—Força Thony. – Edward incentivava o garoto que vinha atrás dele carregando uma caixa enorme.

—Não consigo. Falta muito? – perguntou já sem folego.

—Só mais alguns passos... E chegamos.- anunciou colocando no chão a caixa que carregava. – Bem-vindo ao novo lar. – ajudou o garoto a descer com a caixa e juntos entraram na casa que em breve seria o lar deles.

O divórcio de Bella tinha saído há 1 mês e os dois já faziam planos para o casamento, não queriam esperar muito tempo e já tinham começado a mudança para a nova casa. Paul insistiu para que a família ficasse no apartamento. Mas como iriam vender a lanchonete, Bella achou melhor não ficar, não queria começar uma nova vida com Edward onde tinha vivido com Paul por tantos anos. Queria um lugar só deles, com a cara deles. E como dizem: Vida nova, casa nova.

Os dois tiveram muita sorte em encontra uma casa que ficasse próxima a casa de todos, exceto de Sue, dessa eles queriam distância. Principalmente depois que ela ficou sabendo sobre a separação do filho. Ela tinha surtado, quis brigar com todos e ameaçou pedir a guarda dos netos. Mas Paul colocou a mãe no lugar e não a deixou falar uma palavra sequer com a ex -esposa. Chocada resolveu pedir ajuda a Renée, mas essa também negou e pediu que deixasse a filha dela em paz, ou ela não responderia por seus atos. Só lhe restou dar um chilique enorme. Ataque esse que foi fielmente reproduzido por Rachel e Seth, fazendo todos caírem na gargalhada. Mesmo após a separação os dois continuavam frequentando a casa dos Cullen e dos Swan, se diziam da família e Rachel ainda esperava por uma chance com Edward, tinha parado de dar em cima dele, mas as vezes acaba escapando alguma piada de leve.

Jacob e Leah tinham casado apenas no civil e estavam muito felizes. Ele teve uma longa conversa com o pai e finalmente tinha o perdoado por toda a dor que lhe foi causada. Os dois mantinham contato, não tinham uma relação de pai e filho, mas pelo menos conseguiam ter uma conversa civilizada e até mesmo amigável. Já com Paul as coisas tinham evoluído e muito, não eram amigos, mas estavam próximo de ser.

Paul tinha passado um mês viajando e voltara bem animado e cheio de planos. Iria começar um novo negócio, comprar uma casa nova e quem sabe encontrar um novo amor. Ainda sofria por Bella, deixá-la não tinha sido a tarefa mais fácil, mas tinha que admitir que foi a melhor decisão que poderia ter tomado. O fato de ver como ela e as crianças estavam felizes fazia com que o dor da separação fosse suportável e que desejasse com sinceridade que tudo desse certo entre a ex-esposa e Edward.

—Onde é o meu quarto? – Anthony analisava a sala da nova casa, era bem grande, mas o sorriso diminuiu ao não ver nenhum vídeo game por lá.

—Lá em cima, vou te mostrar. E quero te mostrar um outro lugar também, aposto que vai gostar. – os dois subiram juntos, Primeiro pararam no quarto do garoto, que voltou a ficar feliz ao saber que não iria dividir o quarto com a irmã. Depois foram até um outro cômodo que ficava no final do corredor. – Pronto? – ele balançou a cabeça concordando mas ainda um pouco desconfiado. – quando Edward abriu a porta o garoto deu um grito e correu para ver de perto cada objeto que tinha ali dentro.

—Isso tudo é pra mim? – perguntou com lágrimas já rolando por toda face.

—As bonecas e casinhas são pra Sophie.

—Imaginei. – ele admirava o vídeo game, a tv gigantesca e mais alguns games que estavam espalhados por todo o quarto.

Edward e Bella tinham dividido o quarto ao meio com coisas que as crianças mais gostavam, assim teriam um espaço pra eles sem que houvesse brigas.

—Você e a mamãe são os melhores. – o abraçou forte.

—Vocês merecem e ainda não viu o melhor. Ainda não está pronto, mas vamos fazer um mini campo de basebol lá nos fundos, assim teremos onde treinar.

Anthony descrevia em detalhes para a irmã a nova casa.

—Eu queria ter visto. – cruzou os braços triste. Mas assim que o irmão começou a falar das bonecas que estavam lá, foi se animando.

—Devo deduzir que gostou filho?

—Eu amei mamãe, parece um sonho. Não vejo a hora de mudarmos. Mas não quero carregar mais caixas não, meus braços em doendo.

—Seu fracote. – Bella encheu o filho de cocegas. – Pode deixar que os homens de verdades vão cuidar disso.

—E quem são os homens de verdade?

—Ora, você, Emmett, papai, seu pai, Jacob, Seth e quem mais estiver de bobeira. – deu de ombros como se não importasse, tudo o que ela queria era mudar logo e se casar com o homem que amava, já estava contando os dias para finalmente se unirem.

— Acho que não teremos que esperar muito, já estão finalizando a obra, só falta alguns detalhes, mais duas semanas e... – fez suspense. – MUDANÇA – as crianças falaram junto com ele.

Os dois esperaram as crianças irem dormi e depois foram para o terraço aproveitar a noite para namorar um pouco. Estavam sentados embolados um no outro admirando as estrelas e a cidade que estava abaixo deles.

—Nunca vi as crianças tão felizes a cada dia o sorriso deles aumenta mais e você é o responsável por isso. – deu um beijo rápido nele.

—Posso até ser um dos responsáveis, mas não sou o único, todos temos contribuindo um pouco para isso.

—Então você é o maior responsável. – Bella insistiu.

—Ok. Acho que posso ser sim. – respondeu com orgulho estufando o peito.

—Convencido. – Bella deu um soco do ombro dele.

—Quanta agressividade. – massageou o local com um pouco de exagero. – Eu aqui, todo amor e você me maltratando.  – reclamou a apertando mais em seus braços.

—Não quero te perder nunca. – colocou as mãos no rosto dele o olhando com intensidade. Só se via amor no olhar deles. Começaram a se beijar, esquecendo-se de tudo, sobre as estrelas se amaram durante horas, sem pressa, apenas curtindo um ao outro e tentando com gestos demonstrar o que sentiam um pelo outro, o que palavras não conseguiam expressar, toques e caricias demonstravam o quão forte era o que sentiam. Parecia algo que só se ver em filmes, mas com eles era real. O amor que tinha nascido de uma amizade inocente entre duas crianças, tinha superado o tempo, à distância, as adversidades, as reticências que sempre surgiam. Nunca souberam se iriam se ver novamente, ficar juntos, mas mesmo assim sempre manterão a esperança e nunca deixaram de pensar um no outro. E foi que os uniu, que os colocou novamente frente a frente. E dessa vez a oportunidade não poderia ser perdida, tinham que recuperar o tempo perdido e deixar que o amor que nutriam os libertasse. Anthony e Sophie apesar de não serem fruto do amor deles, eram como se fossem, não havia diferente para eles e em breve esperavam aumentar a família e selar de todas as formas o compromisso que haviam feito anos atrás.

“Amor não diminui, não se desfaz, não se perde. Amor que é amor, apesar das lutas, se mantém firme.”