Amor Na Bagagem escrita por gabi13


Capítulo 13
Capítulo 13 - A Mensagem


Notas iniciais do capítulo

Ok, vocês vão me matar porque é curtinho e tal, mas calma!! Esse é apenas uma introdução do próximo que eu posto amanhã,hahah... Espero que gostem!



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Cheguei em casa no fim do dia feliz, o que eu não podia demonstrar ou Becky suspeitaria. Ela tenta mostrar felicidade, mas eu sei que está chateada pela aproximação que tive com Thiago, e eu tento respeitar ao máximo isso. A primeira coisa que faço é entrar no banho, e sorrio a toa. Lembro-me de cada segundo e me permito alguns momentos de egoísmo, mas depois a culpa me bate. Penso na minha melhor amiga, penso no quão emotiva ela é, penso no que eu estou fazendo... Droga. As lágrimas começam a escorrer junto com a água do chuveiro... Por que eu nunca posso me apaixonar em uma situação normal? Numa situação que não exista namorada e nem melhor amiga apaixonada pelo mesmo garoto? Seguro as lágrimas e fico mais um tempo no banho, esperando minha cara de choro melhorar ou ela perceberia. E então percebo algo... Mark. Eu não li mais a resposta dele, e esse era o momento em que eu mais precisava saber se ainda o amava. Peguei meu celular e cliquei a tecla que o fazia acender, abrindo uma nova mensagem. Quando li o texto, percebi que ela não era exatamente de quem eu pensava. Mark não havia respondido, mas não me senti desapontada por isso.

“Encontre-me amanhã, as sete, na praça, perto da fonte. Quero te mostrar um lugar. Sem mais perguntas. –T”.

Thiago. Ele assina as mensagens apenas com a primeira inicial do nome, exatamente como eu faço. Sorrio ao perceber isso, mas controlo-me logo em seguida. O que eu faria?  As sete, nem Becky nem minha tia teriam acordado e eu poderia ir até lá... Mas e se alguém descobrisse? Eu estaria ferrada. Ou não, afinal, é possível amigos irem juntos a um lugar sozinhos, não é? Becky não entenderia isso... Mas ela não queria que eu encontrasse alguém? Eu estou ficando louca.

Minha tia entra no quarto e me pega com a cabeça enfiada no travesseiro abafando um grito, mas simplesmente ignora esse fato e começa a conversar normalmente comigo.

-Becky saiu para buscar umas coisas para mim na costureira. – Ela fala, respondendo o que eu me perguntava mentalmente. – Ela parecia um pouco abatida, mas me disse que não havia acontecido nada. Você sabe o que foi?

-Não... – Minto.

-Alice... você nunca soube mentir  para mim, né? – Ela sorri.

-É que... Tia, eu acho que eu estou apaixonada.

-Isso é ótimo... Mas o que tem a ver com a Becky? – Dirijo um olhar a ela, apontando a resposta óbvia. –Ah. – Ela parece entender. – Isso já aconteceu comigo... Eu tentei equilibrar as coisas, mas não deu certo. Perdi o garoto e me arrependo até hoje disso. Acho que você deveria seguir os seus sentimentos e fazer as pazes com Becky depois. Uma amizade de verdade não se destrói assim. –Percebi que ela tinha razão, e que nossa amizade não acabaria desse jeito, ainda mais com um motivo idiota. Senti-me mais leve, apesar de não saber se eu realmente acreditava naquilo ou se apenas precisava de uma desculpa barata para meu egoísmo.

-Obrigada tia, você me ajudou muito.

-De nada, anjinho. Pode me procurar quando precisar de algo.

Eu dou um abraço nela e ela me garante que tudo ficará bem, e me pergunta se eu estou gostando da estadia na casa dela. Confirmo, dizendo que não teria como não gostar. Ela sorri. Nesse momento Becky entra no quarto, carregando uma sacola. Torço para ela não ter ouvido nada, e quando ela me dá um sorriso sincero, percebo que ela não ouviu.

-Oi. – Ela me cumprimenta.

-Oi!

-Meninas, acho que vou descendo para deixar vocês duas conversarem... Até amanhã de manhã, e se precisarem de algo podem bater na porta do meu quarto! –Minha tia, como sempre, sabe aproveitar uma deixa. Mal ela sai do quarto, Becky começa a se explicar.

-Desculpa pelo mau humor de antes... Eu não posso deixar coisas bobas afetarem nossa amizade.

-Não tem problema, eu mesma vivo te importunando com meu mau humor!

-Trouxe uns sanduíches de janta para nós. –Ela pega outra sacola. – Rosa mandou.

-Ah, ok. – Digo. Tiro um sanduíche da sacola e dou uma mordida. Queijo. Comemos em silêncio e em seguida escovo os dentes, ainda pensando no que responder para Thiago. Eu responderia assim que Becky dormisse, para que não houvesse risco. Eu sei que deveria ser sincera com ela, mas que mal vai fazer? Falar agora só vai arriscar nossa amizade por nada, sendo que isso pode não resultar em coisa alguma. Quando (e se) eu perceber que a coisa está ficando séria, falo pra ela. Simples. Não havia como nada dar errado agora.

Visto meu pijama, deito na cama e começo a ler um dos meus romances, usando a luz para leitura que havia ganhado de meu pai há mais ou menos uma semana. Depois de umas cinco páginas, ergo os olhos do livro. Becky dormiu. Puxo o celular de debaixo do cobertor e, rapidamente, digito a resposta que eu ansiava em dar desde o momento em que havia recebido a mensagem de Thiago.

  “Estarei lá. – A”


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Obrigada por todos os reviews fofíssimos de vocês e amanhã posto o próximo!



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