Amor Na Bagagem escrita por gabi13


Capítulo 14
Capítulo 14 - A Gruta


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora para postar, eu estava meio ocupada e não consegui nos últimos dias, mas aqui tem um capítulo novinho!



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Acordo às seis horas com meu celular vibrando em minha mão, já que o havia deixado no silencioso para não acordar ninguém.  Caminho vagarosamente até o banheiro, lavo o rosto e passo um pouco de base e rímel, nada exagerado. Visto uma calça jeans e uma blusa meia manga, já que o orvalho ainda cai nos galhos lá fora, deixando a atmosfera fresca. Pergunto-me pela vigésima vez aonde Thiago irá me levar, e um arrepio percorre todo o meu corpo só em pensar no nome dele. Penso em Becky, dormindo e sem ideia do que eu estou fazendo, e por um momento me sinto mal... Lembro-me do conselho de minha tia. Pela primeira vez, decido fazer o que meu coração pede, mesmo que não esteja acostumada a fazer isso.

Desço em silêncio, pego uma maçã na fruteira e a mordo rapidamente, para não me atrasar. Seis horas e quarenta e cinco minutos. Abro os portões com cuidado para não fazer barulho, e quando estou fechando o de fora, ele range alto. Droga. Olho para as janelas, mas não há sinal de movimento, então relaxo os ombros e atravesso a rua, andando até a pracinha em que combinamos de nos encontrar. Chegando lá, escuto uma voz bem conhecida. 

-E aí, estrangeira? Pronta? – Thiago sorri, fazendo-me gelar. Não faço ideia de no que estou me metendo, mas sinto-me segura quando estou com ele, então simplesmente sorrio de volta, confirmando com a cabeça. Ele faz um sinal para segui-lo, e obedeço. Começamos a caminhar até o outro lado da praça.

-Então, agora você pode me dizer para onde estamos indo? – Eu brinco.

-Só quando chegarmos lá... Posso te dizer que não é muito longe daqui. – Ele responde. -Estou vestida adequadamente? – Pergunto ironicamente.

-Tudo o que sei é que você está linda. Você fica linda de qualquer jeito, então não é uma surpresa para mim. – Eu coro, agradecendo-o.Chegamos ao fim da praça, que terminava em uma pequena floresta. Entramos no meio das árvores, e ele percebe que eu estou estranhando aquela situação.

-Calma, você já vai entender. – Ele me tranquiliza.

-Você tem certeza de onde nós estamos indo?  -Pergunto, desconfiada.

-Claro que tenho.

Em minutos chegamos onde ele pretendia, e fico embasbacada. Memorizo cada detalhe, para guardar tudo e nunca mais esquecer.  No centro da paisagem, encontra-se uma pequena gruta de pedra. Simples, mas parece uma pintura. Ao lado corre um pequeno riacho e, acima dele, há uma árvore caída, ou quem sabe derrubada, formando uma ponte. Ao redor, apenas árvores e todo o tipo de vegetação nativa. Thiago observa minha reação, me deixando absorver o cenário e esperando o momento de falar. Finalmente, ele pergunta:

-E aí, o que achou?

-Maravilhoso. – Falo, sem fôlego. 

-Eu achei que você fosse gostar. Vamos deixar nossos sapatos aqui, e depois você vem comigo. Deixo minha rasteirinha sobre uma pequena pedra dentro da gruta e o sigo até a ponte, onde ele segura minha mão para me ajudar a caminhar sobre o tronco, que me parece um pouco antigo e não tão estável.

-Tem certeza de que é seguro? – Pergunto.

-Tenho, é claro. Você acha que eu te deixaria caminhar nisto se não soubesse?

-Ah, não sei. – Provoco. Ele ri.

– Não, não deixaria. Eu vou cuidar de você, vem. Eu acredito nele, e vou andando devagarinho pelo tronco. Percebo que é seguro e que está bem preso, e vou mais rápido. Ele se senta na metade, e sento-me ao seu lado. Ele me abraça, dá um sorrisinho idiota, e antes que eu perceba me joga no riacho, pulando atrás de mim. Eu grito e caio na água, molhando toda minha roupa. Ele cai logo depois de mim, rindo da minha cara.

-Eu não acredito! – Eu falo, saindo da água inteiramente molhada, já começando a rir junto com ele.

-Me desculpa, mas eu não podia deixar de fazer isso. –Ele ri. – Eu tinha que te mostrar minha parte favorita desse lugar. – Adoro pregar esse tipo de peça, você tinha que ver a sua cara, foi a melhor de todas!

-Ah é? E quantas garotas você já trouxe aqui? – Pergunto brincando, mas ao mesmo tempo querendo saber a resposta.

-Você é a segunda. –Ele responde.

-E quem foi a primeira? – Sinto uma pontada de ciúmes.

-Minha mãe. – Ele dá uma gargalhada. – Eu costumava vir aqui com ela quando era criança. Você ficou com ciúmes, né? Que amor!

-Idiota. – Eu dou um soco de brincadeira no braço dele.

-Sabia que mesmo quando fica braba e toda molhada, continua linda? E eu não acredito que você não perceba isso.

 -Obrigada. – Eu sorrio, ficando toda vermelha e olhando para baixo.

– Sabe, é isso que eu gosto em você. Você não é o tipo de garota que se acha melhor do que os outros e anda com o nariz empinado. Você só é... Você mesma.

-Obrigada. – Sorrio de forma totalmente sincera. – Mas às vezes, sinto como se isso não fosse o bastante.

 - É o bastante... Pelo menos pra mim. – Ele responde sério, e vai se aproximando, passando o braço pela minha cintura. Quando nossos rostos estão praticamente encostando, escuto um grito.

-Alice! 

Thiago se afasta de mim como um raio e saímos do riacho rapidamente, correndo até a gruta e colocando os sapatos. 

-Quem é? – Pergunto, e um rosto conhecido sai do meio das árvores, me olhando com uma expressão interrogativa.

Fico apenas parada.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Suspense... Amanhã posto o próximo, hahaha



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