Assim que todos os clientes saíram Alice se juntou a família e ficaram até tarde conversando. Anthony continuava bravo com o tio e fazia planos com Edward de como irão proteger Bella. Todos riam do garoto, ele era muito ciumento e protetor.

—Edward, amanhã tem jogo dos Yankees vamos assistir lá no vovô?

 -Claro. Acha que perderia um jogo? Nem pensar. Quem mais vai assistir?

—Tenho que trabalhar. – Charlie se desculpou, ele era muito fã dos Yankees e sempre que podia acompanhava os jogos. Emmett disse que não poderia, pois tinha que ajeitar as coisas para a mudança. Thony ficou feliz que seria apenas ele e Edward.

—Então vai ser só nós pai, quer dizer Edward. – murmurou envergonhado. Edward se encheu de orgulho e começou a sorrir sem parar.

—Vamos aproveitar e fazer um dia das garotas. – Alice sugeriu.

—Posso ir também? – Sophie pediu animada.

—Pode querida. – ela soltou um gritinho de alegria. – Agora precisamos ir. – Bella se levantou e Edward fez o mesmo, os dois ficaram se encarando.

—Então... - Edward começou e olhou para Alice.

—Vamos indo? – ela sugeriu para que os pombinhos pudessem ficar um segundo a sós.

—Cinco segundo Bella. – Charlie indicou no relógio e Bella revirou os olhos, o que o pai dela achava que ela era adolescente?

—Vem cá. – Edward a tomou em seus braços. – Vamos aproveitar os nossos 5 segundos. – Ele foi direto ao ponto e a beijou, queria poder aprofundar mais o beijo, mas precisava conversar um pouco com Bella. – O que aconteceu? – perguntou ainda a segurando.

—Paul. Ele ficou irritado com o Thony e quis bater nele. – Edward ficou tenso e soltou um rosnado. – Calma, ele não fez nada, o Emmett chegou na hora.

—E se ele não tivesse chegado? Ele teria batido no garoto, você entende o quão grave é isso?

—Eu entendo Edward e por isso que vou ficar uns dias com o meu pai. Até o Paul se acalmar.

—Bella você pretende voltar para ele? – se afastou passando as mãos no cabelo.

—Não é voltar para ele. Mas eu preciso voltar para casa, não posso abandonar o lar, ou perco todos os meus direitos e até mesmo a guarda das crianças, sabe que o Paul vai tentar tirar as crianças de mim. Tenho que agir com calma e resolver isso de uma forma saudável para todos.

—Ok Bella. Eu vou estar aqui quando resolver tudo. – respondeu triste.

—Não fique assim, por favor. – Bella o beijou e ele logo correspondeu animado. – Eu te amo e logo vamos ficar juntos, só tenha um pouco de calma.

—Estou tentando, mas é difícil ficar longe de você, das crianças. Quero que tudo se resolva logo.

—E vai, só tenha paciência. - deu um último beijo nele. – Cuida do meu garoto amanhã, devo chegar mais tarde, vou passar um dia com as meninas.

—Pode deixar, vou cuidar direitinho dele e divirta-se muito que estarei contando os minutos para te ver.

—Nem sai e já está com saudades?

—Ainda não consegui compensar os 20 anos que ficamos separados. Até conseguir morrerei de saudades sempre e mesmo que conseguia, também sentirei saudades todas as vezes que não estiver ao meu lado. Te amo. – depositou um beijo nos lábios dela.

Bella saiu suspirando, precisava acertar logo as coisas com Paul para poder ser feliz ao lado de Edward e dos filhos.

Anthony estava preparando pipoca no micro-ondas quando Edward chegou, as meninas já tinham saído e seria apenas os dois para torcer pelos Yankees.

—Criança na cozinha?

—A mamãe deixou, ela me ensinou a fazer pipoca e disse que só posso fazer isso. – Anthony explicou tentando alcançar a vasilha no alto do armário.

—Deixa comigo. – Edward o ajudou e riram quando perceberam que estavam vestidos iguais. Com a pipoca, refrigerante e salgadinhos estavam prontos para o grande jogo.

Ligaram a TV e já tinha começado o pré – jogo quando a campainha tocou.

—Quem será? – Anthony se levantou, mas Edward o impediu.

—Deixa que eu abro.

Edward resolveu ir, pois não sabia quem poderia ser. Já que estavam na casa de Charlie, poderia ser algum amigo dele, qualquer pessoa... Menos Paul.

Paul encarou o homem a sua frente com ódio, mas tratou de fingir alegria.

—Edward, que bom revê-lo. – estendeu a mão para cumprimenta-lo e Edward o ignorou.

—O que faz aqui Paul? – se colocou entre a porta impedindo a passagem dele.

—Eu vim ver a minha família. Eles estão?

—Quem é? – Anthony apareceu ao lado de Edward e tremeu ao ver o pai.

—Anthony meu filho, que bom te ver. Como está?

—Bem. – respondeu inseguro.

—Será que posso entrar? Minha perna está doendo preciso me sentar. – Edward lhe deu passagem, mas manteve o garoto do seu lado.  – Vai ter festa? – Paul perguntou se acomodando.

—Não, nós vamos ver o jogo dos Yankees.

—Porque vocês não torcem para um time da Flórida?

—Porque gostamos dos Yankees. – Thony respondeu com raiva.

—Então também vou torcer para eles. – pegou um pouco de pipoca.

—Paul. Acho que você deveria ir. – Edward começou, mas foi interrompido.

—Eu vou ficar. Quero passar um tempo com meu filho e quero me desculpar. Eu fui um estúpido ontem. Senti-me tão mal, eu nunca quis machucar ninguém. – começou a chorar. – Eu só quero a minha família comigo, eu os amo tanto. E só quero uma segunda chance para fazê-los feliz. Você me perdoa Anthony?  - o garoto encarou o pai e ficou com remorso ao vê-lo chorar, olhou para Edward como que pedindo sua aprovação, ele apenas balançou a cabeça.

—Sim eu perdoo. – lhe deu um abraço sincero e Paul correspondeu com a mesma sinceridade, apesar de tudo ele realmente amava os filhos.

—E você Edward?

—O que tenho eu?

—Me perdoa também? Eu fui tão rude com você e de forma completamente injusta. Minha mãe contou tudo que você fez e faz pela minha família. Você os ajudou a superar a minha ausência. Foi um amigo para Isabella e um pai para os meus filhos. Não sei como te agradecer. – Edward quis responder que se ele sumisse seria uma ótima forma de agradecimento, mas se conteve.

—Tudo que fiz e faço é porque amo eles. Não é preciso agradecer. Vamos ver o jogo?

Paul concordou e pediu para que o filho sentasse ao seu lado. Mesmo sem entender nada, ele acompanhava com emoção e sempre que os dois gritavam, ele fazia o mesmo.

Para surpresa de Edward, Paul não aprontou nada, estava o tratando com educação e quem visse até acharia que os dois eram amigos. Anthony estava mais tranquilo, mas na primeira oportunidade que teve saiu do lado do pai. Paul não gostou nem um pouco disso, mas tentou não demostrar a raiva que sentia. Ele tinha um plano em mente e iria reconquistar a família.

Os Yankees venceram e Thony pulava sem parar comemorando e cantando o hino do time. Edward o acompanhou.

—Que jogo. – o pequeno exclamou feliz.

—Tenho que concordar, eles jogaram muito. – Edward começou a juntar a bagunça no momento em que a porta foi aberta por uma Bella sorridente, sorriso que morreu ao ver o marido sentado no sofá.

—Minha rainha e minha princesa. – se levantou com dificuldade e foi abraçar a filha.

—Oi papai, o que faz aqui?

—Estava com saudades de vocês e vim para leva-los para casa. Eu preciso de vocês. Papai está sofrendo e não tem ninguém para ficar comigo em casa.

—E a sua mãe?

—Meu pai não está muito bem e ela precisa cuidar dele. Volta para casa Isabella. Eu preciso de vocês comigo. – segurou a mão da esposa suplicando.

—Paul nós não...

—Vamos mamãe, o papai não pode ficar sozinho. Tadinho dele, ele tá dodói. – Sophie abraçou o pai. – Nós vamos cuidar de você papai. – prometeu.

Bella respirou fundo sem saber como sair daquela situação.

—Se é por falta de companhia eu fico com você Paul. Afinal de contas, somos irmãos. – Jacob que tinha vindo com as meninas se manifestou.