Charmed Meets Supernatural escrita por Luc


Capítulo 4
Capítulo 4 - Punição dos Anjos


Notas iniciais do capítulo

Me atrasei um pouco para poster esse capítulo, queria pedir desculpas por isso. E avisar que também, nessa semana decidi deixar os Winchester com um pouco mais de foco na história deles. Enfim, espero que gostem do rumo que as coisas estão ficando...



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ANTES

Era mais uma noite fria. Nick voltava para casa cansado, com seu desejo de viver se tornando cada vez menor. Eram poucos os postes de luzes acessos sobre a rua de sua casa. No escuro, ele encolhera os ombros e colocara a mão nos bolsos. Antes de abrir seu portão de cercado baixo, olhara para os lados, certificando-se que ninguém o seguia. Certificando-se que o acidente da pior noite de sua vida não se repetisse. À noite em que sua mulher e seu filho foram assassinados.

Desde então, Nick sempre tivera medo, pensando que ainda voltariam para pegar ele. Ao atravessar o portão, o fechara em suas costas e caminhara em direção as escadas que davam a porta de entrada de sua casa. Ele subira um, dois, três degraus até que ouvira um barulho vindo por de trás de si. Um forte jato de vento passara-se, fazendo com que as folhas das arvores caíssem, e o portão do cercado começasse a se chacoalhar freneticamente, até que se destrancasse e ficasse se abrindo e fechando, debatendo-se contra o próprio cercado.

Estarrecido Nick subira os outros degraus correndo e trancafiara-se dentro de casa, deixando a porta às suas costas e deslizando por ela até encostar-se ao chão.

AGORA

De volta ao motel barato, Dean e Sam estavam no quarto em que Bobby tivera alugado. Enquanto o mesmo não saísse do hospital, eles ficariam por lá, olhando suas pesquisas e matérias de jornais que o caçador mais velho tivera coletado, tentando entender o motivo que tivera feito Bobby ir até San Francisco para caçar.

Uma camisinha angelical, que divertido... Eu to fora, valeu? – Dean sentado na cama, respondera irritado para Castiel.

Há poucas horas o anjo tivera lhe contado que ele era a casca a ser usada, escolhida pelo anjo Miguel. E desde então ambos passaram todo o percurso do hospital até o motel brigando por causa disso.

Casca era como conhecido o corpo humano escolhido pelo anjo a qual ele conseguiria incorporar e se adaptar, tendo controle sobre o mesmo. Pois a forma real dos anjos é perigosamente fatal para a maioria dos mortais.

Dean, você não entende. Se você se negar a isso, Zachariah não ira gostar por nada.

Eu to pouco me lixando para o que aquele anjo babaca vai achar – Dean respondera carrancudo.

Sam do outro lado do quarto tivera pegado uma cerveja no frigobar e se preparado para assistir a briga do anjo com seu irmão mais velho. Os dois juntos, pareciam marido e mulher brigando, Sam pensara, sentando-se na cadeira e saboreando sua cerveja. Enquanto a bebia, olhara ao redor e vira a bagunça em que eles tiveram feito no quarto quando foram atacados por Meg. Moveis quebrados, sangue no carpete sujo. O serviço de quarto com certeza cobraria por aquilo.

Não é assim, Dean. Ele não vai deixar só por isso. Ele vira atrás de vocês dois, e não os deixara em paz – Castiel insistira, tentando colocar alguma boa razão na cabeça do caçador.

A resposta é não – Ele respondera sem se importar e dando de ombros.

Agora se quer me deixar em paz, eu to afim de dormir – Dean deitara-se na cama, e agarrara um travesseiro para apoiar a cabeça. Ele fechara os olhos e tentara esquecer o dia bastante cansativo que tivera.

Por fim Castiel desistira. Ele sabia como era difícil mudar a opinião de Dean. E se por enquanto ele dizia não, deveria esperar para amansá-lo e tentar de novo depois. Sam piscou os olhos e quando os abrira de novo o anjo tivera sumido de lá. Ele levantou-se e apoiou a garrafa de vidro sobre a pia. O lado bom de tudo isso é que parece que Dean tivera se esquecido do quão estava chateado com ele.

Após escovar os dentes, Sam logo se jogara na outra cama ao lado da de Dean e esperara o sono chegar para poder dormir. Não demorara muito para suas pálpebras ficarem pesadas, mas antes de fechar seus olhos, ele decidira pegar o celular na mesa de cabeceira e mandar uma mensagem para a última pessoa em que tivera ligado aquela tarde quando chegara a San Francisco. A garota que fora a única que conseguia o alegrar pela primeira vez, depois de todos esses dias difíceis por qual estivera passado.

“Hey, o que vai fazer amanha?Queria muito te ver.”

Ele deixara o celular ao seu lado, enquanto adormecia esperando por uma resposta. Naquele momento, Sam sentia uma necessidade de poder ficar com alguém que não soubesse de tudo sobre ele, que o compreende-se incondicionalmente e o fizesse se sentir melhor.

* * * * *

Castiel subira ao paraíso para se encontrar com Zachariah. Entre as nuvens e as estrelas daquela noite, um manto negro cobria o céu. Lá em cima era um lugar pacifico e calmo. Passando pelos portões celestiais, o anjo dos Winchester parara esperando pelo seu superior.

Vejo que pela sua cara, aquele idiota não decidiu cooperar, não é mesmo? – A voz petulante de Zachariah fizera Castiel se voltar para defrontá-lo.

Dean não é nenhum idiota – O anjo defendera seu protegido.

Se ele acha mesmo que pode ficar contra nós anjos, para mim ele é um idiota.

E nesse caso, Castiel sabia muito bem ao que o anjo mais velho do que ele se referia. Com suas atitudes arredias com certeza não deixaria o caçador em paz até o mesmo concordasse com sua vontade, que seria aceitar seu posto como casca de Miguel.

Não subestime-o, Zachariah – Castiel insistira.

Digo o mesmo para você! Não ouse ficar em meu caminho, Castiel... – Esbravejara. – Não entendo o motivo de tanta compaixão por esses humanos insignificantes.

Castiel estreitara seus olhos encarando-o. Ele sabia que Dean tinha seus motivos para não ficar a favor de Zachariah. Às vezes anjos não podiam ser dignos de confiança tanto quanto os demônios.

Se ele não quiser ficar do nosso lado, então o faremos passar pelo inferno. Até que volte para a gente derrotado e finalmente diga sim a Miguel. E quanto a você... Cuidado para que assim também não seja, afinal tenho certeza de que não gostaria que nada de ruim lhe acontecesse.

Após isso o anjo sumira, deixando Castiel sozinho, com uma sensação de ardor crescendo tão grande dentro de si que provavelmente não deveria ser permitida aos anjos de sentirem. Castiel sabia que aquilo tivera sido uma ameaça, e que deveria tomar cuidado, pois Zachariah logo aprontaria alguma coisa.

* * * * *

Aquela noite Nick, tivera problemas para dormir. Sua insônia deveria estar mais forte do que o normal. Ele voltara-se na cama e tentara se concentrar num sono profundo, mas então sentira algo diferente em seu colchão. Ele estava... Molhado? Com sua mão tateara examinando o que poderia ser. Ele já não tinha mais idade pra molhar a cama, e na verdade o líquido parecia muito mais espesso do que poderia ser. Ele levantara o cobertor, vendo uma grande poça de sangue, a qual sujava suas mãos e todo seu pijama.

Nick pulara da cama e acendera a luminária que ficava na mesa de cabeceira. Sobre a fraca luz clara que iluminava parcialmente o quarto, o sangue parecia ter sumido. Era apenas sua cama normal, na verdade, parecendo muito aconchegante. Suas mãos estavam secas e seu pijama limpo. Ele chacoalhara a cabeça pensando que não deveria ter sido nada mais do que um pesadelo. E quem sabe, ele poderia ainda estar vivendo ele. Já que a sua frente vira sua ex-mulher, em seu velho pijama de dormir. Algo que não parecia poder existir lógica para isso.

Sarah? – Perguntou.

Mas como seria possível? Ela estava morta afinal de contas, e ele era assombrado por isso cada dia da sua vida. O dia em que chegara em casa e encontrara tanto sua mulher como seu filho recém-nascido mortos, assassinados.

Não sou sua mulher, Nick – Respondera dando alguns passos na direção dele.

Eu sou um anjo – Explicara.

U-um... Anjo? – Nick parecia ter dificuldade em acreditar.

O meu nome é Lúcifer.

Então Nick hesitara por um momento, um forte silencio se espalhara por toda a sala, até que conseguira balançar a cabeça com cinismo, forçando-se a acreditar que isso não era real.

Claro. Com certeza. Er... Quer me fazer um grande favor, Satã e me lembrar de parar de beber, antes de ir pra cama? – Ele dissera com desdém.

O anjo caído esforçara-se para tentar convencê-lo um pouco mais.

Estou aqui por que você é especial. Na verdade, há muitas poucas pessoas como você. Você é uma casca. Uma casca muito poderosa.

É mesmo, é? E isso quer dizer o que? – Perguntara, desconfiado.

Que eu preciso tomar o controle da sua mente e do seu corpo... Pra ser honesto, vai ser desagradável pra você. Mas é necessário.

Tudo bem, se você não se importar, eu quero acordar agora.

Isso não é um sonho, é real, Nick. Não tenha medo. A escolha é sua. Você tem que me convidar.

E por que eu faria uma coisa dessas?

Ambos sentaram-se na cama, e Nick examinara de perto quanto a ilusão de sua ex-mulher parecia verdadeira. Ele tinha certeza que era Sarah, mesmo que o suposto anjo dizia-lhe o contrário.

Você está com raiva. Deus traiu você. Do mesmo jeito que me traiu. E eu também me sinto como você. Por isso quero achá-lo, e acusá-lo por suas ações.

Se... E-eu ajudar, você vai trazer minha família de volta?

O desejo de ter sua amada e filho de volta era a coisa mais forte que podia exprimir.

Desculpe, eu não posso. Mas eu posso fazer outra coisa.
Eu posso lhe dar justiça.
– Lúcifer olhara no fundo de seus olhos, encorajando-o.

Como é que vou saber que você está dizendo a verdade?

Porque ao contrário do que dizem, eu não minto. Eu não preciso mentir. Eu só preciso de você. Eu preciso que diga sim, Nick.

Ele olhara para o anjo caído a sua frente. Para Nick sua vida era insignificante depois de tudo que passara. Os dias só ficavam cada vez mais difíceis de serem vividos. E o que ele realmente queria é se livrar de tudo isso. Nick abaixara a cabeça e respirara fundo.

Então que assim seja.

* * * * *

Sam aquela manha acordara sentindo-se revigorado. Em seu celular vira que recebera uma mensagem de ontem à noite após ter adormecido. Paige respondera-lhe que estaria ocupada cedo, mas tivera mandado o endereço de um local aonde iria depois, e se Sam quisesse, poderiam se encontrar para fazer um desjejum.

Na cama ao seu lado, Dean parecia dormir profundamente, e Sam achou que seria melhor deixá-lo assim. Logo, ele decidira se levantar, tomar um banho e se vestir, colocando seu jeans habitual com a mais nova camiseta xadrez que comprara da última vez. Antes de sair, pegara as chaves do impala de seu irmão, e pelo bem de sua pele, seria bom voltar antes que Dean acordasse, ou Sam se tornaria o próximo alvo de caçada dele. A regra entre eles era simples. Se Sam tocasse no bebê de Dean, automaticamente levaria um soco.

Ele saíra de fininho fechando a porta atrás de si com o máximo cuidado possível para não fazer barulho algum. Dean, no entanto, sem pretensões de acordar, continuara dormindo profundamente como um anjo, ou como se tivesse sido tocado de verdade por um. Mas seu irmão ao sair, nem desconfiara disso.

* * * * *

Paige passara a manha toda junto com Leo na Escola de Magia. Um local que só poderia se chegar atráves de portais mágicos. A mesma era um lugar de localização desconhecida. Podia ficar no meio do nada, ou em qualquer lugar. Mas também protegida por magia, impedindo que qualquer demônio entrasse.

Paige e Leo vasculhavam as várias estantes de livros da biblioteca em busca de respostas as catástrofes naturais que ocorriam ultimamente. Nós noticiários matinais todas as noticias reportavam sobre como o mundo inteiro estava se desabando.

Isso só pode querer dizer uma coisa, Paige. – Leo falara, folheando pelas páginas do livro mais comum que poderia existir.

Mas como é possível? Quer dizer, não é possível!... – Ela dera um risinho nervoso e balançara a cabeça, negando-se a acreditar.

Leo achava que as respostas não estavam nas páginas de livros complexos sobre magia ou ocultismo, mas sim na mais pura e simples bíblia.

É o julgamento final que se aproxima.

Paige ficara atônita, olhando para o chão. Os presságios realmente eram os mesmos, mas como uma coisa dessas poderia estar acontecendo? E ocorrendo na frente de tantas pessoas sem nem mesmo perceberem? A voz de Leo chamando por sua atenção apelava para que ela olhasse para ele, mas a bruxa parecia estar perdida em seus pensamentos.

... Paige? – Sam repetira mais uma vez.

Sua voz fizera Paige voltar ao mundo real. Ela balançara a cabeça para afastar as lembranças do ocorrido de algumas horas atrás e percebera que o Winchester estava na cafeteria, parado de pé em frente a sua mesa.

Er... Oi, Sam! – Ela falara, sentindo suas bochechas se corarem – Desculpa, acho que estava um pouco distraída.

Sam puxara uma cadeira e sentara-se ao seu lado.

Então, você já pediu alguma coisa? – Seus olhos bondosos caíram sobre os de Paige.

Ela retribuíra com um sorriso leve para ele.
Lembranças do dia anterior vieram-lhe a cabeça. De Sam inconsciente, acordando nos braços de seu irmão. Paige não tinha certeza do que ele poderia ter visto, mas esperava que não muita coisa. Pois seria difícil de explicar a ele sua verdadeira natureza. Enquanto isso também, precisava descobrir por que um demônio estaria atrás de dois humanos, e principalmente de Sam.

Só um cappuccino – Respondera. Levantando sua xícara para mostrá-la a Sam e dando um gole na mesma.

E você, vai querer o que?

Sam dera uma olhada no cardápio e quando a garçonete se aproximara fizera seu pedido. Um café forte, acompanhado de ovos mexidos e bacon. Enquanto o mesmo não chegava, ele e Paige foram colocando conversa em dia, mas podia sentir da parte dela um pouco de nervosismo. E ele também estava ansioso, até que não conseguira mais esconder sobre o que queria realmente falar.

Olha, não precisa se preocupar... – Ele dissera, olhando para ela com expectativa.

Paige estava comendo um bagel, e olhara para ele confusa.

Desculpa. O que?

Eu já sei, Paige. Quer dizer, acha mesmo que não teria te reconhecido lá? E poxa, você salvou minha vida!

Ele sabia.
Paige sentira um frio percorrer por sua espinha. Sua mão tremula apoiara o pão sobre o prato e empurrara levemente a cadeira para trás.

Sam se aproximara dela, inclinando-se sobre a mesa e sussurrando.

Você é uma bruxa. Seu segredo está seguro comigo.
Olha, se te fizer sentir melhor ...

Mas Paige não o deixara terminar.

E-eu não sei do que você ta falando – Ela dissera, olhando ao redor, assegurando-se que ninguém tivera ouvido e pegando sua bolsa apoiada nas costas da cadeira para se levantar e sair o mais de pressa possível dali.

Nisso esbarrara na garçonete que chegava com o café da manha de Sam. Ela fizera a bandeja que a moça segurava em mãos virar-se e derrubar tudo ao chão.

A atenção de todos no local fora chamada. Envergonhada com os olhares sobre si mesma, Paige desculpara-se com a garçonete e virara-se para Sam.

Desculpa, eu preciso ir embora.

E saíra dali.

Paige, espera! – Sam gritara, levantando-se da cadeira. Mas o que vira fora a garota fechando as portas da entrada da cafeteria logo atrás de si e saindo para a rua.

Sam pegara sua carteira, deixando uma nota de cinqüenta dólares sobre a mesa, o que deveria ser suficiente para pagar a conta, e logo preparando-se para correr atrás de Paige. De última hora só fora impedido por uma mão que puxara seu ombro. Virando-se vira...

Castiel? O que faz aqui? – Perguntara, imaginando como o anjo teria aparecido do nada.

Temos um problema, Sam. É o Dean... – Ele dissera.

Olha eu sei que você brigou com ele, mas vocês são assim. Logo farão as pazes – Sam lhe assegurara, falando apressado e pensando que precisava correr logo atrás da bruxa, mesmo que agora já fosse tarde.

Não. Não é isso, Sam. Ele... Ele não está acordando.


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Notas finais do capítulo

Por curiosidade. Vocês são a favor de Paige e Sam juntos? ;3



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