Dear Enchanted Prince, I Hate You - HIATUS escrita por Natália Targaryen


Capítulo 3
Revenge & Love


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora!



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        Uma semana havia se passado desde que eu contara á Mari sobre a mudança. Ela chorou muito e se recusou a me deixar ir, falando que eu poderia ficar ali morando com ela, mas assim como eu, com o tempo ela aceitou o fato e ficou feliz quando eu disse que viria visitá-la e que poderíamos conversar pela webcam toda noite.

        Na manhã de sábado quando eu acordei meu celular vibrava sem parar, havia pelo menos vinte mensagens de amigos falando que iriam sentir minha falta e me desejando uma boa viagem, mas como a preguiça era mais forte do que eu, simplesmente postei no Facebook que minha viagem seria só dali a um mês e meio e foi aí que praticamente toda a escola se manifestou. Todos estavam dizendo: “Vou sentir saudades.” ou “Não acredito!” e quando me dei conta já havia uma festa marcada para o início do mês de Agosto, que seria minha despedida.

        - Iris? Foi você que organizou essa festa, filha? –Ótimo, agora até o Nick sabia da tal festa.

        - Não pai, foram os dois bêbados que você conhece muito bem, André e Luís. –Nós dois rimos. Se falassem que teria uma festa com bebida liberada do outro lado da cidade, eles estariam esperando na porta do local cinco horas antes.

        - Tudo bem, tudo bem. Eu só queria saber se eu vou poder ir nessa festa também ou é uma daquelas reuniõezinhas sociais de amigos em que vocês fazer coisas que seus pais não podem saber.

        - É claro que você pode ir... Se não se importar de ver meus amigos bêbados, é claro. –Nick incrivelmente não se importava com o fato de eu ou meus amigos beberem, a única preocupação dele era que eu viesse segura para casa depois das festas e por isso não me deixava ficar até tarde e sempre me buscava.

        - Não, tudo bem. Se eu vou estar lá para tomar conta de você, eu não me importo.

        - Ei, pai. Acabei de pensar em mais um motivo para ir para os Estados Unidos.

        - E qual é? –Dei um sorrisinho safado.

        - Esse ano eu faço 16, então vou poder dirigir, ou seja, o senhor vai ter que comprar um carro para mim!

        - No que eu fui me meter. –Ele bateu a mão na testa e praguejou baixinho enquanto eu ria de sua cara.

**

        Já estávamos na metade da festa e tudo estava sendo incrivelmente maravilhoso. As coisas saiam como o planejado, mas o que eu não esperava era que aquela pessoa aparecesse ali. Andei até a sombra em pé na porta do salão e parei á sua frente.

        - Daniel. –Disse, deixando minha voz o mais fria possível.

        - Iris.

        - O que te traz aqui? –Ele avançou e tentou segurar minha mão, mas eu instintivamente recuei.- Fale.

        - Vim me despedir da minha garota. –Eu já sentia meu sangue começando a ferver.

        - Eu não sou sua garota. –Estava ficando um pouco difícil segurar minha raiva.- Não mais.

        - Desde quando? Você sempre foi e sempre será minha.

        - Você não tem direito nenhum sobre mim, e muito menos o direito de me tocar. –Completei quando senti sua mão no meu ombro.

        - Qual é, todos nós sabemos que as coisas não mudaram nada entre a gente.

        - Mudaram sim, depois do que você fez.

        - Quando você vai entender que eu não fiz nada com a Mariana?

        - Tentar agarrá-la é não fazer nada? Você quase beijou a minha melhor amiga, isso com certeza é alguma coisa.

        Quando eu levantei o olhar, ele aproximava a cabeça para me beijar e tudo o que eu consegui fazer foi acertar um soco em seu nariz com toda a minha força.

        Nesse momento a festa toda parou e olhou para nós. Então eu olhei bem para Daniel, que estava com a cabeça abaixada e a mão no rosto. Essa era a minha grande chance de ter um término digno e merecido de namoro, o que nós dois nunca tivemos.

         Empurrei-o no chão e mirei um chute bem no meio de suas pernas. E tenho que dizer: foi uma das melhores sensações do mundo, ele realmente merecia aquilo.

        - Isso é por... bom, por tudo. Estamos oficialmente acabados “amorzinho”. –Fiz questão de carregar minhas palavras de ironia.- Agora cai fora daqui.

        Daniel levantou e tentou avançar para me bater, mas meu pai e uns amigos o levaram para fora enquanto eu ria histericamente com minha amigas. Caramba, eu parecia uma vilã de algum filme.

        Depois de eu ter batido no meu ex-namorado e expulsado ele, a festa continuou e no final meus amigos conseguiram me obrigar a fazer um discurso de despedida. E já sabem, nesses discursos assim, é impossível não chorar.

        Peguei o microfone tremendo e quando subi no palco e olhei para o rosto de todas as pessoas mais importantes da minha vida.

        - Oi gente. “Ah meu Deus, que idiota, eu não vou conseguir fazer isso.” Eu queria agradecer, do fundo do coração, por vocês terem vindo. Vocês estiveram presentes na maior parte da minha vida e em breve eu não verei mais a maioria de vocês. –Uma lágrima já caia e logo em seguida vieram outras.- Eu queria falar individualmente de cada um de vocês mas estou vendo que não vou conseguir. Então vou completar somente com um amo vocês muito mais do que imaginam, mesmo eu não demonstrando isso ás vezes. Obrigada.

        Desci do palco e corri para abraçar Mari. Nós duas chorávamos juntas e as mangas dos vestidos já estavam ficando encharcadas. As pessoas foram indo embora e nós ainda estávamos lá chorando.

        - Vamos embora Iris, a festa acabou. –Nick me puxou do abraço de urso de Mari e de repente me vi entrando no carro.

        Assim que viramos a esquina da minha casa eu vi uma luz forte vinda de um ponto da rua e várias pessoas paradas ali á frente. Á medida que o carro se aproximava eu percebia que aquelas pessoas eram os meus amigos que estavam na festa.

        - Ei Iris, olha. –Meu pai estava apontando para a nossa casa, na qual havia um faixa enorme escrita “Nós te amamos muito, little Annie!” e em volta tinham milhares de balões e luzes coloridas. Eu sei, isso parece clichê, mas para uma pessoa que já estava emocionada foi a coisa mais linda do mundo. E aqueles filhos de uma égua usaram meu apelido de infância para piorar tudo. Desci do carro e andei até a casa sorrindo.

        E eu só conseguia dizer uma coisa:

        - Eu vou sentir tanto a falta de vocês.


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Notas finais do capítulo

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