Sublimes Sonhos escrita por Jonathan Loppes


Capítulo 14
Um jorro de veneno.


Notas iniciais do capítulo

Nossa história está chegando ao fim....comentem!



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Eu só respirei o mais profundo que pude. E então as coisas simplesmente aconteceram. Imaginei ter visto um corvo vigiando a cena à adestra, e as nuvens cobriam todo o céu como se previsse a escuridão que se erguia entre os terrestres e angelicas. 

"Por que motivo tanta gente?" Perguntou Pedro dando alguns passos firmes, que eu mesma seria incapaz de dar "Mobilizar-te todo o céu, por uma simples humana?" 

"Humanos são deploráveis, ridículos e absurdamente animalescos. E mesmo que essa aí seja uma santa imaculada não deixa de ser raça ruim." Ela fora superficial, e me fitava como se fosse um animalzinho nojento.

"Mamãe, por favor! Reconsidere. Pense bem, não há porque matar Hannah!" Pedro se aproximara da mãe com cautela me despindo de sua proteção, me sentia nua em frente a tantos seres "superiores". 

"Não peça pra agir de maneira errônea."

"Matar é o certo!"

"Humanos matam todos os dias, a toda hora.E ainda assim você  os defende." Suas palavras deixavam uma forte ar de veneno. "Eu juro que não entendo como você pode se apaixonar por um lixo como isso."   Ela enfiou uma espada afiada no ar seco.

"O que?" Sussurrei. "Como assim apaixonar?" Disse em bom tom, em meio a todas aquelas vozes fortes e viris eu era a mais fraca em vários aspectos.

"Não me diga que ela não sabe o porquê de tudo isso!" Verbena direcionou um sorrisinho a Pedro "Imaginei que tivesse pedido tempo pra viver algumas horas de loucura romântica ao lado da sublime." Ela agora direcionava as palavras como espada no peito de Pedro. E ele estampava dor no rosto.

"Você está brincando, não?" Dei passos por impulso e me aproximei de Pedro o enfrentando enquanto permanecia em silêncio. E como espectadores os anjos viam o espetáculo interessados e atentos a cada fala.

"Você não entenderia."

"Eu não entenderia?" Gritei 

"Está cada vez mais interessante tudo isso." Comentou Verbena "Mona, querida, se aproxime e conte a humana como Pedro veio parar nessa loucura, não esqueça dos detalhes, garanta que ela deseje morrer de culpa, após saber a o que seu irmão renunciou para salvá-la"  Verbena dizia como se a minha presença não fosse notória.

Pedro deu as costas e se aproximou de Rex, me deixando perto dos leões. Agradeci por ter me afastado, afinal eu sentia raiva dele, eu o-amava e era um sentimento totalmente recíproco, porém agora eu posso morrer e provavelmente irei, sem experimentar um beijo de amor se quer.

Mona se aproximou e aquiesceu.

 "Não sei se isso Pedro lhe-contara, mas assim que nasceu sua vida tomara sentido. Pedro acompanhava e protegia você a toda hora, porém pouco trabalho realizava com você. Digamos que não fora uma criança que fizesse travessuras, ou se metesse em encrencas. Logo ao entrar na adolescência Pedro começou a se preocupar com a ausência de pecado, maldade ou malícia em seu coração, então nos anos seguintes o conselho enxergou em você sintomas de sublimidade." Ela dizia palavras pouco a pouco "Então Pedro me confessou o que sentia por você....Amor. Ele a-ama mais que tudo, com a maior grandeza que um amor pode ter. Então Pedro tomou uma decisão que lhe-cabia a sofrer, todavia não era viável. Como Lúcifer fora lançado dos céus, Pedro se jogou na Terra pra salvar a amada." Meu rosto foi se petrificando "Quando alguém caí a Terra sem autorização, acaba por ficar entre o céu e a terra, e se você caí da Terra acaba por ficar entre a Terra e o inferno. Foi aí que Pedro deixou de ser anjo e passou a ser...algo que quero pronunciar o nome...."

"Mas eu quero." Disse Verbena "Demônio. Pedro fora um anjo caído. Está feliz agora, depois de destruir a vida do meu filho, garota!" Verbena me enfrentou e eu senti o meu rosto de pedra se esfarelar.


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