Minha Doce Isabella escrita por Silmara F


Capítulo 8
Mansão Mikaelson


Notas iniciais do capítulo

Olá! Acabei de fazer o capítulo e já estou postando para vocês!
Capítulo totalmente dedicado a UmaOriginalPerdida que recomendou a minha fic e que possui fictions maravilhosas! Obrigada mesmo!
Postei rapidinho, como sempre, não foi?
Muito obrigada também a TODOS os comentários! Eu amei cada um e respondi com muito carinho.
Aproveitem!



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CAPÍTULO VIII

Klaus Pov’s

Havia se passado alguns dias desde que descobri que meu pai tinha conseguido se libertar do caixão onde estava aprisionado, e a cada dia as minhas dúvidas aumentavam mais que as certezas. Eu ainda precisava descobrir qual é a bruxa que está com ele, e ter uma ideia de qual era o plano de Mikael para atingir o seu objetivo que é por sinal extinguir todos os vampiros, principalmente nós Mikaelson, seus próprios filhos.


Na realidade, eu nunca fui filho legítimo de Mikael. Minha mãe, Esther, a bruxa Original, teve um caso com um lobisomem. Por consequência, aqui estou eu. Um híbrido. Metade vampiro e metade lobisomem, porém, ao contrário deste último, eu posso me transformar quando bem entender. Além de ser imune a vários probleminhas que podem derrotar vampiros normais.


Ser um Original, o primeiro vampiro da face da Terra, a mais temida das criaturas por conter não só um, mas dois poderes sobrenaturais em mim, facilitou bastante meus planos. Porém Mikael continuava a ser meu inimigo número um. Ele sempre deixou claro que transformar sua família em vampiros foi um erro, e ele estava disposto a corrigir isso. O que não há sentido algum, se pensarmos que existe centenas e centenas de vampiros vagando pelo planeta nesse momento.


Eu tentava ignorar o fato de que no fundo sempre desejei companheiros tão fortes quanto o Mikaelson-daddy. Ou que apenas desejava um pouco mais de compreensão da parte dele. Mas sei que sentindo isso ou não, ignorar o fato que ele deseja meu coração em uma bandeja de prata seria burrice.


E se ele quer isso, procurarei fazer o mesmo com ele.


Passei séculos fugindo das garras de meu pai adotivo. Isso me impediu de buscar muitas outras coisas, e me tirou várias outras também. Meus irmãos, infelizmente, decidiram seguir sozinhos ou ficar contra mim. O resultado foi o caixão. Mas eu os acordaria, eventualmente, assim como fiz com Rebekah dias antes.


Rebekah...


Desde que acordou de volta a vida, alimenta um rancor por mim. Espero que isso seja passageiro, pois apesar de não aguentar seus caprichos infantis, seria terrível perder uma irmã. A única que teve a decência de ficar ao meu lado.


Nesse momento caminho calmamente pelas ruas calmas da fronteira de Mystic Falls, a aproximação do final de mais uma tarde pensativa, o quase começo de uma outra noite. O fim de mais um dia...


Andar sempre foi um ótimo relaxante, assim como sentir a brisa do vento e deitar em pleno silêncio. São as melhores fórmulas para pensar e colocar as suposições no lugar, excluindo ideias impossíveis e pensando em outras formas de resolver meus problemas. Porém, meu pensamento é interrompido com um barulho alto de um acidente de carro. Mesmo longe pude identificar que o automóvel tinha batido contra uma árvore.


Caminhei até o local por pura curiosidade.


Qual não foi minha surpresa por ver a garota-intrometida de alguns dias antes no banco de motorista, sozinha no veículo. Assim que me aproximei senti o cheiro de sangue impregnar o ar.


Em outros casos eu não me importaria. Mas então prestei melhor atenção na cena em minha frente: a garota Isabella nada fazia para sair do carro, pelo contrário, dava para ver que ela somente soluçava. Provavelmente o estado de choque pela situação. Pude ouvir também uma voz ao longe gritando “Isabella, está ai?”. Ao me aproximar do carro, constatei que a voz vinha do celular no chão.


Minha mente voou de volta a primeira vez que vi essa garota, no corredor deserto do Colégio. A maneira desconcertada que ela agiu, assustada por ser pega no meio de sua aventura, igual a uma criança quando é flagrada fazendo algo de errado. Chegava a ser encantador...


Abri a porta de passageiro e joguei-a no chão. Com cuidado passei a mão onde estava seu ferimento na testa, com certeza feito depois de ter batido contra o volante. Isabella não parecia se importar ou mesmo notar minha presença. Abaixei minhas mãos para seu busto e logo depois verifiquei suas costelas. Tudo ok.


A garota continuava a chorar copiosamente, atitude realmente estranha. Normalmente, uma pessoa vítima de acidente primeiro tentar escapar dele. O capô soltava fumaça e não duvidava que aquela cena fosse piorar.


Observei que ela não estava usando cinto de segurança. Balancei a cabeça em sinal de reprovação. Notei que a garota finalmente decidira olhar para mim, e com certeza ela me reconheceu, pois suas sobrancelhas arquearam. Os olhos cheios de lágrimas.


Passei meus braços por suas costas e em baixo de suas pernas. Olhei para o banco de passageiro e notei sua mochila. A garota deu um soluço em meu ombro e tombou sua cabeça para trás. Desmaiada. Ótimo. Era tudo o que eu precisava.


Ponderei em somente chamar a ambulância e sair dali. Seria o certo, não seria? Olhei para o carro novamente e a fumaça que saia só aumentava. Argh! Maravilhoso dia!


Estiquei-me para dentro do automóvel cuidadosamente e consegui pegar sua mochila. Depois seu celular. Ela precisaria disso para sair de quer onde eu iria levá-la. Para onde eu iria levá-la mesmo?


Se fosse para um hospital precisaria assinar papeladas. É claro que meu dom de compelir os humanos seria útil nessa situação, mas a garota já tinha me visto. Não queria ela me procurando para agradecer-me depois.


Decidi então que a minha casa seria o destino mais apropriado. Daria meu sangue a ela quando chegasse lá, somente como precaução. Sem mais demora, pus-me a correr em direção a mansão.


Bella POV’s


Meus olhos pesavam e eu sentia que estava deitada em uma nuvem. Meu corpo mole ainda clamava por descanso, mesmo assim eu sentia uma urgência em acordar de meu sono. Espreguicei-me e então todos os eventos recentes abalaram minha mente: bruxas, vampiros, mamãe, acidente... Aonde eu estava?


Levantei as pálpebras e vislumbrei o quarto, depois de ter esperado o embaçado sair de minha visão. O aposento era enorme e muito bem mobiliado com móveis finos um tanto masculinos. Muito diferente de meu pequeno quarto na pensão da D. Marie. Havia uma enorme janela de vidro, que dava para uma sacada.


Sentei na enorme cama fofa. Tinha pelo menos quatro travesseiros de um branco impecável ao meu redor. Ao meu lado havia um criado mudo, onde estava uma bandeja com comida. Na cadeira perto da janela, uma mulher loira sentava a olhar para fora. Mesmo assim, ela percebeu que eu tinha acordado.


– Quem é você? – perguntou.


– Acho que eu deveria fazer essa pergunta primeiro. Estou em uma casa desconhecida e acabei de sofrer um acidente.


A moça olhou para mim.


– Sofreu um acidente de que?


– De carro... – passei a mão pela minha testa, lembrando do ferimento. Franzi o cenho confusa quando não senti nada, nenhum arranhão.


– Sabe porque Klaus te salvou?


Levantei meus olhos para avaliá-la. Assim que ela falou em Klaus, percebi uma leve semelhança dela com ele.


– Não. Eu não sei. Mas não é isso que a maioria das pessoas fariam quando visse alguém em um acidente? Salvaria-as. Só não entendo porque ele não me levou a um hospital... digo, isso daqui não parece um lugar onde médicos e enfermeiras trabalham diariamente.


A garota caminhou em minha direção e sentou na cama, ignorando completamente meu comentário anterior.


– Meu nome é Rebekah. Sou irmã de Klaus. E você...


– Sou Isabella Swan.


Rebekah me avaliou com o olhar. Tudo nela passava curiosidade.


– Você mora em Mystic Falls?


– Bem... mais ou menos. Estou em uma pensão para ver se gosto na cidade. Cheguei faz nem duas semanas.


– Como o acidente aconteceu? – perguntou.


Tudo o que eu queria no momento era esquecer um pouco do acontecimento lamentável. Mas é claro que o destino não colabora comigo.


– Eu recebi uma notícia que me deixou muito abalada. – falei em um sussurro – ligaram-me e falaram que minha mãe foi encontrada morta.


Os olhos de Rebekah abriram um pouco, em surpresa. Depois ela segurou a minha mão e disse um pouco desconcertada:


– Sinto muito.


Somente acenei com a cabeça. Eu não queria prolongar esse assunto. Teria que ligar para Dean, eu precisava que eles investigassem isso. Sendo algum ser do mal ou não que tivesse matado minha mãe, eu sabia que os Winchester descobririam. Podia ser a doença que fosse... eles investigariam. O caso estaria seguro nas mãos deles.


Sai de meus pensamentos ao escutar a porta abrindo e Klaus aparecer no quarto. Rebekah levantou-se da cama e caminhou até ele. Antes que pudesse falar alguma coisa, Klaus se pronunciou:


– Irmã, eu desejaria ficar um pouco a sós com Isabella. Será que poderia nos fazer esse favor? – mesmo sabendo que era uma pergunta, seu tom não deixava discussão. Era uma ordem que deveria ser cumprida, e parece que a garota também percebeu isso.


Vi Rebekah bufar de raiva.


– Obrigada por praticamente me expulsar. – ela olhou para mim – tenham uma boa conversa, seja lá qual for o assunto discutido. – e saiu pisando forte.


Depois que ela saiu, eu olhei para o alto homem em minha frente. Ele mantinha a mesma postura autoritária que da última vez que eu tinha o visto. Passou pela minha cabeça que ele era o tipo de pessoa que encontraríamos como presidente dos EUA, na Casa Branca, ou em um requintado baile de Hollywood, como um ator milionário.


Ele caminhou sem pressa até onde estava, pegou uma cadeira e empurrou-a sem dificuldade para perto da cama, mas ainda manteve uma distância considerável. Sentou-se e me olhou:


– Ainda não comeu?


Olhei novamente para a bandeja no criado-mudo. Notei que meu estômago embrulhava de fome. Quantas horas eu permaneci desacordada?


– Eu acabei de acordar, na verdade. – respondi. Estiquei-me para pegar a bandeja e a coloquei em minhas pernas. Comecei a me alimentar.


– Não passou muitas horas dormindo... Acho que deve estar se perguntando porque está aqui.


Acenei com a cabeça positivamente. Ele continuou:


– Achei você no acidente que sofreu, eu estava passando pelo local, um hábito meu que uso quando quero refletir, e por coincidência te encontrei. Notei que não estava bem então resolvi ajudá-la.


– E por que não me levou a um hospital?


Klaus suspirou.


– Não era preciso. Você não possuia ferimento algum. Aliás, aqui é muito mais confortável.


Olhei para ele mais atentamente. Eu não tinha esquecido do que Bonnie me falou: que Klaus não esperaria para fazer o feitiço no Colégio. Ele sabia do segredo, claro.


– Quem exatamente é você? – perguntei.


Vi um sorriso aparecer em sua face, ele já esperava essa pergunta.


– Meu nome é Klaus Mikaelson. E você...?


– Isabella Swan – eu disse, receosa.


– Então, Isabella... eu estou realmente curioso para saber o motivo do seu acidente. Você não parecia exatamente focada naquilo e sim em algo longe.


Meus olhos focaram na bandeja em minhas pernas. Eu teria que cuidar logo disso tudo.


– Minha mãe... – comecei – eu recebi uma ligação de um policial da Flórida e ele disse que minha mãe foi encontrada sem vida. Eu perdi o controle e só senti o impacto de meu corpo com o volante do carro e a fumaça impedindo a visão de fora... – passei a mão novamente em minhas testa – eu podia jurar que tinha machucado...


O Mikaelson me encarou impassivo. Ele não demonstrou em nenhum momento um gesto de compaixão, mas então em um jogar de ombros, ele encostou seus cotovelos em seus joelhos e fitou meus olhos.


– Você irá superar isso. – disse simplesmente.


Fiquei calada absorvendoo que falou. Eu não sabia se achava a postura dele fria ou se agradecia pelas palavras.


– Sua mãe está viva, Klaus?


– Não. Ela não está.


Não queria fica mais naquela conversa, eu precisava me estabilizar. Retornei a olhar para o quarto e vi minha mochila no pé da cama. O pensamento de Klaus ter visto todos as armas que tinha ali dentro me assombrou. Eu não queria que ele soubesse que eu sabia sobre vampiros...


– Oh! Minha mochila! Você viu...


– Não, eu não olhei ela. Se não percebeu, seu celular está no criado mudo também.


– Sim, claro. – acenei. – eu queria mesmo usá-lo.


Quando estendi minha mão para pegar meu celular, Klaus me impede com seu braço, aparecendo ao meu lado. Olhei para ele assustada. O Mikaelson deu um sorriso e se aconchegou na cama, sentando-se e ficando de frente a mim.


– Poderá ficar a vontade para fazer a ligação que quiser, mas antes tenho algumas perguntas. Não creio que será difícil respondê-las. – ele fez uma pausa aguardando minha resposta, como não obteve, continuou: - você é nova na cidade, não é?


– Sim, eu sou.


– Da onde veio?


– Para que quer saber disto?


Klaus riu.


– Curiosidade apenas, mas não há problema se não quiser responder.


Minha boca se manteve fechada, esperando ele falar. Estava confusa por suas atitudes, e de repente passou pela minha cabeça que esse homem podia não ser o mocinho da história. Seu jeito demonstrava bem isso. A maneira em que Bonnie e seus amigos falavam com receio de Klaus, como Matt pediu para me manter afastada, a postura de poder que o Mikaelson emanava... mas se ele realmente não é bom, porque então me salvaria? Somente curiosidade?


– Eu estive te observando enquanto esteve desacordada, Isabella, e percebi que você me parece uma pessoa muito... interessante.


Oh, droga! O que será que eu tinha falado enquanto dormia? Esse mania era odiada por mim, só me trazia constrangimentos e problemas. Foi assim com Edward, com os Winchester e agora com Klaus...


– Eu disse alguma coisa? – perguntei.


– Sim, você disse. Mas não foi as palavras que você falou que chamaram minha atenção. – Klaus, que já estava próximo de mim, veio para mais perto e pegou meu punho. Eu respirei com dificuldade, tentando pensar em uma forma de sair daqui. Ele continuou:


– O que me chamou a atenção, Isabella, foi isso em seu pulso – levantou minha mão para que eu pudesse ver. – essa cicatriz. Como ganhou isso?


A cicatriz de James. Um dos principais fatores de Bonnie ter me olhado estranho, como ela mesma disse. Maldito vampiro rastreador que mesmo morto só me traz problemas!


Era óbvio que Klaus desconfiava do mistério por trás do meu corte. Eu sabia que ele tinha conhecimento de Bonnie, então provavelmente sabia de vampiros também. Mesmo ele tendo me salvado, eu não confiava em ninguém daqui para contar que eu conhecida esses segredos também. E muito menos para falar como adquiri o probleminha em meu pulso.


– Isso foi um corte de vidro. – falei.


Klaus riu. Eu soube que ele não tinha acreditado em minhas palavras.


– Sim. Sem dúvida uma garota muito interessante.


Abaixei meus olhos e me remexi, desconfortável por ele ainda está próximo de mim e segurar minha mão. Ele percebeu e se afastou, quebrando o contato físico.


– Posso fazer a ligação agora?


– Claro. Eu estarei lá em baixo. – e saiu do quarto.


Fiquei olhando um pouco para a porta, digerindo o que tinha acontecido. Cada coisa em sua hora, pensei. Levantei da cama, peguei meu celular e disquei o número de Dean. Caixa postal. Tentei mais uma vez e ele não atendia. Bufei de raiva, eles provavelmente estavam em uma caçada e bastante ocupados.


Peguei minha mochila e chequei se tudo estava no lugar. Coloquei ela no meu ombro e procurei a escada para descer.


A casa era realmente enorme e muito elegante. Quadros se espalhavam pelas paredes, e havia algumas estantes com objetos antigos, peças que com certeza poderiam pertencer a algum colecionador ou um aficionado por história. A maioria dos lugares era em tom de madeira, mas ainda sim era um espaço claro e aconchegante. Talvez precisasse de uma pitada feminina...


Achei a escada e desci, indo parar em uma enorme sala de estar. Eu deveria me despedir primeiro e avisar a meu salvador que estava indo embora. Caminhei até o centro da sala e sentei-me do sofá que tinha a frente de uma lareira. Corri a vista por todo o cômodo, sentindo-me aconchegada naquele lugar. Não notei sinal de Klaus nem de Rebekah desde que sai do quarto.


Tombei a cabeça em curiosidade ao ver um copo com um líquido estranho em cima de um móvel. Levantei-me e fui até lá para analisá-lo. Não parecia nenhuma bebida que eu conhecia, e eu certamente conhecia muito disso por causa do Dean. A cor parecia um vinho, porém era mais claro e mais espesso. Cheirei e senti minha cabeça balançar violentamente, em um enjoo. Coloquei o copo de volta onde encontrei e me escorei, ainda com a mochila nos ombros. Eu conhecia aquele cheiro e a minha reação:


Nunca foi segredo que eu sempre ficava tonta e enjoada quando sentia o cheiro de sangue.


Soltei mil maldições!


Não é possível! Será que Klaus Mikaelson também era a droga de um maldito vampiro?


Ah, caramba! Onde eu fui me meter?



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Preciso da opinião de vocês!
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Pessoal! Ontem fez um mês que publiquei minha fic! Estou muito, muito, muito feliz! Quero agradecer o carinho de todos vocês!
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Ah! Tem gente que está me convidando no facebook. Eu aceito todos vocês, mas eu queria mesmo que me avisassem por MP que me convidaram lá, para eu saber que são meus leitores do Nyah ♥ Obrigada.
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Ontem eu tive uma ideia muito legal para uma próxima fic. Só não começo a escrever desde já para não me perder aqui e acabar atrasando a MDI.
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Espero o comentário de vocês. Beijos!