Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 73
Nascendo Atrasado - Ketomon




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CAPÍTULO 120

Passou-se muito tempo desde que o pequeno Elecmon encontrou aquele ovo às margens do rio.

— Eita parece que vai chover - disse Elecmon olhando para o céu nublado.

Os bebês ficaram agitados por causa do temporal que se aproximava. Havia uma casa toda colorida que eles se refugiavam nesses casos. Foi o que aconteceu. E os digitamas continuaram no lado de fora.

Elecmon tinha o seu próprio canto para ficar. Ele aguardou a chuva passar, aliás foram horas para a chuva passar. Enquanto isso bem ao fundo da sua casinha ele viu o digitama estranho que sequer nascia digimon. Lembrou-se da vez em que o pegou muito antes dos novos digiescolhidoos aparecer, talvez uns dois ou três anos atrás. Sim, dois anos sem chocar!

— O que eu faço contigo - disse segurando o ovo em suas mãos. O digitama tinha desenhos de listras azuis. O cuidador chacoalhou, colocou perto da orelha pra escutar, acendeu uma lâmpada e colocou o ovo perto da luz para ver o que havia dentro, nada. Desistiu.

A chuva parou duas horas depois e os bebês saíram pra brincar. O estranho digitama ficou largado como sempre lá dentro como peça decorativa da casa. Elecmon saiu para buscar alimentos aos filhotes.

Num rio ali próximo ele preparou a rede de pesca, mas não servia pra pescar coisa alguma. Ele simplesmente juntava os peixes ali e os levava para a cidade. Soltou seu raio e matou um cardume. Os levou.

Ao chegar na cidade, não conseguiu conter os bebês esfomeados. Pularam logo pra cima da comida e a devoraram. O pequeno protetor descansou um pouco, mas pensou no digitama. Como de costume levava-o para fora para tomar ar.

— O que é você? - chacoalhou. - Não é possível que não choque.

Ele deixou o digitama bem no meio da cidade junto com os outros. Sempre fazia isso desde que o encontrou. Estranho ao extremo aquele digimon não nascer de uma vez. Deu tempo dos novos digiescolhidos aparecerem e acabarem com o último inimigo.

— Elecmon, o que quer comigo?

— Ah, Leomon! Que bom que você veio. Eu quero que fique olhando os bebês para mim, por favor.

— Escute, eu vou te ajudar dessa vez, mas só hoje. Não vá se acostumando porque eu não tenho cara de cuidador de digimons bebês.

— Tudo bem, eu só vou na floresta pegar ervas medicinais para caso um bebê venha a adoecer. O estoque acabou.

Leomon assentiu e ficou olhando os pequenos enquanto Elecmon ia buscar o remédio. O leão não gostou muito daqueles pequenos seres ficarem na sua cola direto. Ele então foi até o meio da cidade e sentou bem ao lado do digitama que nunca chocou.

— Agora fiquem quietinhos.

Elecmon pulava de galho em galho e buscava as folhas nas árvores. Algumas eram bem altas, outras nem tanto. Algumas ervas eram rasteiras e outras eram raízes medicinais. Ele levou um saco e colocou tudo dentro.

Leomon tentava acalmar os pequenos. Estes pulavam sobre suas pernas e ele os tirava. Foi então que ele retirou a sua espada das costas e a colocou encostada perto do ovo. Imediatamente ficou brilhando.

— Mas o que está acontecendo?

Os bebês ficaram mais agitados. O guerreiro segurou o digitama nas mãos e ficou observando. Não podia imaginar que veria o nascimento tão de perto, era no mínimo curioso.

— Que tipo de digimon será você?

O digitama não parava de brilhar nãos mãos dele. Ficou espantado com a luz aumentar cada vez mais. Colocou o objeto no chão e ficou apenas observando. De repente nasceu um bebê dentro de um pequeno e rústico berço. Leomon olhou mais de perto. Colocou a mão e o pequeno subiu. Ficou vendo na palma da sua mão o pequeno ser.

Elecmon voltava quando viu Leomon segurar um dos bebês. Na primeira vista pensou que fosse um dos bebês existentes, mas ao olhar o berço e o lugar vazio do digitama quase cai pra trás.

— COMO CONSEGUIU?! - disse atônito.

— Não sei, eu me sentei aqui e encostei minha espada no digitama, depois ele brilhou e nasceu este aqui.

O bebê era azul, com olhos amarelos e partes amarelas em seu pequeno corpo. O pequeno ser gostou da companhia do Leomon e ficou dormindo na sua mão.

— O que eu faço? - Leomon.

— Fique com ele.

— Como é que é? Tá me estranhando?

— Escuta aqui foi você que o chocou e será você que cuidará. Eu passei anos tentando de tudo para chocá-lo e não consegui. Mas você apareceu e conseguiu.

— Aff tudo bem. Como posso chamar...

— Ketomon. Esse é o nome dele.

Leomon suspirou e saiu da cidade do princípio com um companheiro em mãos. Elecmon achou estranho, mas fez pouco caso daquilo. Voltou para os seus afazeres cotidianos. Agora era a responsabilidade do Leomon cuidar do jovem digimon.

Leomon se odiou por ter aceitado cuidar do pequeno ser em suas mãos. Para ele era no mínimo constrangedor se passar por babá e ficar olhando um bebê. Na sua vida nunca passou por isso, agora teria que enfrentar. Como todo bom guerreiro tinha orgulho e não se sujeitava aos caprichos de ninguém.

— Pronto, chegamos.

O guerreiro havia chegado em frente a entrada de uma casa rústica como se tivesse sido moldada por uma rocha. A porta era uma simples pedra que lacrava a passagem para ninguém entrar. O leão colocou Ketomon no chão, empurrou a pedra e o pegou de volta. A casa não era lá essas coisas com alguns objetos espalhados pela sala como baldes, bancos, algumas armas, um armário, uma cortina que cobria a entrada para um outro vão. Ele pôs o pequeno sobre um banco e entrou no outro cômodo. Ao sair trouxe consigo uma tigela cheia de amoras. Colocou em frente ao banco e ofereceu ao bebê. Este recusou na hora.

— Vamos lá, facilita aí - o pequeno fechou a boca e não quis comer.

Leomon ficou com muita raiva por ter chocado aquele ovo e ter ficado com Ketomon. Agora era um trabalho a mais na sua vida cujo não tinha nenhuma experiência.

Levantou-se do chão e levou a tigela de volta. Pensou em como iria alimentar aquele pequeno ser a sua frente.

— Fique aí, não saia daí.

Ketomon apenas olhou o guerreiro e ficou imóvel. Leomon pegou de volta a sua espada e saiu. Correu para a floresta a fim de achar alguma caça. Logo subiu numa árvore até chegar à copa. Viu um grupo de cervos pastando num campo aberto ali próximo. Ele sorriu.

Minutos depois chegou carregando o animal morto. Viu Ketomon triste com um cocô rosa ao seu lado. Pegou uma vassoura e uma pá para limpar o ambiente.

— Agora fique quietinho que eu vou preparar o nosso almoço.

Levou o cervo para dentro do outro vão. Um tempo depois torrava as partes do animal numa estaca sobre uma fogueira na frente da casa. Ofereceu um pedaço para o bebê que aceitou na hora. Os dois comeram juntos e ficaram satisfeitos.

...

Cidade do Princípio

—Como está o pequeno Ketomon? Está cuidando bem dele? - Elecmon.

— Ontem eu tive um trabalhão para alimentar. É um pequeno ser bastante exigente. Que situação você me obrigou a ficar, hein, Elecmon?

— Eu?! Cara eu passei um tempão para fazer esse Ketomon nascer, mas foi você que o fez. Então a responsabilidade será sua, lavo minhas mãos disso.

— Peraí, Elecmon eu tenho que ver se a ilha está segura. Ainda não fui para a área polar. Sempre visito aquelas bandas nesta época.

— Leomon em qual parte do "eu não tenho nada a ver com isso" você não me entendeu? Puxa atualmente cuido de quase cinquenta bebês e mesmo assim não reclamo. Quer um conselho? Aja naturalmente.

Elecmon saiu de perto do maior para dar atenção aos filhotes que choravam de fome. Leomon desistiu de tentar convencê-lo e foi embora. Andando pela estrada de terra o guerreiro se depara com o seu arqui rival Ogremon. O digimon verde estava com cara de poucos amigos.

— Leomon, seu inútil, eu vou acabar contigo - disse enquanto segurava o seu porrete já prestes a lutar.

— Ogremon toda a vida que nos encontramos você vive falando isso. Não tem outra coisa pra fazer não? Porque eu estou ocupado cuidando de um bebê.

Os olhos do esverdeado se arregalaram. O ogro não acreditava no que escutou da boca do inimigo. Para ele era uma baita de uma mentira.

— Hahaha fala sério, seu cretino. Essa vai ser a sua desculpa em não me enfrentar? - este não parava de rir.

— Se não acredita o problema é seu. Mas se quiser tirar sua dúvida é só vir comigo.

Ogremon observou o pequeno digimon dormindo serenamente. Nunca havia visto algo igual. Quando Ketomon acordou levou um susto.

— Ele acordou! - disse o ogro ainda curioso.

Leomon pediu que seu rival cuidasse do pequeno enquanto fizesse a vigília na floresta. A princípio houve relutância, mas enfim cedeu.

Ogremon ficou sozinho com o pequeno. O maior trabalho veio quando o bebê começou a chorar sem parar e ter feito suas necessidades ali no chão. O maior ficou desesperado.

— Aiaiai o que eu faço agora? Calma aí pirralho - ele saiu para ver se Leomon estava fora. Assim que percebeu que estava só ele voltou pisando no cocô do pequeno caindo de costas no chão. Ele se odiou por ter aceitado cuidar do pequeno.

Ketomon ao ver o maior cair abriu uma gargalhada curiosa. Ogremon ficou sem graça por um instante, daí também começou a rir juntamente com o outro. O segurou na mão para colocar sobre uma cadeira e limpar o estrago no chão e em si mesmo.

— O desgraçado do Leomon é um preguiçoso em potencial. Olha isso - ele pegou uma vassoura, um balde com sabão, um pano de chão para limpar a casa do seu rival mesmo a contragosto. - Esse maldito ainda me paga de um jeito ou de outro. Que casa imunda!

Leomon havia chegado algumas horas depois encontrando tudo em mais perfeita ordem. Até pensou que acharia tudo na desordem pelo fato do ogro estar ali, mas se enganou redondamente. Teve a maior surpresa quando viu seu próprio rival dormindo deitado no chão com o filhote.

— Acorda, Ogremon, tá na hora de você cair fora daqui - disse mexendo o outro com seu pé.

— Droga, Leomon! Você me deixa cuidando dele e agora que eu tô me dando bem com ele me dispensa assim? Quem você pensa que é?

— Quer dizer que você tá gostando do bebê, é isso?

— Eu não falei isso, não tire palavras da minha boca - disse desconfiado. - O que eu disse foi...

De repente uma forte luz envolveu Ketomon. O esverdeado se levantou rapidamente e deu uns passos pra trás. Aos poucos o bebê foi evoluindo até aumentar de tamanho. A luz cessou e agora estava numa nova forma. Ele era um pouco maior, roxo, com dois membros em cada lado semelhantes a nadadeiras e um pequeno chifre amarelado na ponta da cabeça. Agora seus olhos eram pequenos e pretos e na sua boca um pequeno dente canino saía um pouco. Ele olhou para os dois.

— Papai... mamãe.

Os dois se olharam e quase caíram pra trás. Agora ferrou de vez. Quem seria o pai e a mãe dessa história?

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram do capítulo de hoje? Querem mais? Juro que esta semana eu vou postar não se preocupem. Se eu julgar essa estória boa eu posso aumentar mais um pouquinho ok.

Comentem, favoritem, recomendem. Vocês não perderão nada com isso. Um bom resto de domingo pra vocês :)



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