Hermione Granger olhava pela janela do trem que ia rumo a sua casa, quer dizer, Hogwarts. Ela iria fazer o seu sétimo ano, já que devido os acontecimentos do ano anterior sua educação estava em falta. Infelizmente, ela estária sozinha naquele ano, seus amigos, Harry e Rony não iriam com ela. Harry, por causa do curso de auror que iria começar e Rony pois iria ajudar Jorge na loja de logros.

Se todos estavam felizes com o fim da guerra? Mas é claro. O problema é que guerra deixam marcas e feridas que muitas vezes não podem ser curadas ou substituidas. Pessoas se vão para nunca mais voltar, deixando muitas vezes aquele lugar vazio na ceia de Natal, onde uma mãe ou um filho sempre vai olhar com carinho, tristeza e saudade no olhar. A morte foi criada para ser superada, mas aquele que sofre dela, nasceu para nunca mais ser esquecido por quem se ama.

Os Weasley são a prova disso. A morte de Fred foi levada com tristeza e saudade. Mas o lugar dele sempre estaria vago, onde a lembrança do ruivo alegre e sorridente ficaria sempre viva. Esse era a verdadeira vida após a morte: Os mortos sempre estariam vivos nos nossos corações.

Aquele era um dia chuvoso, parecia que era noite quando na verdade era duas horas da tarde. Bichento ronronava no colo de sua dona que o acariciava distraidamente.

Não muito longe da cabine da castanha, estava Draco Malfoy que estava olhando para um livro sem o minimo interesse. Não queria voltar para aquela escola estúpida. Não queria lembrar de nada do que aconteceu. Esquecer seria a melhor opção. Não queria lembrar do sangue, das mortes, da dor de cada vitima do exercito que ele foi forçado a participar. Lembrava de cada súplica de suas vitimas forçadas por um tirano. Lembrava de cada "por favor" que ouviu, de cada lágrima que viu cair ao chão como em câmera lenta. De cada xingamento, de tudo.

Aquele ano, teria que melhorar, teria de ser para esquecer.

Infelizmente, seus desejos não seriam realizados.