguntei lembrando que foi mencionado.

- Dumbledore não me disse, sei que é apenas uma magia muito poderosa. – ele me respondeu.

- Parece ser uma magia realmente das trevas. O cara-de-cobra não se envolveria com isso se não fosse. – falei e eles concordaram com a cabeça.

- Não é só isso. – o Harry falou e nós o olhamos,

- O que pode ter a mais? – o Rony falou suspirando.

- O professor Dumbledore me passou uma tarefa. Tenho que consegui a lembrança verdadeira do professor Slughorn. – o moreno falou.

- Vai ser difícil. – eu falei suspirando.

- Concordo. Vamos deixar para falar sobre isso amanhã. Já esta tarde. – a Mione falou se levantando. Agente assentiu e se levantou também.

- Boa noite meninos. – me despedi dando um beijo na bochecha dos dois e cada um de nós subimos para o nosso dormitório.

Me joguei na cama mais não consegui dormir. Duvida de que fosse dormir por tão cedo.

A cada nova informação dessas, eu me sentia pior. Eu sentia a realidade da guerra cada vez mais próxima.

E a realidade era feia. Era como se eu sentisse o seu bafo gelado no meu pescoço. Como se ela só tivesse esperando um passo em falso para dar as caras.

A realidade era assustadora.

E eu sentia que ela estava perto de bater na minha porta.


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