A História Da Imperatriz Rin escrita por Devill666


Capítulo 22
Tensão no ar parte III




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Passado duas horas, Rin acordou e viu o seu amado youkai ainda a dormir. Ele estava exausto da viagem. Ela com muito cuidado para não o acordar, levantou-se e vestiu o seu leve roupão branco de seda. Dirigiu-se até ao saco de viagem e olhou os seus pertences. Viu o pequeno sino, seu livro velho e o cachimbo do seu estimado pai. Voltou a mexer e lá encontrou a caixinha de madeira da sua amada mãe.


Com a caixa nas mãos foi até ao toucador e sentou-se no baquinho. Pousou o objecto e abriu com as lágrimas nos olhos a querem cair pelo o rosto. Retirou de lá de dentro o pequeno prendedor de cabelo de prata e de formato de uma borboleta. Era antigo e nas asas tinha como adorno pequeninos pontos feitos de diamantes. Era a única jóia da família. Passado de gereção em geração, de mães para filhas no dia do seu casamento.


Rin penteou os seus longos cabelos negros, apanhou umas mechas de cabelo na zona das orelhas e colocou-os atrás da nuca prendendo-os com o prendedor para soltar em cima do resto do cabelo solto. Olhou para o espelho e não conseguiu mais resistir. Acabou por chorar num choro silêncioso.


Sesshoumaru que dormia de barriga para cima, virou-se na cama ficando de bruços. Apalpou a cama procurando o corpo do seu anjo mas, reparou que ela não se encontrava mais lá e sentiu o cheiro salgado das lágrimas. Abriu os olhos lentamente chamando-a com uma voz rouca de sono.


– Rin?


– Estou aqui meu querido.


Ele olhou na direcção ao toucador e lá estava ela sentada olhando no espelho com o rosto coberto de lágrimas.


– Meu anjo? - voltou a chamar mas dessa vez preocupado por ve-la assim


– Este prendedor era da minha mãe - disse limpando as lágrimas em vão pois elas continuavam a escorrer teimosamente


– É muito bonito - comentou sentando na beirada da cama


– Já é muito antigo e é passado de mãe para filha no dia do seu casamento. A minha mãe se casou com ele posto e seria para mim quando ficasse noiva. - falou tristemente e no final tirou-o do seu cabelo.


– Não o tires fica tão bem e eu prometo que usarás ele no dia em que casarmos - falou vestindo também o seu roupão.


– Quando casarmos?


O youkai aproximou-se e abaixou-se para ficar na altura dela. Virou-a para ele e olhou nos seus olhos.


– Claro. Eu quero ter e viver tudo o que eu tenho direito contigo meu anjo. Casamento, filhos e por aí em diante.


– Fi-Filhos?!


– Hai e quero um monte deles. - ele levantou-se trazendo-a consigo - Uma prole grande.


– Uma prole?


– É tens razão, uma prole não. Um exercito enorme de hanyous correndo para um lado e para o outro. Acabando com o sossego de todos - disse feliz com os braços abertos para depois agarrar a sua Rin ao colo e girar com ela.


– Acho que não vou dar conta do recado? - falou ela divertida


– Vai e sabes o porquê - ela disse não com a cabeça - Porque o nosso amor é grande, aliás imenso - abraçou-a no final.


Beijaram-se apaixonados. Depois o youkai foi vestir uma roupa mais simples. Uma nagajuban preta, um kimono branco e hakama também preta. Caçou um chinelos de madeira e prendeu o cabelo num rabo de cavalo.


– Vais sair amor? - perguntou a Rin vendo o resto dos objectos do saco com mais atenção


– Vou matar um certo youkai pequeno e verde por não ter feito o seu trabalho como deve ser. - falou já colocando a sua Bakusaiga na sua cintura.


– LIE - gritou correndo e colocando-se à frente da porta


– Como não Rin. Por causa da incompetência dele foste parar à aquele lugar.


– Eu sei mas a culpa não foi dele. Jaken apenas cumpriu uma ordem minha. Eu ordenei que tirasse a semana de folga.


– Porque fizes-te isso?


– Porque... uma vez eu perguntei se ele tinha família e disse-me que sim. Jaken também falou que morria saudades da mulher e do filho. - Rin olhou para baixo - Eu tive pena porque compreendia-o bem, sabia o que ele estava a sentir pois eu também sentia falta dos meus pais. Por isso peço-te não faças nada a ele.


– Está bem. Eu compreendo e como disses-te, ele limitou-se a cumprir uma ordem tua. Bem vou ter com o Inuyasha.


Deram mais um beijo mas o youkai sentiu um cheiro diferente na Rin. Um cheiro súbtil de macho e não era ele. Desde que chegára ao quarto com ela sentia este odor. Por fim saiu e foi rumo ao quarto do seu irmão. Bateu na porta.


– Doozo - ouviu a autorização e entrou deixando a porta entre aberta


– Ohayo - disse o youkai


– Ohayo - disse o hanyou


– Onde está a Kagome?


– Foi ver a avó. E a Rin como está?


– Arrasada com a morte dos pais.


– Não deve estar nada a ser fácil para ela. Deve sentir-se sozinha


– Hai deve mas não está. Estarei sempre com ela agora sou a família dela.


– E o que vais fazer em relação ao Conselho?


– Nada, se não aceitaram eu simplesmente assino o documento de renunciação ao trono.


– Achas mesmo que eles vão aceitar isso. Pensa bem meu irmão, eles não vão deixar o único herdeiro ir embora assim.


– Só tem que deixarem além disso eu não sou o único filho do Imperador.


– Hunf... ele não vão me aceitar. Neste Mundo não passo de um bastardo. Já foi difícil para o chichiue conseguir o titulo de principe para mim. E também não ia aceitar. Tenho medo que façam mal à Kagome.


– Mas isso é simples. Casas primeiro já que só faltam duas semanas, marcas-a como tua femêa exactamente como o chichiue ensinou-te e só depois irei renunciar o trono. Assim serão obrigados aceitar-te e à Kagome como legitimos herdeiros.


– Veremos então. Mas diz-me passa-se algo mais, essa tua cara de preocupação é bem visível.


Nesse momento passa a Kagura e ouve a história toda.


– Hai tens razão. Conheces-me melhor do que ninguém.


– E o que foi.


– Desde que eu cheguei com a Rin ao quarto depois daquela cena infeliz, eu tenho sentido um cheiro diferente nela.


– Diferente?


– Um cheiro de macho, muito leve mas ele está lá. E o que está deixando intrigado é que não é meu.


– Deve ser imaginação tua. A Rin ama-te demais, sabe-se lá o que ela passou nestes dias. E como podes imaginar não iria ter tempo para trair-te, não é?


– Eu sei disso, confio na minha femêa plenamente.


– Então ignora, também deve ser do senhor que trabalha na polcilga.


– Hai é, deve ser isso.


Kagura saiu dali de fininho maravilhada com que acabara de ouvir. Iria usar essa informação ao seu favor. Agora era só descobrir como e quando. Mas se fizesse tudo bem desta vez conseguiria tirar a humana do seu caminho de vez.


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