Dear Enchanted Prince, I Hate You - HIATUS escrita por Natália Targaryen


Capítulo 2
Decisions.


Notas iniciais do capítulo

I'm back!
Demorei porque tive um bloqueio criativo e me esforcei muito para escrever esse capítulo para vocês (ainda acho que está ruim)
Espero que gostem!



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– Vou falar de uma vez. Nós vamos nos mudar para os Estados Unidos para morar com a minha namorada.

– O quê? –Tirei meus pés da mesa quase caindo e me levantei rapidamente, sentindo as lágrimas vindo a meus olhos.

Continuação...

- Nick, qual o seu problema? Eu gosto da sua namorada e você sabe disso, mas ir pra lá só pra morar com ela? Aí já é demais. –Eu já chorava muito e não conseguia me controlar.- E tem mais: Porquê somos nós que temos que ir para lá, e ela não pode vir morar aqui? Isso é uma idiotice, e você sabe!

- Iris eu não tenho emprego fixo aqui, ela já conseguiu uma vaga pra mim em uma empresa grande em Los Angeles e eu vou ganhar um salário bom. Nós vamos melhorar de vida, minha filha.

- Nós podemos até melhorar de vida, mas o que isso vale se eu perder os meus amigos? A Mari? Eles são as únicas pessoas que eu tenho além de você aqui nessa merda de país!

- Você pode fazer novos amigos lá e...

Não o deixei terminar de falar e soquei a mesa com toda minha força. Aquilo doeu, mas eu não me importei, porque eu simplesmente não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Não. Eu não vou e ponto final.

Subi correndo as escadas enquanto mais lágrimas caíam e me tranquei no quarto. Alguns segundos depois meu pai bateu na porta, ou melhor, socou e chutou a porta, e falou num tom de voz duro e gélido o bastante para me fazer parar de chorar e ouvi-lo.

- Iris, não tem volta. Eu já comprei as passagens e você vai ter que ir comigo.

Acho que ele esperava uma resposta, mas eu estava surpresa demais para algum som sair da minha boca. Nick nunca havia falado nesse tom comigo.

- Eu já te matriculei na escola, e por causa das regras de lá, você terá que recomeçar o segundo ano. As aulas iniciam na primeira semana de setembro e nós vamos viajar dia 25 de agosto, então você tem um mês e meio para se despedir dos seus amigos. –Ele parou de falar e quando achei que ele já tinha ido, ouvi um suspiro e uma última frase.- Aproveite o tempo que eu estou te dando.

Assim que o ouvi descendo a escada, me joguei na cama e as lágrimas simplesmente vinham, mas logo depois surgiram os pensamentos:

“Será que isso é tão ruim quanto parece? Deixar meus amigos aqui vai ser difícil, e principalmente deixar minha melhor amiga, mas uma webcam pode resolver os meus problemas. E se meu pai vai mesmo ganhar um salário melhor, quem sabe não posso vir vê-los nas férias?”

“Não Iris, você nunca vai ser feliz nos Estados Unidos. Arrume um barraco, uma confusão enorme, e você vai ter motivos suficientes para ficar no Brasil.” Falou uma vozinha amargurada na minha cabeça. Talvez seja minha consciência.

“Mas pensando bem, meu sonho sempre foi ir para os Estados Unidos, e caramba, vou morar em Los Angeles. Meu sonho tá sendo realizado e eu aqui boiando e lutando para não ir.”

“Tirando o fato de que sua melhor amiga não vai ir junto com você.”

“ Cala a boca consciência estúpida.”

Cerrei os punhos, minha decisão estava tomada. Respirei fundo e abri a porta do meu quarto. Desci as escadas devagar e quando cheguei até a sala encontrei meu pai segurando o notebook enquanto conversava na webcam com a namorada dele.

- Ela ainda está muito relutante em ir Sarah, mas com o tempo a idéia vai entrar na cabeça dela. A Iris é assim mesmo.

- Pai? –Ele olhou para trás assustado enquanto sua namorada tinha uma expressão feliz.- Eu... preciso falar com você. É rápido.

- Iris eu tô falando com a Sarah, será que dá pra esperar um pouco?

- Oi Iris. –Olhei para a tela do computador e vi Sarah sorrindo e acenando.

- Oi Sarah, como vai? Pai, por favor, vem agora.

- Amor eu vou ter que ir falar com ela, parece ser algo sério. Volto daqui a pouco. –Nick se levantou e me olhou cansado me seguindo até a cozinha.- O que foi filha?

- Eu decidi... –era difícil para mim dizer aquilo.

- Decidiu..? –Nick falou, me incentivando a continuar.

- Eu decidi que quero ir para os Estados Unidos com você. –falei tão rápido e baixo que nem mesmo eu entendi.

- O que você disse?

- Eu vou para os Estados Unidos com você. –Disse mais rápido do que antes.

- Fala mais alto!

- Eu disse que eu decici que vou para os Estados Unidos com você. Não que eu tivesse escolha.

- Isso é ótimo! Você não sabe o quanto isso me deixa feliz!

- Bom... tem uma condição.

- E qual é? –Perguntou, arqueando as sobrancelhas.

- Que nas férias eu possa vir para cá visitar meus amigos.

- Mas é claro que pode! O que você achou? Que eu ia te fazer perder o contato com todos seus amigos, Annie?

Travei ali mesmo. Ele havia me chamado de Annie?

- Do que você me chamou pai?

- Annie, por quê?

- Porque a última vez que você me chamou assim foi antes da mamãe morrer, quando a gente ainda era muito feliz.

- Me desculpe filha. Sei que é difíc...

- Não! Isso significa que você está feliz! E te ver assim me deixa feliz. Agora eu sei que eu tomei a decisão certa.

Nick me abraçou tão forte que fiquei sem ar e comecei a bater no braço dele.

- Tá querendo me matar é, pai?

- Foi mal. –Ele disse isso e saiu rindo para voltar á sua conversa. A gente tinha voltado ás brincadeiras de antes e isso era bom.

Mas eu ainda tinha um problema: Como contar pra minha melhor amiga que eu iria me mudar? Quanto mais cedo eu contasse, mais íamos aproveitar nosso último mês juntos. Me dirigi até a sala e flagrei meu pai e Sarah rindo como crianças.

- Ei, vou na casa da Mari, tudo bem?

- Pode ir, só não fica até muito tarde.

***

Enquanto andava pelas ruas, eu pensava em como seria minha vida nos Estados Unidos. Será que seria tão boa quanto meu pai havia dito, ou eu iria ficar completamente perdida no meio dos adolescentes loucos americanos? Bom, tudo tem um risco. Mas como não sou nada normal, acho que me adaptaria fácil com as pessoas lá.

Ao chegar em frente á porta da casa dela respirei fundo e toquei a campainha. Sua mãe veio me atender e sem perceber eu já estava subindo as escadas para o seu quarto. Durante o caminho para a casa dela, eu havia pensado tanto sobre meu futuro que não cheguei a me perguntar como contaria aquela notícia a ela. Assim que abri a porta do seu quarto a vi deitada na cama olhando para o teto e usando fones de ouvido. Isso me fez rir, era algo que tínhamos em comum. Ouvir música enquanto olhávamos para o teto era o que nós duas mais gostávamos de fazer. Peguei uma almofada e a acertei com força, o que acabou nos rendendo uma hora de conversa começando com o porque de eu a ter acertado com uma almofada. Mas nosso assunto mudava muito rápido, e de cinco em cinco minutos já era outro o foco da conversa.

- Eu acho que você podia dar aulas particulares de inglês, você ia fazer sucesso já que as pessoas gostam de quem tem um cabelo bonito. Aliás, nunca pense em pintar seu cabelo Iris, ou eu vou te estrangular, e nem pensa em cortar também, porque... –Viram? Nosso assunto muda na velocidade da luz. Mas eu não estava aguentando mais de ansiedade e resolvi falar antes que eu desistisse e fosse embora. Fechei os olhos com força e gritei, interrompendo sua fala.

- Mari, eu vou me mudar para os Estados Unidos. –Vocês não sabem como me doeu dizer aquilo para ela.

Houve um silêncio sinistro e me arrisquei a abrir os olhos. Mari me olhava com a boca meio aberta, como que processando a informação. Quando ela falou, sua voz saiu num sussurro:

- Você... Ah meu Deus! –Ela desabou na cama, chorando como eu nunca tinha visto.


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Notas finais do capítulo

E aí? Foi uma bosta esse draminha todo da Iris não foi? Ela não é sempre assim. haha
Worldwide - Big Time Rush
" I - I - I - I never, never, never as far away as it may seem no
Soon we'll be together
We'll pick up right where we left off"
Até mais
xoxo, NF



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