“Ele havia se tornado parte de sua vida e, de várias maneiras, era a melhor parte.”

P.O.V’s Katherine.

Se passaram dois dias desde o jogo de quadribol e a nossa briga com o Rony. E desde lá nós não trocamos uma palavra. Simplesmente eu, Gina e Mione o ignoramos.

Ele foi o idiota, e toda vez que pensávamos em voltar a conversar com ele, ele estava grudado na vadia da Lilá, a Mione acabava saindo querendo chorar e a nossa raiva aumentava.

E, devo dizer, que sobrava para o Harry.

Ele que tinha que aturar esse clima chato entre o nosso quarteto, o que não é nada legal, devo admitir. Não que eu vá pedir desculpas ao Rony. Ele que foi o legume insensível pegando a Lilá na frente da Mione.

Eu iria conversar com o Draco hoje à tarde, já que era sábado e não tinha aula nesse período. Somente a Mione sabia, já que ela era a única que sabia que eu era amiga do loiro. Eu pretendia que ficasse assim por muuuito tempo.

Já tinha terminado o almoço e eu me separei da Gina e da Mione, que iam aos jardins, para ir no salão comunal. Iria trocar de roupa antes de ir ver o que o Draco queria comigo.

- Kath. – ouvi a voz do Rony me chamar enquanto eu passava por um corredor. Me virei automaticamente e depois me amaldiçoei por esquecer de ignora-lo.

 Ele estava junto ao Harry que tinha um sorriso satisfeito no rosto.

- Pois não? – respondi fria. Ele respirou fundo.

- Eu queria pedir desculpas a você. – frisou o você e eu levantei uma sobrancelha. Ele continuou. – Você estava certa e eu fui um covarde. Mas agora eu estou com a Lilá e você e a Gina ficarem sem falar comigo não vai mudar nada. – ele falou.

- Sobre o que eu estou certa Mon Cher? – perguntei fria. Sim, eu sabia do que ele estava falando mais eu queria ouvir da sua boca.

- A respeito de tudo. – falou calmamente.

Suspirei. Tentei ficar com raiva de novo dele, mas não consegui. – Tudo bem Rony, mas você sabe que não é só a mim que você tem que pedir desculpas. – falei para ele.

Ele balançou a cabeça negativamente. – Não vou pedir desculpas a Hermione. Ela me atacou com os pássaros e eu nunca prometi nada a ela. Alem do mais, ela se agarrou com Vitor Krum, não pode pedir muito de mim. – ele falou.

Vitor Krum? Ele não é o apanhador da Bulgária? Do que ele estava falando? Olhei para o Harry confusa e ele suspirou fazendo um sinal de “Depois.”.

Eu suspirei de novo. – Tudo bem Rony, mas você vão ter que se entender uma hora. – falei e ele assentiu.

- Um abraço? – perguntou para mim. Eu sorri minimamente e o abracei. Apesar de ser um legume insensível ele é um ótimo amigo.

- Tenho que ir agora. – falei para os dois.

- Aonde você vai? – o Harry perguntou pra mim.

- Dar uma volta pelo castelo. – menti. – nos vemos depois. – falei para eles. Acenei e sai dali.

Me dirigi ao meu dormitório. Depois de arrumada fui para o banheiro da murta-que-geme, onde eu sabia que o loiro me esperava.

Assim que cheguei lá, entrei imediatamente, afinal ninguém mais entraria ali. Ele não tinha chegado ainda, então eu suspirei e me encostei na pia.

- Então você é a tal Katherine Black, que todos tanto comentam. – uma voz falou. Me virei dando de cara com um fantasma de uma menina.

- Você deve ser a murta-que-geme. – arisquei com um sorriso torto.

Ela bufou para mim me olhando de cima a baixo. – Não vejo grande coisa. – falou com desdém me analisando. Levantei uma sobrancelha. – Eu conheci seu pai. – ela falou para mim.

- Serio? – perguntei interessada.

- Oh sim, - ela falou com um ar sonhador. – ele era lindo. Nunca me deu bola assim como seus amigos. Mas ele era muito lindo. – falou sonhadora e triste. – Você não é bonita. – falou para mim com desdém.

- Como? – perguntei incrédula. Jura que um fantasma de uma garota ta me dizendo que eu sou feia?

- Você não é bonita. – ela repetiu.

Quando abri a boca para retrucar, a voz de um certo loiro me interrompeu.

- Tem razão murta, ela não é bonita. – falou sorrindo torto. Olhei incrédula para ele. Seu sorriso se alargou. – Ela é linda. – eu ri e dei um beijo na sua bochecha.

- Olá Draco. Como vai? – a murta perguntou para o loiro com uma voz meio diferente. Serio que ela tava tentando dar em cima do Draco?

- Vou bem murta. – ele respondeu impaciente. – Pode nos dar licença? – perguntou.

Ela fungou. – Não sei o que vocês meninos veem nela. Ninguém se importa com a murta. – e com um soluço se afundou em um vaso.

- Sentimental. – ele resmungou e eu ri.

- Porque o motivo de precisar falar assim comigo Draco? – perguntei a ele.

Ele levantou uma sobrancelha. – Não posso mais conversar com uma amiga? – perguntou se fazendo de ofendido. Eu rolei os olhos sorrindo. – não foi nada demais. Só queria conversar. – ele respondeu se sentando no chão e batendo no chão ao seu lado. Me sentei.

- Como vão as coisas? – perguntei a ele, enquanto o mesmo brincava com os dedos da minha mão.

Ele suspirou. – Indo. – falou simplesmente. Passei a mão no cabelo loiro dele. Era completamente macio e deslizava entre meus dedos. Ele fechou os olhos com meu toque.

- Tenho algo para te contar. – falei. Ele imediatamente abriu os olhos e fixou suas orbes cinzas em mim.

- Diga. – falou simplesmente.

- A Mione sabe que somos amigos. – falei de uma vez. Ele se engasgou com a saliva.

- Ela o que? – perguntou incrédulo.

Rolei os olhos. – Isso que você ouviu. Ela descobriu.

- E qual foi a reação dela? – ele perguntou curioso. Eu sorri.

- Ela não falou nada. Disse que teria feito o mesmo. – falei com simplicidade.

- Você contou algo a ela? – ele perguntou para mim.

- Eu prometi que não iria contar, não prometi? – falei e ele assentiu. – Mas uma coisa que ela falou ficou na minha mente. – disse

- O que foi? – ele perguntou.

- O que você me esconde Draco? – perguntei suavemente e ele enrijeceu. – Não vou te pressionar. Sei que não pode me contar. Mais saiba que eu estou confiando em você. – me virei de frente pra ele. – Vou repetir mais uma vez. Não me decepcione. – falei e ele assentiu com um micro sorriso no rosto.

- O Potter e o Wesley já sabem? – ele perguntou se referindo a nossa amizade.

- A Mione não contou, então eles não sabem – respondi. – Mas eles vão descobrir uma dia. – falei.

- Eu sei. Tou pensando em agente assumir logo de vez. – ele falou e eu o olhei divertida. Ele falou como se tivéssemos tendo um caso e não de uma simples amizade.

- Nossa, eu preciso pensar a respeito. É um passo importante. – falei irônica. Ele riu bagunçando meu cabelo.

- Acho melhor eu ir. – ele falou e eu assenti também me levantando.

- Te vejo depois. – falei dando um abraço nele e um beijo na sua bochecha. Ele sorriu e eu sai do banheiro a caminho do salão comunal dos leões. Sabia que meus amigos estariam lá.

- Sorte. – falei a senha para a mulher gorda. Mas assim que eu entrei eu vi que não tinha nem um pouco de sorte.

Os meus amigos estava, todos juntos lá sentados nos pufes e assim que eu entrei eles me encararam. Os gêmeos, Harry e Rony me encaravam sérios, a Gina me encarava com um sorriso malicioso e a Mione preocupada.

- Aconteceu algo? – perguntei a eles.

O Harry se levantou, ele tinha o mapa do maroto em mãos e sua expressão não era legal.

- Posso saber o que você estava fazendo com o Malfoy? – questionou.