Quando Rosalie chegou com as crianças, eles entraram correndo para poderem ver Edward. Ela riu da empolgação dos sobrinhos que esqueceram até as mochilas para trás.

—E aí crianças? – ele pegou os dois no colo e os dois gargalharam chamando a atenção dos clientes que estavam no local.

—Seus filhos são lindos. – uma mulher ao lado deles elogiou.

—Obrigado. – Edward sorriu orgulhoso os soltando.

—Eles não são filhos dele. – Sue ladrou com muita raiva. – São meus netos, filhos do meu filho.

—Ok Sue, não precisa se exaltar. Crianças porque vocês não sobem a mamãe está lá em cima. – os dois subiram correndo e Rose se aproximou dos dois adultos.

—Olá Sue, porque não conversamos lá nos fundos? – Rose sugeriu.

—Você também está acobertando os dois? Charlie também está envolvido nisso?

—Sue, lá atrás. – Edward pediu firme, algumas pessoas já estavam olhando curiosos. Os três seguiram para os fundos da lanchonete e Emmett foi atrás.

—O que está acontecendo? – perguntou curioso

—O que está acontecendo? Sua irmã é uma vadia.

—Não fale assim da minha irmã. – Emmett gritou.

—Calma pessoal. – Rose segurou o braço do marido. – Sue você não tem o direito de falar assim da Bella, ela é uma mulher muito digna.

—Tão digna que está se enfiando na cama com outro.

—Bella e eu nunca fomos para cama. – Edward se defendeu. – Respeite-a, porque a Bella tem enfrentado tudo isso sozinha, você fica reclamando, mas não tenho visto vocês fazendo absolutamente nada para ajudar. Ela que tem que cuidar do Paul, das crianças, da lanchonete, de tudo e você apenas reclama e fica inventado coisas malucas. Sim eu a amo e quero ficar com ela, mas ao contrário do seu filho que teve um caso com quatro, ela o respeita. – disparou para cima da mulher que deu um passo atrás, chocada com a última informação.

—Meu filho nunca faria algo assim. – tentou defende-lo.

—Se não acredita em mim, pergunte a Jane e aquelas outras três malucas. Seu filho não merece a família que tem. Muito menos a mulher que tem que mesmo sabendo de toda essa safadeza ainda não o abandonou. Qualquer outra mulher já teria saído de casa e levado os filhos, mas a Bella é diferente. Apesar de tudo ela se importa com o Paul.

—Ela o ama, e assim que ele voltar pra casa eles serão uma família novamente, como eram antes desse acidente. Você não vai estragar a vida do meu filho. Eu não vou deixar isso acontecer.  – saiu batendo a porta, assustando Leah quando passou pela cozinha.

—Acho bom ficarmos de olho nessa louca. Rose está bem?

—Sim Edward está tudo bem. – levou a mão à barriga. – Precisamos ajudar a Bella.

—Concordo. Ninguém vai machucar a minha irmãzinha.

—Vamos deixar a Bella de fora dessa conversa por enquanto. Não quero deixa-la ainda mais nervosa.

O casal concordou com ele.

Sue foi direto para o hospital visitar o filho. Ele estava vendo tv e ficou feliz com a chegada da mãe.

—Mãe, que bom que veio. Achei que ninguém fosse vir me visitar. Tem visto Isabella e meus filhos?

—Vi as crianças, elas estão bem. – deu um beijo na testa do filho e sentou-se na beira da cama.

—Que ótimo, e minha esposa? Estou com tanta saudade dela. Quero ir logo para casa. Porque a senhora não conversa com o médico e pede para ele me dar alta logo.

—Acho que isso é uma grande ideia. Você tem que ir logo para casa. Todos precisam de você. Tem que reconquistar a Isabella e quem sabe me dar mais netos.

—Se depender de mim, terá mais vários netos. Eu amo tanto a Isabella, pisei na bola com ela. Errei e muito, mas eu vou lutar pelo perdão dela e voltaremos a ser como antes. – sorriu esperançoso.

—Quando você diz que errou... – indagou ao filho.

—Eu traí minha esposa.

Sue não tinha acreditado no que Edward havia dito e ficou muito decepcionada quando ouviu a confirmação do filho.

—Paul, como pode fazer isso?

—Foi um momento de fraqueza mãe. As meninas vieram com uma conversa, a Isabella estava viajando para casa do irmão e acabou acontecendo. – desculpou-se com a mãe.

—E foi só uma vez isso? – ele ficou em silêncio. – Paul? Não acredito nisso.

—Desculpa mãe.

—Não é a mim que tem que pedir desculpas. É a sua família. E espero que esteja preparado, pois tem outro de olho na sua esposa. – o alertou.

—É esse tal amigo de infância? – a mãe concordou. – Mas ele foi embora.

—Não, não foi. E ele está ganhando terreno e todos o aprovam. Seus filhos o idolatraram.

—Então a Isabella está me traindo?

—Ao que parece ainda não. Mas não sei por quanto tempo isso durará. Seu casamento está por um fio. Você tem que voltar logo e reconquista-la.

—Eu farei isso mãe, eu prometo que farei de tudo para tê-los novamente. Mas não sei como começar.

—Comece pelos seus filhos. Não deixe o Edward perto deles, você tem que fazer com que eles fiquem ao seu lado, porque assim Isabella não sairá de casa. Aproveite-se da sua situação, ela não o abandonará assim. Desde que entrou em coma as coisas mudaram.  Sua família mudou. Teremos trabalho, mas eu vou te ajudar em tudo. Conte com a mamãe.

—Obrigada mãe, não sei o que faria sem você. Agora o que acha de conversar com o médico.

—Farei isso imediatamente.

Depois de muito conversar com o médico responsável pelo tratamento do filho, Sue voltou animada para o quarto.

—Você terá alta amanhã mesmo. – Paul comemorou.

—Isso é ótimo, me dê o telefone que vou avisar a Isabella.

—Porque não fazemos uma surpresa?

—Boa ideia. Amanhã começará uma nova etapa da minha vida. Vou reconquistar o meu lugar e acabar com esse cara que quer roubar a minha família.

—Amanhã começaremos filho, descanse bastante.

Sue foi para casa ainda planejando com ajudaria o filho. Depois de saber que ele realmente tinha traído a esposa, as coisas iriam se complicar. Ela tinha que admitir, Edward parecia ser perfeito. É bonito, inteligente e tem o carinho de todos, principalmente dos netos. E as crianças seriam o trunfo do filho.

No dia seguinte Sue chegou cedo ao hospital e o filho já a esperava pronto para ir para casa.

—Estou tão animado mãe. Finalmente sairei desse lugar horrível.

Paul estava com dificuldades para andar, devido à perna quebrada durante o acidente, com cuidado Sue ajudou o filho e aproveitou para lhe falar sobre as ideias que teve.

Enquanto isso Edward e Anthony treinavam no parque ao lado da casa. Bella e Sophie assistiam meio perdidas ao jogo.

—Quem está ganhando? – perguntou confusa.

—Ninguém mamãe, só estamos treinando.

—Na verdade, eu que estou ganhando.

—Não mesmo, eu que estou. Acertei todos os arremessos. – Thony provocou orgulhoso por agora ser um dos melhores jogadores do seu time.

—Sério? Aposto que errou algum. – Edward parou e pensou por um instante. – É, acho que acertou todos mesmo. Parabéns garoto, você é o melhor.

—Puxou ao pai. – Paul chegou sendo amparado pela mãe.

—Papai. – Sophie correu para abraça-lo.

—Oi filha.

—Paul, o que faz aqui? Já recebeu alta? –Bella perguntou confusa.

—Sim amor, quis fazer uma surpresa para vocês. E aqui estou. De volta para a minha família. Não ficou feliz?

—Claro que fiquei. É só que realmente fiquei surpresa. Bem vindo de volta.

—Obrigado amor. – chegou perto da esposa e lhe deu um selinho.  Edward cerrou os punhos, tentando se controlar.

—Filho não vai me dar um abraço não? Nem parece que está feliz com a minha volta.

—Estou sim papai. Que bom que está aqui. – deu um abraço meio sem jeito no pai.

—E você é? – apontou para o homem a sua frente. Ele já imaginava quem fosse, mas ainda tinha a esperança de que aquele não fosse o seu rival. Pois seria difícil ter que enfrenta-lo.

—Sou Edward Cullen. – encarou o rival e apertou forte a sua mão.