Sublimes Sonhos escrita por Jonathan Loppes


Capítulo 8
O conflito - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Comentem, e observem cada detalhe deste capítulo. Há coisas nele sub-entendidas, que mostram o desfeixo desta história.



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"Nós dois sabemos onde isso vai terminar. Você preso aqui e ela morta no subsolo da Terra. Logo, pare com idiotices e desproteja essa garota." A mulher parecia uma rainha no lombo de um cavalo, ela gesticulava como tal. Todos me fitavam e aquela mistura de tantos olhares perfeitos me inibiram.

"Você não faz ideia de como isso vai terminar. Mas eu lhe aviso que Hannah não estará jamais no subsolo da Terra." Falou Pedro e seu coração fazia seu corpo se mover.

"Você anda me desafiando muito nos últimos tempos..."Disse a mulher pela primeira vez tirando os olhos frios de cima de nós. "...Talvez eu não tenha lhe dado a educação necessária."

"Talvez você não tenha me ensinado a matar." Respondeu Pedro imediatamente.

"São leis..." Gritou a mulher deixando a raiva transparecer "E leis são leis. Você não pode mudar isso. Você está se destruindo por uma humana..." A raiva dela crescia assustadoramente, e de mesmo modo assustador todos os anjos ao a sua volta agiam como se fosse normal tanto ódio. "...Olha pra você! Imundo semelhante as trevas, um trapo humano... Como você tem coragem de entregar a sua santidade por alguém como ela. Ela é de uma raça inferior a nós e você sabe disso, tanto quanto sabe..." Falava sem vírgulas de tão rápida.

"Eu acho que..." Interrompi a rainha de rosto angelical e alma perigosa.

"Aguardarei ansiosamente sua opinião, mas enquanto não a peço cale a boca." Cravou os olhos em mim com se enfiasse as pressas no meu pescoço.

"Você me envergonha." Disse Pedro a mulher.

"Saiba que é recíproco." As palavras daquela mulher eram como facas afiadas.

Todos se mantinham sempre da mesma forma, vidrados em nós. Como se juntos nos transformassem em um monstro que deveria ser destruido.

"Posso lhe afirmar que essa luta é inutil, ela morrerá de qualquer jeito..."Falou calma como se a pressão da panela fosse esvaida "...Vamos meu filho, tome a decisão correta. Entregue a humana, recupere o que lhe é possível de dignidade."

Tudo parou. Parecia que ninguém respirava. Pedro pensava e me causava medo. E se ele considerasse essa posibilidade. Eu tomei a consciência que talvez tivesse esquecido de que todos ali poderiam me matar como se assoprassem poeira.

"Mamãe..." A palavra tão carinhosa fez cocegas no meu estômago. "...Permita que eu passe algumas horas com Hannah. Por favor, depois eu lhe entregarei a vida dela em suas mãos...Mas por favor, permita que eu... Por favor."

Seus olhos se inundaram enquanto a mulher se aproximava cada vez mais.

"Verbena!..." Chamou um dos anjos e a mulher parou e não se virou. "Não podemos esperar."

"Quem decide isso sou eu." Verbena se aproximou em lentos passos cutucando meu desespero e a dor de Pedro. Me fitou e sussurrou: "Quando a estrela maior se tornar visível estaremos todos em um campo no extremo oeste. E se você não me entrega-la, não terei pena em matar os três."

  Rex relinchou. E calou o gemido do meu coração.

   O tempo passara tão rápido que não me permitiu raciocinar. Esperamos pouco até que ficassemos sozinhos novamente, não foram eles a ir embora, mas sim nós. Sobre os olhos maduros de Verbena Pedro me colocara no lombo de Rex e me levara embora de novo me causando desejo e medo ao tocar em mim.





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