Amor Na Bagagem escrita por gabi13


Capítulo 21
Capítulo 21 - Piquenique


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Acordo pela manhã num calor dos infernos, percebendo que Becky não está no quarto e que não há nenhuma mensagem no meu celular. Estranho, já que é o primeiro dia das férias em que acordo por conta própria, sem ninguém me chamar. Encaro a parede por alguns segundos, sento na cama e me espreguiço. Procuro as pantufas, que estão embaixo da cama, e vou até o closet. Coloco shorts e uma bata cor de rosa, lavo o rosto no banheiro e desço. Chegando ao fim das escadas, estranho o silêncio. Vou até a cozinha, tomo um copo de suco de laranja e cumprimento minha tia, que está sentada lendo o jornal.

-Oi, anjinho! Tem uma surpresa pra você na sala... – Ela sorri e dá uma piscadela.

- O que é, tia?

- Ué, se eu contar não vai mais ser surpresa, né? – Ela ri, e eu acabo por concordar.

Acabo de tomar o suco, largo o copo na pia e vou até o corredor, onde escuto duas vozes conhecidas. Paro e fico encostada na parede, apenas ouvindo.

-Cara, o que você veio fazer aqui? – Percebo que é o Thiago falando.

-Eu vim falar com a Lice. – O outro garoto (Nicholas?) responde de forma rude. – Além disso, trouxe um presente pra ela.

-Ah, claro, você veio trazer um presente para a minha namorada. – Ele enfatiza as últimas duas palavras.

Escuto Nick rindo de forma irônica, e então fala alguma coisa que não entendo. Eles começam a sussurrar baixo e em tom ameaçador, como se estivessem compartilhando um segredo de estado. Thiago parece estar fazendo algum tipo de ameaça, e fico um pouco assustada. Tento me aproximar da porta para escutar, mas acabo tropeçando em meus próprios pés e batendo com a mão na parede. Eles escutam o barulho e viram a cabeça para a porta, percebendo minha presença.

-Bom dia, amor! – Thiago diz. – Você está linda.

Imediatamente me arrependo de não ter passado maquiagem, mas fico feliz com o elogio dele.

-Bom dia! – Respondo. –Oi, Nick.

- Há quanto tempo você está aí, e quanto você ouviu? – Ele pergunta, sério.

- Acabei de chegar. – Minto. – E você, o que faz aqui? Que mau humor é esse?

- Ah, nada. Mais tarde te mando uma mensagem e a gente combina de se falar. Até. – Ele sai da sala pisando forte e praticamente arrastando a sacola que tinha trazido. Eu encaro o Thiago.

-O que foi isso? – Pergunto.

- Besteira do Nick... Nada com que você tenha de se preocupar, esquece isso.  E não presta atenção se ele te falar alguma baboseira. Lembra que eu te amo. Olha só o que eu preparei pra você, princesa. – Ele indica com a mão uma cesta e uma toalha xadrez, que até então eu nem tinha percebido. Derreto-me toda. – Inicialmente eu queria que fosse na pracinha em que a gente se conheceu, mas está tão quente que achei que você fosse preferir aqui... Sua tia ligou o ar condicionado. – Assenti com a cabeça. Havia percebido o ar fresco desde que descera.

Ele estende a toalha e coloca a cesta em cima, me dizendo para sentar. Obedeço e ele tira uma rosa de dentro da cesta, me entregando.

-Uma flor para uma flor. – Ele diz, e eu rio internamente. Como ele podia levar aquela frase totalmente clichê a sério? E como ele podia fazê-la parecer sincera? Simplesmente agradeço sorrindo, e ele coloca a flor atrás da minha orelha. Tira da cesta sanduíches, frutas e chocolate, sorrindo para mim.

-Thi, você não precisava ter feito isso...

- Precisava sim bebê, quero que você saiba que vou dar um jeito de te provar todos os dias que eu te amo mais do que tudo, e que você é a única garota para quem eu vou olhar para o resto da minha vida. – Eu realmente estava ficando mal acostumada com aquelas declarações dele.

-Que lindo! – Respondo, e ele me beija.

Nesse momento, minha tia entra na sala. Quase morro de vergonha e procuro algum lugar para esconder minha cara, que provavelmente parece um pimentão. Thiago dá um de seus sorrisos cafajestes e a cumprimenta, como se tudo aquilo fosse natural.

-Oi, Thiago! – Ela responde. – Calma, Alice. Eu não vou te denunciar para a sua mãe nem nada assim. – Ela ri.

- Na verdade minha mãe já sabe. – Respondo. – Contei para ela no dia em que começamos a namorar. Só queria saber se não tem nenhum problema em a gente estar aqui...

-Claro que não, anjinho! O Thi veio me pedir ontem ainda se ele poderia fazer essa surpresinha pra você, e eu achei que você fosse gostar.

-É... Eu gostei sim! Obrigada, tia!

-De nada! – Ela volta para a cozinha, alegando ter de escolher as quantidades de comida para o ano novo, mas eu sabia que ela não queria nos atrapalhar.

- E então, o que a gente vai fazer de tarde? – Peço.

-Eu tinha pensado em a gente ficar aqui vendo uns filmes. – Ele aponta para uma sacolinha de locadora. – Mas se você quiser fazer outra coisa, por mim tudo bem.

-Não, está bom! Que filmes você pegou?

- Alguns de suspense policial, o que você acha? – Os olhos dele brilham, e percebo que aquele deve ser o gênero favorito dele.

-Ótimo! – Forço a empolgação, já que sempre odiei suspenses. Na verdade, sempre odiei qualquer tipo de filme que não fosse romance, mas eu faria aquele esforço por ele.

Passamos a tarde toda vendo filmes, um mais chato do que o outro (na minha opinião), e maravilhosos (na opinião do Thi). Fazemos guerra de pipocas e travesseiros e, já de noite, ele vai embora.

Becky chega em casa toda empolgada porque o Guto tinha levado ela para fazer uma trilha  numa cidadezinha próxima, e faz questão de me contar detalhe por detalhe. Escuto tudo pacientemente e também conto sobre o que o Thiago havia feito, mais por obrigação de melhor amiga do que por estar com vontade de contar. Ela acha muito fofo, e vamos para a cozinha jantar. Servimo-nos e ouvimos minha tia comentar sobre os últimos detalhes da festa, garantindo que tudo estava combinado e que ela convidaria as mesmas pessoas da ceia de Natal, além de alguns amigos e amigas dela, que haviam concordado em ir com suas famílias. Percebo que ela está se sentindo um pouco mal por meu tio não estar aqui, mas digo que vamos fazer companhia pra ela, o que a faz sorrir. Nos damos boa noite e subimos para deitar.


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