Os beijos continuaram durante toda semana.

Era beijo no corredor deserto, na sala comunal, nos cantos afastados do jardim... mas tirando os beijos, tudo estava normal dentro do possivel entre Draco e Hermione.

Eles estavam dentro de uma investigação profunda da vida do Sr.Hudson e descobriram sobre uma prancheta, onde a presença dos professores é marcada e também tinha o local onde eles iam, a que horas, tudo.

Os dois sabiam que tinham que chegar até aquela prancheta. Mas quem a possuia era a professora de runas antigas, Srta.Goldman.

Graças a Merlim que eles tinham runas antigas naquele minuto.

- O plano é o seguinte - disse Draco para Hermione, dentro da sala que estava vazia - Você distrai ela e eu pego a prancheta, vamos fazer isso no fim da aula.

- Como eu vou distrair ela? Me fantasiar e dançar hula? - Hermione perguntou sarcástica.

- Você é tão engraçada quanto uma maçaneta Granger - Draco revirou os olhos - Sei lá, se vire, mas faça de tudo para ela não olhar pra mim.

Quando a aula começou os dois sentaram juntos no fim da sala, sob o olhar de Parvati e Lilá que cochichavam entre si. Era isso todas as aulas daquela semana e Hermione se perguntava se Gina tinha deixado alguma coisa escapar sem querer. Se isso aconteceu, ela mesma iria matar a ruiva.

Durante a aula, Draco passava a mão pelas pernas de Hermione ela pulava da cadeira, lhe dando um olhar que podia cortar a alma de qualquer um. Mas ele não ligava e tinha que segurar a risada. Quando ele passou a mão no joelho e apertou, Hermione pulou da cadeira, fazendo um barulho enorme barulho passar pela sala.

- Algum problema Srta.Granger? - Perguntou Michelle, a professora.

- Não senhora - Hermione respondeu, olhando pro chão.

- Ótimo...

Hermione se virou para Draco que estava tentando não rir, colocando uma mão em cima da boca.

- O que pensa que está fazendo? - ela sussurou irritada para ele.

- Sendo seu corforto - ele sussurou de volta, zombando.

- Você é o motivo do meu desconforto - ela disse entre dentes.

- Você não diz isso quando eu estou lhe beijando... - Draco disse, fazendo de tudo para tentar não rir.

Hermione lhe deu um olhar realmente brabo e não aguentou. Deu Draco um tapa forte.

- Srta.Granger! - gritou Srta.Goldman vendo a cena estupefata - Fora da minha aula agora!

- Mas... - Hermione tentou argumentar.

- Mas nada, venha comigo ao gabinete da diretora nesse mesmo instante! - ela gritou e então suspirou - O resto da turma, estão dispensados, agradeçam a Srta.Granger por não terem aula.

E eles realmente agradeceram por não terem aquela aula chata. Quando Lilá passou por Hermione sussurou um "Obrigada". Draco piscou pra Hermione antes de sair ou assim ela pensava que ele faria.

Hermione seguiu Srta.Goldman até o gabinete da diretora, discutindo com a professora deixando assim ela nem perceber que Draco estava escondido atrás da porta. Quando as duas sairam, ele entrou na sala e agradeceu pela professora ter deixado suas coisas em cima da mesa. Começou pela bolsa, procurou e nada. Então, continuou por cima da mesa e finalmente achou a prancheta que tinha os pergaminhos presos. Tratou de pegar e sair logo dali.

Depois de meia hora de sermão de McGonagall, Hermione pode finalmente sair do gabinete e ir para o seu quarto. Quando abriu a porta viu Draco sentado na sua cama com um olhar presunsoso.

- O que você está fazendo aqui? - ela gritou apontando pra ele acusadoramente.

- Ora Granger, não precisa ficar tão irritada pois o plano saiu rapidamente - Draco disse e tirou de dentro das vestes a prancheta.

Hermione olhou suspresa e se sentou ao lado dele na cama. Pegou a prancheta e começou a examinar.

- Como você...? - ela começou.

- Simples, eu sabia que te incomodar muito iria distrair a professora, quando vocês duas sairam eu me escondi atrás da porta e entrei - ele contou - Achar foi facil também, estava em cima da mesa da professora burra.

- Não chame um professor de burro, se ele fosse mesmo burro não seria um professor - Hermione ralhou mas Draco não mudou de expressão - Mas mesmo assim, brilhante, achei que estivesse fazendo aquilo só para me irritar.

- Vamos dizer que te irritar foi um bônus - ele disse se levantando da cama e se apoiando na parede - Não vai dizer nem um obrigado? Que grosseria...

- Obrigada - Hermione interrompeu - Agora será que podemos parar de papo e olhar isso aqui? - ela ergueu a prancheta.

Os dois se sentaram no chão, apoiando as costas na parede fria que por surpresa se mostrou muito confortavel naquele dia quente. Começaram a ler a prancheta em silêncio. Draco lia sem prestar atenção nos detalhes enquanto Hermione queria notar cada coisinha que acreditava poder estar escondido. Até que ela achou alguma coisa:

                    Horários Professores - Quinta feira

                  Presentes: Goldman, Flitwick, Trelawey, McGonagall, Hagrid.

                 Faltas: Hudson.

                Horários: 18:00 ás 22:00

                Motivo faltas: Cuidar da esposa altamente doente, visitada e confirmada        doença pelo Ministério da Magia.

- Draco... - Hermione chamou o loiro que estava quase dormindo - Olha isso, o Sr.Hudson falta toda quinta-feira para cuidar da esposa dele, que está doente.

- Hum, sim e dai? - o loiro perguntou sem emoção.

- E se a esposa dele não estiver doente? - Hermione perguntou - Tipo e se ela não estiver doente de verdade?

- É claro que ela está doente de verdade, foi confiscado pelo Ministério - Draco retrucou.

- Talvez, mas durante a guerra Rony usou um vampiro para dizer que estava com saraptose - Hermione contou - E se ele estiver fazendo alguma coisa para a esposa parecer doente, como se fosse uma desculpa para as faltas toda quinta- feira?

- E você está sujerindo o que? Que invadimos a casa dele? - Draco perguntou brincando mas quando viu a expressão séria de Hermione.

- É isso mesmo que eu estou sugerindo - ela disse.

Draco levantou num pulo.

- Você está louca? Não podemos invadir a casa de um professor! Se descobriram estamos fodidos Granger. Entendeu? Fodidos! - Draco gritou - Além disso, nós não temos como ir até lá e nem sabemos o endereço do filho da puta!

- Aqui tem o endereço dele - Hermione apontou para a prancheta - E olha, pensa comigo, ele sai toda a quinta feira então ele tem que ter um jeito de sair do castelo. Se foi revisado pelo Ministério e está registrado aqui, então Minerva lhe deu uma lareira no quarto dele para ele sair quando precisasse. O que temos que fazer é invadir o quarto dele e usar a rede de flú com esse endereço que temos aqui.

A morena tinha falado tudo aquilo com tanta naturalidade que Draco a olhou espantado, com as sobrancelhas erguidas em descrença.

- Você é louca, você é totalmente pirada - ele disse.

- Você não diz isso quando eu estou lhe beijando... - Hermione repetiu o que ele disse mais cedo e o loiro revirou os olhos.

- Certo - ele suspirou derrotado - E quando vamos fazer isso?

- Que dia é hoje? - Hermione perguntou.

- Quinta - ele respondeu e então se auto amaldiçoou por não ter mentido.

- Então vamos fazer hoje.

                    *~~~~~~~*~~~~~~~*~~~~~*

No mesmo dia, as 18:30, Draco e Hermione tinham invadido o quarto do Sr.Hudson. Estava vazio como o esperado. Draco procurou o saquinho com pó de flu e já estava entrando na lareira quando Hermione o impediu.

- Eu vou, você fica e me avisa quando alguém estiver vindo - ela mandou.

- Quem é que vai vir no quarto do Hudson? - Draco perguntou, querendo ir junto.

- A amante dele talvez - Hermione disse, arrumando a lareira.

- Novamente: Você é tão engraçada quanto uma maçaneta - Draco disse sério e Hermione revirou os olhos.

- Certo agora eu tenho que ir - Hermione disse.

Antes dela sair, Draco a puxou e a beijou demoradamente. Ela se afastou irritada.

- Que diabos foi isso? - ela perguntou brava.

Draco piscou.

- Só pra não perder o costume - ele disse.

Hermione mostrou o dedo do meio e o loiro riu. Quando ela jogou o pó de flu e gritou o endereço do professor, as chamas a consumiram e quando ela abriu os olhos Draco havia sumido dando lugar a uma sala má decorada nas cores amarela e preta. Havia um tigre empalhado pendurado na parede, ao lado de um cachorro que tinha uma moldura altamente escrota escrita "cachorrão".

A castanha tirou a varinha das vestes e começou a andar pela casa. A varinha apontada no caso de Hudson aparecer e a atacar. Mas havia algo estranho ali... parecia não ter ninguém em casa. Como se ninguém estivesse ali por um longo tempo. Hermione olhou pro chão, perto da porta de entrada e viu contas do mês passado que não estavam pagas. Mas, tirando tudo isso, os movéis estavam limpos como se fossem novos.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHH

Hermione se virou para trás, para ver uma mulher muito bonita loira gritar e deixar seu prato de comida cair ao chão e quebrar.

- Não espere... - Hermione tentou acalma-lá.

- Quem é você? Saia da minha casa! Vou chamar os aurores! - A mulher gritava histericamente.

- Sou Hermione Granger... não vou lhe atacar...

- O que faz aqui? Saia, saia, saia! Não me machuque... - A mulher gritava e pulava, balançando as mãos, parecendo uma criança em sua festa de aniversário.

Hermione não teve outra escolha e a transfigurou em um rato. O pequeno rato ficou girando em circulos e a castanha o pegou na mão e jogou em seu bolso que podia ser fechado com um botão. Olhou em volta e viu que não havia mais ninguém na casa, voltou para a lareira e jogu o pó de flu, voltando para o castelo.

Draco estava sentado em um sofá no quarto do professor e se levantou quando a viu.

- Achou alguma... ? - ele não terminou e viu o bolso de Hermione de mecher - O que tem no seu bolso?

- Um rato - Hermione respondeu simplismente, saindo de dentro da lareira.

- Por que tem um rato no seu bolso?

- Eu estava no apartamento dele, ou casa, sei lá.

- O rato tem um apartamento?

Hermione o olhou com uma cara como se dissese "É sério?" e balançou a cabeça, saindo do quarto do professor com a intenção de ir para o seu dormitório. Draco a seguiu e quando finalmente chegaram no quarto da gastanha ela tirou o rato do bolso.

- Não tinha ninguém na casa a não ser o rato - ela coçou a garganta quando o bixo se mecheu em suas mãos - Quer dizer, essa mulher.

Hermione contou a história inteira pro loiro que quando terminou de ouvir caiu na gargalhada.

- Não tem graça! - Hermione gritou com ele e o rato guinchou como se estivesse gritando também.

- Tem sim - ele disse - Bota o rato... quer dizer, mulher, no chão e o faz voltar a sua forma normal para nós o interrogarmos.

Hermione botouu o rato no chão que ficou parado obedientemente. Quando a mulher voltou a sua forma normal estava olhando para a castanha com admiração.

- Você é Hermione Granger! Eu sou sua fã numero um! - a mulher gritou.

- Hum... tá, han, desculpe por transformar você em um rato - atrás de Hermione, Draco ria.

- Está tudo bem, será uma história para mim contar para o meus filhos - A mulher se sentou na cama de Hermione sem permição - Falaram que tinham perguntas pra mim, isso é estranho, nunca perguntaram nada para mim - Os olhos da mulher brilharam - Isso é uma investigação de aurores? É algo relacionado ao governo? Porque eu adoraria ajudar!

Draco se virou para Hermione fez com os lábios "maluca". Hermione fez que sim com a cabeça.

- Então, você conhece o Sr.Hudson? - Draco perguntou.

- Oh claro, ele é meu marido - a mulher respondeu.

- Ah claro - Hermione disse - Sra.Hudson nós temos umas...

- Me chamem de Penélope.

- Certo, Penélope - Hermione olhou para Draco pedindo ajuda - Nós soubemos que  você esta muito doente e que nosso professor, Sr.Hudson, lhe visita toda quinta feira no mesmo horário para cuidar de você.

Penélope tinha um olhar confuso no rosto.

- Doente? Eu? Não não, quem está doente é minha irmã gêmera Merissa, mas ela está em Roma faz quatro meses e só me visitou na semana retrasaa - ela contou - Hudson não me visita a mais de um mês.

- Então ele mentiu - Hermione disse para Draco - Na visita da irmã da mulher dele ele fez o Ministério ir até a sua casa e disse que quem estava doente era Penélope e não Merissa, como são gêmeas o fiscal do Ministério acreditou.

- Você sabe onde seu marido vai toda quinta? - Draco perguntou a mulher.

- Er... não, ele não me contou nada - Penélope disse - Como eu disse, eu não o vejo a dias e se vocês o virem digam que eu preciso do dinheiro para pagar as contas que estão ficando atrasadas. Era só isso? Posso ir pra casa?

- Temos mais uma pergunta Penélope - Hermione suspirou mais uma vez - Você conhecia Ellie Rose?

O rosto de Penélope ficou pálido.

- Sim, ela foi minha melhor amiga na infância - Tanto Draco como Hermione ficam surpresos - Ela morreu a muito tempo, eu tinha apenas onze anos. Eu, ela e Hudson eramos unha e carne. Andavamos sempre juntos. Como o trio de ouro.

- Você sabe o que causou a morte dela? - Draco perguntou.

Penélope negou com a cabeça.

- Ninguém sabe, foi uma morte misteriosa - Penélope olhou em volta - Ela foi encontrada... sim... me lembro, ela foi encontrada morta nesse quarto.

Hermione e Draco assentiram um para o outro. Estava na hora daquela mulher ir pra casa.

- Pode ir para casa agora, mas lhe peço para não contar o que aconteceu aqui para ninguém. Nem mesmo ao seu marido. - Hermione disse e Penélope assentiu pedindo um autográfo da castanha em troca, que lhe deu de mal grado.

Draco então emprestou a sua vassoura para Penélope, que jurou que mandaria de volta por correio. Então, Penélope voou para sua casa.

- Não descobrimos quase nada - disse Draco frustrado.

- Descobrimos sim, descobrimos que Hudson não vai para casa as quintas e que a mulher dele não está doente - Hermione disse.

- Então, para onde ele vai?