Rin começou acordar e remexeu-se na cama. Sesshoumaru sentindo uma leve agitação abriu os seus olhos. Ela já estava de pé.

- Ohayo meu anjo - disse sorrindo e esperguiçando

- Ah! Agora sou teu anjo? O que aconteceu à adultera? - falou brava cruzando os braços

Sesshoumaru levantou-se e aproximou-se dela. Ajoelhou-se e selou um beijo no ventre fertilizado dela enquanto acaraciava ao mesmo tempo. Depois enconstou a sua cabeça no local sentindo a energia do novo ser em formação.

- Estás a ver meu maroto o que fizes-te, agora a hahaoya (mamãe) está brava com o chichiue

- O que estás a fazer? perguntou descruzando os braços sem entender na atitude do youkai

Ele levantou-se olhando profundamente nos olhos dela.

- Gomenasai, Rin. Não devia ter falado assim contigo. Devia ter tido calma e analisar sobre o que estava acontecendo. Fui imaturo e egoista.

- Mas falas-te. E o que mais me custa não foi como falas-te e sim das acusações que fizes-te. Não confias em mim?

- Claro que confio.

- Não foi o que pareceu quando acusas-te-me de andar encontrar com outra pessoa. Eu não sei a razão de ter este cheiro de outro homem, mas eu não sou infiel. Essas tuas acusações magoaram-me e muito. - disse triste

- Rin, meu anjo, não fiques assim. Não vai fazer-te bem. Não podes enervar-te neste estado. Olha tens razão em tudo mas eu andava pressionado com coisas e acabei por descontar em ti. Mas agora eu já sei o porquê de teres esse cheiro e já não importo com ele pelo o contrário estou adorar senti-lo.

- E então por que tenho este maldito cheiro, se é o que tenho pois eu não o sinto

- Não o sentes por que não és uma inu youkai, vocês humanos não tem o olfacto apurado como nós. E tens esse cheiro meu anjo porque estás grávida.

- Nani?

- Vamos ser pais de uma cria. Esse cheiro é do nosso filho. É assim que os youkais e os hanyous afirmam a sua presença com cheiro e outras coisas. É a forma que eles têm dizer aos pais que estão ali, crescendo e formando em uma nova vida.

- Vou ser mãe? - perguntou deixando lágrimas de felecidade cair e colocando as mãos na barriga

- Hai meu anjo. Vamos ser pais de um pequenino macho. O primeiro fruto do nosso amor. - comentou também pondo as suas mãos no local.

Sesshouamru com uma mão puxou-a pela a cintura para mais perto de si, com a outra mão segurou a nuca e selaram os lábios num beijo calmo. Separam-se poco tempo depois.

- Os teus pais não devem ter gostado nada da noticia - disse ela

- O meu pai para falar a verdade, não sei como reagiu. Mas a minha mãe adorou. Aliás meu anjo temos que nos arranjar. Ela esperando para o jantar.

- Jantar?! Não sei meu amor é melhor não.

- Ela faz questão disso

- Sendo assim está bem.

O casal começou arrumar-se para o jantar. Satori estava na sala de jantar, preparando a refeição com os mais infímos dos premenores. Dava orientações à Lia quando a Kagura chega.

- Konbanwa, Satori-sama

- Konbanwa Kagura.

- Vejo que teremos um verdadeiro banquete para esta noite, mas estou a ver comida humana posta. Pensei que a Kagome-sama tivesse partido em Lua de Mel com o seu filho.

- E partiram. Esta refeição não é para a Kagome e sim para a Rin.

- Nani? - pensou a youkai

- Lia, apartir de hoje a Rin passara comer com a gente. Deves colocar refeições leves mas bastantes saudáveis cheias de vitaminas, proteínas e não te esqueças do leite de manhã, o cálcio é muito importante para uma gestante. A cria é um hanyou e vai puxar muito pela a mãe.

- Pode deixar minha senhora

- Gomenasai Satori-sama, mas a senhora disse que a Rin está grávida? Foi isso que eu percebi? - perguntou a Kagura nervosa e chocada.

- Foi isso mesmo que ouvis-te. Vou ser avó, não é maravilhoso.

- Mas e o Conselho?

- Mesmo sabendo da ameaça, eu vou proteger o meu neto até ao fim. Decidi por de lado essa questão de ser humana. Cuidarei dela como uma filha. Tu como a minha Dama Real vais deixá-la em paz e vais cuidar de tudo o que ela precisar. Não quero que falte nada para a minha futura nora e para o meu neto. Entendidas?

- Hai minha senhora.

- Óptimo, hoje jantarás com o resto dos serviçais. Será um jantar só de família. Mas quero que o general jante conosco. Vou precisar dele.

- Com certeza minha senhora - e saiu dali humilhada prometendo vingar-se da Rin

Entretanto na sala chega o Inu e o Naraku. O Imperador senta-se na mesa para começar a sua refeição.

- Não vais esperar por eles? - perguntou a Satori

- Lie. Eles não comem com a minha boca e nem eu com a deles.

- Realmente é melhor encheres bem essa tua boca para não sair asneiras. A Rin irá jantar com a gente por isso comporta-te. Não quero mais brigas.

- Minha senhora e a sua Dama Real? - perguntou o general

- Hoje ela não janta com a gente. General como já deve saber a humana do meu filho está grávida. Se o Conselho não sabe não tardará em descobrir, por isso peço lhe que reforçe a segurança do shiro ao máximo.

- Pode deixar comigo minha senhora.

Sesshoumaru chega finalmente com a Rin. Os dois entraram de mão dada na sala. Todos, exepto o Inu, levantaram-se. Sesshoumaru quebrou as regras de etiqueta puxando-a cadeira do lado dos machos para a sua amada sentar. Satori olhou um pouco indignada mas compreendeu a atitude do seu filho. Ele não queria correr nenhum risco. O jantar começou a ser servido. Primeiro os homens e depois as mulheres.

- Rin minha querida, espero qu o jantar esteja do seu agrado. Não sabia que pratos mais gostava por isso tomei a liberdade de mandar preparar vários, claro tudo saudável e essencial para a cria - disse Satori olhando para a humana.

- Arigatou minha Imperatriz. Mas não precisava disso tudo, estou acustumada a comer pouco e coisas simples - disse olhando para a variedade de comida que havia na mesa.

- Pois minha querida, isso era dantes agora tens que alimentar-te bem para meu netinho crescer forte e saudável. Faço questão zelar as tuas refeições para obteres tudo que precisares nessa gestação.

- Mais uma vez arigatou Satori-sama.

- Oh chama-me apenas de Satori ou sogra, já que vocês são um casal e logo deverão se casar.

- Claro que vamos mãe. Não quero que as pessoas andem por aí a comentar sobre a Rin ser mãe solteira. - disse o seu filho sempre olhando para o seu pai que permanencia calado e indeferente ao assunto.

- Souka. Marca uma data e eu própria organizarei o casamento junto com a tua noiva. Mas deverá ser o mais rápido possível antes que a barriga começe a notar. - disse para o filho e depois olhou para a jovem - Mandei chamar o meu custureiro para começar fazer roupas para o bebé e para ti. Logo os teus kimonos deixaram de servir. Depois do jantar vamos falar com ele.

- Hai minha senhora - a youkai olhou para ela - quer dizer Satori

A youkai deu um sorriso.

- Logo habituarás chamar só assim.

O resto do jantar correu em silêncio. Depois de terminar o Imperador saiu dali sem desejar uma boa noite sequer. Rin sentiu-se culpada por pai e filho estar distante. Não queria que fosse assim. Não queria de certo modo destruir uma família. E por isso continuou a comer em silêncio e triste.