Dear Enchanted Prince, I Hate You - HIATUS escrita por Natália Targaryen


Capítulo 1
The News, The Beginning.


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo!
Espero que gostem desse primeiro capítulo. Não se preocupem, daqui a pouco a história começa a ficar melhor, isso é só para dar uma introdução á fic e ninguém ficar perdido.
Xoxo, NF.



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P.O.V. IRIS ANNABETH MATTHEWS

“PAF”

– Mas o quê?... Não! –Acordei com o barulho do meu iPhone caindo no chão por quê pra variar eu havia batido minha mão nele tentando desligar o despertador. O peguei rapidamente do chão, procurei algum arranhado e só então me lembrei de olhar as horas. 06:50. “Meu Deus, eu tô atrasada pro colégio de novo!” pensei. Não é possível, será que não vai ter um dia de aula em que eu não me atrase? Bem, essa sou eu.

– Bom dia pai! Você me leva na escola? –Desci as escadas colocando o tênis e tropecei, caindo de cara no tapete.- Ai! Mas que merda, será que eu tenho que tropeçar em tudo que existe?

– Calma querida, você herdou isso da sua mãe, você sabe. –Nick disse rindo, mas logo ficou sério. Minha mãe era um assunto delicado para nós dois. Ela havia morrido quando eu tinha meus 5 anos, em um acidente de carro enquanto voltava do trabalho.

– Ei, pai, não fica assim, ela está bem melhor agora, lá no céu. Já fazem muitos anos.

– Eu sei filha, obrigado.

– Então... vamos? Tenho que aproveitar meu último dia de aula para as férias. –Estávamos em Junho e era o último dia de aula para termos as chamadas “férias de Julho”, míseros 15 dias livres da escola.

– Melhor irmos mesmo.

Meu pai me levou de carro até a escola, enfrentando o trânsito duro de São Paulo, e chegando na frente do colégio colégio quase atropelou alguns professores que estavam na calçada, provavelmente mostrando uns para uns outros o desastre que éramos nas provas.

– Isso pai, pode atropelar!

Os professores me olharam feio, mas e daí? No Ensino Médio a vida é assim teachers, sorry. Sim, eu ainda estava agarrada no Ensino Médio. Eu estava no segundo ano e não via a hora de fazer faculdade. Que curso eu ia fazer? Eu não tinha idéia.

Saí do carro e como a desastrada que sou não podia ficar para trás, minha mochila caiu no chão e olha, que novidade, eu tinha esquecido ela aberta e meus cadernos rolaram pelo asfalto.

– Eu tinha dito mesmo que queria jogar fora essas porcarias de cadernos... Melhor deixar eles aí.

– Aaaaaaaaaaaah amiga!

– Oi Mari! –Gritei abraçando a menina escandalosa de cabelos loiros que veio correndo e pulou em mim, quase nos derrubando.- Calma garota, porquê essa felicidade?

– Eu te amo, eu te amo, eu te amo sua linda. Você não vai acreditar. O Gustavo me pediu em namoro!

– Sério? Eu sabia que eu tinha nascido para ser cupido! Será que foi por causa das coisas que eu falei para ele?

– Ele falou que foi. Disse que você abriu os olhos dele e ele percebeu que gostava de mim.

– Parabéns para os dois pombinhos!

– Obrigada mesmo amiga. Se precisar de alguém pra te arrumar um namorado, é só falar ok? –Mari disse apertando minhas bochechas.

– Pode deixar que eu te aviso, buddy!

– Ah espera, o que “buddy” quer dizer?

– Amigo, companheiro, essas coisas. Você não sabe nada de inglês mesmo, né Mari?

– Nem vem tentar me humilhar, sua vaca, só por que seu pai é americano não quer dizer que você tem que humilhar os brasileiros “normais”.

– Normais? Acho que você não é nem um pouco normal amiga... Vai, tenta falar alguma coisa em inglês.

De buk is on de teibou. –Revirei os olhos. Mari só podia estar zoando com a minha cara.

E assim o meu último dia de aula passou, com brincadeiras, zoações, e nada de estudo. Ou seja, p-e-r-f-e-i-t-o! Pena que dali a 15 dias as aulas iriam voltar ao normal... Todo mundo tinha combinado de levar tinta no final da aula, e adivinhem a reação do meu pai quando cheguei em casa toda pintada?

– O-oi p-a-a-i. –Cheguei dando gargalhada em casa. Ele estava na cozinha abrindo algumas embalagens de nuggets.– Yey, nuggets! Você não faz idéia de como eu tô com fome...

– Oh! E aí menina arco-íris, como você está?

– Essa foi fraca hein senhor Nick? Melhor você trabalhar mais nessas piadas aí, se quiser surpreender alguém.

– Vai tomar banho, vai! –Ele disse tentando me ofender. Se ele achou que conseguiria, coitado.

– Ei, ótima idéia –Eu disse com um sorriso sarcástico.- Era exatamente isso que eu estava indo fazer. –Pisquei o olho pra ele, só para dar uma provocada.- Se quiser me ofender vai ter que usar alguma coisa mais pesada, pai!

Subi correndo tentando fugir de um pedaço de nuggets que ele jogou na minha direção, o que foi inútil, por que acertou bem na minha bochecha.

– Eu não acredito que você fez isso, gnomo que eu sou obrigada a chamar de pai! –Sim, ele era baixinho. Eu só era alta por causa da minha mãe, senão seria bem parecida com um anão de jardim.

– Fiz, e daí?

– E daí que eu vou fazer você engolir esse molho de pimenta que está na sua mão!

– D-u-v-i-d-o! –Minha relação com meu pai era bem assim, como se nós fôssemos melhores amigos.

Então eu corri até ele, peguei o molho de pimenta e joguei no cabelo dele.

– Você vai pagar por isso! Você só não sabe quando será, mas você vai pagar, Iris. Eu vou me vingar!

– Que medo. –Eu disse colocando a mão na boca e bocejando.- Estou indo tomar banho, planeje sua vingança sem mim. Bye daddy!

Subi para o meu quarto e entrei no banho. Minha pele ficou muito vermelha, de tanto que eu tive que esfregar para sair a tinta e alguns riscos de caneta que os monstros da minha sala tinham feito, mas não importa, foi o melhor dia de aula de todos os tempos!

Vesti uma roupa normal e desci. Os nuggets estavam prontos, graças a Deus.

– Olha, tô vendo que você não destruiu a cozinha, pai!

– Foi por pouco, mas eu consegui.

– Para de enrolar e vamos comer, tô morrendo de fome.

– Menina você é magra, como pode comer tanto assim???

– Bom pai, em primeiro lugar, eu acabei de voltar da escola, e em segundo lugar... bom, não tem segundo lugar, eu só sou muito esfomeada mesmo! 

– Quer refri?

– Claro! Uma Coca, por favor.

– Toma. –Ele veio andando na minha direção com a garrafa de Coca-Cola aberta, e quando estava a um metro de distância de mim, jogou a garrafa pro alto fazendo derramar tudo em mim.- Ai meu Deus, me desculpa, eu tropecei. –Nick não se aguentava de tanto rir.

– Eu não acredito pai. É assim que você quer ser um exemplo de vida para sua filha?

– Chantagem emocional não funciona comigo. –Bufei de raiva e segui em direção á escada.

– Hunf, agora vou ter que tomar outro banho.

Tomei meu banho rapidamente e desci enquanto planejava uma vingança.

Depois do “acidente”, o almoço seguiu tranquilo até que meu pai se levantou, levou nossos pratos para a cozinha e voltou a se sentar enquanto olhava sério para mim.

– Iris, tenho uma coisa para te contar. É uma coisa muito séria e que com certeza vai mudar nossas vidas.

– O que foi, ganhamos na mega sena? –Falei, com tom de deboche.

– Filha, isso é sério e é uma coisa difícil de contar, então será que dá pra você facilitar um pouco? –Nesse momento eu fiquei séria também. Por algum motivo eu senti um frio na barriga e soube que realmente havia algo muito importante para ser dito ali. Meu pai suspirou.- Promete não surtar?

– Não posso garantir nada. –Coloquei meus pés em cima da mesa, me pendurando na cadeira.

– Vou falar de uma vez. Nós vamos nos mudar para os Estados Unidos para morar com a minha namorada.

– O quê? –Tirei meus pés da mesa quase caindo e me levantei rapidamente, sentindo as lágrimas vindo a meus olhos.



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Notas finais do capítulo

E aí? Não custa nada deixar uma review e fazer essa autora boboca aqui feliz não é?
Só pra esclarecer, a mãe da Iris era brasileira e o pai dela é americano. Ah, e a Iris tem 15 anos, como o começo da fic ocorreu no meio do ano, então ela ainda vai fazer 16.
Em cada final de capítulo eu vou postar um trecho de música dos meu meninos, então, aí vai o de hoje:
"When the chips are down, Back against the wall, Got no more to give, Cause we gave it all, Seems like going the distance unrealistic, But we're too far from the start..."
See you guys in the next chapter!
Kisses.