Not That Simple Maid escrita por RoxyFlyer21


Capítulo 3
Capítulo 3 - Notícias correm rápido!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, pequeno transtorno de criatividade! Aqui esta, boa leitura!



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Quando se deu por si, estava indo em direção a entrada dos fundos do pequeno estabelecimento. O Maid Café estava localizado em uma rua comercial, perto do centro, e encantava os pedestres pelo seu jeito simples porém encantador, sem falar no apelo dos uniformes curtos das queridas maids. A fachada era de tijolos, de dois andares e vidro, e um pequeno quadro negro do lado de fora da entrada informava os passantes das especialidades do dia. Riley virou à direita, numa estreita rua escura que funcionava como entrada dos fundos. Sacou uma chave e entrou.

Não havia nenhuma garota no vestiário, como era de se esperar por estar atrasada. Abriu seu armário, e vestiu o uniforme de maid. Curto acima da metade das coxas, cheio de babados no corpete branco, volumoso no cetim preto e com mangas curtas, o uniforme era uma mistura perfeita de graça e provocação. Seu colo ficava a mostra, e no pescoço amarrou uma fita preta de renda. Vestiu a meia-calça 7/8 preta e a bota longa.

Caminhou até o espelho da camareira, onde diversos produtos de beleza e maquiagem estavam espalhados. “As outras maids adoram se produzir para trabalhar,” suspirou. “Que perda de tempo. Simplesmente existem coisas mais importantes para se procupar!” Penteou seu cabelo preto, que devido a correria estavam um tanto embaraçados, e prendeu a tiara de renda típica das maids.

Na cozinha, a Gerente estava conversando animadamente com um dos cozinheiros. Ela era uma mulher baixinha, com os cabelos arroxeados curtos e a voz bem doce, sempre animada e alegre. Riley aproximou-se, um tanto envergonhada, e pediu desculpas pelo atraso.

– Não irá acontecer de novo! Prometo!

– Não se preocupe, Riley! Dê o seu melhor hoje e VAMOS SERVIR ESSES CLIENTES FAMINTOS!!

– Si-sim, gerente... – Riley se assustou um pouco com a animação espontânea da mulher, porém logo pegou uma bandeja e entrou no salão do Maid Café.

Assim que pisou no assoalho de madeira do lugar, um sorriso branco iluminou seu rosto. “Sempre sorrir ao servir,” era o lema do lugar. E Riley achava bom. Era um lugar ótimo para relaxar a mente, focando apenas em servir bem as pessoas, sem pensar em nenhum problema.

Desde que aceitara o emprego, há quase um ano atrás, sua opinião tinha mudado. A sua preocupação em ser descoberta tinha diminuído quando percebera que o lugar não era muito conhecido pela cidade, e ficava relativamente distante do Colégio Seika, sendo assim nenhum colega faria uma visita inesperada. Aprendeu a aceitar o fato de ter que usar roupas curtas e justas, de ter constante atenção masculina (a maior parte dos clientes era homem, claro) e de ter que trata-los de um jeito especial.

– O que deseja, mestre? – ela se dirigiu a um cliente com a voz delicada e doce, e com um sorriso tão maravilhoso que deixou o pobre homem gaguejando por uns instantes.

– P-pode ser um omelete mai-mai, por favor...

– Um omelete mai-mai saindo, mestre!

O emprego também pagava bem e ela conseguia intercalá-lo com a puxada rotina de estudos que levava. “Se bem que, agora com as despesas aumentando, eu vou ter que trabalhar mais um turno.”

Entrou de novo na cozinha, e disse o pedido ao cozinheiro. Quando virou-se, escutou sons de choro e viu Linda com o rosto escondido nas mãos e Ashley a abraçando.

– Mas o que houve, Ash?

Linda estava soluçando e chorando tanto, Ashley virou para respondê-la com cara de preocupada.

– Linda ficou super-mal quando soube das noticias.

– Que notícias?

– Você não soube? O Maid Café foi vendido para um empresário ganancioso de Londres, e vamos ser todas despedidas.

Riley sentiu seus pés sem chão.

– Não, não pode ser!

– A Gerente ia nos contar no fim da semana, mas parece que as notícias correm rápido.

Riley não sabia o que pensar, nem o que dizer. Precisava urgentemente desse emprego! Seus pensamentos foram cortados pela sineta do cozinheiro, chamando-a.

– Omelete mai-mai pronto!

– Riley, aonde você vai?

A garota tinha colocado o prato em sua bandeja, escutando os soluços de Linda ainda, e dirigiu-se à porta.

– Vou voltar ao trabalho.

Quando Riley terminou o turno da noite, eram quase meia noite. A Gerente, com medo de apavorar ainda mais as coisas, acabou não fazendo alarde em relação a venda do Maid Café aquela semana, mas Riley já estava abalada. “Não importa o que aconteça, vou continuar até o fim,” tentava controlar-se. “Não posso acreditar, não posso!”

A garota carregava os sacos de lixo para fora da entrada de serviço, e sentiu um vento gelado cruzar o beco. Ela espirrou forte, e uma sensação de fraqueza dominou seus músculos por alguns instantes. O estresse emocional e os dois turnos que trabalhara todos os dias começando naquela semana, combinados com o trabalho da escola não fizeram bem para ela, e as consequências estavam finalmente aparecendo. “Não posso ficar doente agora,” pensou, e respirou profundamente, tentando redobrar a atenção.

Saiu do beco em direção à rua da frente, para trancar a porta de entrada. Logo que o fez, virou-se com a cabeça para baixo, pensativa, e não vira a pessoa bem a sua frente. Trombou para o lado, mas sentiu a pessoa a segurando firme no corpete da cintura.

– Me desculpe, eu não....

Ao reerguer-se, levou a mão a boca com o susto. Um garoto muito alto, com os cabelos lisos extremamente loiros caindo pela bochechas e os olhos verdes límpidos a encaravam. Inicialmente, o rosto do rapaz esboçou surpresa, mas logo ficou sério como se entendesse a situação e abriu um meio sorriso.

– Ward!....

Riley sentiu-se sem chão. Viu os olhos verdes do menino percorrerem rápido seu corpo, seu uniforme curto. Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, ela correu de volta ao beco da entrada de serviço, porém foi obrigada a parar e se apoiar com as costas na parede, pois foi tomada novamente pela fraqueza muscular. Desta vez, sua cabeça doía incansavelmente e sentiu perder o equilíbrio. Antes de tombar com as pernas e perder a noção dos sentidos, viu uma cabeça loura entrar e a segurar nos braços.

De novo.


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