White Lies escrita por Factory Girl


Capítulo 7
Laser Light


Notas iniciais do capítulo

Então amorecos, assim, não sei o que me deu. Eu N/U/N/C/A postei dois dias seguidos, ainda mais 3 capítulos... Agradeçam á Renata Rodriges pelas ideias incríveis dela, por que se não eu não teria conseguido escrever, sério! Então, espero que vocês gostem, por que eu adorei, sinceramente!
Ah sim, não sei se o titulo ficou muito bom, por que escolhi na correria. Se vocês tiverem ideias, PLEASE me digam ok?
Aproveitem meus amores...
Laser Light - Jessie J (feat. David Guetta)



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Katerina POV

– Não vai mesmo me dizer onde estamos indo? – perguntei, pela terceira ou quarta vez desde que passamos pelos portões da entrada da minha casa. Talvez não fosse assim tão enervante estar sendo conduzida para um lugar desconhecido para uma garota qualquer – apesar de que eu duvido muito que alguém pudesse realmente gostar daquilo –, mas eu era uma criatura desconfiada por natureza, e estava apreensiva e extremamente ansiosa. Eu tentava não demonstrar muito isso, mas minhas perguntas curiosas estavam me expondo cada vez mais, e eu descobri que não me importava de deixar essa curiosidade transparecer, uma vez que Chase apenas ria e negava com a cabeça, divertido.

Voltei á encarar fixamente o caminho á nossa frente. Já tínhamos saído da estrada, e agora entravamos na cidade, em direção ao centro.

Me segurei para não perguntar mais uma vez á onde estávamos indo, e tentei me distrair com outras coisas.

Seu carro, por exemplo. Eu ainda não tinha reparado no tipo de carro que Chase dirigia, e agora estava impressionada com como teria deixado isso passar.

Carros eram uma das coisas pelas quais eu era completamente apaixonada – viver rodeada por garotos fazia isso com uma menina –. Carros eram algo fácil de se amar. Eles raramente a magoam, são úteis, bonitos, e divertidos, dependendo da velocidade que alcançam. Talvez meu carro fosse meu par ideal, afinal... Será que era legal se casar com um automóvel em algum desses países liberais? Ou em Las Vegas talvez... Eu certamente pesquisaria sobre isso mais tarde...

Mas, voltando ao carro no qual eu me encontrava no momento, eu ainda me sentia uma tola por nunca ter reparado nos detalhes, já tendo estado ali dentro várias vezes. Acho que eu sempre estava entretida de mais na conversa para reparar no estofamento de couro negro, confortável e macio, ou no painel, ou no volante, com o delicado símbolo da Porsche no meio. Eu faria uma descrição mais apurada, mas nesse instante, o carro parou, e me voltei para a janela á fim de ver onde tínhamos chegado.

Devia ter alguma coisa errada.

– Por que estamos na escola? – inquiri, levantando minhas sobrancelhas e me voltando para ele, ainda dentro do carro.

– Eu já disse, é surpresa! Por que não deixa de ser tão curiosa e vem comigo? – falou, me deixando sozinha e, no instante seguinte, abrindo a porta para mim.

– Não se esqueça de que foi essa curiosidade que me trouxe até aqui – falei, saindo e parando na frente do caminho de concreto que desembocava na escadaria que levava á imponente porta da entrada principal.

– Vamos? – perguntou, gesticulando para que eu seguisse na frente, o que eu fiz, mesmo ainda sem saber por que.

Ele tomou a frente quando chagamos ás escadas, subindo na frente e forçando a porta por um par de segundos antes de ela se abrir, e ele mais uma vez acenou para que eu fosse na frente.

Fiquei apreensiva no instante em que passei pela porta. Tudo bem, eu já planejava voltar á Spencer de qualquer modo. Precisava estudar aqueles papéis, por que precisava descobrir mais sobre o caso do garoto Smith, mas não assim. Não com Chase ali. Eu podia passar despercebida, saberia lidar com qualquer situação complicada que me aparecesse, mas não podia usar meu Poder com ele ali, e assim, se nos vissem, estaríamos os dois ferrados. Seria Invasão de Propriedade Particular, já que não morávamos nos dormitórios, e isso seria um problema.

Isso me fez lembrar que eu não sabia onde Chase morava, mas isso não vinha ao caso agora. Perguntaria á ele depois.

– Shhh – ele disse, colocando um dedo nos lábios e apoiando a mão na base das minhas costas, me guiando no escuro, sem saber que eu podia ver mil vezes melhor que ele, e depois me dando apoio para que subíssemos as escadas.

Os dois lances foram vencidos sem dificuldades, mas não paramos em nenhum lugar do complexo do segundo andar, e eu estava ficando cada vez mais confusa.

– Onde estamos indo? – perguntei mais uma vez, sem me importar quando ele fez, novamente, sinal para que eu me calasse. Isso estava começando a me irritar. – Chase, é sério, onde está me levando? – insisti, cruzando os braços e fincando meus pés no chão.

Ele se virou para mim com um sorriso travesso nos lábios, como se soubesse que eu estava irritada e achasse isso divertido. Preciso dizer que isso só me estressou ainda mais?

– Só vem, ta bom? Pode perguntar o que quiser depois – falou, e ponderei por um instante, revirando os olhos e deixando-me vencer pela curiosidade mais uma vez, assentindo e acompanhando seus passos.

Ele abriu uma porta estreita, a ultima do imenso corredor, e me puxou para dentro antes que eu conseguisse entender que, dali, saiu uma escada de metal em formato de caracol, que por sua vez parecia sair em uma espécie de alçapão no teto.

Franzi o celho. Desde quando a Spencer tinha um terceiro andar?

Subi logo atrás dele, tomando cuidado com meus saltos finos, tentando passar por cada um dos degraus sem enfiá-los em algum dos buraquinhos no metal negro trançado, segurando o corrimão frio quando sentia que podia cair.

Chase abriu o alçapão sem muita dificuldade, e saiu por ele, enquanto eu ainda passava pelos últimos degraus, e peguei a mão que ele me estendia assim que me aproximei o suficiente, cobrindo a distancia que me separava no novo plano rapidamente. Olhei em volta, tentando entender onde estava, exatamente.

Não era um terceiro andar. Não tinha paredes, nem teto, nem portas, á não sei pelo alçapão, que agora, ao invés de estar no teto, estava no chão. Era um terraço, mais ou menos. Tinha alguns vasos grandes com plantas em não muito bom estado nas beiradas, e um pequeno muro de não mais que 20 centímetros, que não poderia impedir uma queda. Não era um terraço, era apena o teto, a cobertura, da Spencer, e seu estado indicava que ninguém sequer se lembrava que ele existia.

Mas não era nada disso que realmente me prendia a atenção. As duas coisas nas quais eu mantinha meus olhos em um vai e vem constante eram a vista, inacreditavelmente viva, com as várias luzes da cidade acesa se estendendo sob nós, até não muito longe, mas apenas o suficiente para causar uma visão espetacular, e tudo que havia ali, logo á minha frente, há uns bons dez ou quinze passos de distância, á poucos centímetros da borda.

Havia uma toalha xadrez, com quadradinhos vermelhos e brancos intercalados, e um total de cinco velas sobre ela, todas acesas sabe-se lá como. A luz das velas, em conjunto á luz azulada da lua cheia que pairava acima de nossas cabeças, iluminava tudo o mais que havia sobre a toalha. Pratos brancos com lanchinhos partidos em triângulos, uma pilha maior do que o necessário de copos de plástico vermelhos descartáveis, um bolo inglês que eu podia perceber ser de laranja, pelo cheiro, e quatro caixinhas de suco de laranja médias, colocadas simetricamente uma ao lado da outra, ao lado de uma cesta de piquenique onde eu podia presumir haver mais coisas gostosas.

Me virei, perplexa, para olhar para Chase, ainda parado ao meu lado, um pouquinho mais á frente.

– Você fez tudo isso? – perguntei, cética e sinceramente desacreditada.

– Bom... Talvez eu tenha tido alguma ajuda... Mas a ideia foi minha, sim – respondeu, parecendo um pouco sem graça ao admitir que tinha recebido ajuda. Isso me fez rir um pouco, baixinho, e me voltei mais uma vez para o piquenique montado, voltando á encará-lo novamente, mas sem saber o que dizer. Eu não tinha palavras... E sim, eu estava impressionada. Na verdade, estava além de impressionada, e como eu disse, não tinha palavras para descrever. Ninguém nunca tinha feito algo assim pra mim, e eu me sentia...! – Agora, o que acha de nos sentarmos pra comer, por que estou morrendo de fome – disse, quebrando o momento de silêncio, e eu ri mais uma vez, agora com mais vontade, percebendo que também estava faminta.

Chase me pegou pela mão e me conduziu até a toalha quadriculada, e eu me sentei, cruzando minhas pernas estendidas á minha frente, tomando cuidado com o vestido que vestia. Se eu soubesse o que íamos fazer não teria trocado de roupa. Idiota.

Mas era um idiota legal. E gentil, sem dúvida gentil. E muito criativo, por assim dizer.

Sorri ao perceber que talvez gostasse desse idiota sem nome do meio.

Agora eu só precisava descobrir um jeito de contar isso para o meu carro...


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Notas finais do capítulo

Então personas, o que acharam?? Eu não revisei por que terminei ás 3 da manhã de hoje, então espero que tenha ficado bom... Coments e reviews? Críticas, declarações de amor? Qualquer coisa?? Pretty pretty please??
P.S.: esse é o link do modelito da Kath, deem uma olhada e me digam o que acham! http://www.polyvore.com/cgi/set?id=72250582&.locale=pt-br



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