Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 89
O que é o braço mecânico?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297260/chapter/89

CAPÍTULO 136

Vikaralamon correu para cima de Monodramon com muita força e rapidez. O javali cabeceou, mas atingiu um muro, destruindo-o imediatamente. O Mono arregalou os olhos e viu que se fosse atingido seria ferido mortalmente. Sem muito o que fazer para parar um digimon de nível perfeito, ele tentou outra vez voar baixo, mas dessa vez ele subiu mais e parou nas costas do deva.

— O que tá fazendo aí em cima?

— Hihihi. Quero ver se vai me pegar agora.

— Sai de cima - o suíno ficou pulando feito doido.

Já o gato ficou algum minutos descansando no mesmo lugar onde caiu. O golpe que levara do porco doeu demais nele.

— Esse maldito porco me paga.

Uma sombra surgiu no meio dos dois. A lua iluminava a noite, mas era Mikemon quem havia pego um poste de energia e levantado com as suas patas. A sombra era esse poste. O gato deu um pulo e jogou o poste para baixo como se fosse uma lança. Deu tempo apenas de Monodramon sair da frente, porém Vikaralamon foi atingido pelo objeto. O deva desmaiou em seguida.

— Arf... Arf... Não quero esse lixo me atrapalhando. Já adiei e muito a sua morte, Monodramon. Você vai morrer pelas minhas garras.

— De novo isso? Não se cansa não?

— Cala a boca!

 

Enquanto isso Vajramon continuou enlouquecido por causa do lençol preso em seu rosto. O instinto de touro ao ver aquele vermelho falava mais alto. Ele se contorcia e dava chifradas nas casas que ainda estavam de pé. Até que um momento de lucidez surgiu. Retirou o lençol do seu rosto e respirou fundo. Seus olhos pararam de girar.

— Aquele maldito vai me pagar caro. Cadê ele? - o touro ficou procurando Petermon por todos lugares até vê-lo em suas costas. - O que faz aí?!

— Não tinha como eu escapar então resolvi montar aqui atrás. Até que é legalzinho ficar montado, visão privilegiada hehehe.

— Maldito! - Vajramon tentou se virar, mas o seu corpo era grande demais e Petermon estava num canto impossível de ser pego.

O touro centauro deu um sorriso e pulou alto. O pulo foi tão alto que deu pra ver a cidade inteira. Depois ele aterrissou com as patas dianteiras causando um terremoto. Petermon se desestabilizou e caiu das costas dele.

— O que eu faço agora? Ele vai me matar.

Por causa da queda o relógio quebrou. O digimon Peter Pan ficou arrasado por ter quebrado o seu objeto tão valioso. Entretanto, ele percebeu que dentro do objeto havia um cartão de coloração cinza, de uns cinco centímetros e com a parte do meio com um desenho de uma manopla dourada. Ele se perguntou o que diabos era aquilo e nunca imaginou um cartão dentro do seu relógio.

— Aí está você, baixinho. Prepare-se para morrer!

Petermon fechou os olhos já se preparando para a sua morte quando aquele cartão brilhou do nada e a luz dourada encobriu o seu braço direito. Uma manopla dourada surgiu como se fosse uma parte de armadura. Ele nunca havia visto algo assim. O seu braço ficou mecânico de uma hora para outra.

— Esse poder... Ah - sentiu o seu corpo fervilhar. Com certeza o seu poder dobrou ou triplicou apenas usando aquele objeto.

Quando Vajramon tentou golpear com a sua espada, Petermon deu um pulo e com a manopla quebrou a arma. Aquilo espantou o touro pois isso jamais aconteceu antes. Petermon usou a arma e deu um soco na cara do deva, quebrando o seu crânio. O monstro caiu nocauteado pelo imenso poder da arma.

— Isso... O que houve aqui?! - indagou ele ainda assustado com o seu poder. A manopla com o braço mecânico brilharam e retornaram a sua forma de cartão.

Foi a coisa mais fora do normal que Petermon presenciou em sua vida. Logo ele chegou a conclusão de que era o relógio que a velhinha procurava. Quando ela afirmou que não conseguia rastreá-lo, foi porque momentos antes Mikemon havia jogado na boca de MarineDevimon e na sequência Babamon nocauteou o monstro. Tudo fez sentido.

— Monodramon - disse Petermon antes desmaiar por conta de uma paulada que recebeu por trás.

...

Gennai terminou de mapear a ilha toda e não acreditou que ela havia mudado muito. Da última vez que estava por lá era diferente. Uma cidade surgiu do nada e a floresta diminuiu. Ele pensou nos Sepikmons e como estariam depois disso.

— Senhor Gennai, o que faremos com eles? - Perguntou Babamon apontado para Pajiramon e Kumbhiramon nocauteados no chão. Eles foram facilmente derrotados pela velha e por Etemon.

— SlashAngemon vai se encarregar deles. Mas o que mais me preocupa são os índios. Existem Sepikmons somente nesta ilha, portanto é uma raça de digimons quase extinta. Vamos fazer o seguinte, exploraremos o local, ajudaremos e depois partiremos com as vítimas do naufrágio.

E assim foi feito.

Monodramon levou um chute no estômago e outro no rosto. Ele caiu no chão. Mesmo Mikemon ter se ferido com o golpe de Vikaralamon, ele ainda tinha muita força. Era um digimon no nível adulto e conseguia se sobressair a Mono facilmente. O gato pegou uma pedra com uns 50 quilos e foi no intuito de esmagar o outro. Monodramon arregalou os olhos e saiu em disparada.

— Volta aqui, filho da mãe! - arremessou a pedra que atingiu o dragão. Tanto ele quanto a pedra caíram dentro de uma loja de conveniência.

A situação do herói era ruim. Seu corpo havia se ferido com o golpe da pedra. Os hematomas vermelhos ficaram bem marcados em comparação com a tonalidade roxa da sua pele.

— Nya nya nya. Esse é o fim da linha.

— Não posso me acovardar. Não posso. Já me acovardei por muito tempo quando estava no digitama e não nascia. Eu nasci pra ser o mais forte! Não preciso de você ou do meu ex-parceiro digiescolhido para me darem uma lição de moral. Eu vou sobreviver a esse mundo sozinho.

— Cale-se! - Mikemon batia muito no Monodramon até deixá-lo deitado no chão. - Dessa vez morra e nunca mais renasça!

Um brilho ofuscou a visão de Mikemon. Monodramon crescia de tamanho. Ele digievoluía ali mesmo, na marra! O gato se afastou para ter uma distância segura. O dragão tomava uma forma mais humanoide parecido com um humano. A sua aparência era mais alta, forte, usava uma calça militar verde com um cinto preto, partes metálicas nos ombros, braços, nas mãos e na ponta da cauda. Na cabeça havia um capacete metálico cobrindo a parte de cima, mas a sua boca ficava exposta. Os cabelos vermelhos surgiam por trás da nuca e no seu peito algumas marcas semelhantes a desenhos.

— Que merda é essa? Há um minuto ele estava quase morrendo. Agora isso. Hei, Monodramon, que significa isso?

Mas o digimon não respondia. Ele continuou parado em pé.

— Que se dane. Eu vou atacar com a minha pata de gato. Morra de uma vez!

Mikemon usou as duas garras e acertou o corpo do Dragão-Homem. Nada aconteceu. Logo Monodramon fez a partes metálicas do seu corpo soltarem fogo e queimarem o gato.

— Kyaaahhhh. Tá quente! Tá quente! - Mikemon pegava fogo.

Monodramon voltou a brilhar e a diminuir de tamanho. Logo a sua aparência ficou normal. Ele, porém, não resistiu a toda a sobrecarga de energia e desmaiou.

— Ma-maldito... meu pelos estão queimados. - o gato se arrastou para perto do Mono. - Vai pagar... vai pagar pelo que fez.

Quando Mikemon estava prestes a decapitar Monodramon com as suas garras, uma pessoa surgiu por trá dele. O gato se virou e viu Babamon parada ali. A velha reconheceu logo o ex-pirata e avisou que nada aconteceria com ele se deixasse Mono em paz. O gato não deu ouvidos e prosseguiu. A digimon utilizou a sua vassoura para dar um golpe em Mikemon. O vilão voou até as nuvens e sumiu para nunca mais voltar.

— Menino Mono. - Ela segurou o pequeno dragão no braço e caminhou na direção da praia.

Os ajudantes de Gennai prestaram socorro aos Sepikmons. Ele percebeu que os selvagens ficaram ao redor de um digimon que estava desmaiado. O homem se aproximou e peguntou ao ancião de quem se tratava. O mais sábios dos Sepikmons ficou com receio de dizer que era um deva, pois era arriscado Antylamon ser preso.

— Não precisa se esforçar para mentir, meu bom ancião. Sei de que é um digimon parecido com os outros que abatemos na praia.

— Senhor Gennai, não faça nada contra esse digimon. Ele nos ajudou apesar de ter trabalhado com eles.

— Parece que ele acordou.

— Eu já estava acordado e ouvi tudo - Antylamon ficou sentado. - Você deve ser o Gennai de que tanto falam. Eu... eu sou um criminoso assim como os outros devas. Eu ajudei a destruir a floresta dos Sepikmons no passado e a ofertar digimons.

Os Sepikmons lamentaram que o coelho falou a verdade e temiam por sua prisão.

— Sabem que o Digimundo atual possui polícia e leis que se descumpridas há penas como na Terra. Com certeza o que os devas fizeram foi um crime sem precedentes. Matar e desapropriar os Sepikmons foi algo criminoso e hediondo. - Antylamon abaixou a cabeça - Mas eu posso rever a sua situação. Mexer os meus pauzinhos e aliviar o teu caso.

O coelho agradeceu ao Gennai e disse que faria qualquer coisa para se redimir.

— Faço qualquer coisa, senhor.

— Trabalhe para mim - disse o homem com um sorriso no rosto.

Antylamon passou a mão na cabeça e suspirou. Há anos não saía da ilha. Aceitou o convite de Gennai para ser o seu ajudante.

Monodramon acordou dentro do convés do barco. Levantou-se com muita ansiedade até ver Babamon sentada ao lado dele. O pequeno dragão perguntou a ela o motivo de ele estar ali. A velha avisou que havia resistido ao poderoso ataque no navio, que recebeu ajuda e que foram para a ilha Deva.

— Espera! Onde está o Petermon?

— Aquele pestinha? Não sei. Não o vi em lugar algum. Por que se preocupa com ele?

— Senhora Babamon, Petermon e eu somos amigos. Viramos amigos aqui na ilha. Mas nos separamos quando ocorreu a explosão - ele tentou se levantar, mas ainda estava fraco demais.

 

Petermon acordou num lugar escuro. Ele estava amarrado nos braços e pernas. Viu que era um quarto escuro. Uma pessoa abriu a porta e mostrou ser Darc'mon.

— Quem é você? Onde estou?

— Não se preocupe pois eu não farei mal a você. Eu sou Darc'mon e você está dentro de um barco que os devas utilizavam. Estamos uns dois quilômetros longe da ilha.

— Me deixe sair.

— Não. Você precisa ficar oculto das vistas de Monodramon. Fique quietinho aí até eu poder te soltar sem ferimentos.

— O que farão com o Monodramon?

— Monodramon não deveria ter feito amizade contigo. Aquela viagem do navio foi interrompida. O destino final dele foi adiado várias vezes. Nosso querido Monodramon será um digimon de puro ódio e infame. Não há nada para você se metendo na vida dele.

Petermon fez força para se soltar, mas as algemas eram fortes demais.

— Não façam nada contra ele!

— Fazer? Diga-me, quando que você conheceu aquele digimon? Desde antes dele partir da Ilha Arquivo o seu destino estava traçado. Ele foi induzido a abandonar os próprios pais para se juntar à revolução digital que o meu chefe promove. Assim quando Monodramon chegar até o meu chefe, a sua bondade acabará. Ele se tornará o pior inimigo dos digiescolhidos. Tá bom pra você?

— Chega! Isso é cruel. Me solta!

Petermon sentiu uma agulha entrar em seu braço. Era Dracmon com uma seringa com tranquilizante. O rapaz logo voltou a dormir.

— E o que faremos com ele da próxima vez que acordar?

— Da próxima vez não estaremos aqui.

Horas se passaram e o já estava amanhecendo naquela região. Buscas foram feitas por sobreviventes. Alguns eram os moradores que ficaram embaixo dos escombros. Contudo, nada do paradeiro de Petermon. Isso deixou o Monodramon arrasado e não acreditando que o amigo morrera. Ele ajudou nas buscas. A ilha inteira foi vasculhada, incluindo no vulcão, mas nada do digimon.

— Você terá que se acostumar com o fato dele ter morrido. - disse Babamon.

Monodramon chorou bastante ao saber da possibilidade de nunca mais ver o seu amigo. Ainda não se acostumou com essa ideia e quis ficar na ilha. Gennai foi contra qualquer sobrevivente do naufrágio ficar em Deva.

— Vocês precisam ir para Nova Digicity. Lá receberão tratamento médico melhor. Antylamon e eu ficaremos aqui para ajudarmos na reconstrução da ilha.

— Tchau, Monodramon.

— Antylamon, foi bom ter conhecido um cara como você. Também gostei de conhecer o Petermon. Apesar de começarmos como inimigos, viramos amigos e gostamos muito. Por favor, faz um túmulo para ele, em memória dele.

— Eu juro que farei.

Assim o pequeno Monodramon se despediu da Ilha Deva com o coração apertado. Continuou a chorar a perda de Petermon até pegar no sono.

Boogiemon e Arkadimon ficaram desmaiados no barco depois de mais alguns cascudos de Babamon. Ela conhecia a índole má dos dois e preferiu sempre deixá-los desmaiados.

E assim o barco patrulha saiu da Ilha Deva e foi para o continente.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.