Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 74
Leomon e Ogremon - Rivais mais unidos do que nunca




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CAPÍTULO 121

A convivência entre dois rivais não era nada fácil. Por um lado o Leomon, um guerreiro íntegro que gosta de praticar a justiça e não se submete à ninguém. Do outro temos Ogremon, um ser arrogante que adora causar a injustiça, nada íntegro e que não se submete à ninguém. Talvez o único problema deles seja o ponto em comum que têm, "não se submetem".

— Como é que é, Leomon? Quer que eu fique cuidando do Hopmon no teu lugar?

— Como protetor dessa parte da ilha eu preciso fazer a vigília. Ah, mas não será nada difícil visto que já se apegou a ele.

— Sim, mas ontem mesmo eu fiquei olhando ele! - disse segurando o porrete.

— Faz o seguinte: você olha ele hoje e quando for a minha vez eu fico dois dias seguidos com ele. O que me diz?

— Ora seu...

Alguém bateu na porta. Ambos olharam para a mesma direção e viram Monzaemon parado no lado de fora.

— O que foi agora, Monzaemon?

— Leomon, tudo bem? Eu só queria uma ajuda para arrumar um telhado de uma das casas da Cidade dos Brinquedos. Será que pode me ajudar?

— Mas é claro...

— Eu também vou ajudar! - falou Ogremon.

— Leomon, o que o Ogremon faz aqui? E que Digimon é esse? - falou se referindo ao Hopmon que havia saído.

— É uma longa história que eu te conto no caminho - Leomon se virou e viu o ogro sair com o pequeno nas mãos. - Pra onde vai levá-lo?

— Não está óbvio, idiota? Eu vou com vocês para a cidade desse patife.

Monzaemon já não entendia mais nada a respeito daquela situação frustrante. Há poucos dias eles eram os piores inimigos do digimundo, agora parecem mais parceiros.

Os quatro foram até a cidade dos brinquedos. Ogremon soltou Hopmon que foi logo correndo para brincar com um macaco de brinquedo que era músico. O brinquedo batia seguidas vezes os pratos. Também havia carrinhos e outros bonecos que andavam sozinhos.

— Então quer dizer que esse pirralho ali foi chocado contigo? E que o Ogremon apareceu do nada para depois te ajudar? É brincadeira.

— Pra você ver como a minha vida se complicou em uma semana, principalmente com esse ogro que só sabe reclamar. Então é esta a casa?

— Sim é.

— Sinceramente, seu urso desmiolado, você deve ter feito isso de propósito só para implicar, não é? - disse Ogremon.

A casa estava completamente destelhada. Apenas os caibros e ripas estavam no lugar.

— Se você não quiser não ajude. Isso só provará que o Leomon é muito melhor que você.

— Eu não preciso provar nada a ninguém. Tudo bem eu ajudo, mas porque eu tô a fim, não porque eu gosto de fazer isso. Não vá se acostumando com esse favor e querer pedir mais.

— Para de reclamar - disse Leomon.

Leomon pegou uma bolsa com ferramentas e subiu uma escada colocada para ir até o telhado. Alguns outros digimons ajudavam a levar as telhas enquanto Ogremon entregava para o leão. Depois Monzaemon pediu ao ogro que ajeitasse uma porta e várias outras coisas. Por incrível que pareça, Ogremon era meio preguiçoso enquanto Leomon era trabalhador.

— Se você trabalhar resmungando desse jeito nunca vai encontrar ua mulher na vida. Talvez com esse seu jeito estúpido até encontre uma LadyDevimon já que é a sua cara.

— Cala a boca, Leomon! Eu não tenho interesse de agradar ninguém.

Monzaemon não entendia as brigas de comadres dos dois. Pareciam até dois casados brigando. Prometeu que depois do trabalho faria bolhas de corações para eles se sentirem melhor.

Enquanto isso, Hopmon brincava sobre um pequeno caminhão de bombeiros quando surgiu um bando de Pagumons. Um Pagumon que provavelmente era o líder, pois usava uma faixa na testa, chegou perto do pequeno.

— Ei, irmão, que tal se juntar ao nosso time?

— Não sei, eu tô com meus pais.

— Não esquenta com eles, nós só vamos brincar. Não é mesmo, caras?

— É - disseram.

— E então, vai ou não brincar com a gente?

— Brincar de que?

— Polícia e Ladrão.

— E como é que se brinca disso?

— Vem comigo que eu te ensino. Não é, galera?

— É - disseram.

Hopmon largou os brinquedos e foi atrás dos Pagumons nessa nova brincadeira.

Minutos depois a casa de Monzaemon foi completamente restaurada. Ambos ficaram suados e se sentaram escorados no muro da residência. Monzaemon jogou duas latinhas de refrigerante e tomaram para assim passar a sede. Terminaram o serviço, descansara e até beberam refrigerante, porém só minutos depois lembraram do Hopmon.

— Não olhe pra mim, eu sou só um. Deixei o guri brincando enquanto ajudava.

— Tem razão Ogremon, mas se ele não está aqui é porque foi pra outro lugar.

— Talvez ele tenha ido para outro canto da cidade. A procura não vai ser nada fácil, pois a cidade é grande - disse Monzaemon.

Um Motimon veio correndo na direção dos três e começou a falar com muita aflição.

— Diga, Motimon.

— Senhor Monzaemon, eu acabei de ver um grupo de Pagumons baderneiros que quebraram o telhado da sua casa. E o pior que levaram um outro digimon junto deles.

— Motimon você sabe que Digimon é esse? - Monzaemon.

— Sei sim. É o mesmo que tava brincando aqui.

— Pagumons não são confiáveis - disse Leomon correndo a seguir para alcançar o grupo.

— Espera, Leomon, eu também vou - Ogremon largou o refrigerante e correu atrás.

Mesmo com suas adversidades os dois se uniram para uma causa maior.

Os Pagumons levaram à força Hopmon na direção de um lago. Nesse meio tempo o pequeno estava sendo carregado pelo grupo contra vontade.

— Não esquenta, irmão, o seu batismo vai ser rápido. Se for forte com certeza não se afogará - disse Pagumon líder.

Hopmon, com cara de choro, aguardava seu destino que não seria nada bom.

— Por favor não façam isso! - dizia Hopmon ao mesmo tempo que choramingava.

— Deixa de ser covarde, irmão. Vai sim ser batizado nas águas do lago. Se morrer, não vai morrer em vão - disse Pagumon Líder.

Leomon corria contra o tempo para poder alcançar o jovem Hopmon das garras do mal. Ele pulava de galho em galho até subir na copa de uma árvore. Observou a vista panorâmica de boa parte da ilha arquivo até ver a localização de um lago. Retornou ao chão.

— Droga, Leomon, me espera! - bradava Ogremon logo atrás.

— Não tenho tempo para esperar. Aqueles baderneiros vão matar Hopmon.

Os Pagumons chegaram à beira do lago. A margem era alta o suficiente para uma pessoa mergulhar. Eles contaram até três e jogaram Hopmon na água. Em segundos o pequeno começou a se afogar.

— Socorro... Soc... socorro! - afundou.

Leomon imediatamente apareceu bem na hora e deu um mergulho. Localizou o pequeno desmaiado e o pegou até levá-lo à superfície. Os Pagumons resolveram fugir, mas ficaram cara a cara com Ogremon. O único que havia escapado ileso foi o líder.

— Aonde vão?

— Atacar! - disseram.

Os Pagumons começaram atacar Ogremon que logo usou o seu porrete para revidar. O ogro conseguiu bater no grupo de baderneiros que fugiram dali.

Leomon colocou Hopmon no chão e começou a apertar o que seria o peito do menor com seus dedos. Os dois ficaram tristes pelo pequeno, mas, como a esperança era a última a morrer, Hopmon deu um suspiro de vida e acordou para o alívio deles. Leomon o pôs na mão feliz da vida.

— Agora está a salvo - disse.

...

Dias se passaram após o incidente que houve no lago dos Seadramons envolvendo Hopmon. Ogremon ficou tomando conta do pequeno enquanto Leomon tomava conta da ilha.

Um incêndio na floresta chamou a atenção dos digimons. Leomon chegou para ver juntamente com Centarumon e também Seadramon a fim de apagarem as chamas.

— Isso foi acidental ou alguém pôs fogo?

— Não sabemos, mas a ilha não pega fogo só. Leomon eu tenho uma suspeita que foi algum Digimon que fez isso - disse Centarumon.

— Nem olhem para mim eu não estava na floresta durante esses dias - disse Meramon - e mesmo que eu estivesse aqui não faria um absurdo desse e nem andaria por aqui com meu corpo em alta temperatura.

— Tem razão, Meramon. Foi outra pessoa - disse Leomon.

Longe dali uma pessoa observava os Digimon conversarem. Depois se retirou.

Agora Leomon ajudava Elecmon a pescar os peixes no rio com a rede. Depois levou cerca de duzentos peixes para o cuidador de bebês.

— Como está o Hopmon? Não o vi desde que saiu daqui.

— Está bem. Ogremon está tomando conta dele.

— Ainda não acredito que aquele brutamontes ficou mansinho mansinho. Só vendo para crer.

Enquanto isso, os Pagumons se reuniram, inclusive o líder deles, numa caverna. Uma pessoa que aparentava ser um homem adulto e humano entrou. Ele vestia um casaco preto e usava uma máscara de hóquei. Os pequenos ficaram com medo dele.

— Vocês foram inúteis para mim naquele dia infeliz que deveriam ter afogado o Digimon. Porém vou lhes dar mais uma chance de eliminarem aquele digimon - disse a voz bem grossa dele.

— Certo chefe - disseram.

— Esperem até o momento certo para atacarem. Na Cidade do Princípio - disse e logo em seguida se retirando.

Leomon cansou do dia pesado de vigilância e retornou para a sua caverna. Ao chegar teve a surpresa de não encontrar Ogremon e Hopmon lá. Por um momento pensou besteira, mas logo se lembrou que o ogro havia dito que iam recolher alguns frutos na floresta e que o levaria para a sua gruta.

— O saco já tá cheio? - perguntou Ogremon pendurado num galho jogando as frutas na direção de um saco bem grande.

— Não... - disse Hopmon abaixo da árvore.

— Então fique aí vigiando para que ninguém roube.

O mesmo homem que estava falando com os Pagumons resolveu chegar mais próximo do pequeno ser. Assobiou em sua direção recebendo em troca a devida atenção dele.

— Eu?

— Isso mesmo, vem cá - disse se escondendo atrás de uma árvore para não ser visto pelo ogro.

— O que é?

— Ei baixinho dá para perceber que você é jovem e tem uma longa vida pela frente. Que tal se você pudesse ter um poder muito forte além da imaginação? Gostaria de ser tão forte quanto o Leomon?

— Num sei...

— Faça o seguinte: amanhã pela manhã o Leomon vai te levar para a Cidade do Princípio para fazer uma visita aos bebês. Existe um pequeno jardim ao lado da cidade. É só você ir até lá que eu te mostro como ficar tão forte igual o Leomon. O que acha?

— Legal.

— Pois bem, amanhã a gente se vê - desapareceu na escuridão da floresta.

Hopmon se virou e viu Ogremon na sua frente com a cara de poucos amigos. Deu uma bronca no bebê por causa de algumas frutas que continuavam no chão.

O homem caminhou até um trailer numa estrada, entrou. Retirou o casaco e máscara. Era com certeza um homem humano. Se deitou numa cama de solteiro e sorriu.

"Não pude impedir o seu nascimento, mas ainda há tempo de destruí-lo" - pensou.

...

O sol nasceu na Ilha Arquivo mais uma vez. O dia parecia bem diferente dos anteriores, talvez algo acontecerá.

Leomon se espreguiçou e se levantou da cama. Foi preparar um chá para beber, depois de beber e comer alguns pães, preparou um banho quente na banheira. Se atirou na água com calça e tudo. Pensou em como estaria Hopmon na gruta que Ogremon chamava de casa.

— Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda! Acorda!... - pulava Hopmon sobre o corpo do ogro que tentava dormir por mais um segundo, contudo seria impossível daí por diante.

— Droga eu já tô acordado! - resmungava Ogremon.


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