(Pov Damon)

Acordei cedo no outro dia, estava ansioso para ir à casa do Elijah para ver se ele tinha conseguido rastrear, quando alguém bateu na minha porta. Fui atender, mas quando cheguei lá não tinha mais ninguém, a única coisa que tinha era uma caixinha. Abri.

– Mas o quê?. Gritei. Era o celular do Stefan. – Mas que porra! - continuei - Não acredito nisso – chutei a porta, meus vizinhos já estavam me olhando

Corri para o térreo.

– Você viu quem subiu para o meu apartamento? – perguntei a recepcionista

– Foi um menino, aparentava ter uns 13 anos, ele disse que era da família, por isso que eu deixei ele subir – respondeu – algum problema?

Sai e deixei ela falando sozinha, estava com muita raiva.

É claro que quem manda as mensagens, não iria aparecer, ela ou ele mandou este menino entregar o celular na minha porta. Não precisa ser muito esperto para saber que existe câmeras em prédios, esta pessoa não correria o risco de ser filmado ou filmada pois saberia que eu iria atrás da gravação para ver seu rosto.

Liguei para Elijah e cancelei tudo, agora não fazia mais sentido rastrear o número. Droga, eu estava confiante que hoje eu iria acabar com toda essa palhaçada e pedir Elena em casamento, agora vou ter que pensar em outra coisa.

Peguei a caixinha que mandaram junto com o celular, vi que tinha um bilhete também.

“Não é só a Elena que eu venho observando, você terá que ser mais esperto se quiser me pegar... Eu disse que você precisaria de sorte.

- S”

– Okay, isso já está virando PLL – sussurrei aborrecido

(n/a: PLL = Pretty Little Liars, é uma série = D)

Essa pessoa é mesmo muito esperta, vou precisar ser mais discreto e inteligente para descobrir quem é. Mas como essa pessoa observava eu e Elena ao mesmo tempo? Com câmeras?.

Definitivamente não é o Stefan, ele sempre foi muito lerdo, ele não conseguiria seguir duas pessoas por mais de 1 semana sem ser descoberto, ele não é nada cauteloso. Ri lembrando do menino nerd, descuidado e fraco que Stefan era na sua infância.

Eu sinceramente não sei o que fazer para achar esta pessoa. Está na cara que não vai ser uma tarefa fácil, para pega-lo ou pega-la. Nós não temos nenhuma pista de quem seja, nada mesmo. Nós so tínhamos um numero para rastrear e agora não temos mais isso. Agora não adianta rastrear o número, se essa pessoa mandou aquela 1ª mensagem da casa dela, agora com certeza ela deve ter ser mudado de casa e apagado qualquer pista dela.

Eu só conhecia a Elena, Elijah, Jenna e Alaric nesta cidade. Não tenha a mínima idéia de quem podia ser. Quem poderia ter alguma coisa contra mim e principalmente contra Elena nesta cidade?.

– Okay, me sinto um inútil agora – falei sozinho frustrado no meu apartamento.

Eu tinha que descobrir sozinho quem é essa pessoa. Se eu colocasse a Elena nesta busca ela iria enlouquecer e cairia cada vez que nos fracassássemos.

E aposto que é exatamente isso que esta pessoa quer, nós ver fracassando, brigando, enlouquecendo a sua procura. Eu tenho é que fazer Elena esquecer disso, mas eu não vou esquecer não, porque eu tenho um pressentimento que esta pessoa tem muita raiva da Elena, por isso eu estou tão preocupado em achá-la, antes que ela mecha com a minha pequena.

(Pov Katherine)

Lembro de estar rir freneticamente depois que eu deixei o celular com o bilhete na porta do apartamento de Damon, lembro de rir muito mesmo tentando imaginar sua cara de frustração depois que visse o que eu deixei para ele, idiota, ele pensava mesmo que iria me pegar assim tão fácil?, ele não sabe com quem está se metendo. Depois lembro que comecei a correr, porque eu sabia que ele iria querer olhar na rua pra ver se tinha alguém suspeito, alguém desconhecido que tinha cara de quem estivesse armando e se ele me visse iria ser uma confusão e tanto. De repente eu comecei a ficar tonta e ver tudo escuro, alguns segundos depois eu não via completamente nada, tive que deitar ali na rua mesmo, não conseguia mas nem me arrastar quanto mais correr como eu estava.

Agora Estou caída na calçada de algum prédio a alguns metros do apartamento de Damon. As pessoas se juntam ao meu redor. Perguntam: você está bem?, Qual o seu nome?, Você lembra seu nome?, Você tem família aqui perto?, Você acha que consegue levantar-se?. Tantas perguntas pensei, mas eu estou fraca demais para responder qualquer uma, ainda nem consigo enxergar direito.

– Você sofre de alguma coisa? – me perguntaram

Tento pensar em porque eu estou caída aqui. Não é falta de alimentação, eu me lembro de ter comido bem antes de sair de casa, porque agora eu tenho que comer por dois. Claro!. Lembrei. Os Remédios como eu fui me esquecer dos remédios?. Droga, droga, droga, droga. Os remédios. Como eu fui me esquecer?. Tenho que reunir forças para falar ou vou acabar morrendo aqui nesta calçada imunda com o meu bebê e pior, vou morrer sem me vingar. Tenho que falar, Tenho que falar, mas tem tanta gente ao meu redor e está tão quente, estou sufocada com toda essa gente.

– Estou grávida – tento falar, mas só o que sai é um som baixinho da minha garganta. Tenho que falar alguma coisa, tenho que falar alguma coisa. Minha cabeça esta a mil.

Uma pessoa se aproxima mais para tentar ouvir, reúno todas as minhas forças novamente e tento falar de novo.

– Estou grávida – consigo enfim falar – Levem-me para o hospital, por favor.

Uma das pessoas que estavam só me olhando antes, se abaixa agora e me carrega nos braços. Graças a deus, pensei que iam me deixar lá morrendo naquela calçada imunda, pensei.

Minha visão começa a voltar pouco a pouco, mas ainda está tudo muito escuro. Vejo um homem me colocar dentro de um carro, enquanto uma mulher vai dirigindo. Rápido, por favor, quero falar, mas não consigo falar mais absolutamente nada, desmaio.