True Love? False Love? escrita por Dani G


Capítulo 8
O Filme


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu de novo pessoal! Bem, eu deveria estar dormindo, mas estou aqui digitando a história para você, querida pessoa! Feliz 2016 (mesmo já sendo março. É o que acontece quando não damos as caras com frequência, certo?)!
É isso, boa leitura!



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Quando chegamos em casa já passava da meia-noite. Larguei meu sapato do lado da porta, calçando um chinelo logo em seguida. Direcionei-me para a cozinha para pegar um copo de água. Não fazia ideia do que o Ian estava fazendo.

Comecei a cantarolar baixinho enquanto procurava um copo. Abri a geladeira no outro extremo da cozinha para pegar água gelada, e quando fui fechar a porta...

—Ah! – Dei um grito pulando para trás. – Ian, você me assustou!

Reclamei com ele, mas ele apenas gargalhou alto.

—Não precisava de toda essa recepção, benzinho! Foi apenas um pequeno susto.

—O que você quer? – Perguntei um pouco seca, mas curiosa para saber o que ele queria fazer.

—Bem, acho que para fechar com chave de ouro o nosso dia, podíamos assistir um filme, o que acha?

—Na sala da tevê?

—Não! No meu cinema! – Retrucou ele sarcástico.

—Nossa, que engraçado Ian. Agora sei que quando precisar aprender a contar piadinhas já posso contar contigo! – Minha vez de retrucar, porém ele ficou sério e eu comecei a desconfiar.

—Hum, espera aí! Você te-tem...?

—Um cinema em casa? Claro que sim, Amy. Esperava outra coisa do cara mais rico da cidade? Porque se duvidar, sou até mais rico que a rainha!

—Ok, acho que agora já posso me enfiar debaixo das minhas cobertas. Afinal, não devo ser nem mais rica que o cachorro de estimação dela!

 -Brincadeira, Amy. Agora vem cá!

Ian foi me puxando pra fora da cozinha e eu não pude nem tomar a minha água! Seguimos subindo a escada e viramos em um corredor que eu ainda não havia entrado. Chegamos à última sala do corredor e antes que ele mesmo abrisse a porta, ele falou:

—Pode fazer as honras, senhorita!

Ri da formalidade demasiada dele e encostei a minha mão na maçaneta dourada. Parecia daqueles filmes de realeza. Até apostaria que fosse, afinal, ele ainda era um Lucian. Nunca se sabe!

Abri com cuidado a porta pesada e vi que lá dentro tudo era escuro. Ian me empurrou de leve para eu entrar e entrou logo após, me deixando praticamente cega. Fiquei parada onde estava, mas consegui perceber que Ian sem moveu para o lado.

—Agora está melhor – falou ele, enquanto acendia um pequeno abajur de luz amarela, dando assim pouca luminosidade no lugar. Era melhor que ficar no breu que estava anteriormente!

Olhei devagar por toda a sala. Era grande, pintada de uma cor escura, mas não preto. Pequenos abajures estavam dispostos em pontos estratégicos para se algo acontecesse. Pendurado no teto no fundo da sala estava um projetor de filmes, que direcionava a sua imagem para frente, no único lugar que era branco da sala. Espalhados no chão estavam colchões de aparência macia com cobertores e travesseiros, além de algumas poltronas um pouco mais para o fundo, formando uma verdadeira sala de cinema.

—Ian, isso é incrível! Nossa, se eu fosse você eu não sairia dessa sala nunca mais! – Disse empolgada, porém Ian logo respondeu:

—Acabo que nem uso tanto essa sala. Somente a uso em ocasiões mais especiais, mas como nada tinha acontecido por aqui ultimamente, estava praticamente sem visitantes. Mas... Hoje eu trouxe alguém muito especial para mim aqui, não é mesmo Amy?

Não respondi, apenas corei muito forte. Ainda bem que a sala estava pouco iluminada para Ian não ver o estado das minhas bochechas. Mesmo assim ele deve ter adivinhado isso, pois se virou dando uma risadinha, se direcionando para uma grande estante de madeira que tinha na lateral da sala.

—Que tipos de filme mais gosta, Amy? Comédia, terror, animação, suspense, musical, aventura... Ou romance?

Na ultima palavra dita, mirou seus olhos bem nos meus, o que me fez corar novamente. Que coisa!

—Ah, não sei. O que você prefere? – Perguntei ainda meio envergonhada.

—Bom, por mim eu coloco um filme de terror bem violento! – Falou fazendo uma cara de malvado.

—Não, por favor! Qualquer outro menos este! – Supliquei, pois realmente os filmes de terror não entravam na minha lista de filmes preferidos.

—Certo, então eu escolho um romance. E se quiser, disponibilizo meus ombros para você chorar em cima deles.

Não sabia se era piada ou verdade, então sem responder fui procurar um lugar para sentar.

—Onde prefere se sentar, Ian? Na poltrona ou no colchão?

—Eu prefiro o colchão, sem dúvida! – Ele respondeu sorrindo meio forçado.

—Ótimo! Então eu sento na poltrona! – Respondi simplesmente isso, mas pareceu que Ian não gostou muito e antes que eu sentasse, me jogou de leve no colchão.

—Agora fica aí bem quietinha que eu já venho. – Respondeu com um ar de mistério.

Resolvi não fazer nada, além de ficar sentada até ele chegar. Percebi que tinha chego, pois um cheiro maravilhoso de pipoca invadiu o ar.

—Nossa, eu amo pipoca! – Falei pegando a bacia de pipoca da mão dele.

—Pensei que sim. –Respondeu simplesmente.

Ian arrumou as coisas para começar o filme, apagou a luz do abajur e se sentou ao meu lado.

No meio da parede que servia como tela para o filme apareceu o título: “Titanic”.

Olhei de relance para ele, que nem se moveu. Do nada, ele se virou para mim e disse:

—Sabia que eu nunca assisti a esse filme?

—Sério? Eu também não. Pensei que fosse a única que não tinha assistido! – Comentei.

—Ótimo! Então agora vamos assistir prestando bem atenção.

Bom, a única coisa que eu não estava conseguindo fazer naquele momento era justamente prestar atenção. Ainda mais com ELE do meu lado. O Ian. Aquele que já amei e odiei. Não sei mais o que estou sentindo no momento.

Do nada, senti um par de olhos me encarando. Não sabia o que fazer, então tentei continuar prestando atenção no filme, até que não resisti mais e olhei para ele, que chegou mais perto, e disse:

—Acho que não consegui fazer isso ainda hoje.

Então ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixe sua opinião sobre o capítulo para que eu saiba o que passa na cabeça de vocês!
É isso, beijos!